Negros marcham à Brasília contra o racismo, pela vida

Nas comemorações do Dia da Consciência Negra, os movimentos negros farão, dia 22/11, a 2ª Marcha Zumbi +10, Contra o Racismo, pela Igualdade e a Vida. A CNCDR/CUT (Comissão Nacional Contra a Discriminação Racial), que faz parte do comitê de organização espera reunir 100 mil manifestantes em Brasília.

A Marcha lembra os 300 anos de Zumbi dos Palmares, maior líder da resistência negra contra a escravidão, e os 95 anos da Revolta da Chibata, liderada pelo marinheiro negro João Candido.

As manifestações, desde a década de 1970 têm contribuído na luta contra o racismo, mas ainda há desigualdade e discriminação, por exemplo, no trabalho, onde há diferença salarial entre negros e brancos, também há desigualdade nos processos de ascensão a postos de chefia nas empresas. No entanto, o movimento sindical tem pautado nas negociações coletivas cláusulas que promovem a igualdade racial no local de trabalho.

Sindicalistas em Brasília pela recuperação do salário mínimo

A 2ª marcha dos trabalhadores e sindicalistas a Brasília de 28 a 30/11 vai levar ao presidente Lula, ao Ministro da Fazenda Antonio Palocci e ao Congresso nacional a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 400,00 e a correção em 13% na tabela de retenção do imposto de renda.

É a segunda vez que os sindicalistas marcham em Brasília em defesa do salário mínimo. Embora o aumento passe a vigorar em 1º de maio, os debates em torno da questão acontecem nesse momento por conta do orçamento da união que está em discussão no Congresso Nacional, e para que se tenha aumento real de salário é preciso que esteja incluído no orçamento as fontes de arrecadação para o INSS sobre o qual incide diretamente o aumento do salário.

Todos os anos os debates giram em torno dos recursos para se garantir aumento real no salário mínimo. Por conta desse impasse anual sobre o assunto a CUT apresentará uma proposta ao governo e ao Congresso da criação de um imposto que pretende taxar os mais ricos do país em 1,5% sobre seu rendimento anual. Os recursos desse imposto iriam para um fundo de subsídio ao aumento do salário mínimo.

A proposta pretende garantir a recuperação do salário mínimo aos patamares de quando foi criado na década de 1940, a fim de que possa garantir ao trabalhador brasileiro as condições necessárias para viver bem e, ter acesso à educação, saúde e moradia de qualidade.

Secretaria de Gênero: mais uma conquista de toda a categoria

As reivindicações das mulheres no mundo do trabalho não surgiram por acaso. Desde sua inserção no mercado de trabalho que as mulheres reivindicam direitos de oportunidades e salários iguais para mulheres e homens.

A história registra as lutas das mulheres por melhores condições de trabalho e salário. Uma dessas lutas deu origem ao Dia Internacional da Mulher, 08 de março, quando em 1857, um grupo de mulheres que trabalhava numa tecelagem nos EUA, fez greve. Depois de vários dias de paralisação foram trancadas dentro da fábrica e queimadas vivas.

Em homenagem às companheiras assassinadas pela polícia e pelo patrão esta data (08 de março), foi consagrada como Dia Internacional da Mulher. Ao contrário do que alguns pensam, esse dia não é de festa e nem de comemorações, é uma referência de luta e protestos das mulheres por melhores condições de trabalho, igualdade de oportunidades, entre outras reivindicações.

Mulheres no Sindicato
Desde a retomada do Sindicato, com a vitória da oposição química em 1982, a diretoria realiza um trabalho incansável junto à categoria no sentido de que todos e todas tomem consciência da importância e necessidade de manterem-se organizados junto a sua entidade de classe nas lutas por igualdade de oportunidades para homens e mulheres.

Historicamente, o Sindicato é um universo tipicamente masculino, mas sabe-se que no chão da fábrica, nos escritórios das empresas e outros há uma parcela significativa de mulheres. Daí que algumas trabalhadoras perceberam a necessidade da sua atuação firme no movimento sindical colocando na pauta das reivindicações da categoria os anseios e as necessidades da mulher trabalhadora do ramo químico da capital.

Alguns dos principais problemas daquela época: creches para os filhos, desvantagem nas oportunidades de ascensão nas empresas e diferença salarial entre homens e mulheres, ou seja, a mulher recebia um salário menor que os homens, mesmo exercendo a mesma função.

Além dessa situação de desigualdade dentro das empresas as mulheres enfrentam dupla jornada de trabalho. Ela cumpre sua carga horária na empresa e ainda tem que dar conta de seus afazeres domésticos.

A Mulher no Ramo Químico
Há ainda outras necessidades específicas, sobretudo em período menstrual e no decorrer de gravidez, quando há necessidade de cuidados especiais, com exames de pré-natal e também após o nascimento da criança na fase de amamentação.

O Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região tem em sua base 60 mil trabalhadores. Destes, 36% são mulheres, ou seja, 22 mil companheiras. No entanto, não obstante a luta por igualdade de condições, de trabalho igual salário igual, a trabalhadora da indústria do ramo químico recebe 42% menos que o trabalhador.

Os trabalhadores e trabalhadoras vivem sob pressão constante, seja pelo risco do desemprego ou pelo ritmo alucinante do processo de trabalho, o que coloca em risco a saúde física e mental. A mulher sofre ainda mais. É vítima de discriminação desde a entrada na empresa passando pelas condições a que é submetida, como controle do uso do banheiro e processos de oportunidades de ascensão, quando são preteridas em relação aos homens.

A incansável luta das companheiras tem registrado alguns avanços. E seu espaço próprio de organização é um dos destaques recentes, com a implantação da Secretaria de Gênero na direção do Sindicato. A secretaria foi aprovada por consenso no IV Congresso da categoria realizado de abril a agosto de 2005, referendada em assembléia, e será instituída em 2006.

A secretaria somará esforços nas lutas gerais desenvolvidas pelo Sindicato, colocando em destaque as questões de gênero da mulher trabalhadora em todos os espaços e instâncias como o movimento sindical, órgãos de governos e entidades patronais. Nossa Secretaria de Gênero estará sempre ao lado do conjunto da categoria, na luta por melhores condições de vida, saúde, trabalho e oportunidades para as mulheres e homens do ramo químico.

Identidade de classe com muita categoria

A partir deste ano, o dia 05 de novembro é mais uma data importante no calendário da categoria, é o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador químico.

Mais de 300 trabalhadores passaram na sede central do Sindicato no sábado, dia 05/11, nas comemorações da data.

Desde as 9h da manhã, na abertura da 1ª Feira Cultural da categoria que reuniu mais de 20 artesãos e seis poetas populares que mostraram seu talento.

Às 15h aconteceu a assembléia da categoria e em seguida o ato solene que marcou a data, com a presença do vereador e diretor do Sindicato, Francisco Chagas, autor da lei que instituiu 05 de novembro como dia do trabalhador(a) químico que parabenizou a categoria por suas históricas lutas e conquistas.

Durante o ato os diretores Martisalem Covas Pontes (Matú) e Rítalo Alves Lins destacaram a importância do Dia do Trabalhador químico e ressaltaram a necessidade de fortalecer a identidade da categoria, o trabalhador químico, assim como outras categorias, metalúrgicos, bancários, etc.

Logo após teve início o show cultural na quadra onde todos(as) puderam dançar e se divertir ao som de boa música.

Categoria garante avanço e decide lutar por mais

Mais de 300 trabalhadores presentes na sede do Sindicato, em assembléia, decidiram pela aprovação das propostas do sindicato patronal em relação ao reajuste salarial, piso da categoria, PLR e demais cláusulas da pauta de reivindicações da categoria. E mais: deliberaram que é necessário continuar a mobilização em cada empresa, em cada local de trabalho para garantir avanço nas suas conquistas.

Os salários serão reajustados em 8%, sendo 7% a partir de 1º/11/2005 e mais 1% em abril de 2006, o piso da categoria passa para R$ 607,23 e o valor da PLR foi corrigido em 10%, ou seja, seu valor mínimo é de R$ 440,00 (veja ao lado sobre formas e datas de pagamento). Vale lembrar que este Acordo vale para os trabalhadores das indústrias dos setores químico, petroquímico, plástico, cosmético, tintas e vernizes, sabão e velas – o setor farmacêutico tem data-base em 1º/04.

A depender do índice da inflação para o mês de outubro, o reajuste salarial da categoria deverá ter como aumento real algo em torno de 2,7%, índice que vem se consolidando como patamar de quase todas as categorias em negociações de campanhas salariais (metalúrgicos, bancários, petroleiros e outros). Ainda não é o ideal, a categoria quer mais. Por isso deliberou a continuidade das mobilizações e lutas nas empresas.

Política externa pela soberania

O Encontro da cúpula das Américas, em Mar Del Plata, na Argentina, que reuniu chefes de estados dos países do Continente americano (exceção de Cuba) para debater questões políticas e comerciais, bem como a visita do presidente dos EUA, George Bush, ao Brasil evidencia duas questões que marcam a história recente do nosso país e de outros países da América do Sul na relação com o “Tio Sam”.

Primeiro, o presidente Bush se consolida como um dos governantes mais odiados do planeta. As manifestações na Argentina e no Brasil marcam as reações populares contra esse chefe de Estado conhecido como o “Senhor da guerra”, alguém que quer impor seus interesses e os interesses das grandes corporações norte americanas sobre todas as nações, ainda que isso venha a significar genocídios, como no caso da guerra do Iraque, opressão sobre os povos de outros países, degradação ambiental…

No debate sobre a retomada das negociações rumo a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) os presidentes LULA (Brasil), Kirshner (Argentina) e Hugo Chaves (Venezuela) reafirmaram posição contra a implantação deste mercado comum nas bases em que o governo norte-americano tenta impor. Este é o segundo ponto que marca a história recente: o fim da submissão sul-americana aos interesses do norte.

Todo apoio e participação nas manifestações contra o governo Bush. Que se fortalece ainda mais com a atuação de governantes como LULA, Kirshner e Hugo Chaves, que desenvolvem suas políticas externas pela soberania e autodeterminação dos povos.

A diretoria colegiada

Trabalhador químico tem seu dia a comemorar

Em novembro comemoramos o Dia do Trabalhador do Ramo Químico como forma de lembrar das lutas de companheiros que sacrificaram suas histórias pessoais em favor da coletividade em tempos de intolerância. É também uma data, esse 5 de Novembro, para a reflexão sobre a importância do setor e dos homens e mulheres que fazem dele fundamental para a economia e a saúde da sociedade.

Foi por essa dupla convicção que apresentei o projeto de Lei que institui o Dia do Trabalhador do Ramo Químico, aprovado pela Câmara em 2004. Trata-se de uma justa homenagem a uma categoria que lutou e venceu para derrubar heranças da ditadura. Os trabalhadores do ramo químico, organizados e unidos con-quistaram em 1985 muitos dos direitos que depois foram inseridos na Constituição Federal. Ainda mais nos dias atuais, é preciso uma parada para pensar, um momento para recordar das lutas do passado. Não com saudosismo, mas como forma de revi-gorar as energias na luta para avançarmos em conquistas; e temos também de aproveitar essa reflexão para evitar retrocessos.

Precisamos ampliar a participação da categoria dos químicos, a qual devo uma boa parte de minha formação política, na sociedade, dar publicidade para a cidade da importância desses profissionais e debater temas próprios, mas que impactam toda a sociedade. Foi assim na década de 1990, quando conquistamos a Convenção das Prensas Injetoras, que estabeleceu dispositivos de segurança para estas máquinas. O acordo reduziu em até 65% o número de acidentes nas máquinas injetoras, salvando a vida e a capacidade produtiva de vários companheiros.

E qual a razão de termos um dia específico? Não podemos nos dis-persar. Temos de manter uma rotina, ainda que anual, de nos reunirmos para debater todas essas questões. E essas são as razões para esse Dia do Trabalhador Químico. Vamos lembrar nossas lutas, prestar justa homenagem a nossos companheiros e discutir, debater e refletir sobre nossa condição e nosso futuro. Convido a todos para essa homenagem e reflexão.

Francisco Chagas, diretor do Sindicato e vereador pelo PT/SP

05 de novembro, um dia especial para você

Motivos para comemorar
Dia do Trabalhador químico que realça a importância da categoria, e do Sindicato, um dos maiores e mais importantes do país, por sua histórica contribuição nas lutas sociais desde sua fundação em 1935.

Muitas razões para lutar
Economia em crescimento, produção e vendas em alta, são motivos para o trabalhador(a) químico lutar por aumento real, PLR, redução na jornada, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e melhorias nas condições de trabalho.

Uma programação especial em sua homenagem, trabalhador químico
Para comemorar a data o Sindicato promove uma série de atividades cujo objetivo é reunir todos os trabalhadores químicos que fazem algum tipo de manifestação cultural, seja artesanato, poesia, música, fotografia, dança, teatro entre outras. Você não pode perder. participe. Veja programação.

Das 9h às 15h – Feira Cultural apresentação de manifestações artísticas dos(as) trabalhadores(as) químicos(as)

Das 15h às 18h – Assembléia da categoria e ato solene em comemoração ao Dia do Trabalhador químico

Das 18h às 22h – Atividade cultural

Sábado, 05 de novembro, 15h, assembléia geral

Concluída a agenda de negociação com o sindicato patronal, agora é o momento de decidir sobre suas propostas.  Reivindicamos 16,14% de aumento, que significam a soma de 5% de aumento real, mais reposição das perdas passadas e inflação de um ano para cá.

O momento é favorável para garantirmos essa conquista, afinal a economia do país vai bem, as empresas nunca produziram tanto e as vendas estão em alta.

É hora dos trabalhadores terem seus esforços reconhecidos e isso se faz com aumento real de salários, PLR compatível, melhoria nas condições de trabalho, redução da jornada de trabalho.
Nesse momento conta a organização e união dos trabalhadores químicos junto com o seu Sindicato de classe a fim de que juntos conquistem mais essa importante vitória para a categoria.

Portanto, você trabalhador químico não pode ficar de fora. Participe, dia 05/11 (sábado), às 15h, na sede central do Sindicato, da assembléia para avaliar e decidir sobre as propostas dos patrões.

Trabalhador Químico, Com Muita Categoria

Por força do modelo de organização sindical previsto em lei, há mais de 50 anos, os trabalhadores são identificados enquanto categorias profissionais. Nesse caso temos exemplos clássicos, como metalúrgicos, bancários, professores, petroleiros, gráficos.

Esse conceito de ramo de atividade identifica mais precisamente o trabalhador químico nos seus diferentes segmentos de produção. No setor de cosmético, pelo manuseio dos produtos e sua química. Nos setores plásticos e de tintas, em razão da origem de sua matéria prima. No setor farmacêutico, por conta da produção de medicamentos. Ou seja, havendo a mistura química e o manuseio de produtos de origem petroquímica e de petróleo, caracteriza-se o ramo químico. Vale o mesmo para a produção de sabão e velas e setor de fertilizantes. 

O trabalhador químico é tanto aquele que produz uma vela como aquele que opera uma máquina extrusora, ou atua na produção de tintas, perfumes, medicamentos etc.

É por conta desse raciocínio que a diretoria do nosso Sindicato, a partir da iniciativa do vereador Francisco Chagas (PT-SP), também dirigente desta entidade, passa a comemorar o Dia do Trabalhador químico (05 de novembro) É uma data para reflexão da nossa história, para debate sobre o presente, em busca de um futuro melhor e, principalmente, para reforçar nossa identificação enquanto trabalhadores desse importante ramo de atividade da economia nacional.

Você, seja da indústria plástica, de cosmético, farmacêutica ou qualquer outro segmento de produção do ramo químico, venha comemorar conosco o 05 de novembro, dia do trabalhador químico, que somos todos nós.