Campanha Salarial: assembléia

Mobilizar para conquistar esse é o tema a Campanha Salarial deste ano, coordenada pela CNQ/CUT. O Sindicato convoca toda a categoria para participar da Assembléia, dia 22/09, às 19h, na sede central, para debater a pauta de reivindicações que será encaminhada ao sindicato patronal. Aos participantes da assembléia será realizado um sorteio de um aparelho de televisão de 20′.

Haverá condução nas subsedes, a partir das 18h

Um outro 11 de setembro

Debaixo dos escombros das torres gêmeas de Nova Iorque não ficaram só os mais de dois milhares de mortos em conseqüência dos ataques aéreos suicidas de 11 de setembro de 2001. A rememoração deste episódio sombrio do atual século ofusca também outro, o de 11 de setembro de 1973, também este uma grande catástrofe mundial.

Quando os militares golpistas atacaram o Palácio de La Moneda, em Santiago do Chile, sob o comando traiçoeiro do Gen. Pinochet, não foi só o presidente Salvador Allende que depuseram, ou o seu país que arrastaram numa espiral criminosa.

Ali, naquele dia, uma América Latina foi reduzida a escombros – com apoio da CIA, do governo norte-americano e das ditaduras já instaladas no continente, inclusive a brasileira, que para lá enviou agentes policiais e militares.

O modelo chileno de golpe teve peculiaridades. O brasileiro foi seletivo, levando a prisão de milhares de oposicionistas mas à eliminação direta de poucos. O argentino, por ter-se envolvido com a bandidagem, levou à eliminação algo indiscriminada de oponentes ou denunciados como tal, por gente que queria, às vezes, simplesmente apossar-se de seus bens. Isso levou anos para se consumar.

O modelo chileno foi o da eliminação massiva, brutal e rápida. Foram dezenas de milhares de mortos, a maioria em poucos dias.

O caso brasileiro criou um quarto fechado, cuja abertura talvez só seja possível ainda daqui há muitas décadas. O caso argentino criou uma chaga inarredável, ainda aberta. No Fórum Social da Venezuela entrevistei uma das mães da Plaza de Mayo. Ela contou ao vivo, na TV Carta Maior, a história das três fundadoras do movimento, que também foram mortas e tiveram seus corpos jogados ao mar. Mas as águas trouxeram os corpos de volta, e eles foram sepultados em covas secretas, só há pouco descobertas. “El mar no quizo ser cúmplice”, disse ela.

Mas o caso chileno criou um vácuo na memória, uma espécie de buraco negro, pelo horror da rapidez com que o massacre foi perpetrado. Mas não foi só isso. O vácuo se estendeu pelo continente inteiro. Depois da revolução cubana de 1959, as tentativas armadas de revolução no continente entraram em impasses variados. No Brasil a resistência armada já estava em crise, apesar de continuarem ativos focos guerrilheiros no Pará, alimentados pelo PCdoB.

A experiência democrática do Chile era uma via de esperança renovada, não só de se chegar a alguma transformação social significativa, mas também de que esta não fosse podada por um golpe militar. Quando este veio, e com a ferocidade com que veio, caiu uma pá de cal não só dos sonhos de uma transformação, mas sobre o próprio sentimento de humanidade de nós, os latino-americanos.

Seria como se víssemos estampados em nossas faces achincalhadas: “não, vocês não são humanos, não têm direito a uma história; tudo com que podem contar são as lágrimas pelos mortos, e desde que não solucem muito alto”.

Somente agora, com os sucessivos alevantamentos democráticos em diferentes países do continente, com resultados muito diversos entre si, mas carregados do estro da transformação, é que aquele relógio de uma história desmontada teve seus cacos reajustados, voltando a pulsar em direção ao futuro. Tudo isso o Chile nos devia, tudo isso devíamos todos ao Chile: o futuro.

Disse Alfonso Reyes, o grande intelectual mexicano, que todo latino-americano tinha duas pátrias: a sua, e o México, numa lembrança da grande revolução de 1910. Pois bem, hoje, 11 de setembro, e nos 11 de setembro do futuro, somos todos chilenos, aqui, agora, depois e para sempre.

Flávio Aguiar é professor de Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo (USP) e editor da TV Carta Maior.

Piscina na Colônia de Férias

A diretoria entrega para a categoria mais um espaço de lazer para a categoria, a piscina na Colônia de Férias e caraguá.

O espaço foi solicitado pelos associados da entidade, a decisão foi tomada no IV Congresso, em agosto de 2005, e referendado na Assembléia da categoria.

Como sempre a diretoria atenta aos anseios dos associados da entidade entrega aos associados e seus familiares a piscina na Colônia.

O Clube de Campo, em Arujá, também passa por reformas e ampliação para melhor conforto dos trabalhadores associados da entidade.

Sindicato dos Metalúrgicos debatem proposta com trabalhadores

Representantes dos trabalhadores e empresa negociaram por quase 110 horas, divididas em três etapas do dia três de maio até início de setembro. A proposta resultante da negociação foi apresentada pelo Sindicato dos metalúrgicos do ABC dia 11 de setembro para os trabalhadores, que vão debater ponto a ponto, dentro da fábrica, quando decidirão se aprovam, ou não.

Caso a proposta seja aprovada, a empresa se compromete a produzir dois novos modelos de carros a partir de 2008 e 2009 e as 1.800 cartas de demissão entregues serão definitivamente canceladas. O processo de ajuste de 3.100 funcionários deverá ocorrer em três anos, podendo ser prolongado de acordo com a demanda do mercado. Em uma primeira fase, 1.500 trabalhadores podem aderir ao PDV (Programa de Demissão Voluntária) da seguinte forma: de 25 de setembro a 21 de novembro de 2006: 1,4 salário por ano trabalhado mais as verbas rescisórias.

Caso a meta não seja atingida haverá nova etapa de 22 de novembro a 31 de janeiro de 2007 (um salário por ano trabalhado). Se, ainda assim, a meta de até 1.500 trabalhadores não se concretizar, a fábrica poderá fazer desligamentos em fevereiro de 2007 (0,6 salário por ano trabalhado) até um total de 1.300 funcionários. O benefício vai decrescendo com o tempo. Vão ocorrer outras quatro etapas para a saída de 1600 trabalhadores. A última pode ser até 2010, quando o trabalhador pode receber pelo PDV 0,5 salário por ano trabalhado. Há sempre a possibilidade de a fábrica indicar os desligados no caso dos objetivos não serem concluídos.

Existe um programa de demissão voluntária especial para os 499 trabalhadores que estão no Centro de Formação e Estudo e em gozo de licença remunerada (grupo afastado da fábrica em 2003 que não foi demitido em função da estabilidade de emprego garantida pelo acordo de 2001 que vai acabar em 21 de novembro deste ano). Todos (com exceção dos 47 que têm doença profissional e vão voltar ao trabalho) terão que sair da empresa, mas eles vão receber benefícios. Os que aderirem no período de 25 de setembro a 27 de outubro vão receber 0,6 salário por ano de casa. Os que aderirem de 30 de outubro a 21 de novembro vão receber 0,4 mais as verbas rescisórias.

Todos os trabalhadores desligados terão permanência no plano médico por 3 meses ou poderão optar por receber R$375,00.

Outros pontos definidos na proposta: não haverá terceirizações. Criou-se o limite anual de banco de horas com saldo positivo de 150 horas (a fábrica deve para o trabalhador) e saldo negativo de 120 horas (trabalhador deve para a empresa). Não haverá redução salarial de 35% para os novos contratados, mas sim aumento do plano de carreira de 73 para 104 meses; não haverá horas extras gratuitas no caso de retrabalho (quando há falha de qualidade) e o plano de saúde vai subir de 1% para 2% do salário de quem já está na fábrica e para 3% para os novos contratados. A primeira parcela do 13o salário será antecipada, em 2007 e 2008, para a sexta-feira que antecede o carnaval.

Na negociação também foram definidos os valores de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) até 2008:
 
Ano Valor base
2006…………R$4.900,00 (produção de 180 a 230 mil carros)
2007…………R$5.300,00 (produção de 160 a 180 mil carros)
2008…………R$5.300,00 (produção de 135 a 146 mil carros)

Campanha reivindicatória 2006: Sindicato convoca categoria para assembléia

“Mobilizar para conquistar”. Esse é o tema da Campanha Salarial deste ano, coordenada pela CNQ/CUT. O Sindicato convoca toda a categoria para participar da Assembléia, dia 22/09, às 19h, na sede central, para debater a pauta de reivindicações que será encaminhada ao sindicato patronal. Aos participantes da assembléia será realizado um sorteio de um aparelho de televisão de 20′.

Haverá condução nas subsedes, a partir das 18h

Onze de setembro: tristes lembranças

As ditaduras militares marcaram a América que ainda hoje vive sob essa sombra maléfica. Em 1964 o Brasil foi quem caiu nas mãos dos militares que permaneceram por 21 anos no poder. Em 1973 foi a vez do Chile, em 11 de setembro. O presidente eleito pelo povo teria se suicidado para não entregar o poder aos militares, sob comando do general Augusto Pinochet, responsável, naquele país, pela mais violenta e sangrenta ditadura do continente. Em 1974 os militares argentinos deram o golpe e tomaram o poder.

Nas décadas de 1960 e 1970 praticamente todos os países da América latina e caribe foram governados por ditaduras que vitimaram milhares de pessoas que ousaram acreditar na democracia, na justiça e na liberdade. Uruguai, Paraguai, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Equador. Na América central El Saldor, Nicarágua, Panamá, Guatemala, Honduras entre outros. Todos passaram pela triste experiência do poder militar.

È bom lembrar que por trás de todos os governos estava a mão forte dos EUA, através da CIA e outros grupos paramilitares. Os militares latinos sempre contaram com apoio moral e logístico dos norteamericanos que criaram a Escola da Américas especialmente para ensinar técnicas de tortura e guerrilha a militares e civis latinos. Exemplos mais eloqüentes são os casos dos contra-revolucionários na Nicarágua e Cuba treinados pelos norte americanos.

Clique no link para ler a reportagem sobre o 11 de setembro no Chile: http://www.cut.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5215&sid=114

Inflação sob controle favorece camadas mais carentes da população

A queda na inflação beneficia os brasileiros, principalmente as camadas de baixa renda. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), baseado na cesta de consumo de famílias que recebem entre um e oito salários mínimos, registra uma inflação de apenas 1,1% em 2006 e deflação de 0,02% em agosto.

O professor de Economia da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha, afirmou que “a inflação de alimentação e transportes, que pesa muito para os pobres, está muito baixa”. Ele observa, ainda, que “a manutenção do poder de compra, ao lado dos desembolsos do Bolsa Família, soma-se à queda nos preços dos alimentos para produzir melhora substancial no orçamento das famílias mais pobres”. Em julho e agosto, o preço do feijão preto caiu 7%, o do feijão carioca recuou 20% e o leite pasteurizado teve deflação de 5%.

“O real valorizado é uma arma antiinflacionária particularmente eficaz para a cesta de consumo dos mais pobres, que tem maior concentração de produtos, ao contrário do padrão de despesa da classe média, no qual os serviços pesam mais”, comentou Ricardo Carneiro, economista da Unicamp.

Em agosto, a inflação foi de 0,05%, acumulando 1,78% no ano. Com isso, a previsão dos analistas é de que a inflação de 2006 ficará na casa dos 3%, permitindo a retomada de crescimento do Brasil.

Mulher: na história da CUT

Dias 09 e 10/08, aconteceu o seminário nacional de gênero da CUT, ao término do evento foi feito o lançamento do Livro ‘A mulher na CUT, uma história de muitas faces’, que retrata os 20 anos da política de gênero da entidade.

O livro destaca a participação da mulher na construção da Central e do movimento sindical brasileiro. Em 1986, no Congresso da entidade, foi criada a comissão nacional de política para mulheres, em 2003, o Congresso, aprovou a criação da secretaria nacional da Mulher Trabalhadora.

O desafio é fazer com que em todas as CUTs estaduais sejam efetivadas a Secretaria da Mulher.
No livro o texto que relata a historia e a importância da secretaria de gênero no ramo químico, foi escrito pela Lucineide Dantas Varjão (Lú), diretora deste sindicato.

Revista do Brasil

A Revista do Brasil, quarta edição, traz uma matéria especial sobre as eleições: os diferentes projetos em disputa, análise da atuação da mídia (jornais e revistas) na campanha eleitoral, como o eleitor constrói seu voto e o que espera do próximo governo.

A edição traz, ainda, reportagem sobre desemprego e entrevista exclusiva do ministro da Educação, Fernando Haddad. E mais: as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores do sistema público de saúde, meio ambiente e o resgate de brasileiros no Líbano, entre outras reportagens.

Volkswagem do Brasil: trabalhadores fazem gol de placa

As negociações estão em andamento. Representantes da empresa e dos trabalhadores, através do seu sindicato de classe, estão em debate sobre a questão dos postos de trabalho nesta multinacional alemã que alega problemas na unidade São Bernardo, mas mantém alta produtividade, faturamento e lucro no Brasil.

Resultado do chamado modelo neoliberal que impõe sobre o emprego e o salário dos trabalhadores as tais reestruturações, a empresa faz chantagem com a possível desativação da fábrica do ABC. Ao impedir as demissões pura e simplesmente, os trabalhadores já fazem seu gol de placa.