Bilhete Único: a verdade

Um dos maiores êxitos da gestão Marta Suplicy à frente da prefeitura de São
Paulo, o Bilhete Único (sistema de bilhetagem eletrônica que permite ao cidadão
utilizar quantos ônibus precisar no espaço de duas horas pagando uma única
passagem) agora é alvo de polêmica por parte dos tucanos.

Primeiro alegaram que a prefeita não procurou o governo do Estado para que
fosse encaminhada a integração com o Metrô. Agora dizem que este sistema tem um
custo muito alto. A turma do PSDB mente em ambos os casos.

Segundo informação da equipe técnica da Secretaria Municipal de Transporte, o
governo do Estado não gastaria mais que R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais)
para colocar os validadores (equipamento que permite a utilização do bilhete
único) nas estações do metrô.

Quanto ao custo do sistema com o bilhete único, é preciso lembrar que uma
iniciativa de alcance social dessa natureza não pode ser medida somente pelo
custeio. E mesmo que seja assim avaliado, os técnicos da SMT afirmam que dois
fatores contribuem fortemente para seu equilíbrio financeiro: primeiro, o fim do
comércio paralelo de passes; em segundo lugar, o número crescente de pessoas que
passam a utilizar o transporte público garante maior faturamento.

Enfim, a verdade é uma só. Desde 1998 os tucanos falam em bilhete único e
nunca conseguiram implantar, seja por incompetência, seja por falta de vontade.
Agora, preocupados com as eleições, fazem críticas infundadas à iniciativa da
prefeita Marta Suplicy. O bilhete único só não está integrado ao metrô porque
Alckmin e sua turma não fizeram o mínimo esforço para isso.

A diretoria colegiada

10 Anos de unificação

1982

– A oposição no Sindicato dos Químicos disputa e ganha e eleição no sindicato devolvendo assim a direção aos trabalhadores. A posse se dá no mesmo ano.

1983 – Após muitas discussões nasce a maior central sindical da América latina a CUT (Central Única dos Trabalhadores), que contou com apoio do Sindicato dos Químicos e também a oposição dos Plásticos.

1985 – É a vez do Sindicato dos Plásticos. A oposição disputa as eleições com apoio dos químicos e ganha a direção do Sindicato. A partir deste ano os dois sindicatos passam a desenvolver ações conjuntas, como as campanhas salariais.

A partir de então os dois sindicatos inauguraram uma nova forma de atuação sindical que foram as atividades conjuntas, como Campanhas salariais, greves, manifestações e apoio aos movimentos sociais como Moradia, Saúde e os Sem Terra.

Marco histórico de atividades conjuntas foi a campanha salarial de 1985. Os dois Sindicatos conquistam a redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, antecipando assim o beneficio que seria reconhecido em 1988 com a Constituição Federal e alcançaria todos os trabalhadores do país.

1994 – Químicos e Plásticos se unem e formam o maior Sindicato do ramo químico do país. São mais de 100 mil trabalhadores dos mais diversos setores produtivos (químicos, farmacêuticos, plásticos, cosméticos, tintas etc).

Empréstimo Bancário

Convênio da CUT e o Sindicato com a rede bancária possibilita aos trabalhadores acesso a empréstimos com juros abaixo do mercado.

Veja alguns bancos e empresas que já firmaram convênio:

BMG
Sanval, Triken, Scipião, Cryovac, Tecnofluor, Alpha Diplay, Ferplastic

Banespa
Esteves-Flex, Multibox, Tecnoplast, Unipac

ABN Real
Schering, Sherwin Willians, Iberplas, Triken, Kuka

CEF
Polierg

Banco VR
Novartis

Bradesco
Cromus, Triken, Globalpack, Indutil, Propack

Votorantim
Nitroquímica

Alfa
Unigel

Banco do Brasil
Plastiléo

Banco Real
Eurofarma

Para mais informações entre em contato com o departamento pessoal da empresa em que você trabalha ou na sede central do Sindicato: (11) 3209-3811 ramal 215.

A química da unidade

Há uma década os químicos e plásticos de São Paulo consolidaram, através da unificação, a unidade de ação dessas duas importantes categorias tendo uma única entidade representativa. Foi assim no passado, até 1954, mas dividido a partir desse ano por razões estranhas aos trabalhadores.

Químicos e plásticos de São Paulo têm longa trajetória de lutas, toda uma história de atuação sindical e também nas questões sociais e políticas de interesse da classe trabalhadora e por justiça social. Não por acaso tivemos importante papel no processo de retomada das mobilizações sindicais, há cerca de 25 anos, que representaram o início da derrubada da ditadura militar, consolidada em 1984.

Duas eleições sindicais (químicos em 1982 e plásticos em 1985) recolocaram os sindicatos em defesa e ao lado dos trabalhadores. A partir daí começamos as campanhas salariais unificadas, atuamos em questões sociais e políticas como o apoio aos movimentos de moradia e o fora Collor e consolidamos a unificação, em 1994. Veja, a partir desta edição um pouco dessa história. É a nossa química da unidade.

A diretoria colegiada

Campanha Salarial já

Os sindicatos cutistas do Estado de São Paulo se reuniram na sede do
nosso Sindicato, dia oito de junho, para os primeiros debates rumo à organização
das campanhas salariais deste ano.

Como sempre, o destaque é a necessidade de mobilização dos trabalhadores e
preparação deste embate a partir dos locais de trabalho, de tal forma que todos
os trabalhadores tenham efetiva participação nas atividades da campanha
salarial, como assembléias, reuniões setoriais e, principalmente, a organização
para as lutas a partir de cada empresa.

A questão central se dá sobre a definição das reivindicações que serão
apresentadas aos patrões. Continuamos firmes no propósito de garantir conquistas
como a redução da jornada de trabalho sem redução nos salários para gerar mais
empregos, direito de organização no local de trabalho e garantia de emprego,
sobretudo neste momento de debate sobre reformas sindical e trabalhista.

Já em relação ao aumento de salários… Nem precisa lembrar que o arrocho
salarial é uma realidade sentida por todos os trabalhadores. Mas é preciso
observar que há um claro processo de retomada da produção industrial. As
empresas estão crescendo; logo, têm que gerar mais empregos e distribuir renda.
Esse é o principal debate neste momento, é o nosso grande desafio nesta campanha
salarial 2004.

A diretoria colegiada

IV Congresso da CNQ/CUT: Ramo Químico se prepara para novos desafios

Realizado em Salvador, Bahia, de dois a oito de junho o IV Congresso da CNQ-CUT revelou a capacidade de compreensão dos trabalhadores do ramo químico acerca de questões políticas, econômicas e sociais para então definir suas formas de organização, plano de lutas para o próximo período e nova direção.

Na análise política, por exemplo, os congressistas definiram que chegou a hora de o governo LULA avançar em sua política econômica reduzindo ainda mais as taxas de juros para assegurar maior crescimento do país, sobretudo para garantir a geração de mais empregos e distribuição de renda

Destaque também para a corajosa política de relações internacionais do governo, que caminha rumo ao fortalecimento do Mercosul, questiona a forma como o governo norteamericano quer implantar a ALCA, posicionou-se contra a agressão dos EUA ao povo iraquiano e investe firme em novas relações políticas e econômicas com países da Europa, Oriente Médio e China, principalmente.

Sobre o debate sindical, o destaque é para o fortalecimento da organização dos trabalhadores nos locais de trabalho. Também esteve em pauta a questão de gênero, reformas sindical e trabalhista e questões específicas do ramo químico.

Categoria presente na diretoria da CNQ
Eleita a nova direção da Confederação Nacional do Ramo químico, os químicos e plásticos de São Paulo e região, que é a maior base sindical do ramo químico estão representados com seis companheiros na direção desta entidade nacional. São eles:

. Adir Gomes Teixeira
. Antenor Eiji Nakamura (Kazu)
. Lucineide Dantas Varjão (Lu)
. Nilson Mendes da Silva
. Rítalo Alves Lins 
. Rosana Souza de Deus

Novo coordenador nacional é paulista ds Químicos do ABC
Aparecido Donizete da Silva, trabalhador da Basf e dirigente do Sindicato dos químicos do ABC é o novo coordenador da CNQ-CUT. Na categoria desde o início dos anos 90, foi membro da Comissão de fábrica desta multinacional alemã e, a partir de 1997 passa a integrar a diretoria desta entidade sindical.

Sindicalista atuante o novo coordenador da CNQ-CUT, em seu discurso de posse, mandou o seguinte recado aos trabalhadores do ramo químico de todo o Brasil: Durante o meu mandato à frente da CNQ, vamos atuar muito próximo dos trabalhadores em seu local de trabalho, sobretudo através das comissões de fábricas.

Horas Extras (Cláusula 09)

Muitos trabalhadores fazem horas extras. A Convenção Coletiva estabelece que
de segunda à sábado as horas-extras devem ser pagas com acréscimo de 70% sobre o
valor da hora normal e as trabalhadas nos horários de descanso semanal
remunerado, sábados compensados ou dias já compensados ou feriados, serão
acrescidas de 110%. Veja na Convenção o que você tem direito quando faz
horas-extras.

:: Leia a cláusula 09 da Convenção
Coletiva

Adicional Noturno (Cláusula 10)

Os funcionários cujo horário de trabalho vai até à noite ou que trabalham à
noite em turnos de revezamento devem receber o adicional noturno, previsto pela
CLT, de 40% de acréscimo em relação à hora diurna. Deve ser mantido o valor pago
pela empresa, se for maior que o estabelecido pela Convenção. Não recebem o
adicional noturno os que trabalham em empresas abrangidas pela lei 5811/72.

:: Leia a cláusula 10 da Convenção
Coletiva

Auxílio Creche (Cláusula 64)

As empresas que tenham funcionárias mães, deverão manter locais apropriados
para guarda e vigilância dos filhos no período de amamentação. A Convenção
Coletiva estabelece que se a empresa não tem local para os filhos legítimos ou
legalmente adotados deverá fazer o reembolso independente das despesas até o
limite máximo de 50% do salário normativo.

:: Leia a cláusula 64 na Convenção
Coletiva

Trabalho Igual (Cláusula 24)

Sem distinção de sexo, raça, nacionalidade, idade ou estado civil, todo
trabalhador tem direito por realizar trabalho igual na mesma localidade, na
mesma empresa a receber salário igual. Por trabalho igual se entende aquele que
é feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica. O trabalho deve
ser exercido por pessoas cuja diferença de tempo de serviço não seja superior a
dois anos na mesma função.

:: Leia a cláusula 24 na Convenção Coletiva