Químicos participam de ato em defesa do Ministério do Trabalho

Uma comitiva de trabalhadores químicos participou do ato em defesa do Ministério do Trabalho, em São Paulo, hoje (11).

O ato foi chamado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), em parceria com as demais centrais sindicais, logo após o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciar que o Ministério do Trabalho terá suas funções distribuídas em três áreas. Os sindicalistas prometem resistir a essa medida.

A manifestação, diante da sede da antiga DRT, na região central da capital paulista, terminou por volta de 11h30 e os manifestantes encenaram um patrão sendo transportado em uma rede por escravos, em alusão ao período colonial, como forma de denunciar o favorecimento de empresários no futuro governo Bolsonaro.

O coordenador geral do nosso Sindicato, Osvaldo Bezerra, participou do ato ao lado de trabalhadores da categoria e do presidente da Associação dos Aposentados Químicos, José Brás Sobrinho.

Motorista de Bolsonaro que movimentou R$ 1, 2 milhão mora em casa simples

Apesar de ter movimentado R$ 1,2 milhão na sua conta corrente em apenas um ano, o policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex -motorista e segurança do deputado e senador eleito,  Flávio Bolsonaro (PSL), vive uma vida simples.

A reportagem do jornal O Globo foi até a viela onde Fabrício mora com a mulher, Márcia Aguiar. É uma casa humilde, que fica em um beco no bairro da Taquara, na Zona Oeste do Rio.

A conta corrente de Fabrício, no entanto, conta a história de uma pessoa com uma condição financeira muito melhor. De acordo com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), Fabrício recebia depósitos sistemáticos de funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e fazia saques frequentes em dinheiro.

Segundo o COAF, o ex-motorista do filho mais velho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), chegou até a passar cheques no total de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro.

Além disso, o COAF identificou um grande volume de depósitos e saques inferiores a R$ 10 mil, o que, segundo o relatório, seria para dificultar a identificação da origem e do destino do dinheiro.

As movimentações atípicas, “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira” do ex-assessor parlamentar foram comunicadas ao COAF pelo banco.

Após as denúncias o presidente eleito, Jair Bolsonaro declarou que  o dinheiro que a esposa recebeu era parte do pagamento de R$ 40 mil que ele emprestou ao amigo e esqueceu de declarar no Imposto de Renda.

Escândalo engavetado há seis meses

O Ministério Público do Estado do Rio teve acesso ao relatório do COAF, preparado para a Operação Furna da Onça, há cerca de seis meses. Os procuradores, porém, não encontraram indícios de envolvimento dos 22 deputados cariocas citados no relatório do Conselho com o esquema desmantelado pela investigação que está fazendo em conjunto com a Polícia Federal sobre crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e de mão de obra terceirizada, principalmente no Detran-RJ.

Flávio Bolsonaro não é investigado na operação. Mas, como os dados de todos os servidores passaram por um pente fino, as movimentações atípicas do motorista foram detectadas.

Operação Furna da Onça

A Operação Furna da Onça, que investiga esquema de indicações a cargos no governo do estado do Rio de Janeiro, prendeu 22 deputados no dia 8 de novembro. De acordo com um dos presos, o deputado estadual André Correa (DEM), o esquema funcionava há pelo menos 20 anos.

Segundo a GloboNews, André Correa disse à PF que os deputados mais votados em cada região indicavam pessoas para exercer funções públicas – não só na esfera estadual, como também na municipal e na federal.

A Furna da Onça descobriu que parte dos cargos era no Detran, mas também havia o pagamento de mensalinhos que chegavam a R$ 400 mil. Correa admitiu que a manobra era para construir maioria parlamentar, ou seja, participação política no governo.

Além dos dados do COAF e do que descobriu nas investigações, a PF tem depoimentos de delatores, análise dos sistemas e dados de contabilidade de doleiros, cruzamento de ligações telefônicas, interceptações e relatórios da Receita para indicar os suspeitos.

Sorteio final da Campanha de Sindicalização será dia 14

O sorteio final da campanha de sindicalização será no dia 14 (sexta-feira), às 19 horas, no Sindicato (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade). Quem se sindicalizou ou se recadastrou no último período recebeu um número da sorte e concorrerá a três prêmios.

O sorteio final irá contemplar três trabalhadores:

1º Lugar – Smart TV LED 50” Samsung 4K/Ultra HD 50MU6100 – Conversor Digital Wi-Fi 3 HDMI 2 USB, ou um vale viagem no valor de  R$ 3.000.

2º Lugar –  Galaxy J7 Prime 2 32GB Preto – Dual Chip 4G

3º Lugar –Galaxy J7 Prime 32GB Preto – Dual Chip

Recesso de fim de ano

O Sindicato fecha para o recesso de fim de ano a partir do dia 21 de dezembro (sexta-feira). As atividades serão retomadas no dia 7 de janeiro (segunda-feira).

O plantão jurídico com os advogados retorna com o atendimento presencial no dia 23 de janeiro (quarta-feira).

O Clube de Campo de Arujá estará fechado nos dias 24, 25, 31 de dezembro de 2018 e 1º de janeiro de 2019. Após as festividades de fim de ano, as atividades voltam ao normal.

 

Desemprego dobra em 3 anos  

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a taxa de desemprego praticamente  dobrou nos últimos três anos, passando de 6,9% em 2014, para 12,5% em 2017.  Isso significa 6,2 milhões de pessoas desocupadas a mais no período.

No Norte, a taxa passou de 7,5% para 11,9%; no Nordeste, de 8,5% para 14,7%; no Sudeste, de 7,0% para 13,3%; no Sul, de 4,3% para 8,3%; e no Centro-Oeste, de 6,0% para 10,5%.

O nível de desemprego cresceu também em todas as faixas etárias, especialmente entre os mais jovens. Entre as pessoas com 14 a 29 anos de idade, a taxa de desocupação, que era de 13% em 2014, aumentou para 22,6% em 2017. Dos jovens trabalhadores nessa faixa etária, 26,6% eram ocupados e 34,1% correspondiam aos subocupados.

Entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade, a taxa de desocupação, que havia se mantido abaixo de 2% entre 2012 e 2014, ultrapassou pela primeira vez os 4% em 2017.

Desemprego é maior entre os negros

O desemprego entre os negros,  atingiu, em 2017, a maior diferença em toda a série história do IBGE que teve início em 2012. A diferença da taxa de desocupação da população preta ou parda, como classifica oficialmente o IBGE, atingiu 4,76 pontos percentuais

Trabalho informal cresce com Temer

O trabalho informal, sem registro em carteira e sem direitos, como salário fixo mensal, férias e 13º, voltou a crescer no Brasil. Em 2017, um ano após Temer assumir a presidência, o país tinha 37,3 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada, um aumento de 1,7 milhão de trabalhadores em comparação com 2016, quando 35,6 milhões de pessoas estavam nessa situação.

O total de informais representa 40,8% da população ocupada no país, o que significa que dois em cada cinco trabalhadores estavam na informalidade no ano passado.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e têm como base informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua.

Químicas realizam encontro anual

As mulheres químicas realizaram o tradicional encontro anual da categoria no último final de semana, dias 24 e 25 de novembro, em Embu das Artes.

Dentre os assuntos debatidos, destaque para o painel sobre a participação das mulheres nos espaços de poder e as várias formas de discriminação e violência contra a mulher.

A assessora do Sindicato, Marilane Teixeira, também apresentou um painel comparativo entre os direitos garantidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e os que estão garantidos no acordo coletivo da categoria.  “Muitas trabalhadoras têm dúvidas sobre seus direitos e o painel esclareceu exatamente isso. Apesar da reforma trabalhista os químicos têm seus direitos garantidos por conta da convenção coletiva da categoria, que e uma das melhores do país”, avalia Celia Alves dos Passos, secretária da Mulher Trabalhadora

16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

A campanha “16 dias de Ativismo” é uma mobilização anual, de iniciativa da  ONU que envolve a sociedade e o poder público, com o objetivo de conscientizar a população sobre os diversos tipos de agressão contra as mulheres. .

A campanha começou no dia 25 de novembro em todo o mundo –  Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Mulher –  e termina em 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

No Brasil, a violência contra as mulheres tem atingido patamares alarmantes  – uma mulher é assassinada a cada 2 horas pelo fato de ser mulher.

“Somos precursoras nas lutas pelos direitos individuais e coletivos, trabalhistas e sociais. Somos defensoras dos Direitos Humanos e permaneceremos em Luta. Neste 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, nós mulheres das Centrais Sindicais reafirmamos nosso compromisso no combate a todas as formas de violência e discriminação contra às mulheres”, expressa nota do Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais.

 Origem

Os 16 dias de ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo, segundo a ONU Mulheres Brasil.

No Brasil, a Campanha ocorre desde 2003 e é chamada 16+5 Dias de Ativismo, pois incorporou o Dia da Consciência Negra, de acordo com a Procuradoria Especial da Mulher. A mobilização termina em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Cerca de 150 países participam da campanha.

A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas” e assassinadas em 1960 por fazerem oposição ao governo do ditador Rafael Trujillo, que presidiu a República Dominicana de 1930 a 1961, quando foi deposto.

 

 

Agenda de Bolsonaro é a de Temer radicalizada, diz Haddad

O ex-candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, explica em sua primeira entrevista concedida após o final do segundo turno, que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) carrega a agenda econômica de Michel Temer,  mas de maneira mais radicalizada.

Ao jornal Folha de S.Paulo, o ex-prefeito da capital paulista diz que a futura agenda econômica, administrada por Paulo Guedes,  não passa no teste da desigualdade, pois possui baixa capacidade de sustentação. Entretanto, ao se basear também em pautas obscurantistas, contra as artes e a escola laica, esse plano de governo pode se manter de pé por mais tempo. “Acoplada à agenda cultural regressiva, pode ter uma vida mais longa”, explica ele.

Haddad diz também que a elite econômica abriu mão de seu verniz, agora, com o objetivo de mostrar ao mundo sua verdadeira face: o neoliberalismo somado ao discurso truculento. Para ele, assim como Bolsonaro, o novo governador de São Paulo, João Dória, é a exemplificação dessa tendência. Ele conta, inclusive, que apostava no tucano como possível presidenciável a levar essa bandeira em 2018.

“Eu imaginava (há dois anos) que o (João) Doria, que é essencialmente o Bolsonaro, fosse ser essa figura (que se elegeria presidente). Achava que a elite econômica não abriria mão do verniz que sempre fez parte da história do Brasil. As classes dirigentes nunca quiseram parecer ao mundo o que de fato são.”

O petista acredita que a eleição do candidato de extrema-direita mostra que o país vive num sistema híbrido, em  que o autoritarismo cresce dentro das instituições democráticas.

“Os golpes se davam de fora da democracia contra ela. Hoje, o viés antidemocrático pode se manifestar por dentro das instituições. Ele pode se manifestar na Polícia Militar, na Polícia Federal, no Judiciário, no Ministério Público. Quando um presidente eleito vem a público num vídeo dizer que os estudantes brasileiros têm que filmar os seus professores e denunciá-los, você está em uma democracia ou em uma ditadura?”, indaga ele.

Segundo Haddad, um dos fatores que justificaria esse fortalecimento do discurso autoritário dentro do âmbito da democracia seria a crise econômica de 2008, provocada pelo neoliberalismo, e que resultou na eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, em 2018.

“Está havendo, portanto, um quiproquó: os EUA negam o neoliberalismo enquanto não nos resta outra alternativa a não ser adotá-lo. A crise mundial acarretou a desaceleração do crescimento latino-americano e a consequente crise fiscal. No continente todo houve a ascensão de governos de direita — no caso do Brasil, de extrema direita”, acrescenta ele.

Construção de uma frente democrática

Apesar de Haddad afirmar que não pretende dirigir o PT nem sua fundação, ele quer militar para ajudar a formação da oposição. Segundo ele, todas as legendas democráticas devem abrir conversa e seria necessário trabalhar para a formação de duas frentes de atuação política: uma de defesa de direitos sociais, em torno de demandas como a proteção do Sistema Único de Saúde (SUS), investimento em educação e proteção dos mais pobres; e outra outra a favor dos direitos civis, envolvendo a defesa da escola laica e questões ambientais.

Apesar de o PT não ter a hegemonia da esquerda, o ex-prefeito acredita na força do partido, mesmo após a derrota presidencial, para ajudar na formação dessa oposição. “O PT é um player no sentido pleno da palavra. É um jogador de alta patente, que sabe fazer política. Sabe entrar em campo e defender o seu legado”, afirma.

Vitória de Lula

Uma das certezas de Haddad é que se Luiz Inácio Lula da Silva fosse o candidato do PT nas eleições de 2018, ele sairia vencedor. “Está claríssimo que, se não tivessem condenado o Lula num processo frágil, que nenhum jurista sério reconhece como robusto, ele teria ganhado a eleição. Ele teria feito mais de 50% (dos votos no segundo turno).”

Ele também revela que o momento pós-eleição está difícil para o ex-presidente, mas acredita em sua capacidade de recuperação. “Já superou um câncer, a perda da esposa, a privação de liberdade”, finaliza.