Salário mínimo em alta

A partir de 1º de abril o salário mínimo passa para R$ 350,00. Não é ainda o ideal, mas equivale pouco mais de U$ 162,00. No início do governo Lula o salário mínimo valia menos de U$ 100, 00.
No novo salário mínimo, de R$ 350,00, o reajuste será de 16,67%. Com a antecipação para abril de 2006 o aumento real será de 12% frente uma inflação estimada em 4,1% no período de maio 2005 a março 2006.

Nos quatro últimos anos as correções do salário mínimo acumulam um reajuste de 75%. No mesmo período a inflação acumulada é de 40,84%, de acordo com o INPC (Instituto Nacional de Preços ao Consumidor) medido pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística). O resultado final, em quatro anos, é um aumento real de 24,25%.

As centrais sindicais, especialmente a CUT, tiveram papel importante na luta pela recuperação do salário mínimo, que ainda não terminou. Nos últimos dois anos o aumento real foi de 21,29%, ou seja, a partir do momento em que as centrais sindicais iniciaram a luta pela recuperação do mínimo.

Outro fator importante é que a elevação do salário mínimo será sem duvidas referência para aumentos salariais no piso das categorias profissionais. Pesquisa aponta que em 2005 a maioria das categorias profissionais obteve aumento real nas campanhas salariais, inclusive nos químicos, plásticos, farmacêuticos e similares de São Paulo.

Bajulação da imprensa em cima dos tucanos esconde o estrago em São Paulo

Educação

Recentemente a prefeitura lançou um programa para manter o aluno em tempo integral nas escolas municipais. Mais uma vez a imprensa paulistana bajulou, analistas de plantão aplaudiram, mas não comentam é que o programa não funciona, foi para inglês ver.

O programa que prevê aulas extras a fim de manter os alunos na escola esbarra num sério e grave problema: as escolas não dispõem de infraestrutura necessária para garantir a permanência dos alunos sequer paras as duas horas a mais previstas no início do programa. Na maioria das escolas não há salas disponíveis para garantir o funcionamento dos turnos e as chamadas aulas extras.

A desorganização e falta de respeito da Secretaria Municipal de Educação para com a população faz com que crianças e adolescentes façam peregrinações diárias entre a casa e a escola.

Saúde

O caos volta ao sistema de saúde na administração municipal. As UBS (Unidades Básicas de Saúde), segundo o Conselho Nacional de Saúde, deveriam atender no máximo 20 mil pessoas. Na capital, além da superlotação das UBSs que causam esperas intermináveis para as consultas médicas, faltam profissionais e medicamentos. Todos estes problemas causam transtornos e revoltam na população.

Um exemplo claro dessa situação é a UBS no bairro de Perus, região oeste da capital. Com pouco mais de 70 mil habitantes a região dispõe de uma única UBS e um Posto de Atendimento do PSF (Programa de Saúde da Família). Segundo o Conselho gestor da unidade mais de 10.000 mulheres grávidas estão cadastradas para o atendimento, ou seja, metade da capacidade de atendimento da unidade.

Em conseqüência dessa situação as longas filas que se formam na porta da unidade levam ao desespero a população que fica sem atendimento digno. Ou seja, os tucanos de plantão não têm o menor respeito com a população, mas ainda assim os meios de comunicação nada informam, mentem, tentam enganar milhões de brasileiros, de olho no calendário eleitoral.

Sem contar que vem ai o modelo de privatização tucana. Aprovado pela Câmara Municipal, as OS (Organizações Sociais), que poderiam muito bem ser chamadas de OTs (Organizações Tucanas), serão em grande parte entidades mantidas pelos amigos do prefeito.

Transporte

O sistema público de transporte na capital dá sinais claros de que passará a ter sérios e graves problemas. Desde que assumiu a administração municipal o prefeito José Serra não deu prosseguimento à construção dos corredores de ônibus e ainda fez modificações nos existentes que em vez de melhorar o sistema, piorou.

A principal promessa de campanha, a integração do ônibus/Metrô através do Bilhete Único se arrastou por mais de um ano e quando começou a funcionar está muito mais caro que o necessário (R$ 3,00), além do que o trabalhador não pode usar o bilhete único como foi no início da implantação pela administração Marta Suplicy.

Outra barbárie tucana. O anúncio da prefeitura de diminuição das linhas de ônibus na cidade, a começar pela Zona Sul, causa preocupação entre os paulistanos que utilizam o transporte coletivo todos os dias. A prefeitura diminui o número de linhas e não apresenta uma proposta concreta e viável para os usuários das linhas que serão extintas.

Corrupção

O tucanato paulista e seus aliados têm medo de CPI. Geraldo Alckmin fala tanto em austeridade e moralidade, mas não tem coragem de liberar sua tropa de choque na Assembléia Legislativa para que seja instalada pelo menos uma das cerca de 70 solicitações de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos)  para apurar atos suspeitos de seu governo.

Isso mesmo. Desde março de 2002, já estão acumulados na Assembléia Legislativa paulista cerca de 70 requerimentos de CPIs. Num misto de candura e cinismo o governador fala que este é um problema do Legislativo. Acontece que é justamente sua base de apoio parlamentar (PSDB, PFL, Prona, PP…) que não permite a instalação de nenhuma delas.

Dentre elas: CPI da TV Cultura: propõe investigação sobre a gestão administrativa e programação da TV educativa paulista que, nos últimos anos se tornou instrumento de propaganda tucana.

CPI do Rodoanel: além das suspeitas de superfaturamento da obra, em menos de dois anos de conclusão do trecho oeste, boa parte dos 30 quilômetros de estrada sofreu reparos em sua construção. Muito estranho.

CPI do Chalita: trata-se de Gabriel Chalita, dublê de Secretário da Educação e escritor. Há suspeitas de seu envolvimento para favorecimento pessoal e do próprio governador sobre a estranha doação de área pública, em Cachoeira Paulista, para a instituição Canção Nova. Além dessas suspeitas relações, a família Chalita tem transações comerciais cerca de 100 imóveis, entre compra e venda com esta instituição.

Ainda, CPI: da Febem, das privatizações da Eletropaulo e da telefônica, da Caixa Econômica Estadual… A lista é grande.

Plenária nacional da CNQ/CUT

De 26 a 27 de abril, dirigentes sindicais do ramo químico de todo o país estarão reunidos na plenária nacional. Em debate: conjuntura nacional,  reorganização do ramo e definição de um plano de ação e lutas pela manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores, como aumento real de salários, redução da jornada sem redução de salário, melhorias nas condições de trabalho, segurança e meio ambiente, entre outros.

No dia 28/04, às 9h, acontece ato solene em memória das vitimas de acidente no trabalho. A data foi estabelecida pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e é celebrada em todo o mundo.
Deste Sindicato participarão os seguintes diretores e diretoras: Aparecida Pedro (Cida); Célia Passos; Edílson de Paula; Edson Passoni; Elizabete da Silva (Beth), José Isaac.

Participam também como membros natos da 3ª Plenária, os diretores que fazem parte da direção da CNQ, são eles: Antenor Nakamura (Kazú) – Secretario de Relações Internacionais, Lucineide Varjão (Lú) – Secretaria de Relações de Gênero; Rítalo Lins – Secretaria Setorial Farmacêutico e Cosméticos; Rosana Souza de Deus – Secretaria Regional Sul, Adir Gomes Teixeira e Nilson Mendes, membros da direção da CNQ.

Campanha salarial setor farmacêutico

A Campanha Salarial do Setor farmacêutico caminha a pleno vapor, após a definição da pauta de reivindicações pelos trabalhadores, em assembléia. A direção deste Sindicato, em conjunto com o Sindicato dos químicos do ABC, coordenados pela CNQ/CUT, entregou esta pauta ao Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo), na segunda-feira, 13 de março.

Entre os principais pontos de reivindicação, destacam-se:
* Aumento real de salário;
* Estabilidade permanente para os trabalhadores acidentados até a aposentadoria;
* Direito à informação sobre o quadro geral das empresas;
* 14º Salário;
* Férias em dobro;
* Equiparação Salarial nos casos de funções iguais;
* Medidas em defesa da saúde, segurança e meio ambiente;
* Estabilidade para soropositivos.

Na oportunidade foi definido um calendário para negociação. As reuniões estão marcadas para os dias 24, 28 e 31 de março, na sede do Sindusfarma.

Portanto, os trabalhadores do setor farmacêutico estão convocados a participar da assembléia, dia 02/04, às 10h, na subsede Santo Amaro, para avaliar as propostas do sindicato patronal.

Sindicatos se preparam para o Congresso estadual da CUT

Além da participação dos 306 sindicatos filiados à entidade, que representam 3,5 milhões de trabalhadores dos setores público e privado. O Congresso contará também com a participação de entidades dos movimentos sociais.

A maior novidade neste 11º CECUT é a volta dos trabalhos em grupos, com enfoque para questões específicas de interesse dos trabalhadores, como: mulher trabalhadora; desenvolvimento geração de emprego e renda; gestão pública; discriminação racial; juventude; pessoas com deficiências; saúde do trabalhador; mídia e os trabalhadores.

Nos grupos, os temas serão debatidos e aprofundados. “Queremos garantir uma melhor participação das bases tanto na construção das nossas teses quanto na defesa e compromisso das suas deliberações”, frisa Edílson de Paula, presidente da CUT/SP e diretor do Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região, candidato à reeleição para a presidência da entidade. Sindicatos de diversas categorias, além dos químicos e plásticos de São Paulo e região, apóiam a candidatura de Edílson para mais um mandato à frente da presidência da Central.

As conclusões dos debates no 11º CECUT também serão encaminhadas como propostas para o 8º CONCUT (Congresso Nacional da CUT) que acontecerá de seis a nove de junho próximo.

O Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo participará do 11º CECUT com 12 delegados(as), que serão eleitos na assembléia dia dois de abril, às 10h, na Subesede Santo Amaro, rua Ada Negri, 127.

Oito de março

A diretoria do Sindicato através da Secretaria de Gênero organiza atos na porta de algumas empresas da categoria onde existe a predominância de mulheres, na semana do oito de março.

No dia oito de março acontece o tradicional ato que sairá do vão livre do MASP, na av. Paulista, às 14h, promovido pela CUT junto com as entidades sindicais, os movimentos feministas farão.

Temas: fortalecer a democracia e valorizar o trabalho na perspectiva de gênero: emprego, renda e ampliação de direitos para trabalhadores e trabalhadoras.

Dia nove, às 14h debate no auditório da CUT, 1º andar, à rua Caetano Pinto, 575, Brás.

Mais uma conquista

Dia sete de março, terça-feira, às 15h a diretoria do Sindicato assina Convenção Coletiva de trabalho que  institui o programa de inclusão da pessoa portadora de deficiência e determina, ainda, que as empresas promovam processos de formação e qualificação profissional, desde o início da contratação.

A assinatura será na sede do Sin-dusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Pau-lo) à rua Alvorada, 1280, Vila Olímpia.

Setor farmacêutico: assembléia

A data base dos trabalhadores do setor farmacêutico é 1º de abril, mas a campanha salarial já está nas ruas e em cada empresa. Definição da pauta de reivindicações, organização dos trabalhadores e as atividades a serem desenvolvidas durante a campanha serão definidas na assembléia que acontece dia cinco de março (domingo), a partir das 10h, na Subsede Santo Amaro.

Trabalhador(a), lembre-se: somente com sua participação efetiva nas atividades convocadas pelo sindicato, com muita disposição e luta é que será possível garantir conquistas

Reivindicações
Veja alguns destaques da proposta de pauta que serão
debatidos na assembléia:

* Aumento real  e reposição das perdas salariais
* Limites rígidos às horas extras para gerar mais empregos
* Equiparação salarial nos casos de funções iguais
* Igualdade de oportunidades entre homens e mulheres
* Garantia de emprego aos lesionados e acidentado
* Medidas em defesa da saúde, segurança e meio ambiente
* Estabilidade de emprego para soro positivos.

CUT-Cidadã mulher reúne 50 mil pessoas

Pelo terceiro ano consecutivo a CUT/SP realiza o CUT Cidadã-Mulher com objetivo de levar aos bairros da periferia atendimento gratuito nas áreas da saúde, estética e direitos. Ainda a emissão de documentos (carteiras de identidade e do trabalho). Destaque para a comissão da mulher advogada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que prestou esclarecimentos às trabalhadoras sobre direitos trabalhistas e sociais.

Para o presidente da CUT/SP, Edílson de Paula, com atividades como esta a CUT “reforça seu compromisso com a cidadania e com a melhoria da qualidade de vida da população. A finalidade é atender pessoas carentes que têm dificuldades de obter esses serviços na rede pública, também aproveitamos o espaço para fazer uma reflexão e orientação sobre os direitos”.

Diretoras marcam presença na portaria das empresas
Diretoras e diretores do Sindicato marcam presença na semana do oito de março na portaria das empresas. Além de homenagear as companheiras trabalhadoras, as diretoras da entidade fazem uma reflexão e orientação sobre os direitos das mulheres, conclamam à participação nas lutas de combate à violência contra a mulher.

Diretoras, diretores, trabalhadoras e trabalhadores participaram também das atividades em comemoração ao oito de março na capital.

2006: novas lutas e desafios

Nossas expectativas para 2006 em relação ao desempenho do Brasil são boas. O anúncio do governo federal de que o país pode alcançar a auto-suficiência na produção de petróleo e a tendência da queda na taxa de juros são sinalizadores importantes para os investimentos na produção e na geração de mais postos de trabalho.

O aumento do salário mínimo, de R$ 300 para R$ 350, antecipado de maio para abril influenciará positivamente nas negociações salariais. Também a correção de 8% na Tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, totalizando em três anos de mandato uma atualização de 18,5%.

O compromisso do governo Lula em implementar uma política de valorização do salário mínimo é um avanço da democratização nas relações do poder público com as centrais sindicais.

É neste clima de conquistas, que a CUT/SP realizará de 10 a 13/05, o 11º Congresso, em Santos. A nossa bandeira é “Democracia, Emprego, Renda e Ampliação de direitos”.

O Congresso elegerá a nova diretoria e aprovará um plano de ação e lutas.

Estarão reunidos delegações dos 306 sindicatos filiados dos setores público e privado, que representam 3,5 milhões de trabalhadores.

A novidade é o trabalho em grupos que tratarão questões, como: gênero e raça; juventude; desenvolvimento auto-sustentado; políticas públicas; pessoas com deficiência…

Também faremos uma análise da resistência e luta contra as políticas nefastas do governo do PSDB que em 12 anos desrespeitou direitos sociais e acabou com as políticas públicas, não valorizou os servidores, terceirizou, privatizou e precarizou os serviços.  

A participação de todas as delegações é fundamental na realização desse processo e na concretização de propostas que assegurem uma melhor qualidade de vida e cidadania para os trabalhadores.

Edilson de Paula é diretor do Sindicato e presidente da CUT Estadual São Paulo.
O artigo na íntegra esta na página da CUT/SP:
www.cutsp.org.br