Indústrias químicas e farmacêuticas não podem parar

Por se tratar de serviço essencial, principalmente neste momento devido a pandemia de coronavírus,  a indústria farmacêutica e química não vão acatar os  feriados antecipados pela prefeitura.

O setor farmacêutico formalizou um acordo junto ao Sindicato dos Químicos e os empresários da indústria química elaboraram uma circular. Os documentos orientam as empresas a manterem a jornada normal na próxima semana, uma vez a que a produção não pode parar.

Portanto, independentemente da resolução da prefeitura, os trabalhadores dos setores farmacêutico e químico  devem acatar as informações da empresa onde trabalham.

Sobre os feriados

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados a partir da próxima sexta-feira (26), com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e tentar diminuir o contágio por covid-19.

Dois feriados são deste ano e outros três, de 2022. Os feriados de São Paulo serão antecipados para os dias: 26, 29, 30 e 31 de março, além de 1° de abril. Com a emenda do feriado de Páscoa (4 de abril), os paulistanos terão dez dias de feriado.

Veja abaixo o acordo do setor farmacêutico e a circular do setor químico:

Acordo-Coletivo Feriados – Farmacêuticos

Circular Feriados – Químicos

 

Brasil é governado por um genocida, afirma Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (19), em entrevista ao jornal francês Le Monde, que o Brasil é governado atualmente por um “presidente genocida”. Ele destacou o discurso negacionista empregado por Jair Bolsonaro desde o início da pandemia, combatendo o uso de máscaras e o isolamento social, e apostando em medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. Além disso, Lula também comparou a pandemia a uma “Terceira Guerra Mundial” e pediu união dos líderes internacionais no combate à doença.

“Comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. Pessoas morrendo nos portões dos hospitais, a fome voltou. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de livros e vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida. É realmente muito triste”, afirmou o ex-presidente.

Lula afirmou que um presidente que “tivesse a noção do que significa governar” teria criado um comitê de crise para o enfrentamento da pandemia. No entanto, Bolsonaro preferiu comprar milhões de doses de cloroquina.

“O que nosso governo fez? A primeira coisa que disse foi que não acreditava na doença. Bolsonaro disse que era uma ‘gripezinha’ e que, sendo militar, não pegaria. Ele inventou a história da cloroquina. Ele comprou milhões de doses de Donald Trump”, criticou.

Lula disse, ademais, que Bolsonaro é “ignorante”. “Hoje, ele continua a dizer que usar máscara é um sinal de covardia. Bolsonaro é tão ignorante! Ele acredita que, ao se recusar a admitir a gravidade da pandemia, a economia vai se recuperar novamente. A única cura é vacinar o povo brasileiro”, afirmou disse o ex-presidente.

Apelo internacional

Lula ressaltou que, desde o início da pandemia, os líderes mundiais não se reuniram para discutir o enfrentamento da doença. Para ele, a prioridade é discutir a liberação de vacinas para todo o mundo. “Apelo ao presidente Emmanuel Macron: chame o G20. Ligue para Joe Biden, Xi Jinping, Vladimir Putin e o resto. Estamos em guerra, é a Terceira Guerra Mundial e o inimigo é muito perigoso! A vacina não deveria ser um produto de mercado como é hoje, mas se tornar um bem comum da humanidade”. Ele já havia feito esta mesma exortação, direcionada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em entrevista à CNN norte-americana.

Eleições

Sobre a continuidade dos processos da Lava Jato, que tiveram suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente afirmou que está “muito confiante” e “tranquilo”. Além disso, apontou que o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol “são culpados” e “sabem” que ele é inocente. “Eu dizia isso na prisão: a verdade vai vencer e está vencendo.”

Por outro lado, mesmo diante dessa decisão que restituiu seus direitos políticos, Lula disse que é difícil dar uma resposta simples sobre se será candidato contra Bolsonaro nas eleições de 2022. “Sinceramente, não sei! Eu tenho 75 anos. Em 2022, na época das eleições, terei 77. Se eu ainda estiver em grande forma, e for estabelecido um consenso entre os partidos progressistas deste país para que eu seja candidato, bem, não verei nenhum problema para estar. Mas já fui candidato, já fui presidente e cumpri dois mandatos. Também posso apoiar alguém em boa posição para vencer. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro governar mais este país.”

CUT chama lockdown dia 24 de março 

A CUT e as demais centrais sindicais estão chamando um lockdown na próxima quarta-feira (24). A proposta é que os trabalhadores não saiam de casa e não trabalhem.  Será um Dia Nacional de Luta, em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego, do Auxílio Emergencial de R$ 600

Já são mais de três meses sem auxílio emergencial; o caos na saúde pública avança com hospitais sem leito de enfermaria, nem de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até sem medicamentos básicos para dor; faltam vacinas anti-Covid-19 e as taxas de desemprego continuam subindo.

Para a CUT, o agravamento da pandemia é devido à irresponsabilidade do governo federal, que não investiu em vacinas,  testagem em massa, num plano de imunização e em políticas de distanciamento social para redução do contágio, dentre outras importantes ações.

A direção da Central ressalta que a falta das políticas sanitárias e econômicas obriga a classe trabalhadora a ir para as ruas em busca de dinheiro para sobreviver e, com isso, se aglomera nos locais de trabalho, no transporte coletivo, nas estações de trem e metrô e nos terminais e pontos de ônibus, ficando expostas à contaminação e morte.

 

 

Doria ignora pedidos de lockdown

O sistema de saúde da cidade de São Paulo e de todo o Estado estão completamente saturados, com 91% das unidades de terapia intensiva (UTI) ocupadas e recordes diários de mortes, mesmo assim, o governador João Doria ignorou os pedidos para a decretação de lockdown feitos por prefeitos de 19 cidades da Grande São Paulo.

O vice-governador paulista, Rodrigo Garcia, disse que a atual fase emergencial da quarentena é “equivalente a um lockdown” e é preciso aguardar o encerramento do período para analisar os resultados. No entanto, desde o dia 6 de março, quando teve início a fase vermelha em todo o estado, não houve nenhuma melhora na situação.

Ontem (18), o prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, anunciou o pedido por um lockdown na Grande São Paulo. Segundo ele, também participaram da decisão os prefeitos das 12 cidades do consórcio Alto Tietê. Eles querem a suspensão total das atividades por sete dias, inclusive com a interrupção dos transportes metropolitanos. A ocupação de UTI no ABC está em 89,7% e no Alto Tietê, em 92,2%.

Doria diz que faltou bom senso, sobre feriados

O governador João Doria criticou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, por não dialogar com o governo e com outros prefeitos sobre a decisão de antecipar os feriados.  Doria declarou que faltou “bom senso”.  O temor é que o feriado prolongado anunciado cause aglomerações no litoral. Em resposta, o prefeito Bruno Covas afirmou que “o senso que falta é o de urgência”.

Para desestimular a ida de paulistanos ao litoral, o governo do estado vai suspender a Operação Descida e diminuir o número de faixas reservadas para automóveis nas rodovias Imigrantes e Anchieta.

São Paulo terá dez dias de feriado para conter o vírus

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados a partir da próxima sexta-feira (26), com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e tentar diminuir o contágio por covid-19.

Dois feriados são deste ano e outros três, de 2022. Os feriados de São Paulo serão antecipados para os dias: 26, 29, 30 e 31 de março, além de 1° de abril. Com a emenda do feriado de Páscoa (4 de abril), os paulistanos terão dez dias de feriado.

Os feriados antecipados são Corpus Christi (3 de junho 2021/22), Consciência Negra (20 de novembro 2021/22) e o aniversário da cidade (25 de janeiro de 2022).

O prefeito Bruno Covas tomou essa decisão após a capital registrar a primeira morte de um paciente com covid-19, na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

País perdeu em investimentos 40 vezes o valor recuperado pela Lava Jato

O estrago econômico e social provocado pela Operação Lava Jato de Curitiba, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, foi intencional e teve como objetivo possibilitar a implementação de um projeto que beneficia os interesses estrangeiros sobre o petróleo brasileiro, avaliou o presidente da CUT, Sérgio Nobre, durante a apresentação oficial, na tarde desta terça-feira (16), do estudo realizado pelo Dieese, a pedido da Central, que mostra os impactos negativos da operação na economia brasileira.

A Petrobras, assim como grandes outras empresas, foi o principal alvo da operação, ressaltou Sérgio. “Desde o início dessa operação, nós já dizíamos que empresas não cometem crimes, pessoas sim. E são elas que têm que ser investigadas e punidas. Não as empresas”, disse o presidente da CUT.

Os dados mostram que a operação, propagandeada com uma das maiores de todos os tempos no combate a corrupção, na verdade, foi responsável pelo caos econômico e social que o país vive.

Intitulado de “Implicações econômicas intersetoriais da operação Lava Jato”, o estudo mostra que Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimento no período de 2014 a 2017.

O montante que o país perdeu em investimentos é 40 vezes maior do que os recursos que os procuradores da força-tarefa da lavo jato do Paraná anunciaram ter recuperado e devolvido aos cofres públicos, ressaltou o dirigente.

No total, a Lava Jato contribuiu para exterminar cerca de 4,4 milhões de postos de trabalhos.

O presidente da CUT reafirmou que não há ninguém mais interessado no combate à corrupção, aos desvios de verbas públicas, do que a classe trabalhadora, segmento que mais se beneficia de recursos públicos quando bem utilizados, mas a atuação da república de Curitiba não estava interessada nisso.

A maneira como as denúncias eram feitas visava a desmoralização e a destruição da imagem de empresas, inclusive paralisando atividades, resultando em perda de postos de trabalho, disse. “Foi uma exposição sem precedentes para a marca e para a credibilidade dessas empresas. Ninguém negocia com empresas expostas na mídia como corruptas, irregulares”, disse Sérgio Nobre.

Este foi o método, disse ele, utilizado contra a Petrobras, uma das petrolíferas mais importantes do mundo e um importante instrumento de desenvolvimento do país. O objetivo era claro, queriam destruir a empresa para depois privatiza-la.

Paralelamente, empresas do ramo de engenharia que vinham ganhando destaque no setor de construção civil e até conquistando mercado internacional, como Odebrechet, Camargo Correia e outras, também viraram alvos de investigação e igualmente sofreram as consequências da Lava Jato.

A Lava Jato foi também um instrumento de perseguição política que possibilitou ao projeto radical de direita chegar ao poder, destruindo o Brasil.

Veja a matéria completa no site da CUT

CUT repudia declaração de Guedes sobre seguro-desemprego

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a atacar os trabalhadores insinuando que desempregado não procura um novo emprego por receber o seguro-desemprego.

Para a CUT (Central Única dos Trabalhadores) a proposta é uma “ofensa”.  Quintino Severo, representante da CUT no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), órgão responsável pelo pagamento do seguro-desemprego, disse que a CUT repudia com veemência a alegação do governo Bolsonaro de que o trabalhador não procura emprego por ter o seguro.

Guedes quer reduzir o valor das parcelas do benefício. A proposta é reduzir 10% a cada mês

Atualmente, dependendo da faixa salarial, o trabalhador tem direito a receber até cinco parcelas de R$ 1.100,00 a R$ 1.911,84. Guedes quer pagar a primeira parcela com valor cheio e depois reduzir, 10% a cada mês..

As medidas estudadas são um contrassenso em época de alto desemprego, critica o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clóvis Scherer, que assessora a CUT no Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Para Scherer, essas medidas deveriam ser analisadas se o país estivesse com alto índice de emprego e no caso dessas vagas estarem sendo rejeitadas. Ainda assim, o tema deveria passar pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e pelos sindicatos,legítimos representantes dos trabalhadores.

 

Doria maquia dados e nega transporte lotado

O governador paulista, João Doria (PSDB), distorceu dados para negar que o transporte coletivo em São Paulo esteja lotado em plena fase emergencial (roxa) da quarentena. Em coletiva de imprensa realizada hoje (17), foi apresentada uma comparação da demanda de passageiros desta terça-feira (16) com a de 11 de março de 2020, penúltimo dia antes do início da quarentena. Com isso, o governo Doria disse que houve redução de 58% na demanda de passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e 64% na demanda do Metrô, com o início da fase roxa.

A apresentação desses dados faz parecer que houve grande adesão das empresas e dos trabalhadores ao isolamento social. No entanto, se comparados com a demanda de fevereiro, os dados indicam baixíssima alteração da situação vista 17 dias atrás. No Metrô, a média do mês passado foi de 1,464 milhão de passageiros transportados por dia útil. Ontem, já na fase roxa, foram 1,334 milhão. Uma redução de apenas 8,9%. Já na CPTM, a média foi de 1,204 milhão de passageiros por dia, em fevereiro. Ontem ficou em 1,270 milhão. Um aumento de 5,5%. Ainda não há dados disponíveis desta semana de passageiros transportados nos ônibus metropolitanos e da capital paulista.

Veja a reportagem completa no site da Rede Brasil Atual (RBA)

SP entra “em fase emergencial” dia 15

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (11) novas restrições para o Estado de São Paulo, com o objetivo de tentar conter o avanço da pandemia.  A nova fase, chamada de “emergencial” é a mais restritiva do Plano SP e começa a valer a partir de segunda-feira (15).

Desde a semana passada todo o estado estava na fase vermelha do Plano SP, com apenas serviços classificados como essenciais funcionando, ainda assim, a situação se agravou.

A  média diária de novos casos aumentou 12% em uma semana e o número de óbitos também subiu na mesma proporção ( 12,3%). Em todo o Estado, neste momento, 9.184 pacientes  com covid estão internados em UTIs e  1.065 aguardam um leito na fila.

O que muda na fase emergencial (a partir do dia 15)

– O toque de recolher terá início das 20h até 5h;

– Praias e parques estarão fechados e com uso proibido;

– Proibição completa de qualquer aglomeração;

– Home office será obrigatório para todas as atividades administrativas não essenciais;

– Os serviços de entrega de alimentos e produtos ao cliente serão permitidos durante todo o dia apenas no sistema delivery; os drive-thrus estarão abertos entre 5h e 20h;

– Retirada de produtos e refeições está proibida;

– Lojas de material de construção estarão fechadas;

– As celebrações religiosas coletivas estão proibidas;

– Atividades esportivas coletivas foram suspensas;

– As escolas públicas estarão abertas apenas para alimentação e distribuição de materiais e chips (com agendamento prévio);

– A recomendação é para que todas as atividades nas escolas sejam reduzidas ao mínimo necessário;

– Na rede particular a prioridade deve ser o ensino remoto, mas as escolas poderão operar com 35% da capacidade;

– O recesso escolar foi antecipado para o período de 15 a 28 de março;

O governo orientou ainda a adoção de horário escalonado para algumas atividades prioritárias, com o objetivo de evitar aglomeração no transporte público.  Os trabalhadores da indústria devem entrar entre 5h e 7h.  Os de serviços, entre 7h e 9h e os do comércio entre 9h e 11h.