Decisão do STF deve servir de guia para que todos tenham julgamento justo, diz Lula

O ex-presidente Lula comentou o resultado do julgamento do STF que decidiu pela suspeição do juíz Sérgio Moro e anulou o processo do tríplex do Guarujá em postagem no Twitter, na última terça-feira (23).

“Esperamos que o julgamento realizado hoje pela Suprema Corte sirva de guia para que todo e qualquer cidadão tenha direito a um julgamento justo, imparcial e independente, tal como é assegurado pela Constituição da República”.

Na postagem, Lula colou a nota dos advogados de defesa Cristiano Zanin e Valeska Martins.

Para Zanin e Valeska, a decisão do STF é “histórica e revigorante” e comprova que o ex-juiz atuou como adversário político de Lula nas ações da Operação Lava jato em Curitiba.

Na nota oficial, os advogados afirmam: “Sempre apontamos e provamos que Moro jamais atuou como juiz, mas sim como um adversário pessoal e político do ex-presidente Lula, tal como foi reconhecido majoritariamente pelos eminentes Ministros da 2ª. Turma do Supremo Tribunal Federal.”

“Os danos causados a Lula são irreparáveis, envolveram uma prisão ilegal de 580 dias, e tiveram repercussão relevante inclusive no processo democrático do país. A decisão proferida hoje fortalece o sistema de Justiça e a importância do devido processo legal”, diz trecho da nota.

 

Brasil supera 295 mil mortos por covid. ‘País foi abandonado pelo presidente’, denuncia cientista dos EUA

O Brasil ultrapassou, nesta segunda-feira (22), a marca de 12 milhões de infectados e 295 mil mortos por covid-19. Isso, de acordo com os números oficiais fornecidos pelos estados ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Cientistas apontam que a realidade é seguramente mais trágica, já que a subnotificação, provocada pela baixa quantidade de testes realizados no país, é admitida até mesmo pelo governo negacionista de Jair Bolsonaro.

Em um período de 24 horas morreram mais 1.383 brasileiros, totalizando 295.425 mortos por covid desde o início do surto, em março de 2020. Os números às segundas-feiras ainda são defasados, já que um menor número de profissionais de Saúde trabalha aos domingos, especialmente os de análise clínica e diagnóstica. Os dados tendem a ser corrigidos nos dias seguintes. Também não foram computados os dados do Ceará no boletim de hoje, por problemas técnicos no processamento.

Contudo, o valor já é o maior para uma segunda-feira desde o início da pandemia. Em relação ao número de novos casos, foram registrados 49.293 nas últimas 24 horas, totalizando 12.047.526 desde o início da pandemia. O coronavírus está fora de controle no Brasil desde o fim do ano passado, e a pandemia mostra clara tendência de agravamento. Hoje, o país vive o pior momento do surto e também é o epicentro da pandemia no mundo. Há cerca de uma semana mais de 20% das mortes diárias de todos os países ocorrem no Brasil.

Pior momento da covid no Brasil

A última semana manteve o prognóstico de piora na pandemia e foi a mais letal e com maior número de casos de covid-19. O Brasil supera recordes diários da doença desde a terceira semana de fevereiro. Em sete dias, no último período, foram 15.661 mortes e 511.524 casos. Pela terceira semana seguida morreram mais de 10 mil brasileiros e, pela segunda semana, foram notificados mais de meio milhão de novos infectados.

Com a covid fora de controle no Brasil, cresce a pressão sobre Bolsonaro. O presidente, desde o início da pandemia, nega a gravidade da doença – chegou a dizer que não morreriam mais de 800 pessoas, como se fosse pouco –, desdenha das vítimas, ridiculariza o uso de máscaras protetivas, divulga mentiras para atacar vacinas, provoca e estimula aglomerações. Para completar, adota uma defesa “messiânica” de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19 como se fossem “milagrosos” – como a hidroxicloroquina e a ivermectina.

Sem comando

A condução da pandemia por Bolsonaro foi e segue de forma errática. Três ministros da Saúde já foram demitidos durante a pandemia, dois deles – Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich – por se negarem a seguir Bolsonaro no desrespeito à ciência. Já o general Eduardo Pazuello é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e mantém postura de total subserviência ao presidente. Ao assumir interinamente, em maio de 2020, eram pouco mais de 15 mil mortos no Brasil. Nas mãos de Pazuello e Bolsonaro, estão ao menos 280 mil mortes.

Mesmo com Pazuello já descartado, ele segue no cargo. Bolsonaro estaria tentando arrumar alguma forma de preservar seu foro privilegiado, temendo as consequências de sua atuação desastrosa diante do ministério.

Risco ao mundo

Hoje, o Brasil é um dos países que mais sofre restrições à entrada de seus cidadãos em viagens pelo mundo, em razão da falta de controle sobre a covid. A comunidade internacional vai se fechando quase que totalmente para o país, enquanto os vizinhos sul-americanos se articulam para fechar as fronteiras terrestres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que o Brasil representa um risco para o continente e para o mundo. Com o vírus circulando com grande intensidade e sem medidas efetivas do governo central de combate ao vírus, criam-se as condições para o surgimento de novas mutações do coronavírus. O receio é o do desenvolvimento de resistência às vacinas que já existem e que já consumiram grande soma de recursos e estudos em escala mundial.

Abandonados

O epidemiologista da Universidade Johns Hopkins Eric Feigl-Ding, um dos responsáveis pelo monitoramento da covid-19 no mundo, divulgou uma série de opiniões duras contra Bolsonaro. “Quero oferecer uma mensagem de esperança ao povo do Brasil. O mundo vê as dificuldades que vocês passam. Conversei com colegas da OMS e também no governo norte-americano. O mundo não esqueceu de vocês, mesmo que seu líder as vezes o faça (…) Bolsonaro é a pessoa que líderes de todo o mundo precisam chamar e pressionar. Ele está literalmente impedindo esforços para melhorar a situação. Se a crise continuar no Brasil, temo pela estabilidade do país.”

“Não acredito em destino fatal. ‘Não existe destino, se não o que construímos’. O Brasil precisa de ajuda, o Brasil precisa de mudança. O Brasil precisa de liderança que coloque a vida humana como prioridade, para colocar fim no sofrimento dos pobres. Que Deus e o mundo possa ajudar o povo brasileiro”, completa o cientista norte-americano.

 

Vagas para a indústria em várias regiões de São Paulo

A Marilac, agência de consultoria e recursos humanos, está com várias vagas para o setor administrativo de indústrias.

Acompanhe abaixo as oportunidades:

Analista e Auxiliar Administrativo

Analista e Auxiliar Financeiro

Analista e Auxiliar de Vendas

Analista e Auxiliar Fiscal

Analista e Auxiliar PCP

Analista e Auxiliar Contábil

Analista e Auxiliar de Compras

A agência atende indústrias dos mais diversos segmentos – químico, farmacêutico, plástico, metalúrgico, dentre outros- e tem vagas para o setor produtivo e administrativo.

Para se candidatar basta enviar o currículo para o e-mail [email protected] ou ligar para o tel. (11) 3508-8953, das 8h às 12h.

Assembleia decisiva do setor farmacêutico será dia 28

Após algumas conversas com os empresários do setor farmacêutico, o Sindicato quer discutir com os trabalhadores os rumos desta campanha salarial.

A assembleia será virtual, no próximo domingo, 28 de março, às 10 horas. Para participar é preciso se cadastrar antecipadamente neste link.

As principais reivindicações do setor são ganho real de 3%, reajuste de 10% no piso salarial e PLR equivalente a dois pisos salariais.

Setor cresce na crise

O setor farmacêutico é um dos únicos setores da economia que continua crescendo em plena crise. A indústria farmacêutica registrou crescimento de 12,13% em 2020 (R$ 126 bilhões). Em 2019 o crescimento registrado foi de 9,25%.

O aumento de vendas em unidades foi de 8,33% (R$4,7 bilhões). O dobro do que o registrado em 2019 (4,66%). A capacidade instalada da indústria segue estável em 76,8%. Foram gerados mais 1.337 postos de trabalho no estado de São Paulo.

Os dados são do Dieese e mostram que a indústria farmacêutica não foi afetada pela pandemia. “Mesmo com o dólar nas alturas e a dependência de insumos importados, o setor continua crescendo e melhorou sua performance durante a pandemia”, afirma Deusdete José das Virgens, diretor do Sindicato e coordenador de Finanças da Fetquim.

CUT divulga nota em defesa da vida e do auxílio de R$ 600

Na quinta-feira (18), dia em que morreram 2.659 brasileiros e brasileiras por complicações causadas pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) editou a Medida Provisória (MP) nº 1.039/2021, que determina uma nova fase do auxílio emergencial reduzindo o valor pago no ano passado, de R$ 600, para apenas R$ 250 e o número de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e informais com direitos ao benefício.

O governo também reduziu o valor recebido pelas mulheres chefes de família de R$ 1.200 para R$ 375 e as cotas individuais de R$ 600 para R$ 150,00. E, mesmo com valores absolutamente insuficientes para uma pessoa sobreviver, Bolsonaro reduziu o número de cotas por família de 2 para apenas 1 cota, ou seja, apenas R$ 250 por família. Como se não bastasse, incluiu critérios de renda, para reduzir o público que terá acesso ao benefício que será de apenas quatro parcelas.

De forma cruel, o governo Bolsonaro condena as classes populares a viverem na miséria e a passarem fome no momento em que o país enfrenta a segunda onda da pandemia, com média diária acima de 2.000 mortos.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro mantém sua postura negacionista, provocando aglomerações e sabotando as medidas de isolamento social decretadas por governadores e prefeitos que tentam reduzir as altas taxas de contaminações e mortes. Nos hospitais faltam leitos de enfermarias e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), medicamentos, oxigênio e insumos para tratar os pacientes. O colapso do sistema de saúde se espalhou pelo país e a classe trabalhadora é a mais atingida.

Para a CUT, é urgente um efetivo lockdown que amplie o isolamento social para pôr fim a esta tragédia e acabar com o sofrimento e as mortes promovidas por esse genocídio contra o povo brasileiro.

A direção Executiva Nacional da Central, considera que o auxílio emergencial, dentre outras medidas, é fundamental para assegurar condições básicas de sobrevivência de milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e informais para que eles possam ficar em casa.

E razões para isso não faltam. Somada à tragédia provocada pela pandemia, o desemprego bate recordes históricos e hoje atinge 13,9 milhões de pessoas. Grande parte de quem ainda trabalha, enfrenta a informalidade e trabalhos precários.

A inflação também disparou. Em um ano, os alimentos aumentaram 15,17%. Os produtos mais consumidos pelas famílias de trabalhadoras e trabalhadores chegaram a aumentar mais de 23% em 12 meses.

Esse é o resultado da política econômica desastrosa do governo. Bolsonaro que causou a maior queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 30 anos, aumentou a forme, a pobreza e o desemprego.

Recursos para investir na proteção da população existem!

O movimento sindical apresentou diversas propostas de como financiar políticas de proteção à renda dos trabalhadores e trabalhadoras, ao emprego e à vida. Mas o governo Bolsonaro prefere deixar os trabalhadores e trabalhadoras passando fome para agradar o mercado financeiro e para manter formas de drenar os recursos públicos para o setor privado, com as reformas neoliberais e as privatizações.

A CUT reafirma sua posição pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 sem critérios que excluam todos e todas que precisam de proteção nesse momento.

A CUT convoca todos os Sindicatos filiados para mobilizarem os trabalhadores e trabalhadoras, formais e informais, contra a ação destruidora do governo Bolsonaro.

Neste sentido, a CUT orienta todos os Sindicatos filiados a ampliar a organização e mobilização para o lockdown dos trabalhadores do dia 24 de março! Nesse dia, todos os trabalhadores e trabalhadoras devem ficar em casa em protesto contra o abandono promovido pelo governo e demonstrar a preocupação com o avanço da pandemia.

Fora Bolsonaro!

Auxílio emergencial de R$600!

Vacina para todos já!

Executiva Nacional da CUT

Padilha apresenta PL para acabar com carência de contribuições ao INSS durante pandemia

Sensível à denúncia apresentada pela FETQUIM sobre os 6,1 milhões de brasileiros que perderam a proteção social por não conseguirem manter o período de carência exigido pelo INSS, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) apresentou nesta semana projeto de lei 941/21 que resolve o problema.

O projeto apresentado por Padilha pede a suspensão do período de carência do auxílio saúde junto ao INSS enquanto durar a pandemia de Covid. “Exigir carência para o acesso ao auxílio doença por parte dos trabalhadores é agravar ainda mais o já trágico quadro social para milhões de famílias brasileiras”, afirma o deputado.

De acordo com levantamento realizado pelo pesquisador de Saúde da UNB e consultor da FETQUIM, Remígio Todeschini, existem 6,1 milhões de brasileiros excluídos do INSS por não conseguirem cumprir com a carência de 12 contribuições seguidas para obter benefícios, como auxílio doença e auxílio maternidade, entre outros. Relembre aqui.

O projeto segue para avaliação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a fim de dar urgência ou não em sua tramitação.

Indústrias químicas e farmacêuticas não podem parar

Por se tratar de serviço essencial, principalmente neste momento devido a pandemia de coronavírus,  a indústria farmacêutica e química não vão acatar os  feriados antecipados pela prefeitura.

O setor farmacêutico formalizou um acordo junto ao Sindicato dos Químicos e os empresários da indústria química elaboraram uma circular. Os documentos orientam as empresas a manterem a jornada normal na próxima semana, uma vez a que a produção não pode parar.

Portanto, independentemente da resolução da prefeitura, os trabalhadores dos setores farmacêutico e químico  devem acatar as informações da empresa onde trabalham.

Sobre os feriados

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados a partir da próxima sexta-feira (26), com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e tentar diminuir o contágio por covid-19.

Dois feriados são deste ano e outros três, de 2022. Os feriados de São Paulo serão antecipados para os dias: 26, 29, 30 e 31 de março, além de 1° de abril. Com a emenda do feriado de Páscoa (4 de abril), os paulistanos terão dez dias de feriado.

Veja abaixo o acordo do setor farmacêutico e a circular do setor químico:

Acordo-Coletivo Feriados – Farmacêuticos

Circular Feriados – Químicos

 

Brasil é governado por um genocida, afirma Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (19), em entrevista ao jornal francês Le Monde, que o Brasil é governado atualmente por um “presidente genocida”. Ele destacou o discurso negacionista empregado por Jair Bolsonaro desde o início da pandemia, combatendo o uso de máscaras e o isolamento social, e apostando em medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. Além disso, Lula também comparou a pandemia a uma “Terceira Guerra Mundial” e pediu união dos líderes internacionais no combate à doença.

“Comecei na política nos anos 1970 e nunca vi meu povo sofrer como hoje. Pessoas morrendo nos portões dos hospitais, a fome voltou. E, diante disso, temos um presidente que prefere comprar armas de fogo ao invés de livros e vacinas. O Brasil é chefiado por um presidente genocida. É realmente muito triste”, afirmou o ex-presidente.

Lula afirmou que um presidente que “tivesse a noção do que significa governar” teria criado um comitê de crise para o enfrentamento da pandemia. No entanto, Bolsonaro preferiu comprar milhões de doses de cloroquina.

“O que nosso governo fez? A primeira coisa que disse foi que não acreditava na doença. Bolsonaro disse que era uma ‘gripezinha’ e que, sendo militar, não pegaria. Ele inventou a história da cloroquina. Ele comprou milhões de doses de Donald Trump”, criticou.

Lula disse, ademais, que Bolsonaro é “ignorante”. “Hoje, ele continua a dizer que usar máscara é um sinal de covardia. Bolsonaro é tão ignorante! Ele acredita que, ao se recusar a admitir a gravidade da pandemia, a economia vai se recuperar novamente. A única cura é vacinar o povo brasileiro”, afirmou disse o ex-presidente.

Apelo internacional

Lula ressaltou que, desde o início da pandemia, os líderes mundiais não se reuniram para discutir o enfrentamento da doença. Para ele, a prioridade é discutir a liberação de vacinas para todo o mundo. “Apelo ao presidente Emmanuel Macron: chame o G20. Ligue para Joe Biden, Xi Jinping, Vladimir Putin e o resto. Estamos em guerra, é a Terceira Guerra Mundial e o inimigo é muito perigoso! A vacina não deveria ser um produto de mercado como é hoje, mas se tornar um bem comum da humanidade”. Ele já havia feito esta mesma exortação, direcionada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em entrevista à CNN norte-americana.

Eleições

Sobre a continuidade dos processos da Lava Jato, que tiveram suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente afirmou que está “muito confiante” e “tranquilo”. Além disso, apontou que o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol “são culpados” e “sabem” que ele é inocente. “Eu dizia isso na prisão: a verdade vai vencer e está vencendo.”

Por outro lado, mesmo diante dessa decisão que restituiu seus direitos políticos, Lula disse que é difícil dar uma resposta simples sobre se será candidato contra Bolsonaro nas eleições de 2022. “Sinceramente, não sei! Eu tenho 75 anos. Em 2022, na época das eleições, terei 77. Se eu ainda estiver em grande forma, e for estabelecido um consenso entre os partidos progressistas deste país para que eu seja candidato, bem, não verei nenhum problema para estar. Mas já fui candidato, já fui presidente e cumpri dois mandatos. Também posso apoiar alguém em boa posição para vencer. O mais importante é não deixar Jair Bolsonaro governar mais este país.”

CUT chama lockdown dia 24 de março 

A CUT e as demais centrais sindicais estão chamando um lockdown na próxima quarta-feira (24). A proposta é que os trabalhadores não saiam de casa e não trabalhem.  Será um Dia Nacional de Luta, em Defesa da Vida, da Vacina, do Emprego, do Auxílio Emergencial de R$ 600

Já são mais de três meses sem auxílio emergencial; o caos na saúde pública avança com hospitais sem leito de enfermaria, nem de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e até sem medicamentos básicos para dor; faltam vacinas anti-Covid-19 e as taxas de desemprego continuam subindo.

Para a CUT, o agravamento da pandemia é devido à irresponsabilidade do governo federal, que não investiu em vacinas,  testagem em massa, num plano de imunização e em políticas de distanciamento social para redução do contágio, dentre outras importantes ações.

A direção da Central ressalta que a falta das políticas sanitárias e econômicas obriga a classe trabalhadora a ir para as ruas em busca de dinheiro para sobreviver e, com isso, se aglomera nos locais de trabalho, no transporte coletivo, nas estações de trem e metrô e nos terminais e pontos de ônibus, ficando expostas à contaminação e morte.

 

 

Doria ignora pedidos de lockdown

O sistema de saúde da cidade de São Paulo e de todo o Estado estão completamente saturados, com 91% das unidades de terapia intensiva (UTI) ocupadas e recordes diários de mortes, mesmo assim, o governador João Doria ignorou os pedidos para a decretação de lockdown feitos por prefeitos de 19 cidades da Grande São Paulo.

O vice-governador paulista, Rodrigo Garcia, disse que a atual fase emergencial da quarentena é “equivalente a um lockdown” e é preciso aguardar o encerramento do período para analisar os resultados. No entanto, desde o dia 6 de março, quando teve início a fase vermelha em todo o estado, não houve nenhuma melhora na situação.

Ontem (18), o prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, anunciou o pedido por um lockdown na Grande São Paulo. Segundo ele, também participaram da decisão os prefeitos das 12 cidades do consórcio Alto Tietê. Eles querem a suspensão total das atividades por sete dias, inclusive com a interrupção dos transportes metropolitanos. A ocupação de UTI no ABC está em 89,7% e no Alto Tietê, em 92,2%.