Químicos garantem 4% de reajuste e direitos

Os trabalhadores do setor químico votaram pela assinatura do acordo coletivo da categoria em assembleia realizada em 19 de outubro. O índice de reajuste negociado com os empresários foi de 4%, de acordo com o INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dos últimos 12 meses.

As negociações deste ano foram bem complicadas. Houve uma única rodada de negociação com a bancada patronal, às vésperas da eleição presidencial, e os sindicatos que negociam conjuntamente avaliaram a importância de garantir a renovação da convenção coletiva, com todos os direitos, uma vez que o presidente eleito, desde a campanha, já vinha dando sinais de que o seu governo não seria voltado aos trabalhadores.

Na avaliação do coordenador geral do Sindicato, Osvaldo Bezerra, a garantia dos direitos por dois anos é a maior conquista dessa campanha salarial. “Conseguimos aprovar uma nova redação para a cláusula das gestantes, garantindo condições de trabalho adequadas no período gestacional, com isso, corrigimos uma lacuna deixada pela reforma trabalhista. Também mantivemos o grupo de trabalho para discutir pontos polêmicos da reforma trabalhista”, avalia Bezerra.

O reajuste de 4% deve ser concedido para todos os salários, até o teto de R$ 8.528,00. Acima desse teto, o reajuste será fixado em R$ 341,12. Na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) o reajuste foi de 5,59%, com 1,53% de ganho real, acima da inflação.

Confira

Reajuste salarial

4% de reajuste para todos os salários, até o teto de R$ 8.528

 Salário normativo (piso salarial)

Até 49 trabalhadores: passa de R$ 1.496,42 para R$ 1.556,28

Acima de 50 trabalhadores: passa de R$ 1.535,00 para R$ 1.596,40

PLR mínima

Até 49 trabalhadores: passa de R$ 947,02 para R$ 1.000

Acima 50 trabalhadores: passa de R$1.048,85 para R$ 1.110

Teto para reajuste

R$ 8.528 (acima desse valor, reajuste fixo de R$ 341,12).

Cláusula Gestantes e Lactantes

Nova redação garante ambiente e condições de trabalho adequadas ao período gestacional

Manutenção do grupo bipartite de trabalho para discutir pontos polêmicos da reforma trabalhista

Manutenção da atual Convenção Coletiva por dois anos (24 meses)

 

 

Moro comete infração antes de assumir

O juiz Sergio Moro aceitou convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para assumir o ministério da Justiça. E, antes mesmo da posse, já cometeu uma infração grave.  Sem sair do seu atual cargo, aceitou o convite e entrou em férias para montar a equipe do novo ministério, infringindo o Estatuto da Magistratura e a Constituição.

Um juiz de Direito só pode aceitar um cargo político no Poder Executivo se, antes pedir exoneração, uma vez que é vedado pela  Constituição que um juiz exerça  atividade político-partidária. .

 

Movimentos já discutem como resistir ao autoritarismo

Na segunda semana após a eleição de Jair Bolsonaro como presidente da República, movimentos sindical e sociais promovem discussões para a organização da resistência em defesa da democracia, contra o autoritarismo e a perda de direitos.

Na opinião de Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) e da Frente Brasil Popular (FBP), é necessária uma frente ampla, democrática e popular “em defesa da democracia, contra o autoritarismo e o fascismo, que deve ser constituída por todos os setores democráticos e populares”, e que, além dos movimentos sociais, precisa contar com a participação de partidos políticos de esquerda, democráticos e os liberais democráticos.

“Se essa frente se pretende ampla, tem que ser composta por entidades da sociedade civil. Mas acho que, sem a participação e sem o protagonismo dos partidos de esquerda, democráticos e liberais democráticos, terá dificuldade de ter êxito”, avalia Bonfim.

O cientista político e professor da Universidade de São Paulo (USP), André Singer afirmou que os partidos estão resistentes a construir uma frente democrática para enfrentar o ataque a direitos pelo governo Bolsonaro.

Singer acentuou que tal frente deve se impor no campo da sociedade civil, aglutinando instituições que representam os trabalhadores, estudantes e movimentos sociais. “Os partidos terão de se somar a esta ampla frente da sociedade civil, ou ficarão sem base”, disse o analista.

No mesmo evento, a filósofa Marilena Chauí afirmou que a melhor estratégia, no momento, não são as manifestações de rua. “Eles querem que façamos as manifestações de rua, mas nós precisamos fazer um trabalho lento como é o da toupeira, que cava silenciosamente por debaixo da terra”, defendeu”.

Manipulação de Bolsonaro para ganhar as eleições é tema da redação do Enem

O tema da redação do Enem deste ano foi o controle de dados da internet e a manipulação do comportamento do usuário.

Um tema bastante atual, que permeou todo o processo pré-eleitoral, e que culminou com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).

A disputa presidencial  foi marcada pela a disseminação de notícias falsas pelo WhatsApp e pelas redes sociais no ambiente da internet, paga com recursos de empresários – o que configura caixa 2 –, foi determinante no resultado eleitoral.

CUT e sindicatos organizam atividades de luta no mês da Consciência Negra

O Sindicato promove no próximo sábado, dia 10, um encontro do coletivo racial com o objetivo de discutir a importância de políticas públicas de combate ao racismo. O encontro contará também com uma visita ao museu Afro Brasil, no parque Ibirapuera, que é voltado a pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados a história do negro no Brasil.

A eleição de Jair Bolsonaro (PSL) e suas inúmeras declarações racistas durante a campanha eleitoral, transformou o tradicional mês da Consciência Negra num mês de organização da luta contra os retrocessos. “Bolsonaro já deu declarações racistas, machistas, homofóbicas e contra tudo o que acreditamos ser legítimo. Nós, negros, que lutamos por igualdade de direito, não vamos nos intimidar com esse governo, pois sempre estivemos na luta, nas ruas, dialogando com a população. O que muda é que agora sabemos que teremos de lutar muito mais”, diz  a secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP, Rosana Aparecida da Silva.

No dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares, os movimentos sociais e sindical saem às ruas na Marcha da Consciência Negra, que terá concentração em frente ao Masp, a partir das 12h.

A CUT também realizará um seminário, em parceria com a Revista Raça, no dia 3 de dezembro, às 14h30, em sua sede ( Rua Caetano Pinto, Brás,  São Paulo)

No dia 8, encerrando a programação, a CUT promove uma roda de samba e um debate sobre a participação dos negro no mundo das artes.

 

Caraguá reabre em 15 de novembro

Atendendo as solicitações dos sócios do Sindicato, a reabertura da colônia de férias de Caraguatatuga foi antecipada para o dia 15 de novembro.

Para manter o serviço de qualidade que o Sindicato sempre prezou também foi preciso readequar os valores e os serviços. A estadia passa a oferecer somente  café da manhã e o valor a ser pago pelo sócio  passa a ser de 1,5% do salário (com teto máximo de desconto de 40,00 a diária).   Convidados passam a pagar R$ 60,00.

  Paulo Guedes anuncia que vai priorizar reforma da Previdência

Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda do governo Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, durante entrevista no domingo (28) que para “controlar os gastos do governo”, considera prioridade retomar a reforma da Previdência, assim como acelerar as privatizações e “enxugar” a máquina pública. As relações do Brasil com os países do Mercosul, disse, também perdem prioridade.

Sem detalhar seus planos, o futuro ministro declarou sobre seus planos para conter os chamados gastos públicos “Primeiro grande item é a Previdência. O segundo grande item, a despesa de juros. E vamos acelerar as privatizações. A terceira é uma reforma do Estado, são os gastos com a máquina pública. Nós vamos ter que reduzir privilégios e desperdícios”, disse Guedes, sem especificar em que áreas pretende cortar recursos.

Como medidas de reaquecimento econômico, ele defendeu que serão eliminados “encargos e impostos trabalhistas sobre a folha de pagamento para gerar em dois, três anos 10 milhões de empregos novos”.

O “guru econômico de Bolsonaro” atribuiu o “alto custo-Brasil” à falta de “segurança jurídica”. E prometeu: “regulamentar corretamente, fazer os marcos regulatórios na área de infraestrutura, porque o Brasil precisa de investimentos em infraestrutura.

João Doria racha com PSDB, apoia Bolsonaro e se elege

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com mais de 33 milhões de eleitores, João Doria (PSDB) foi eleito governador neste domingo (28). Ele teve 10.990.350 votos (51,75% dos válidos). Márcio França (PSB) recebeu 10.248.740 (48,25%).

Fazem parte de sua coligação DEM, PSD, PRB, PP e PTC. Doria rachou o PSDB e chegou a ser chamado de “traidor” por correligionários. Teve divergência com seu próprio “padrinho” político, o ex-governador Geraldo Alckmin.

Votos em branco e nulos somam 17,79%. Abstenções superam os 7 milhões de votos, 21,78% do total, ante 21,53% na primeira fase da eleição paulista.

No primeiro turno, há três semanas, Doria ficou na frente com 6.431.555 votos (31,77%). França, que cresceu na reta final, terminou em segundo com 4.358.998 (21,53%), menos de 100 mil votos à frente de Paulo Skaf (MDB).

São Paulo dá 68% a Bolsonaro. Haddad triunfa no Nordeste

Eleito ontem presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) vence nos maiores colégios eleitorais, em quatro das cinco regiões e em 16 das 27 unidades da federação. Em São Paulo, recebeu 67,97% dos votos válidos, ante 32,03% dados a Fernando Haddad (PT) – que praticamente dobrou sua votação em relação ao primeiro (16,42%). A maior vitória de Bolsonaro foi em Santa Catarina, onde ele acabou com 75,92%.

Haddad mostrou-se imbatível no Nordeste, vencendo nos nove estados daquela região. Superou os 70% em quatro deles: Bahia (72,69%), Ceará (71,11%), Maranhão (73,26%) e Piauí, onde teve sua maior votação (77,05%).

O petista triunfou também em dois estados da região Norte. Ficou com 54,81% no Pará e 51,02% em Tocantins. Com vantagem para o candidato do PSL, as votações foram equilibradas no Amapá (50,20% a 49,80%) e no Amazonas (50,27% a 49,73%).

No Rio de Janeiro, segundo maior colégio eleitoral do país, Bolsonaro teve 67,95% dos votos válidos, resultado equivalente ao de São Paulo. Em Minas Gerais, a vantagem foi menor (58,19%). Chegou a 63,24% no Rio Grande do Sul e a 69,99% no Distrito Federal.