O ministro da economia, Paulo Guedes, quer pagar menos de um salário mínimo para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho, com o argumento de que eles receberão qualificação profissional.
A proposta é pagar um salário de R$ 600 para o jovem trabalhar em caráter de treinamento por um período determinado de quatro meses, de acordo com Guedes. Metade desse valor seria bancado pelo governo e a outra metade (R$300) pelas empresas que se dispuserem a contratar.
O Jornal Folha de S. Paulo apurou que o governo acena com a possibilidade de o programa se tornar permanente após a crise sanitária. “Não dá para aceitar uma iniciativa oportunista que vai deteriorar ainda mais o mercado de trabalho” explica o secretário de Relações do Trabalho da CUT, Ari Aloraldo Nascimento
A ideia de Guedes vem na esteira da Medida Provisória que instituiria a Carteira Verde Amarela, programa do governo que propunha flexibilizar direitos, reduzindo custos de patrões a pretexto de estimular contratação de jovens de 18 a 29 anos.
A CUT é totalmente contra o plano de Guedes, que incentiva ainda mais a precarização da mão de obra jovem.