Aumento real: motivos reais

O faturamento das empresas têm crescido consideravelmente nos últimos anos em função do aumento das vendas, no mercado interno e principalmente na exportação. Os empresários brasileiros, mesmo com queda do dólar, moeda norteamericana que rege o mercado internacional, nunca exportaram tanto.

Mesmo com a política de juros, que agora dá sinais de mudanças e com a turbulência política, a economia continua seu caminho de crescimento. As empresas produzem cada vez mais e contratam mão de obra. O mercado aquecido vende mais. Esse é o cenário da Campanha Salarial deste ano.

A revista Exame, em sua publicação anual, mostra a lista das maiores e melhores empresas em 2004. A indústria química teve um faturamento líqüido na ordem de 24%, o que representa mais de R$ 170 bilhões de reais. Destaque-se para a Bunge Fertilizantes, com crescimento na ordem de 19,5%, a Singenta (Química e petroquímica), cresceu na ordem de 24%.

Na produção destaque para a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos que entre 2000 e 2004 tiveram crescimento nas exportações de 97,5%. Os fabricantes de tintas, para 2005 estimam um crescimento de 4% no faturamento. Em 2004 foi de 1.75 bilhões de dólares.

Os trabalhadores são responsáveis diretos pelo aumento da produção e crescimento do faturamento das empresas. É mais do que justo que os empresários reconheçam o valor dos seus empregados e concedam aumento real de salários e melhorias nas condições de trabalho.

Portanto, você trabalhador químico é convidado a participar das atividades convocadas por sua entidade de classe a fim de garantir com mobilização e luta a vitória da categoria.

Mobilização da categoria rumo a novas conquistas

Aumento: reivindicamos 16,14%
São 16,14% a título de reposição, incluindo 5% a título de aumento real. Com crescimento da economia que favorece o aumento da produtividade e do faturamento das empresas, é mais do que justo que os trabalhadores, responsáveis diretos pela produção, tenham direito a aumento real de salários.

Redução da jornada de trabalho, sem redução de salários
Uma das formas de garantir novos postos de trabalho e a conseqüente diminuição do desemprego é a redução da jornada de trabalho. Trabalhando menos trabalharão todos e você terá oportunidade para se aperfeiçoar profissionalmente e ter mais tempo para seu descanso, o que também contribuirá com o aumento da produção.

Sistema único de representação
Garantir através de negociação coletiva com o Sindicato profissional, a criação do SUR (Sistema Único de Representação), com estabilidade prevista em lei, que será composto da parte eleita pelos empregados na CIPA, dos dirigentes sindicais existentes na empresa e por outros representantes eleitos  pelos trabalhadores no âmbito do local de trabalho.

Fim das terceirizações
Toda a mão-de-obra existente na empresa tem que passar a ser contratação direta da própria empresa. Chega de terceirização, chega de manobras para dividir os trabalhadores no local de trabalho e de artimanhas para deixar de cumprir direitos e conquistas nas empresas.

Igualdade de oportunidades entre homens e mulheres
Além de funções iguais, salários iguais. É preciso, também, garantir que ambos, homens e mulheres tenham as mesmas condições de ascensão aos cargos de chefia e outras promoções dentro da empresa.

Limitador das horas extras
Além de garantir também o aumento de postos de trabalho, limitar as horas extras é fundamental para permitir ao trabalhador que tenha tempo suficiente para seu descanso e lazer e, sobretudo, para o convívio familiar.

Inclusão das pessoas com deficiência
Garantir que seja cumprida a lei que determina que as empresa tenham em seu quadro de funcionários 5% de trabalhadores com necessidades especiais. As empresas se comprometem a não fazer restrições para a admissão dessas pessoas.

Não à truculência e manipulação

O momento da economia nacional é favorável para as mobilizações e lutas das campanhas salariais. Há geração de emprego, apesar do ainda grande número de desempregados, a produção industrial alcança níveis excelentes, as exportações batem sucessivos recordes, o mercado interno também vai se expandindo. Enfim, o país vive um inegável processo de crescimento econômico e a classe trabalhadora exige sua parte.

Por outro lado, governos estaduais adotam a lógica da repressão, colocando a polícia para reprimir trabalhadores que se mobilizam em defesa de suas reivindicações. Veja, por exemplo, o vergonhoso papel da Polícia Militar paulista contra os bancários, e a cena de covarde violência da PM gaúcha, que acabou tirando a vida de um sindicalista, o companheiro Jair Antônio da Costa, do Sindicato dos sapateiros de Sapiranga/RS.

Esses governos estaduais trazem para o campo sindical a lógica de sua atuação política. Agem em favor do capital, tentam desmoralizar e desmobilizar a esquerda, seja no campo político partidário, seja no movimento sindical. Querem, através da violência e manipulação dos fatos, transmitir uma falsa idéia de incapacidade da classe trabalhadora na atuação política e na defesa de seus direitos.

Nossa resposta a essa truculência, como sempre, deve ser a luta organizada, nossa união e, principalmente, a disposição de luta. O significado da nossa campanha salarial vai além do esforço de cada um de nós por conquistas salariais e melhores condições de trabalho. Tem a ver com cidadania e dignidade, denúncia e protesto contra governos estaduais como o de Alckmin, em São Paulo, e Germano Righoto, no Rio Grande do Sul.

Não à truculência e manipulação

O momento da economia nacional é favorável para as mobilizações e lutas das campanhas salariais. Há geração de emprego, apesar do ainda grande número de desempregados, a produção industrial alcança níveis excelentes, as exportações batem sucessivos recordes, o mercado interno também vai se expandindo. Enfim, o país vive um inegável processo de crescimento econômico e a classe trabalhadora exige sua parte.

Por outro lado, governos estaduais adotam a lógica da repressão, colocando a polícia para reprimir trabalhadores que se mobilizam em defesa de suas reivindicações. Veja, por exemplo, o vergonhoso papel da Polícia Militar paulista contra os bancários, e a cena de covarde violência da PM gaúcha, que acabou tirando a vida de um sindicalista, o companheiro Jair Antônio da Costa, do Sindicato dos sapateiros de Sapiranga/RS.

Esses governos estaduais trazem para o campo sindical a lógica de sua atuação política. Agem em favor do capital, tentam desmoralizar e desmobilizar a esquerda, seja no campo político partidário, seja no movimento sindical. Querem, através da violência e manipulação dos fatos, transmitir uma falsa idéia de incapacidade da classe trabalhadora na atuação política e na defesa de seus direitos.

Nossa resposta a essa truculência, como sempre, deve ser a luta organizada, nossa união e, principalmente, a disposição de luta. O significado da nossa campanha salarial vai além do esforço de cada um de nós por conquistas salariais e melhores condições de trabalho. Tem a ver com cidadania e dignidade, denúncia e protesto contra governos estaduais como o de Alckmin, em São Paulo, e Germano Righoto, no Rio Grande do Sul.

Vem ai a 2ª Marcha Nacional pelo Salário Mínimo

Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salário; por mais e melhores empregos; prioridade social no orçamento; pela valorização do serviço público; democracia e liberdade. Essas são algumas das reivindicações dos trabalhadores na segunda marcha nacional pelo salário mínimo que acontece de 28 a 30 de novembro em Brasília.

A CUT e demais centrais sindicais estão se preparando para levar a Brasília trabalhadores para a grande Marcha à Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes.
A grande reivindicação é que nos debates sobre o orçamento da união para 2006 seja incluído a aumento do salário mínimo, que tradicionalmente passa a valer a partir de 1º de maio.

Com a inflação controlada e a economia em franco crescimento, o momento é favorável para que novamente o salário mínimo tenha aumento real, como neste ano em que foi em torno de 8%. 

Veja aqui como a CUT está se preparando para a 2ª Marcha Nacional do Salário Mínimo.

Governo Lula recupera o Brasil

Apesar dos juros altos, a economia cresce cada vez mais; as empresas produzem com capacidade máxima e as vendas estão em alta.

Veja abaixo a comparação entre o que fez FHC em oito anos de governo e a gestão Lula nesses quase três anos:

Média do crescimento industrial
Governo FHC – 2% 
Governo Lula – 6,2%

Empregos gerados durante os governos
Em oito anos de FHC, foram gerados 726 mil
No primeiros três anos de Lula 3,6 milhões 

Exportações
Governo FHC chegou a, no máximo, 60 bilhões de dólares
Governo Lula 112 bilhões de dólares, nos últimos 12 meses

Crescimento da economia
Período FHC, média de 2,2% ao ano
Governo Lula, 5%, só em 2004

Inflação
2002 chegou a 12%
2004 caiu para 7,5%
2005 previsão de 5,2%

Produção de petróleo, o Brasil já está próximo da auto-suficiência na produção de petróleo.
Investimentos sociais

Agricultura familiar – os investimentos previstos para esta safra somam R$ 9 bilhões – três vezes mais que no governo anterior (R$ 2,4 bilhões).

Bolsa Família – cerca de 8 milhões de famílias recebem, em média, R$ 65 por mês.

Educação – criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), o ProUni e nove novas universidades públicas.

Saúde pública – o montante investido passou de R$ 86 bilhões, em 2002, para R$ 145 bilhões (previsão) neste ano.

Empresas do ramo químico com altas taxas de lucros

Com a economia em crescimento, a inflação sob controle e mesmo com a taxas de juros sendo uma das mais altas do mundo, as empresas brasileiras crescem cada vez mais. Segundo a Revista Exame, em sua edição maiores melhores de 2004, várias empresas do ramo químico apresentam alta taxa de lucratividade. Veja, abaixo, algumas dessas empresas com lucros em milhões de reais:

Setor químico
Bayer Cropscience R$ 339,25
Singenta R$ 123,7

Setor Plástico
Dixie Toga R$ 20,75
Mueller R$11,50

Setor Farmacêutico
Eurofarma R$ 66,7
Cristália R$ 55,25

Cosmético
Natura R$ 233,25
Avon R$ 192,50

Trabalhador químico, com muita categoria

Por força do modelo de organização sindical previsto em lei, há mais de 50 anos, os trabalhadores são identificados enquanto categorias profissionais. Nesse caso temos exemplos clássicos, como metalúrgicos, bancários, professores, petroleiros, gráficos. Muitas dessas categorias com uma forte identificação pela sua tradição e pela abrangência do ramo de atividade.

Esse conceito de ramo de atividade identifica mais precisamente o trabalhador químico nos seus diferentes segmentos de produção. No setor de cosmético, pelo manuseio dos produtos e sua química. Nos setores plásticos e de tintas, em razão da origem de sua matéria prima. No setor farmacêutico, por conta da produção de medicamentos. Ou seja, havendo a mistura química e o manuseio de produtos de origem petroquímica e de petróleo, caracteriza-se o ramo químico. Vale o mesmo para a produção de sabão e velas e setor de fertilizantes.

Ao adotar a lógica de categoria, chegamos à conclusão de que o ramo químico constitui uma das mais diversificadas.

Por exemplo: o trabalhador metalúrgico é imediatamente identificado com a indústria de transformação de metal, que gera desde um eletrodoméstico a um automóvel. Já o trabalhador químico é tanto aquele que produz uma vela como aquele que opera uma máquina extrusora, ou atua na produção de tintas, perfumes, medicamentos etc.

É por conta desse raciocínio que a diretoria do nosso Sindicato, a partir da iniciativa do vereador Francisco Chagas (PT-SP), também dirigente desta entidade, passa a comemorar o dia do trabalhador químico (05 de novembro) É uma data para reflexão da nossa história, para debate sobre o presente, em busca de um futuro melhor e, principalmente, para reforçar ainda mais a nossa identificação enquanto trabalhadores desse importante ramo de atividade da economia nacional.

Você, seja da indústria plástica, de cosmético, farmacêutica ou qualquer outro segmento de produção do ramo químico, venha comemorar conosco o 05 de novembro, dia do trabalhador químico, que somos todos nós.

Apresentação

Você tem à mão o caderno da Convenção Coletiva 2005/2006 do setor farmacêutico. Agora com data-base em 1º de abril de cada ano, os trabalhadores e trabalhadoras do setor farmacêutico, debatem suas reivindicações, encaminham suas mobilizações e buscam negociações com o sindicato patronal da indústria farmacêutica no começo de cada ano.

Esta foi nossa primeira experiência nesse sentido. E asseguramos que obtivemos avanços tanto em relação a conquistas como no aperfeiçoamento do processo de negociação neste setor produtivo. Por exemplo: hoje temos grupos de trabalho com representantes dos trabalhadores e dos patrões que debatem, procuram esclarecer dúvidas e buscam soluções sobre eventuais polêmicas em
torno desta Convenção, com prazo de 30 dias para fins de conciliação.

Com a finalidade de viabilizar a representação no local de trabalho, também foi constituído grupo de trabalho com este objetivo. Há, também, o compromisso de atuação para promover a melhoria da qualificação e requalificação profissional dos trabalhadores, bem como iniciativas de responsabilidade social da empresa e debates sobre a terceirização e suas reais necessidades, visando a eliminação dessa forma de contratação precária de mão-de-obra.

Esta Convenção, com seus 84 itens, dá conta das mais variadas questões de interesse dos trabalhadores: defesa da saúde e segurança, direitos elementares e fiscalização de suas conquistas no local de trabalho. Para você melhor avaliar o que foi assegurado em processo de negociação com o que prevê a lei trabalhista, nossa assessoria jurídica fez uma detalhada comparação, cláusula por cláusula.

Veja, compare e analise para concluir o quão importante é a atuação do seu sindicato de classe como ferramenta de defesa dos seus direitos e interesses.

Com a sua participação no dia-a-dia desta entidade que o representa, ficaremos mais fortes para avançar ainda mais nas conquistas.

A diretoria colegiada

:: Clique para visualizar todas as Cláusulas

Setor Farmacêutico: Convenção Coletiva em Destaque

Na manhã do dia 08/03 diretores do Sindicato dos químicos e farmacêuticos de São Paulo junto com os diretores do Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Famacêuticas do Estado de São Paulo) assinaram Acordo Coletivo que prevê dentre outras conquistas, a redução da jornada de trabalho. Estiveram presentes no ato Edilson de Paula, presidente da CUT estadual e o vereador paulistano Francisco Chagas, ambos diretores deste Sindicato.

Mantidas as cláusulas sociais, com avanços em questões como licença à empregada adotante, maior tempo da garantia de emprego para quem sofre aborto legal, mudança da data base e redução da jornada de trabalaho para os trabalhadores do Setor Farmacêutico. As cláusulas descritas a seguir são as mesmas que valem para toda a categoria e constam no caderno da Convenção Coletiva. Observe bem, para exigir o cumprimento dos seus direitos

29. Aborto legal

Nos casos de aborto legal, a empregada terá garantia de emprego ou salário de 45 dias, a partir da ocorrência, sem prejuízo do aviso prévio legal, exceto nos casos de contrato por prazo determinado, dispensa por justa causa, pedido de demissão e acordo entre as partes. Nos dois últimos casos, as rescisões serão feitas com a assistência do Sindicato dos Trabalhadores, sob pena de nulidade.

64. Auxílio-creche

Às empregadas com filhos até 28 meses as empresas deverão ter local apropriado para guarda e vigilância das crianças ou garantir o reembolso do valor mensal das despesas com a guarda e assistência dos filhos, até o limite de 50% do salário normativo.

Esses benefícios poderão ser estendidos aos empregados viuvos, divorciados ou separados judicialmente que legalmente tenham a guarda dos filhos. Veja texto na íntegra no caderno da Convenção Coletiva.

25. Licença para empregada adotante

A CLT prevê licença maternidade para empregada que adota crianças. A lei prevê a licença de acordo com a idade da crianças adotada.

45. Complementação de salário – Auxílio Doença, Acidente de Trabalho, Doença Profissional e 13º Salário (trechos da cláusula)

A) As empresas complementarão, durante a vigência da presente Convenção, a partir do 16º (décimo sexto) dia da data do afastamento do trabalho até o 330º (tricentésimo trigésimo) dia, os salários líquidos corrigidos com os demais salários da categoria.

E) As empresas complementarão o décimo terceiro salário, considerando o salário líquido do empregado que se afastar por motivo de doença, por mais de 15 (quinze) dias e menos de 01 (um) ano…

H) O empregado afastado por auxílio-doença terá, ao seu retorno ao serviço, garantia de emprego ou salário por igual período ao do afastamento, limitado  a, no máximo 45 dias.

53. Faltas e horas abonadas (trechos da cláusula)

I) por cinco dias corridos ao pai, quando do nascimento ou adoção de filho(a), dentro das duas primeiras semanas do nascimento ou adoção;

J) até 32 horas, consecutivas ou não, durante o ano, para levar filho(a) menor de 14(catorze) anos ao médico, excetuando-se este limite de idade no caso de filho (a) excepcional;

K) no dia em que houver doação de sangue pelo empregado, até o limite de 04 (quatro) doações por ano;