Fracionamento de Remédio: "todos podem ser beneficiados"

Sindiluta: Nos últimos meses temos ouvido falar muito em fraciona-mento de remédios. O que significa isto?

Daniela: O fracionamento é a garantia de que o consumidor poderá comprar remédios, e o poder público poderá distribuir nos postos de saúde, apenas na dose receitada pelo médico, ou seja, na farmácia estará disponível o medicamento por unidade. Nem sempre a quantidade de comprimidos/cápsulas que vêm na caixa de remédio vendida na farmácia corresponde ao tratamento indicado pelo médico. Assim, por exemplo, se o médico receita 20 dias de tratamento, mas a embalagem é de 14 comprimidos, o consumidor é obrigado a comprar duas caixas, sobrando 8 comprimidos em casa. Ou então, por falta de dinheiro, toma apenas 14 comprimidos, sofrendo o risco do tratamento não fazer efeito. As sobras de medicamentos, além de representar um desperdício, também estimulam automedicações e são facilitadoras de acidentes domésticos (uma criança, por exemplo, pode ingeri-las acidentalmente).

Sindiluta: Já existe alguma lei que obrigue à indústria farmacêutica a fracionar os remédios?

Daniela: Não. Por enquanto, existe um decreto e uma resolução da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que estabelecem as regras para a realização do fracionamento voluntário. Isso quer dizer que, se a indústria quiser fornecer medicamentos em embalagens fracionáveis (divisíveis), e a farmácia quiser vendê-los, há as regras de como proceder. Todavia, como a venda fracionada hoje não é obrigatória, o que temos é uma baixa adesão das indústrias e farmácias/drogarias à idéia: das milhares de apresentações de medicamentos hoje disponíveis no mercado, menos de 150 estão disponíveis hoje para os consumidores e, mesmo assim, poucas farmácias e drogarias as vende.

Sindiluta: Há pressão das indústrias farmacêuticas para que a lei de fraciona-mento de remédios não seja aprovada?

Daniela: A indústria tem se manifestado contra o fracionamento obrigatório.

Sindiluta: E qual o papel dos movimentos sociais e sindicais nesta luta em defesa do consumidor?

Daniela: O papel de entidades representantes dos cidadãos, como o IDEC, que é uma associação de consumidores, ou o Sindicato dos químicos, é fundamental. Primeiramente, para informar à população o que é fracionamento e como todos podem ser muito beneficiados. Além disso, é nosso papel pressionar os governantes para que tomem medidas em defesa do consumidor – por exemplo, contatando os deputados que estão agora votando projeto de lei que torna o fracionamento de medicamentos obrigatório – para que prevalecem interesses sociais, e não interesses econômicos.

Entrevista: Sacolas plásticas: "podem ser recicladas e gerar energia"

Sindiluta: Vereador Chagas, de repente a sacola plástica, ao que parece, tornou-se a vilã da questão ambiental, o que o senhor acha disso?

Ver. Francisco Chagas: A sacola plástica se tornou vilã apenas para a Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo. Mas para a sociedade em geral, ela é muito importante. Na verdade, do ponto de vista ambiental, a cidade tem problemas muitos maiores, com danos muito mais efetivos do que os ocasionados pelas “sacolinhas”. Elas, inclusive, podem ser recicladas, como qualquer outro material plástico. Procura-se, desta forma, achar um “bode expiatório”. A população em geral não conhece outra maneira de acondicionar seu lixo que não seja através da sacola plástica de supermercado. Não existe uma política pública para que elas sejam substituídas.

Sindiluta: Como a Comissão de Estudos da Concessão dos Contratos do Lixo da Câmara Municipal de São Paulo, da qual o senhor faz parte, tem encarado esse dilema? De um lado, a preservação ambiental, substituindo o plástico convencional pelo biodegradável e de outro, a manutenção dos postos de trabalho na indústria plástica.

Ver. Francisco Chagas: Não há dilema neste tema. Trata-se de um falso dilema. O que existe, na verdade, é o “apagão do lixo” no município de São Paulo com a suspensão dos contratos entre a Prefeitura e os Consórcios que fazem a coleta e destinação do lixo na cidade. Houve no atual governo uma grave perda de investimentos na área e o adiamento de programas fundamentais como o da coleta seletiva, do sistema de compostagem, no estímulo às cooperativas de reciclagem e da coleta porta a porta nas favelas. Os investimentos tiveram perdas da ordem de 39%. Isso sim tem ocasionado verdadeiras perdas para o meio ambiente em São Paulo.

Sindiluta: Com a tendência de substituição do plástico convencional pelo biode-gradável, é possível vislumbrar como seria essa transição, em especial no que diz respeito ao emprego neste setor industrial?

Ver. Francisco Chagas: Se acabarmos com a produção das embalagens plásticas, aí sim teremos uma perda de 20 mil postos de trabalhos na cidade de São Paulo. Somos contra a idéia de que devemos suspender a produção. O que defendemos é que é possível produzir as sacolas plásticas ou qualquer outro produto plástico e simultaneamente transformá-los em materiais reutilizáveis. Esta idéia, sim, é que foi abandonada pela atual administração. O município deve retomar os contratos firmados durante o governo da ex-prefeita Marta Suplicy, que previa a coleta seletiva na cidade de São Paulo. A suspensão deles é que foi muito prejudicial para o município. É necessário que eles sejam retomados sem este falso dilema em torno das sacolas plásticas. Este tema sim é o mais importante.

Sindiluta: Fala-se muito na decomposição do plástico convencional que vai para o lixo. Existe algum estudo mais apurado sobre o real significado e “peso” poluidor deste material no solo?

Ver. Francisco Chagas: Os estudos existentes apontam para o total reaproveitamento em termos de reciclagem, utilização e poder de geração de energia a partir dos resíduos plásticos. E isso não é diferente em relação às sacolas plásticas. Elas podem ser recicladas, como qualquer outro material plástico. Este aspecto é que deve ser evidenciado em termos de política pública de meio ambiente. Um programa sério de coleta seletiva, com certeza, será muito mais eficaz do que simplesmente criminalizar as sacolas plásticas.

INSS: negociação continua

O documento entregue pela diretoria do Sindicato ao Ministério da Previdência com reivindicações da categoria a respeito da aposentadoria especial, alta programada, acidentes de trabalho tem repercussões positivas. O grupo técnico interministerial (do Trabalho em Emprego, Previdência, da Fazenda e da Saúde) sinaliza a possibilidade de mudança nas regras da aposentadoria especial para os trabalhadores expostos a substâncias químicas, ao ruído, ou sob constante ameaça de acidentes.

Dia 16 de outubro se reúnem em Brasília, na sede do INSS, o presidente da instituição, a comissão interministerial e os sindicalistas e seus assessores técnicos. Deste Sindicato, participa o diretor Lourival Batista Pereira e o Assessor técnico Agnaldo Vaz,  estarão presentes.

Espera-se que nesta reunião, a segunda depois da entrega do documento, em junho, a comissão tenha respostas positivas às reivindicações apresentadas pelos sindicatos.

Sindicalização: campanha vitoriosa da categoria

Neste mês de outubro, encerra mais uma etapa da Campanha de Sindicalização. Você associado do Sindicato tem até o dia 26 para associar seus colegas de trabalho. Você sabe, quanto mais sócios você fizer mais força terá sua entidade de classe nas lutas em defesa do seu salário e dos seus direitos trabalhistas e ainda a possibilidade de ampliar as conquistas. E mais, ao associar seus colegas, você ganha prêmios.

Dia 10 de novembro, na assembléia final da campanha salarial, haverá o sorteio final. Não deixe de participar.

Todos(as) os(as) sócios(as) da entidade são convidados(as) a sindicalizar seus companheiros(as).
Ao lado os critérios e como se desenvolve a Campanha. Lembre-se: ao sindicalizar você ganha prêmios e um Sindicato cada vez mais forte

A Campanha começou dia nove de fevereiro, término previsto para 26 de outubro. O sorteio dos prêmios acontecerá na assembléia da categoria, que deverá acontecer em dez de novembro de 2007.
Para o sorteio final, os (as)  sócios (as) sindicalizadores (as) concorrerão a prêmios, condicionados ao número de novos(as) sócios(as) que fizerem. Serão dois sorteios, e um 3º sorteio, uma (1) Câmera Fotográfica Digital, do qual participarão também os(as) sócios(as) presentes na assembléia, devidamente credenciados(as) dentro dos critérios estabelecidos.

cinco de novembro, dia do químico

A iniciativa da criação do dia do químico foi do vereador Francisco Chagas, PT da capital e diretor deste sindicato. A história de luta da categoria é que motivou esta iniciativa do vereador, que participou de boa parte desses momentos. O dia cinco de novembro, em 1985, marcou o início de uma greve geral da categoria, cujo resultado, além de importantes conquistas, consagrou o ramo químico como uma das mais fortes categorias profissionais na capital.

Ao longo da história recente a categoria protagonizou importantes lutas e conquistas, como o debate e a conquista do medicamento genérico, a convenção específica para questões relacionadas à segurança no trabalho. Mais recentemente a convenção coletiva que garante capacitação e trabalho para pessoas com deficiência, no setor farmacêutico.

Os trabalhadores do ramo químico participaram de todas as mobilizações nacionais de interesse do trabalhador e da sociedade em geral, como a constituinte de 1988. Os trabalhadores do ramo químico têm seu dia porque têm história.

Campanha reivindicatória 2007/2008: agora, negociação e luta

O caminho até agora percorrido foi de intensa mobilização das bases da categoria. A direção do Sindicato e as equipes de sindicalização e mobilização acompanharam os trabalhadores e trabalhadoras nas portarias das empresas. Num primeiro momento apresentaram a proposta de pauta e convocaram para as plenárias regionais, em seguida a convocação foi para a assembléia que definiu a pauta.

Agora toda atenção da categoria se volta para o calendário de negociações, entre o Sindicato dos trabalhadores, junto com a Fetquim/CUT, de um lado, e o sindicato patronal de outro. As rodadas de 16 e 18 de outubro acontecem às 9h; já as rodadas de 24 e 31 de outubro acontecem no período da tarde, às 14h. Nesses quatro encontros serão debatidos os itens da pauta de reivindicações encaminhada no início de outubro.

A FETquim/CUT coordena a campanha reivindicatória deste ano. A entidade reúne os Sindicatos: químicos e plásticos de São Paulo e região, químicos do ABC e químicos Unificados de Campinas, Vinhedo e Osasco.

A pauta unificada do ramo químico cutista contém as propostas aprovadas em todos os Sindicatos que participam FETquim/CUT, para garantir essas conquistas a continuidade da participação da categoria é fundamental

Principais reivindicações

1. Reajuste salarial: a reposição da inflação mais 5% de aumento real
2. Contratação direta de trabalhadores: trabalho igual, direitos iguais
3. Redução da jornada e sábados livres
4. Saúde e segurança no trabalho, fim do assédio moral
5. Estabilidade para o acidentado
6. Igualdade de oportunidades para mulheres e homens
7. Garantia de OLT (Organização no Local de trabalho)
8. PLR

Editorial: campanha salarial e outros desafios

No primeiro semestre deste ano, quando iniciamos os preparativos da campanha salarial dos trabalhadores que têm data-base em 1º de novembro, estávamos lado a lado com a CUT e demais centrais sindicais na mobilização em defesa dos direitos dos trabalhadores. O movimento nacional adotou a seguinte chamada: “deputado, vote com os trabalhadores”, um apelo aos parlamentares para que votem projetos e outras medidas em favor da classe trabalhadora.

Esta mobilização continua, com plantão permanente de representantes da CUT, no Congresso Nacional, para observar como atuam os deputados em matérias de interesse dos trabalhadores. E junto com esta movimentação vem aí, em dezembro, a tradicional marcha nacional do salário mínimo. Forma de luta que vem se consolidando, pela valorização do salário mínimo.

De novo, os químicos e plásticos marcarão presença nesta mobilização, com participação efetiva nesta marcha. Mesmo porque, a elevação do salário mínimo significa, também, o aumento dos pisos salariais das categorias e demais salários de profissionais em geral. É preciso lembrar que o valor da mão-de-obra brasileira é uma dos mais baixos do mundo.

A exemplo da campanha “deputado, vote com os trabalhadores”, a marcha nacional pela valorização do salário mínimo também tem tudo a ver com nossa campanha salarial. Nossa atuação sindical sempre foi no sentido de somar nossas lutas específicas com as mobilizações e desafios gerais da classe trabalhadora.

Nesse momento, priorizamos as atividades da campanha salarial, as negociações, as mobilizações necessárias, desta categoria e outras dos mesmos setores produtivos que têm data-base em novembro. No Estado de São Paulo somos mais de 150 mil em luta para garantir nossas conquistas. Mas não abrimos mão de participar das lutas gerais da classe. E vamos à marcha!

Diretoria Colegiada

Químicos de são Paulo

A categoria também aprovou a compra de um imóvel na Cidade de Praia Grande, no bairro Solemar, para construção do estacionamento da Colônia de Férias que está em construção, também aprovou a filiação desta entidade sindical à ICEM (Federação Internacional de Trabalhadores do Ramo Químico).
A ICEM é uma federação sindical mundial cuja base industrial abrange os seguintes setores produtivos: energia, minerais, ramo químico e farmacêutico, papel e celulose, borracha, diamantes, pedras preciosas, ornamentos e fabricação de jóias, vidro, cerâmica, cimento e indústrias afins, metalúrgicos, serviços ambientais, entre outras.

ICEM representa mais de 400 entidades sindicais que abrangem mais de 20 milhões de trabalhadores nas indústrias de 120 países dos cinco continentes (África, América, Ásia, Europa e Oceania) e tem compromisso com a aplicação global das normas e práticas recomendadas pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

12 de outubro

Dia de brincar no clube de campo

No dia das crianças haverá no Clube de Campo, em Arujá, a tradicional festa para as crianças e este ano com muito mais atrações para a criançada e também para os adultos. Piscina de bolinha, futebol no sabão, escalada na pirâmide, além da piscina, quadras e o parque das crianças. Os palhaços animarão a festa das crianças, que terão pipoca, algodão doce, refrigerante e cachorro quente, entre outras guloseimas.

Você associado da entidade vá e leve seus filhos para um dia das crianças diferente.

Sorteio dos apartamentos do Clube de Campo

Atenção associados do Sindicato, dia cinco de outubro, às 19h, na sede central, sorteio dos apartamentos do Clube de Campo, em Arujá, para quem quer passar o feriado de 12 de outubro no Clube com a família.

Campanha Reivindicatória 2007/2008: sua participação faz a diferença

A pauta unificada do ramo químico cutista do estado de São Paulo foi entregue no sindicato patronal, dia dois de outubro. A FETquim/CUT (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo) que coordena a campanha reivindicatória este ano, reúne os Sindicatos: químicos e plásticos de São Paulo e região, químicos do ABC e químicos Unificados de Campinas, Vinhedo e Osasco.

Pauta entregue, agora toda atenção da categoria se volta para o calendário de negociações e participação nas atividades convocadas pelo Sindicato.

Portanto, em continuidade ao processo de mobilização da categoria, desde as manifestações nas portas das empresas, as plenárias regionais, realizada dia 21 de setembro, a grande assembléia realizada, dia 28 de setembro, toda a categoria está convocada a se manter unida e organizada a partir do seu local de trabalho, junto com seu Sindicato de classe para garantir que sejam atendidas as reivindicações.

Vale lembrar que a data base do setor químico, plástico, cosmético, tintas e vernizes e similares é 1º de novembro, até lá fique atento às convocações de sua entidade de classe e participe para ampliarmos as conquistas da categoria.

À luta, em sua legitima defesa

A pauta unificada do ramo químico cutista contém as propostas aprovadas em todos os Sindicatos que participam FETquim/CUT, para garantir essas conquistas a continuidade da participação da categoria é fundamental

1. Reajuste salarial: a reposição da inflação mais 5% de aumento real
2. Contratação direta de trabalhadores: trabalho igual, direitos iguais
3. Redução da jornada e sábados livres
4. Saúde e segurança no trabalho, fim do assédio moral
5. Estabilidade para o acidentado
6. Igualdade de oportunidades para mulheres e homens
7. Garantia de OLT (Organização no Local de trabalho)
8. PLR