Centrais sindicais e governo defendem negociação coletiva para proteger empregos diante do tarifaço de Trump

Na manhã desta quarta-feira (13), a CUT, demais centrais sindicais e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participaram de uma live para debater medidas contra o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, às exportações brasileiras. A medida ameaça mais de 700 mil empregos e pode reduzir o PIB em 0,35%, segundo o Dieese.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, destacou que o ataque à economia brasileira exige resposta firme e articulada. Entre as propostas apresentadas estão: defesa da produção nacional, preservação do emprego e renda, fortalecimento da negociação coletiva e institucionalização do diálogo social. Ele defendeu que empresas afetadas formem mesas de negociação em até 10 dias e apoiou o pacote de R$ 30 bilhões anunciado pelo presidente Lula, condicionando crédito subsidiado à manutenção dos postos de trabalho.
O ministro Luiz Marinho alertou para que sindicatos fiquem atentos a possíveis manobras patronais para evitar reajustes salariais e reforçou que este é momento de união, não de desespero, lembrando que o Brasil vem reduzindo sua dependência comercial dos EUA.
As centrais anunciaram um ato nacional em defesa da soberania e dos empregos no dia 7 de setembro, com concentração às 9h, na Praça da República, em São Paulo. Também foi lançado o site centraissindicais.org.br/emprego para troca de informações sobre impactos do tarifaço e negociações coletivas.

Inflação recua em julho, mas conta de luz ainda pesa no bolso

O aumento na conta de luz fez a inflação oficial (IPCA) subir 0,26% em julho, acima de junho (0,24%), segundo o IBGE. A energia elétrica residencial ficou 3,04% mais cara, puxada pela bandeira tarifária vermelha e reajustes em várias capitais, sendo o item que mais pesou no bolso das famílias.
Por outro lado, os alimentos ajudaram a segurar o índice pelo segundo mês seguido, com queda média de 0,27% – destaque para batata (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%).
Nos últimos 12 meses, a inflação acumula 5,23%, abaixo dos 5,35% registrados até junho, mas ainda acima do teto da meta. De janeiro a julho, a conta de luz já subiu 10,18%, a maior alta para o período desde 2018.
Outros itens que pressionaram a inflação foram as passagens aéreas (+19,92%) e os jogos de azar (+11,17%). Já combustíveis caíram 0,64%, com destaque para a gasolina (-0,51%).
O IBGE destacou que o resultado de julho ainda não reflete o tarifaço de 50% imposto pelos EUA às exportações brasileiras, que só começou a valer em agosto.

Casa Margarida Barreto oferece atendimentos gratuitos para mulheres

A Casa Margarida Barreto, organização sem fins lucrativos que atua no combate à violência e à discriminação contra as mulheres e a comunidade LGBTQIAPN+, está com uma série de serviços gratuitos voltados à saúde, acolhimento e orientação das mulheres.

Além do atendimento individualizado com a equipe de assistência social, que avalia cada situação e faz os devidos encaminhamentos, a Casa oferece: Atendimento ginecológico, psiquiátrico, auriculoterapia e rodas de conversa obre violência doméstica.

Todos os serviços são gratuitos, porém é necessário agendar previamente.

Agendamentos:
De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Pelo WhatsApp: (11) 99160-2582

Para mais informações, acesse: www.plataformamargarida.org.br

A Casa Margarida Barreto conta com o apoio do Sindicato dos Químicos de São Paulo e reafirma seu compromisso em oferecer acolhimento, escuta e cuidado para todas as mulheres e a comunidade LGBTQIAPN+.

Tarifaço de Trump é um ataque direto ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um tarifaço contra produtos brasileiros, atingindo diretamente setores essenciais como o aço, o alumínio, a carne bovina e os produtos agrícolas. As novas tarifas devem entrar em vigor nos próximos dias e representam mais do que uma medida econômica: são um duro golpe no emprego, na indústria nacional e na soberania do Brasil.
Essa decisão escancara os perigos de uma política externa que, no governo Bolsonaro, trocou os interesses do povo por um alinhamento cego com os Estados Unidos de Trump. Em troca de promessas vazias — como a entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que nunca saiu do papel — o país abriu mão de vantagens comerciais, perdeu espaço no cenário internacional e agora sofre as consequências desse caminho de submissão.
Coincidência? Desde que Jair Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica por seus crimes contra a democracia, Trump passou a mirar o Brasil com ataques econômicos. É uma clara tentativa de intimidar o país, influenciar decisões da Justiça brasileira e interferir no rumo político do nosso povo.
Trump faz campanha com discurso populista e protecionista, sacrificando países como o Brasil para agradar o agronegócio e a indústria americana. Mas essa decisão não é apenas sobre tarifas: é sobre enfraquecer o Brasil, roubar empregos e barrar o nosso crescimento.
Estima-se que milhares de empregos diretos e indiretos podem ser afetados por esse tarifaço. São fábricas que podem fechar, exportações que podem despencar e trabalhadores que vão pagar a conta.
Mas o Brasil mudou. Hoje temos um governo que não se ajoelha para Washington. O presidente Lula tem se posicionado com firmeza contra os abusos de Trump, buscando proteger a indústria nacional, defender o emprego e reconstruir o protagonismo internacional do Brasil.
Enquanto isso, a direita brasileira segue com sua postura vergonhosa de subserviência. O governador Tarcísio, em São Paulo, chegou ao cúmulo de usar um boné com a bandeira dos Estados Unidos, numa cena que envergonha o povo paulista. Essa é a “soberania” que eles defendem: ajoelhar-se diante do estrangeiro e entregar o patrimônio nacional.
O Sindicato dos Químicos de São Paulo, junto da CUT, de outras centrais sindicais e movimentos sociais, esteve nas ruas na última semana, em frente ao consulado dos EUA, protestando contra essa injustiça. Nossos dirigentes foram à luta para dizer que o povo brasileiro não vai aceitar calado mais esse ataque. Vamos seguir firmes na defesa da indústria nacional, do emprego e da autonomia do Brasil.
“Eu defendo a soberania nacional. Só com soberania nacional podemos ter justiça social. Os interesses do povo brasileiro têm que ser discutidos pelo povo, sem ingerência de fora. Nós não somos mais colônia — e não queremos ser recolonizados”, enfatiza Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato.

Trabalho escravo: 563 trabalhadores são resgatados em obra de usina em MT

Uma força-tarefa composta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Polícia Federal resgatou 563 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma obra da AO Construtora, em Porto Alegre do Norte (MT), a 1.100 km de Cuiabá. Os operários, muitos oriundos do Norte e Nordeste, atuavam na construção de uma usina de etanol e viviam em condições degradantes, sem acesso a água potável, higiene ou segurança.
A situação veio à tona após um incêndio provocado em protesto contra as péssimas condições, que destruiu parte dos alojamentos. A empresa será autuada por violações trabalhistas graves e poderá responder criminalmente por redução à condição análoga à escravidão, conforme o artigo 149 do Código Penal. As vítimas estão recebendo assistência e serão encaminhadas para programas de reinserção no mercado de trabalho.

Governo prepara pacote para proteger empregos diante do tarifaço de Trump

O presidente Lula se reuniu nesta segunda-feira (11) com o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para definir medidas contra o tarifaço de 50% imposto pelos EUA às exportações brasileiras, em vigor desde 6 de agosto.
O plano prevê crédito subsidiado para empresas afetadas, com juros reduzidos e compromisso de manutenção dos empregos. Também podem ser adotadas flexibilizações de banco de horas, antecipação de férias coletivas e adiamento de tributos federais por 90 dias.
Entre outras ações estudadas estão compras públicas de alimentos e uso de recursos do Fundo Social para apoiar pequenos produtores que dependem das exportações para os EUA. As medidas devem ser anunciadas oficialmente nesta terça-feira (12).

Imposto de Renda: Senado aprova isenção para até R$ 3.036 e mira R$ 5 mil

O Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (7), o projeto que isenta do Imposto de Renda pessoas que ganham até dois salários mínimos (R$ 3.036), com vigência a partir de maio de 2025. A proposta, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), já havia passado pela Câmara e agora segue para sanção do presidente Lula. A votação no Senado ocorreu de forma simbólica, após dois dias de tensão no Congresso devido a protestos da oposição contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O relator da proposta, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que esta medida é apenas o primeiro passo rumo a uma reforma tributária mais ampla e antecipou que o próximo objetivo do governo é ampliar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Atualmente, a tabela do IRPF possui alíquotas progressivas, que variam de 7,5% a 27,5% para rendimentos superiores a R$ 4.664,68. A nova proposta está em análise na Câmara, onde já foi aprovada por comissão especial e aguarda votação em plenário.

CUT e movimentos sociais pedem veto total ao projeto que enfraquece licenciamento ambiental

Ambientalistas, cientistas, movimentos sociais e sindicais — incluindo a CUT — pedem o veto total do presidente Lula ao Projeto de Lei nº 2159/2021, apelidado de “PL da Devastação”. O texto, aprovado pela Câmara e já votado no Senado, flexibiliza o licenciamento ambiental, reduz a fiscalização, favorece ocupações ilegais e ameaça territórios indígenas e quilombolas ainda não homologados.
Segundo especialistas e lideranças sociais, a proposta representa um grave retrocesso ambiental e coloca em risco tratados internacionais assinados pelo Brasil, como o Acordo de Paris. Além disso, ameaça conquistas recentes na redução do desmatamento e compromete a imagem do país às vésperas da COP30, prevista para novembro em Belém (PA). A decisão final do presidente deve ser anunciada até sexta-feira (8).

Centrais sindicais se unem pela isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

A CUT e demais centrais sindicais reforçaram, nesta quinta-feira (7), a importância da mobilização da classe trabalhadora para aprovar no Congresso o projeto do presidente Lula que isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Durante a Jornada Nacional de Debates – Reforma do Imposto de Renda: um passo para a justiça tributária, realizada pelo Dieese, a vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, destacou que é preciso pressionar deputados e senadores para que a medida avance e para que os mais ricos, que hoje não pagam sobre lucros e dividendos, passem a contribuir de forma justa.
“O trabalhador paga imposto até sobre a PLR, enquanto os super ricos não pagam nada. É hora de mudar essa lógica e fazer justiça tributária”, afirmou Juvandia.
O evento segue acontecendo em vários estados do país, reunindo sindicatos, economistas e especialistas para discutir um sistema tributário mais justo e menos desigual.

Sindicatos discutem atualizações na Convenção do setor Químico

Os sindicatos que negociam conjuntamente sob a coordenação da Fetquim vêm se reunindo com o Grupo de Trabalho (GT) dos Químicos para debater a atualização da Convenção Coletiva do setor. O último encontro aconteceu no dia 31 de julho, na sede do nosso Sindicato.
Entre os temas em discussão estão cláusulas importantes como: salário substituição, isonomia salarial, direitos dos trabalhadores próximos da aposentadoria, férias, além de questões relacionadas à CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e ao combate ao assédio no ambiente de trabalho.
As negociações entre as bancadas patronal e dos trabalhadores estão sendo acompanhadas ponto a ponto pela assessoria jurídica e sindical da Fetquim. Algumas cláusulas já estão defasadas e precisam ser atualizadas; outras são completamente novas e refletem as mudanças no mundo do trabalho.
Ainda não há definição sobre quais alterações serão consolidadas, mas a expectativa é que tudo esteja finalizado até o início da Campanha Salarial do setor químico. E por falar nisso, já começaram as reuniões internas para discutir e elaborar a pauta de reivindicações deste ano. A data-base da categoria é 1º de novembro, e em breve os trabalhadores serão chamados a participar dos debates e aprovar suas prioridades para a próxima rodada de negociações.