Identidade de classe com muita categoria

A partir deste ano, o dia 05 de novembro é mais uma data importante no calendário da categoria, é o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador químico.

Mais de 300 trabalhadores passaram na sede central do Sindicato no sábado, dia 05/11, nas comemorações da data.

Desde as 9h da manhã, na abertura da 1ª Feira Cultural da categoria que reuniu mais de 20 artesãos e seis poetas populares que mostraram seu talento.

Às 15h aconteceu a assembléia da categoria e em seguida o ato solene que marcou a data, com a presença do vereador e diretor do Sindicato, Francisco Chagas, autor da lei que instituiu 05 de novembro como dia do trabalhador(a) químico que parabenizou a categoria por suas históricas lutas e conquistas.

Durante o ato os diretores Martisalem Covas Pontes (Matú) e Rítalo Alves Lins destacaram a importância do Dia do Trabalhador químico e ressaltaram a necessidade de fortalecer a identidade da categoria, o trabalhador químico, assim como outras categorias, metalúrgicos, bancários, etc.

Logo após teve início o show cultural na quadra onde todos(as) puderam dançar e se divertir ao som de boa música.

Categoria garante avanço e decide lutar por mais

Mais de 300 trabalhadores presentes na sede do Sindicato, em assembléia, decidiram pela aprovação das propostas do sindicato patronal em relação ao reajuste salarial, piso da categoria, PLR e demais cláusulas da pauta de reivindicações da categoria. E mais: deliberaram que é necessário continuar a mobilização em cada empresa, em cada local de trabalho para garantir avanço nas suas conquistas.

Os salários serão reajustados em 8%, sendo 7% a partir de 1º/11/2005 e mais 1% em abril de 2006, o piso da categoria passa para R$ 607,23 e o valor da PLR foi corrigido em 10%, ou seja, seu valor mínimo é de R$ 440,00 (veja ao lado sobre formas e datas de pagamento). Vale lembrar que este Acordo vale para os trabalhadores das indústrias dos setores químico, petroquímico, plástico, cosmético, tintas e vernizes, sabão e velas – o setor farmacêutico tem data-base em 1º/04.

A depender do índice da inflação para o mês de outubro, o reajuste salarial da categoria deverá ter como aumento real algo em torno de 2,7%, índice que vem se consolidando como patamar de quase todas as categorias em negociações de campanhas salariais (metalúrgicos, bancários, petroleiros e outros). Ainda não é o ideal, a categoria quer mais. Por isso deliberou a continuidade das mobilizações e lutas nas empresas.

Política externa pela soberania

O Encontro da cúpula das Américas, em Mar Del Plata, na Argentina, que reuniu chefes de estados dos países do Continente americano (exceção de Cuba) para debater questões políticas e comerciais, bem como a visita do presidente dos EUA, George Bush, ao Brasil evidencia duas questões que marcam a história recente do nosso país e de outros países da América do Sul na relação com o “Tio Sam”.

Primeiro, o presidente Bush se consolida como um dos governantes mais odiados do planeta. As manifestações na Argentina e no Brasil marcam as reações populares contra esse chefe de Estado conhecido como o “Senhor da guerra”, alguém que quer impor seus interesses e os interesses das grandes corporações norte americanas sobre todas as nações, ainda que isso venha a significar genocídios, como no caso da guerra do Iraque, opressão sobre os povos de outros países, degradação ambiental…

No debate sobre a retomada das negociações rumo a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) os presidentes LULA (Brasil), Kirshner (Argentina) e Hugo Chaves (Venezuela) reafirmaram posição contra a implantação deste mercado comum nas bases em que o governo norte-americano tenta impor. Este é o segundo ponto que marca a história recente: o fim da submissão sul-americana aos interesses do norte.

Todo apoio e participação nas manifestações contra o governo Bush. Que se fortalece ainda mais com a atuação de governantes como LULA, Kirshner e Hugo Chaves, que desenvolvem suas políticas externas pela soberania e autodeterminação dos povos.

A diretoria colegiada

Trabalhador químico tem seu dia a comemorar

Em novembro comemoramos o Dia do Trabalhador do Ramo Químico como forma de lembrar das lutas de companheiros que sacrificaram suas histórias pessoais em favor da coletividade em tempos de intolerância. É também uma data, esse 5 de Novembro, para a reflexão sobre a importância do setor e dos homens e mulheres que fazem dele fundamental para a economia e a saúde da sociedade.

Foi por essa dupla convicção que apresentei o projeto de Lei que institui o Dia do Trabalhador do Ramo Químico, aprovado pela Câmara em 2004. Trata-se de uma justa homenagem a uma categoria que lutou e venceu para derrubar heranças da ditadura. Os trabalhadores do ramo químico, organizados e unidos con-quistaram em 1985 muitos dos direitos que depois foram inseridos na Constituição Federal. Ainda mais nos dias atuais, é preciso uma parada para pensar, um momento para recordar das lutas do passado. Não com saudosismo, mas como forma de revi-gorar as energias na luta para avançarmos em conquistas; e temos também de aproveitar essa reflexão para evitar retrocessos.

Precisamos ampliar a participação da categoria dos químicos, a qual devo uma boa parte de minha formação política, na sociedade, dar publicidade para a cidade da importância desses profissionais e debater temas próprios, mas que impactam toda a sociedade. Foi assim na década de 1990, quando conquistamos a Convenção das Prensas Injetoras, que estabeleceu dispositivos de segurança para estas máquinas. O acordo reduziu em até 65% o número de acidentes nas máquinas injetoras, salvando a vida e a capacidade produtiva de vários companheiros.

E qual a razão de termos um dia específico? Não podemos nos dis-persar. Temos de manter uma rotina, ainda que anual, de nos reunirmos para debater todas essas questões. E essas são as razões para esse Dia do Trabalhador Químico. Vamos lembrar nossas lutas, prestar justa homenagem a nossos companheiros e discutir, debater e refletir sobre nossa condição e nosso futuro. Convido a todos para essa homenagem e reflexão.

Francisco Chagas, diretor do Sindicato e vereador pelo PT/SP

05 de novembro, um dia especial para você

Motivos para comemorar
Dia do Trabalhador químico que realça a importância da categoria, e do Sindicato, um dos maiores e mais importantes do país, por sua histórica contribuição nas lutas sociais desde sua fundação em 1935.

Muitas razões para lutar
Economia em crescimento, produção e vendas em alta, são motivos para o trabalhador(a) químico lutar por aumento real, PLR, redução na jornada, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e melhorias nas condições de trabalho.

Uma programação especial em sua homenagem, trabalhador químico
Para comemorar a data o Sindicato promove uma série de atividades cujo objetivo é reunir todos os trabalhadores químicos que fazem algum tipo de manifestação cultural, seja artesanato, poesia, música, fotografia, dança, teatro entre outras. Você não pode perder. participe. Veja programação.

Das 9h às 15h – Feira Cultural apresentação de manifestações artísticas dos(as) trabalhadores(as) químicos(as)

Das 15h às 18h – Assembléia da categoria e ato solene em comemoração ao Dia do Trabalhador químico

Das 18h às 22h – Atividade cultural

Sábado, 05 de novembro, 15h, assembléia geral

Concluída a agenda de negociação com o sindicato patronal, agora é o momento de decidir sobre suas propostas.  Reivindicamos 16,14% de aumento, que significam a soma de 5% de aumento real, mais reposição das perdas passadas e inflação de um ano para cá.

O momento é favorável para garantirmos essa conquista, afinal a economia do país vai bem, as empresas nunca produziram tanto e as vendas estão em alta.

É hora dos trabalhadores terem seus esforços reconhecidos e isso se faz com aumento real de salários, PLR compatível, melhoria nas condições de trabalho, redução da jornada de trabalho.
Nesse momento conta a organização e união dos trabalhadores químicos junto com o seu Sindicato de classe a fim de que juntos conquistem mais essa importante vitória para a categoria.

Portanto, você trabalhador químico não pode ficar de fora. Participe, dia 05/11 (sábado), às 15h, na sede central do Sindicato, da assembléia para avaliar e decidir sobre as propostas dos patrões.

Trabalhador Químico, Com Muita Categoria

Por força do modelo de organização sindical previsto em lei, há mais de 50 anos, os trabalhadores são identificados enquanto categorias profissionais. Nesse caso temos exemplos clássicos, como metalúrgicos, bancários, professores, petroleiros, gráficos.

Esse conceito de ramo de atividade identifica mais precisamente o trabalhador químico nos seus diferentes segmentos de produção. No setor de cosmético, pelo manuseio dos produtos e sua química. Nos setores plásticos e de tintas, em razão da origem de sua matéria prima. No setor farmacêutico, por conta da produção de medicamentos. Ou seja, havendo a mistura química e o manuseio de produtos de origem petroquímica e de petróleo, caracteriza-se o ramo químico. Vale o mesmo para a produção de sabão e velas e setor de fertilizantes. 

O trabalhador químico é tanto aquele que produz uma vela como aquele que opera uma máquina extrusora, ou atua na produção de tintas, perfumes, medicamentos etc.

É por conta desse raciocínio que a diretoria do nosso Sindicato, a partir da iniciativa do vereador Francisco Chagas (PT-SP), também dirigente desta entidade, passa a comemorar o Dia do Trabalhador químico (05 de novembro) É uma data para reflexão da nossa história, para debate sobre o presente, em busca de um futuro melhor e, principalmente, para reforçar nossa identificação enquanto trabalhadores desse importante ramo de atividade da economia nacional.

Você, seja da indústria plástica, de cosmético, farmacêutica ou qualquer outro segmento de produção do ramo químico, venha comemorar conosco o 05 de novembro, dia do trabalhador químico, que somos todos nós.

Aumento real: motivos reais

O faturamento das empresas têm crescido consideravelmente nos últimos anos em função do aumento das vendas, no mercado interno e principalmente na exportação. Os empresários brasileiros, mesmo com queda do dólar, moeda norteamericana que rege o mercado internacional, nunca exportaram tanto.

Mesmo com a política de juros, que agora dá sinais de mudanças e com a turbulência política, a economia continua seu caminho de crescimento. As empresas produzem cada vez mais e contratam mão de obra. O mercado aquecido vende mais. Esse é o cenário da Campanha Salarial deste ano.

A revista Exame, em sua publicação anual, mostra a lista das maiores e melhores empresas em 2004. A indústria química teve um faturamento líqüido na ordem de 24%, o que representa mais de R$ 170 bilhões de reais. Destaque-se para a Bunge Fertilizantes, com crescimento na ordem de 19,5%, a Singenta (Química e petroquímica), cresceu na ordem de 24%.

Na produção destaque para a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos que entre 2000 e 2004 tiveram crescimento nas exportações de 97,5%. Os fabricantes de tintas, para 2005 estimam um crescimento de 4% no faturamento. Em 2004 foi de 1.75 bilhões de dólares.

Os trabalhadores são responsáveis diretos pelo aumento da produção e crescimento do faturamento das empresas. É mais do que justo que os empresários reconheçam o valor dos seus empregados e concedam aumento real de salários e melhorias nas condições de trabalho.

Portanto, você trabalhador químico é convidado a participar das atividades convocadas por sua entidade de classe a fim de garantir com mobilização e luta a vitória da categoria.

Mobilização da categoria rumo a novas conquistas

Aumento: reivindicamos 16,14%
São 16,14% a título de reposição, incluindo 5% a título de aumento real. Com crescimento da economia que favorece o aumento da produtividade e do faturamento das empresas, é mais do que justo que os trabalhadores, responsáveis diretos pela produção, tenham direito a aumento real de salários.

Redução da jornada de trabalho, sem redução de salários
Uma das formas de garantir novos postos de trabalho e a conseqüente diminuição do desemprego é a redução da jornada de trabalho. Trabalhando menos trabalharão todos e você terá oportunidade para se aperfeiçoar profissionalmente e ter mais tempo para seu descanso, o que também contribuirá com o aumento da produção.

Sistema único de representação
Garantir através de negociação coletiva com o Sindicato profissional, a criação do SUR (Sistema Único de Representação), com estabilidade prevista em lei, que será composto da parte eleita pelos empregados na CIPA, dos dirigentes sindicais existentes na empresa e por outros representantes eleitos  pelos trabalhadores no âmbito do local de trabalho.

Fim das terceirizações
Toda a mão-de-obra existente na empresa tem que passar a ser contratação direta da própria empresa. Chega de terceirização, chega de manobras para dividir os trabalhadores no local de trabalho e de artimanhas para deixar de cumprir direitos e conquistas nas empresas.

Igualdade de oportunidades entre homens e mulheres
Além de funções iguais, salários iguais. É preciso, também, garantir que ambos, homens e mulheres tenham as mesmas condições de ascensão aos cargos de chefia e outras promoções dentro da empresa.

Limitador das horas extras
Além de garantir também o aumento de postos de trabalho, limitar as horas extras é fundamental para permitir ao trabalhador que tenha tempo suficiente para seu descanso e lazer e, sobretudo, para o convívio familiar.

Inclusão das pessoas com deficiência
Garantir que seja cumprida a lei que determina que as empresa tenham em seu quadro de funcionários 5% de trabalhadores com necessidades especiais. As empresas se comprometem a não fazer restrições para a admissão dessas pessoas.

Não à truculência e manipulação

O momento da economia nacional é favorável para as mobilizações e lutas das campanhas salariais. Há geração de emprego, apesar do ainda grande número de desempregados, a produção industrial alcança níveis excelentes, as exportações batem sucessivos recordes, o mercado interno também vai se expandindo. Enfim, o país vive um inegável processo de crescimento econômico e a classe trabalhadora exige sua parte.

Por outro lado, governos estaduais adotam a lógica da repressão, colocando a polícia para reprimir trabalhadores que se mobilizam em defesa de suas reivindicações. Veja, por exemplo, o vergonhoso papel da Polícia Militar paulista contra os bancários, e a cena de covarde violência da PM gaúcha, que acabou tirando a vida de um sindicalista, o companheiro Jair Antônio da Costa, do Sindicato dos sapateiros de Sapiranga/RS.

Esses governos estaduais trazem para o campo sindical a lógica de sua atuação política. Agem em favor do capital, tentam desmoralizar e desmobilizar a esquerda, seja no campo político partidário, seja no movimento sindical. Querem, através da violência e manipulação dos fatos, transmitir uma falsa idéia de incapacidade da classe trabalhadora na atuação política e na defesa de seus direitos.

Nossa resposta a essa truculência, como sempre, deve ser a luta organizada, nossa união e, principalmente, a disposição de luta. O significado da nossa campanha salarial vai além do esforço de cada um de nós por conquistas salariais e melhores condições de trabalho. Tem a ver com cidadania e dignidade, denúncia e protesto contra governos estaduais como o de Alckmin, em São Paulo, e Germano Righoto, no Rio Grande do Sul.