Movimentos promovem atos contra o Fascismo

A agenda de manifestações contra o fascismo, a ditadura e o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) já tem diversos atos programados. Os manifestantes pretendem aproveitar o feriado desta semana, na sexta (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, para estender as atividades.

Confira a agenda de atos no país:

Secundaristas conta o Fascismo – Quinta e sexta (11 e 12), das 14h às 17h, no Colégio Pedro Segundo II, campus Niterói, na Rua General Castrioto, Barreto, Niterói (RJ). Segundo os organizadores, as escolas secundaristas de Niterói e São Gonçalo precisam se unir contra a ascensão do fascismo, contra os ataques à educação, às instituições e, principalmente, em defesa das minorias.

Três Dias de Mulheres Unidas contra o Bolsonaro – Sexta, sábado e domingo (12, 13 e 14), a partir das 12h, na Praça Sete de Setembro, região central de Belo Horizonte. Conforme a organização, o ato do dia 29 foi apenas o início. E que os três atos “contra o coiso” serão ainda maiores. “Vamos mostrar para o Brasil e para o mundo que nossa democracia não vai morrer e que nós vamos derrubar a ameaça fascista”, afirmam.

Em apoio a elas, as comunidades Fora Bolsonaro e LGTBs contra o Fascismo convocam o ato Três dias contra Ele! #OcupaCinelândia. “Todas e todos que são contra o coiso” para também se unir com uma grande ocupação na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. Estão previstos atos, performances e um grande acampamento cultural. Os organizadores conclamam a todos para uma programação cultural em prol da democracia e pela derrota do fascismo.

Juristas e estudantes em defesa da democracia – Terça-feira (16), das 19h às 21h, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, região central de São Paulo. Para as lideranças do Centro Acadêmico XI de Agosto, que organizam o evento, depois do severo golpe sofrido em 2016, o fantasma do autoritarismo volta a assombrar a nação brasileira. “O candidato Jair Bolsonaro, que apoia abertamente a ditadura militar, defende a tortura enquanto método válido, prega o punitivismo e ridiculariza os direitos humanos, lidera as pesquisas de intenção de voto para a presidência da república”. E que os os estudantes de Direito têm o dever de se posicionar ao lado da democracia e denunciar os abusos do Judiciário, “que encabeçou um julgamento parcial contra Lula e o tirou da disputa presidencial, e temos o dever de lutar contra candidaturas que flertam com o fascismo e o autoritarismo.”

Bolso.na.ro Nunca! Todos Contra O Fascismo! – Sábado (13), das 14h às 17h, no cineteatro Ouro Verde, em Londrina (PR). Para a Ação Antifascista de Londrina, que organiza a atividade, a luta não pode parar. “Não será uma manifestação que poderá barrar o avanço bolsonarista, muito menos as eleições, mas sim nossa mobilização e organização permanente contra as hordas fascistas desse candidato que além de atacar os direitos do povo ainda discrimina LGBTs, mulheres, negros e indígenas.”

Mulheres contra o Fascismo – Sábado (20), das 15h às 20h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Organizada pela comunidade Mulheres Unidas contra Bolsonaro, a manifestação tem o objetivo de mostrar, mais uma vez, “que candidatos que representam o fascismo, o ódio, o racismo, a homofobia e o machismo não têm vez no nosso país. Ninguém que nos agride, promove o estupro e a violência terá nosso voto! Vamos juntas derrotar o retrocesso e o conservadorismo!”, dizem os organizadores.

Rio contra o fascismo – Sábado (20), a partir das 13h. Entre as bandeiras dos manifestantes do coletivo O Rio contra o Fascismo, a luta contra a intolerância, a cultura do ódio, a ameaça à democracia, o preconceito e a reforma da Previdência.

Tire suas dúvidas sobre as eleições de 7 de outubro

A CUT respondeu algumas questões que os eleitores brasileiros estão pesquisando na internet sobre as eleições do próximo domingo (7). Confira!

Confira as respostas às 13 principais dúvidas sobre as eleições e, depois de refletir muito em quem realmente merece seu voto porque tem compromisso com a classe trabalhadora, aperte o “confirma” com segurança de que votou certo, seguiu as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e escolheu o candidato que estará a seu lado durante os próximos anos.

 Como saber o local de votação?

Nas eleições deste ano, a Justiça Eleitoral, em razão do crescimento demográfico dos últimos anos, modificou o endereço de diversas seções e zonas eleitorais em diversos estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá, Mato Grosso, Pará, Piauí, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Minas Gerais e Bahia.

Para não ser pego de surpresa no dia da votação, é possível realizar a consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral pelo nome, número do título de eleitor ou endereço do seu último local de votação. É importante preencher corretamente os dados solicitados, como estão escritos no título, pois, se houver algum erro, o local não aparecerá.

Se todos os dados estiverem certos e ainda assim não aparecer o local de votação, tente novamente depois de alguns minutos. Se mesmo assim não der certo, vá até o seu cartório eleitoral e confirme a informação.

 Quem não votou na última eleição pode votar?

Sim. Pode votar quem não votou e nem justificou no período máximo de duas votações seguidas, considerando que cada turno de uma eleição é contabilizado. Ou seja, se não votou nos últimos dois turnos da eleição passada, você ainda pode votar este ano normalmente. Já para quem não justificou a ausência por três votações consecutivas, não será permitido votar nas eleições deste ano.

 Posso votar só com o RG (Carteira de Identidade)?

Sim, desde que o eleitor tenha um título de eleitor válido e a situação eleitoral em dia.

 Quais outros documentos podem ser usados para votar?

Além do RG, é possível votar apresentando documentos oficiais com foto, como passaporte, certificado de reservista, carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação ou carteira de categoria profissional reconhecida por lei. Não serão aceitas certidões de nascimento e casamento como documento de identificação.

A novidade é o e-título, o aplicativo da Justiça Eleitoral que substitui o tradicional título de eleitor. O documento digital concentra informações adicionais importantes sobre sua situação eleitoral. Vale lembrar que quem não fez o recadastramento biométrico deve levar um documento oficial no dia da votação.

 Pode ir votar com camiseta do candidato?

Não é permitido o uso de camisetas de candidato, de acordo com a determinação do Tribunal Superior Eleitoral. Porém, o uso de bandeiras, adesivos e broches é liberado, com a ressalva de que a manifestação deve ser individual e silenciosa.

Fazer boca de urna é proibido, por isso o eleitor não pode tentar influenciar outras pessoas a votar em um candidato. Também não é permitido fazer a distribuição de santinhos e panfletos no dia da eleição.

 Eleitor pode votar de bermuda e chinelo?

Você pode ir votar de bermuda e chinelo e até descalço, segundo a Lei Eleitoral, mas não pode votar sem camisa e usando trajes de banho, como sunga, biquíni ou maiô.

 Em quantos candidatos tem de votar?

Nas eleições deste ano, os eleitores terão de escolher seis candidatos. A ordem de votação na urna eletrônica é a seguinte: deputado federal, deputado estadual ou distrital, dois senadores, governador e presidente da República.

Como são muitos candidatos, a CUT disponibiliza para os trabalhadores e as trabalhadoras uma cola eleitoral, que pode ser levada impressa à cabine de votação.

Antes de apertar o “Confirma”, é muito importante conferir a foto do político escolhido e, caso esteja errado, é possível apertar o “Corrigir” e iniciar o processo novamente.

 Deputados

Para escolher o deputado federal, o eleitor precisará digitar quatro números. Já para deputado estadual ou distrital são cinco. O voto apenas no partido, ou chamado voto legenda, também pode ser usado na escolha dos deputados. Nesse caso, o eleitor poderá ajudar o partido de sua preferência a conquistar mais vagas no legislativo. Basta digitar os dois primeiros números da sigla e apertar confirma.

 Senadores

Na eleição de 2018, 2/3 dos senadores serão renovados e o eleitor precisará escolher dois candidatos. Para o Senado, são três números a digitar na urna eletrônica.  Mas atenção: o voto legenda não pode ser usado para a escolha do senador. Se os números forem iguais nas urnas para as duas vagas, a última será anulada. É preciso digitar os números certos dos candidatos.

 Governador e presidente da República

Depois de apertar confirma nas escolhas para as vagas do Senado, o eleitor irá registrar o voto para governo do Estado, apertando os dois dígitos do candidato ou candidata na urna eletrônica e, na sequência, apertando o botão confirma.

Para encerrar a votação, será a vez de escolher o presidente da República. O eleitor apertará os dois dígitos do candidato, o botão confirma e a votação será encerrada.

O TSE fez um vídeo com o passo a passo do voto. Se ainda tiver dúvidas, assista aqui.

 O que acontece se não comparecer às urnas?

Como o voto no Brasil é obrigatório, quem não comparecer no dia 7 de outubro nas urnas e não justificar ausência pode ser multado e impedido de tirar o passaporte. Além disso, o eleitor pode também não conseguir tirar a carteira de identidade (RG), não receber salários em cargos públicos e corre o risco de não poder participar de concursos públicos ou estatais.

O brasileiro que não votar nem justificar o voto pode, também, não conseguir empréstimos em instituições públicas nem se matricular em instituições de ensino.

Em quem votar?

Vivemos em uma democracia e o voto de cada brasileiro é um voto útil. A CUT publicou uma série de reportagens com a hashtag #VotouNãoVolta com candidatos de todas as regiões do País que votaram contra os direitos da classe trabalhadora. São candidatos que tentam a reeleição, mas que votaram a favor de medidas que prejudicaram a vida do trabalhador e da trabalhadora, como a reforma Trabalhista, a terceirização irrestrita, a PEC do Teto dos Gastos e a entrega do Pré-Sal às empresas estrangeiras. Antes de escolher um candidato, é fundamental buscar saber de que lado ele está.

Como o eleitor que vive no exterior pode votar?

Brasileiros e brasileiras que moram fora do país e maiores de 16 anos podem solicitar alistamento eleitoral, revisão de dados cadastrais e transferência de domicílio eleitoral pela internet, mediante a utilização do Título Net Exterior, que é a ferramenta de entrada de dados no requerimento eleitoral.

O requerimento será analisado pelo TRE-DF e seu processamento poderá ser acompanhado por e-mail. Depois de autorizado o pedido, o eleitor deverá comparecer pessoalmente à repartição consular escolhida, levando os documentos originais anexados ao requerimento (o agendamento do atendimento consular é realizado pelo Ministério das Relações Exteriores).

Outras informações podem ser obtidas no site do TSE.

Como justificar o voto?

Para ficar em dia com sua cidadania, o eleitor poderá justificar sua ausência nas urnas caso não puder exercer o voto no dia da eleição. Mas só será válida para o turno ao qual o eleitor não compareceu por não estar no domicilio eleitoral. Caso também não consiga votar no segundo turno, as justificativas deverão ser feitas separadamente, respeitando requisitos e prazos.

A ausência não justificada vai gerar um débito com a Justiça Eleitoral e, enquanto não for acertado, o eleitor está sujeito a uma série de restrições, como alertamos acima. Porém, se completadas três ausências consecutivas não justificadas, o título será cancelado.

Prazos

Em ano eleitoral, para regularizar a situação, o prazo é de até 151 dias antes da eleição. Em 2018, o prazo já se encerrou. Quem perdeu o prazo só poderá regularizar sua situação em 2019, mas quem não tiver votado por apenas duas eleições, ainda poderá votar em 2018.

Tem algum canal oficial para tirar dúvidas eleitorais?

Além do site, o TSE também tem a ouvidoria, que tem como objetivo esclarecer eleitores nas dúvidas sobre as eleições. Outra forma de obter informações é entrar em contato, por telefone ou email, com o Tribunal Regional Eleitoral (TER) de seu estado. No site do TSE você pode encontrar o contato mais próximo de você.

Quando e como será divulgado o resultado das eleições 2018?

Com a urna eletrônica é possível saber quem ganhou na eleição em poucas horas. O tempo varia de acordo com o número de seções e de zonas eleitorais de cada município e também pode variar pela quantidade de eleitores de cada cidade. Mas você pode acompanhar o resultado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para os cargos de presidente e governador (e seus vices), será eleito quem tiver a maioria de votos válidos, que exclui os votos em branco e os nulos. O candidato eleito deve alcançar a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, 50% dos votos mais 1. Caso isso não aconteça no primeiro turno, os dois candidatos mais votados disputarão o segundo turno no dia 28 de outubro e vencerá quem conseguir a maioria dos votos válidos.

Para o cargo de senador, a eleição acontece da mesma maneira. A única diferença é que para essas vagas não existe segundo turno, os candidatos mais votados no primeiro turno são eleitos.

No caso dos candidatos a deputado federal e deputado estadual ou distrital, o resultado é calculado de forma diferente. Primeiro são identificados os partidos e coligações que receberam mais votos e, a partir daí as vagas disponíveis são distribuídas entre os candidatos que tiverem mais votos em cada partido ou coligação.

A eleição dos deputados acontece pelo sistema proporcional e, com as mudanças da Reforma Eleitoral, só podem ser eleitos os candidatos que tiverem uma quantidade de votos igual ou maior a 10% do quociente eleitoral. Se houver empate entre candidatos para qualquer um dos cargos será eleito o candidato mais idoso.

 *Fonte: CUT – Com informações do TSE

 

Lapa debate direitos e Campanha Salarial 2018

Na última sexta–feira, 28 de setembro, foi reinaugurada a subsede da Lapa.  No encontro, que reuniu vários trabalhadores da base, foram debatidos dois importantes assuntos: a manutenção dos direitos dos trabalhadores e a Campanha Salaria 2018 que acontece em pleno processo eleitoral.

O Sindicato decidiu reabrir as subsedes de Santo Amaro, Lapa e São Miguel e também inaugurou uma nova subsede em Embu, que fica mais próximo das principais fábricas da categoria. O objetivo é ficar mais perto dos trabalhadores.

Devido às mudanças na legislação trabalhista, que afetam inclusive o sustento das entidades sindicais, num primeiro momento, para readequar as finanças da entidade, foi preciso encerrar o atendimento nas subsedes. Porém, o diálogo com a base fez com que a diretoria reavaliasse a situação. “Fizemos vários ajustes e resolvemos priorizar o atendimento aos sócios. As subsedes estão em pleno funcionamento e agora com diretores se revezando nos plantões para atender pessoalmente os sócios e tirar dúvidas”, explica Adir Teixeira, secretário de organização do Sindicato.

 Endereços das Subsedes:

 Santo Amaro – Rua Ada Negri, 127 – Tel.: 5641-2229

Lapa – Rua Domingos Rodrigues, 420 – Tel.: 3836-6228

São Miguel – Rua Arlindo Colaço, 32 – Tel.: 2297-0631

Embu das Artes – Rua N. Sra. do Rosário, 422 – Centro -Tel.: 4781-0004

O atendimento nas subsedes é de segunda a sexta, das 9h às 18h.

45% dos eleitores de SP não têm candidato ao governo do estado

A corrida eleitoral para o governo de São Paulo está indefinida. Praticamente metade dos eleitores do estado ainda não tem candidato ou pretende votar em branco ou nulo, aponta pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quarta-feira (3).

O elevado percentual de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco (23%), somados aos indefinidos chega a 45%. Do total de entrevistados, 22% disseram ainda não saber ou não responderam em quem pretendem votar enquanto a diferença entre o líder e o quarto colocado é de 8 pontos percentuais.

O candidato Paulo Skaf (MDB) lidera a disputa em situação de empate técnico com João Doria (PSDB). Skaf tem 16% das intenções de voto e Doria tem 15%. O levantamento traz o governador Márcio França (PSB) com 11%, tecnicamente empatado com o tucano.

O candidato do PT, Luiz Marinho, subiu 3 pontos em relação a sondagem anterior e agora está com 8%, tecnicamente empatado com França. As entrevistas foram feitas entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, antes do último  debate entre os candidatos.

Em simulações de segundo turno, a pesquisa aponta empates entre Skaf e Doria (ambos com 23%), Skaf e França (24% a 20%) e Doria e França (ambos 23%).

Corrida presidencial

O ex-militar Jair Bolsonaro (PSL) lidera na disputa para Presidência da República com 30% da preferência entre os eleitores do estado de São Paulo. O candidato Fernando Haddad (PT), tem 19%, bem à frente do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%.

A pesquisa CUT/Vox Populi entrevistou 1.200 pessoas com 16 anos ou mais residentes e eleitoras de São Paulo. A margem de erro é de 2,8%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

 

Mais de 100 mil trabalhadores fazem acordo de demissão e perdem direitos

De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho), desde a aprovação da nova legislação trabalhista,  em novembro do ano passado, 109.508 trabalhadores assinaram acordos para rescindir os contratos de trabalho e, com isso, perderam o direito ao seguro-desemprego, receberam metade do aviso-prévio (em caso de indenização) e apenas 20% da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelo patrão – e não os 40% a que tinha direito.

Na hora de sacar os valores depositados na conta individual do FGTS, outro baque: quem assina esse tipo de acordo pode tirar 80% do total. Os 20% restantes ficam depositados e serão incorporados aos valores que forem depositados no futuro, se o trabalhador ou trabalhadora conseguir emprego com carteira assinada. Se não conseguir mais emprego com carteira assinada, poderá sacar somente quando se aposentar ou caso utilize o valor para financiamento da casa própria ou para adquirir linhas de crédito que utilize o FGTS como garantia.

Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, o aumento das demissões por acordo mostram cada vez mais os efeitos nefastos da reforma Trabalhista. Segundo ela, a multa de 40% sobre o FGTS e demais verbas funcionavam como um mecanismo de limitação à alta taxa de rotatividade e davam certa proteção aos trabalhadores empregados.

“Com esse recorte das verbas rescisórias, principalmente da multa do FGTS, a tendência é que aumente mais ainda a rotatividade e, pior, que haja uma contínua queda da renda salarial, pois as empresas optarão por contratos de trabalho precários e temporários para preencher as vagas abertas pelos que saíram do emprego mediante acordo”.

Perfil dos trabalhadores que fazem acordo

Levantamento feito pela subseção do Dieese da CUT mostra que a média salarial e o tempo de serviço dos trabalhadores que assinaram esse tipo de acordo são maiores do que todas as outras modalidades de demissão. Enquanto a média salarial dos demitidos sem justa causa (maioria dos casos) é de R$ 1.740,20, a média dos desligados por “comum acordo” é de R$ 2.135,66.

Os trabalhadores que foram demitidos por acordo com patrão tinham, em média, três anos e nove meses de empresa. Já os que foram demitidos sem justa causa trabalhavam, em média, dois anos e sete meses na empresa.

Caged

Em novembro de 2017, o Cageg registrou 855 desligamentos por comum acordo entre patrão e trabalhador. Em dezembro, um mês após a mudança na lei, foram fechados 5.841 acordos. Já em agosto deste ano, último dado disponível, o total chegou a 15.010.

Somente em agosto, 74,5% dos casos de demissão por acordo foram no serviço e comércio.

O que perde o trabalhador que negocia sozinho a demissão:

– 50% do aviso-prévio e da multa do saldo do FGTS

– perde o direito de receber 40% da multa das verbas rescisórias e recebe apenas 20%

– perde o direito de acessar o seguro-desemprego

– não consegue sacar o valor total do FGTS, somente 80%

Dono da rede Havan é punido pela Justiça por coagir trabalhadores

O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang  terá que veicular um vídeo de retratação nas redes sociais afirmando que seus trabalhadores têm liberdade de votar em quem quiser.

A decisão é da Justiça do Trabalho de Santa Catarina, que também estipulou multa de R$ 500 mil, caso o empresário volte a coagir os funcionários.

O dono da rede divulgou  um vídeo em que coage os trabalhadores a votarem no candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL). O empresário declara no vídeo que se o candidato da extrema-direita não ganhar as eleições ele terá que  fechar lojas e será obrigado a demitir muitos trabalhadores.

A Justiça determinou que o empresário recolha  todo o material impresso e publique um esclarecimento, em até 48 horas, no site da empresa. Se todas as medidas forem cumpridas, não será imposta nenhuma multa e as investigações não terão prosseguimento.

 

 

Zaraplast é a campeã da copa Sindquim

O time de trabalhadores da Zaraplast foi o campeão da XI Copa Sindiquim de Futebol Society que terminou domingo (30 de setembro).

O segundo lugar ficou com a ATP,  o terceiro lugar com a Givaudan e o quarto lugar com a Dileta.

O torneio também premiou os dois melhores goleiros. Renato (Givaudan) e Felipe (Zaraplast), ambos empatados com 7 gols defendidos. O melhor artilheiro, foi Wagner Stefano, da Dileta.

 

#EleNão: manifestação liderada por mulheres reúne milhares no País e no mundo  

A manifestação #EleNão em repúdio ao candidato a presidente Jair Bolsonaro, que se espalhou por cidades brasileiras neste sábado, foi a maior manifestação de mulheres na história do Brasil. Foi também uma das maiores manifestações contra um candidato, independentemente das mulheres. As afirmações são de Céli Regina Jardim Pinto, autora do livro “Uma história do feminismo no Brasil” e professora do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O número total de pessoas que participaram das manifestações é incerto – a Polícia Militar não divulgou estimativas de público nas principais cidades, como costumava fazer durante as manifestações pró e contra impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo o G1, 114 cidades em 10 estados tiveram manifestações contrárias a Bolsonaro. Também houve atos em diferentes cidades do mundo, como Nova York, Lisboa, Paris e Londres. As maiores manifestações aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por imagens aéreas dos atos, cálculos que consideram a área ocupada pelos manifestantes produzem estimativas do número de presentes em uma análise conservadora e não-científica: chega-se a cerca de 100 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e 25 mil na Cinelândia, no Rio, no momento de pico.

Pesquisa mostra que Haddad ganha de Bolsonaro no segundo turno

Pesquisa realizada pelo Instituto MDA para a Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada ontem (30), mostra os  candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) tecnicamente empatados.  Se a eleição fosse hoje, Haddad contaria com 25,2% dos votos, enquanto Bolsonaro teria 28,2%.

O levantamento também mostra que Bolsonaro perderia para Haddad no segundo turno. Haddad teria 42,7% da preferência do eleitorado, e Bolsonaro, 37,3%. Bolsonaro também perderia em eventual segundo turno para Marina e Ciro, e só ganharia de Alckmin.

Juristas lançam manifesto contra o fascismo de Bolsonaro

Mais de 560 juristas de todo o país divulgaram ontem(26), o manifesto “Frente Juristas contra o Fascismo”, representado pela candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).

De acordo com os juristas, o objetivo é alertar a sociedade para o perigo de tornar naturais valores de extrema-direita e fascistas, assumidos por uma das coligações que disputa a eleição.  “Além de defender posições e projetos de lei abertamente racistas, misóginos, homofóbicos e sexistas – frontalmente inconstitucionais – o candidato adota comportamento criminoso quando expressa opinião a favor dos assassinatos e execuções havidos na ditadura civil-militar, elogia torturadores e estupradores e incita violência física contra adversários políticos e ideológicos”, diz trecho do manifesto.

Confira a íntegra do manifesto:

FRENTE – JURISTAS CONTRA O FASCISMO

Neste ano de 2018, quando a comunidade internacional comemora o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Brasil celebra o 30º aniversário da Constituição Federal de 1988, um dos projetos de candidatura às eleições gerais de outubro revela-se explicitamente antidemocrático e hostil aos direitos humanos. O candidato Jair Bolsonaro (PSL), da coligação “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, mesmo convalescendo no hospital após sofrer grave agressão contra a vida, segue incitando a violência inspirada em valores fascistas exortados ao longo da carreira política.

Além de defender posições e projetos de lei abertamente racistas, misóginos, homofóbicos e sexistas – frontalmente inconstitucionais – o candidato adota comportamento criminoso quando expressa opinião a favor dos assassinatos e execuções havidos na ditadura civil-militar, elogia torturadores e estupradores e incita violência física contra adversários políticos e ideológicos, estímulo que já produz vítimas de crime de ódio contra homossexuais, mulheres, negros, migrantes e militantes identificados com a esquerda.

O candidato da coligação à Vice-Presidência, General Hamilton Mourão, vai pelo mesmo caminho quando faz apologia da ditadura, homenageia notórios torturadores e defende uma nova Constituição sem o respaldo de uma Constituinte eleita pelo voto popular. Juristas democráticos alertam para o perigo que corre a sociedade brasileira frente à naturalização de valores de extrema direita e protofascistas assumidos pela coligação que disputa as eleições em nome da “ordem” como caminho velado para a violência, a censura e a instauração de um governo autoritário e antipopular.