Mais de 100 mil trabalhadores fazem acordo de demissão e perdem direitos

De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho), desde a aprovação da nova legislação trabalhista,  em novembro do ano passado, 109.508 trabalhadores assinaram acordos para rescindir os contratos de trabalho e, com isso, perderam o direito ao seguro-desemprego, receberam metade do aviso-prévio (em caso de indenização) e apenas 20% da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelo patrão – e não os 40% a que tinha direito.

Na hora de sacar os valores depositados na conta individual do FGTS, outro baque: quem assina esse tipo de acordo pode tirar 80% do total. Os 20% restantes ficam depositados e serão incorporados aos valores que forem depositados no futuro, se o trabalhador ou trabalhadora conseguir emprego com carteira assinada. Se não conseguir mais emprego com carteira assinada, poderá sacar somente quando se aposentar ou caso utilize o valor para financiamento da casa própria ou para adquirir linhas de crédito que utilize o FGTS como garantia.

Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, o aumento das demissões por acordo mostram cada vez mais os efeitos nefastos da reforma Trabalhista. Segundo ela, a multa de 40% sobre o FGTS e demais verbas funcionavam como um mecanismo de limitação à alta taxa de rotatividade e davam certa proteção aos trabalhadores empregados.

“Com esse recorte das verbas rescisórias, principalmente da multa do FGTS, a tendência é que aumente mais ainda a rotatividade e, pior, que haja uma contínua queda da renda salarial, pois as empresas optarão por contratos de trabalho precários e temporários para preencher as vagas abertas pelos que saíram do emprego mediante acordo”.

Perfil dos trabalhadores que fazem acordo

Levantamento feito pela subseção do Dieese da CUT mostra que a média salarial e o tempo de serviço dos trabalhadores que assinaram esse tipo de acordo são maiores do que todas as outras modalidades de demissão. Enquanto a média salarial dos demitidos sem justa causa (maioria dos casos) é de R$ 1.740,20, a média dos desligados por “comum acordo” é de R$ 2.135,66.

Os trabalhadores que foram demitidos por acordo com patrão tinham, em média, três anos e nove meses de empresa. Já os que foram demitidos sem justa causa trabalhavam, em média, dois anos e sete meses na empresa.

Caged

Em novembro de 2017, o Cageg registrou 855 desligamentos por comum acordo entre patrão e trabalhador. Em dezembro, um mês após a mudança na lei, foram fechados 5.841 acordos. Já em agosto deste ano, último dado disponível, o total chegou a 15.010.

Somente em agosto, 74,5% dos casos de demissão por acordo foram no serviço e comércio.

O que perde o trabalhador que negocia sozinho a demissão:

– 50% do aviso-prévio e da multa do saldo do FGTS

– perde o direito de receber 40% da multa das verbas rescisórias e recebe apenas 20%

– perde o direito de acessar o seguro-desemprego

– não consegue sacar o valor total do FGTS, somente 80%

Dono da rede Havan é punido pela Justiça por coagir trabalhadores

O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang  terá que veicular um vídeo de retratação nas redes sociais afirmando que seus trabalhadores têm liberdade de votar em quem quiser.

A decisão é da Justiça do Trabalho de Santa Catarina, que também estipulou multa de R$ 500 mil, caso o empresário volte a coagir os funcionários.

O dono da rede divulgou  um vídeo em que coage os trabalhadores a votarem no candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL). O empresário declara no vídeo que se o candidato da extrema-direita não ganhar as eleições ele terá que  fechar lojas e será obrigado a demitir muitos trabalhadores.

A Justiça determinou que o empresário recolha  todo o material impresso e publique um esclarecimento, em até 48 horas, no site da empresa. Se todas as medidas forem cumpridas, não será imposta nenhuma multa e as investigações não terão prosseguimento.

 

 

Zaraplast é a campeã da copa Sindquim

O time de trabalhadores da Zaraplast foi o campeão da XI Copa Sindiquim de Futebol Society que terminou domingo (30 de setembro).

O segundo lugar ficou com a ATP,  o terceiro lugar com a Givaudan e o quarto lugar com a Dileta.

O torneio também premiou os dois melhores goleiros. Renato (Givaudan) e Felipe (Zaraplast), ambos empatados com 7 gols defendidos. O melhor artilheiro, foi Wagner Stefano, da Dileta.

 

#EleNão: manifestação liderada por mulheres reúne milhares no País e no mundo  

A manifestação #EleNão em repúdio ao candidato a presidente Jair Bolsonaro, que se espalhou por cidades brasileiras neste sábado, foi a maior manifestação de mulheres na história do Brasil. Foi também uma das maiores manifestações contra um candidato, independentemente das mulheres. As afirmações são de Céli Regina Jardim Pinto, autora do livro “Uma história do feminismo no Brasil” e professora do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O número total de pessoas que participaram das manifestações é incerto – a Polícia Militar não divulgou estimativas de público nas principais cidades, como costumava fazer durante as manifestações pró e contra impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo o G1, 114 cidades em 10 estados tiveram manifestações contrárias a Bolsonaro. Também houve atos em diferentes cidades do mundo, como Nova York, Lisboa, Paris e Londres. As maiores manifestações aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por imagens aéreas dos atos, cálculos que consideram a área ocupada pelos manifestantes produzem estimativas do número de presentes em uma análise conservadora e não-científica: chega-se a cerca de 100 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e 25 mil na Cinelândia, no Rio, no momento de pico.

Pesquisa mostra que Haddad ganha de Bolsonaro no segundo turno

Pesquisa realizada pelo Instituto MDA para a Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada ontem (30), mostra os  candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) tecnicamente empatados.  Se a eleição fosse hoje, Haddad contaria com 25,2% dos votos, enquanto Bolsonaro teria 28,2%.

O levantamento também mostra que Bolsonaro perderia para Haddad no segundo turno. Haddad teria 42,7% da preferência do eleitorado, e Bolsonaro, 37,3%. Bolsonaro também perderia em eventual segundo turno para Marina e Ciro, e só ganharia de Alckmin.

Juristas lançam manifesto contra o fascismo de Bolsonaro

Mais de 560 juristas de todo o país divulgaram ontem(26), o manifesto “Frente Juristas contra o Fascismo”, representado pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com os juristas, o objetivo é alertar a sociedade para o perigo de tornar naturais valores de extrema-direita e fascistas, assumidos por uma das coligações que disputa a eleição.  “Além de defender posições e projetos de lei abertamente racistas, misóginos, homofóbicos e sexistas – frontalmente inconstitucionais – o candidato adota comportamento criminoso quando expressa opinião a favor dos assassinatos e execuções havidos na ditadura civil-militar, elogia torturadores e estupradores e incita violência física contra adversários políticos e ideológicos”, diz trecho do manifesto.

Confira a íntegra do manifesto:

FRENTE – JURISTAS CONTRA O FASCISMO

Neste ano de 2018, quando a comunidade internacional comemora o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Brasil celebra o 30º aniversário da Constituição Federal de 1988, um dos projetos de candidatura às eleições gerais de outubro revela-se explicitamente antidemocrático e hostil aos direitos humanos. O candidato Jair Bolsonaro (PSL), da coligação “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, mesmo convalescendo no hospital após sofrer grave agressão contra a vida, segue incitando a violência inspirada em valores fascistas exortados ao longo da carreira política.

Além de defender posições e projetos de lei abertamente racistas, misóginos, homofóbicos e sexistas – frontalmente inconstitucionais – o candidato adota comportamento criminoso quando expressa opinião a favor dos assassinatos e execuções havidos na ditadura civil-militar, elogia torturadores e estupradores e incita violência física contra adversários políticos e ideológicos, estímulo que já produz vítimas de crime de ódio contra homossexuais, mulheres, negros, migrantes e militantes identificados com a esquerda.

O candidato da coligação à Vice-Presidência, General Hamilton Mourão, vai pelo mesmo caminho quando faz apologia da ditadura, homenageia notórios torturadores e defende uma nova Constituição sem o respaldo de uma Constituinte eleita pelo voto popular. Juristas democráticos alertam para o perigo que corre a sociedade brasileira frente à naturalização de valores de extrema direita e protofascistas assumidos pela coligação que disputa as eleições em nome da “ordem” como caminho velado para a violência, a censura e a instauração de um governo autoritário e antipopular.

Pesquisa Ibope diz que Haddad ganha no segundo turno

Pesquisa Ibope divulgada ontem (26) aponta Fernando Haddad (PT) como o vencedor das eleições presidenciais no segundo turno.  Nas simulações feitas pelo instituto ele aparece com 6% a mais de votos que  Jair Bolsonaro (PSL), e deve ganhar com 42% dos votos.

De acordo com pesquisa, que foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no primeiro turno Haddd aparece com 21% das intenções e Bolsonaro, com 27%. Na sequência vem Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) com 8% e Marina Silva (Rede), com 6%.

Bolsonaro também aparece como o candidato com maior índice de rejeição, com 44% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum.

Reforma trabalhista acaba com mercado formal de trabalho, constata pesquisa

Um estudo publicado no site Brasil Debate, mostra que desde que a nova lei trabalhista entrou em vigor, de novembro de 2017,  até julho deste ano foram gerados apenas 50.545 postos de empregos formais. O resultado, apontam os autores, é irrisório frente ao fechamento de 2,9 milhões de empregos com carteira entre dezembro de 2014 e dezembro de 2017, uma média de 79,5 mil postos a menos por mês, durante 36 meses. Os dados são do Ministério do Trabalho.

O estudo – assinado pela cientista social e técnica do Dieese Barbara Vallejos e pelos economistas Euzebio de Sousa e Ana Luíza de Oliveira – ressalta que não é apenas a insuficiência da geração de postos formais que preocupa. “A qualidade dos postos é o ponto crítico no pós-reforma: foram gerados 26.300 postos intermitentes e 13.320 parciais no período (saldo). Ou seja 78,4% do saldo de empregos formais gerados desde novembro foi em contratos “atípicos” e precários, que passam a ser reconhecidos pela Reforma Trabalhista.”

Esses contratos precários concentraram-se em setores econômicos com maior rotatividade e menores salários: 62% do saldo de emprego com contratos intermitentes foram nos setores de Comércio ou Serviços, com menores salários. Além disso, esse setor também é o segundo com maior diferença salarial entre admitidos e desligados (-16,35%), o que estimula a rotatividade.

“As ocupações com maior saldo de contratos intermitentes são respectivamente Assistente de Vendas, Servente de obras, Alimentador de linha de produção, Faxineiro, Vigilante e Garçom, o que sugere que as medidas para “modernização” do mercado de trabalho, reduzindo seguridade no trabalho acometem prioritariamente ocupações que já eram mais vulneráveis e com menores salários”, diz o estudo.

Os contratos por tempo parcial tem praticamente as mesmas ocupações no topo do ranking: Assistente de Vendas, Servente de obras, Operador de Caixa, Faxineiro, Alimentador de linha de produção, Repositor de mercadorias, Vendedor de comércio varejista e Vigilante.

Pauta dos químicos está com os patrões

As duas federações de trabalhadores do ramo químico, Fetquim/CUT e Fequimfar/Força Sindical, se uniram, pelo segundo ano consecutivo, para formalizar a entrega da pauta da Campanha Salarial 2018 aos patrões, ontem (26), na sede dos Químicos de São Paulo.

O coordenador da Fetquim, Airton Cano, lembrou o momento difícil e enalteceu a importância da união e da manutenção do diálogo.  O coordenador da Fequimfar, Sergio Leite, também salientou a importância da união e destacou que as duas federações estão trabalhando para unificar suas convenções coletivas, se possível, já em 2019.

Pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2018

A Campanha Salarial deste ano irá reivindicar a reposição da inflação e mais 5% de aumento real, além de concentrar esforços sobre quatro importantes pontos que precisam ser discutidos para resguardar os trabalhadores da reforma trabalhista.

Desde a aprovação da reforma trabalhista, no ano passado, a Convenção Coletiva de Trabalho dos químicos ganhou uma importância ainda maior. “Nossa Convenção tem sido o nosso grande trunfo contra as investidas patronais e nosso maior objetivo é a garantia de direitos e sua renovação por mais dois anos ”, diz Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato.

Acompanhe abaixo a pauta de reivindicações que foi entregue aos patrões:

Cláusulas econômicas

  • Reajuste salarial: reposição da inflação mais 5% de aumento real.
  • Piso: R$ 1.700.
  • PLR: equivalente a dois pisos.
  • Convenção Coletiva com validade de dois anos.

 Cláusulas sociais

  • Homologação obrigatória no sindicato.
  • Proibição do trabalho das gestantes em local insalubre.
  • Discussão sobre jornada de trabalho só com a presença do sindicato.
  • Sustentação financeira da entidade sindical e inclusão de uma nova cláusula sobre resolução de conflitos.

ATP e Zara se enfrentam na final da Copa Sindquim

A final da XI Copa Sindiquim de Futebol Society acontece neste domingo, dia 30. A disputa do campeonato é entre ATP e Zaraplast.

O campeonato começou no dia  26 de agosto e reuniu mais de 400 jogadores, todos trabalhadores filiados ao Sindicato, de 28 times.   “Nossa copa já é um evento tradicional e muito esperado pela categoria, é uma oportunidade de lazer que também  promove integração”, diz Lutembergue Nunes Ferreguete, o Nunes, secretário de Cultura.

O jogos final será na Playball Pompeia (Rua Nicolas Boer, 66), domingo (30) às 9 horas.