Prensas Injetoras: acordo renovado, segurança garantida

Em assembléia realizada em 22 de setembro último, os trabalhadores presentes aprovaram a renovação da Convenção Coletiva das Prensas Injetoras de Plástico.

A convenção mantem as conquistas dos trabalhadores, dentre elas: a proteção coletiva contra acidentes de trabalho. A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) tem papel fundamental no acompanhamento e fiscalização sobre o funcionamento e as condições das Máquinas Injetoras (cláusulas 3, 4, 5 e 6). As empresas devem garantir equipamentos de segurança nas máquinas injetoras (cláusula 1).

A convenção exige a realização de cursos de capacitação para operadores, trocadores de moldes e trabalhadores na manutenção de máquinas injetoras de plástico (cláusula 6). A Convenção prevê multa à empresa que não cumprir as cláusulas da Convenção Coletiva das Prensas Injetoras (cláusula 13 e 15). Se o trabalhador sofre acidente tem estabilidade até a aposentadoria (cláusula 12).

Importante lembrar que o Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo foi o primeiro no país a conquistar, depois de muita luta, a Convenção Coletiva sobre a Prevenção de Acidentes em Máquinas Injetoras de Plástico. A primeira Convenção foi assinada em 1995.

Convenção coletiva das máquinas sopradoras de plástico
Mais uma conquista dos trabalhadores das indústrias plásticas do estado de São Paulo, a Convenção Coletiva das Máquinas Sopradoras de Plástico, segue as mesmas características da Convenção Coletiva das Prensas Injetoras de plástico. A diferença está nas especifica-ções técnicas, no que diz respeito às características das Máquinas Sopradoras.

Ambas as Convenções, das Prensas Injetoras e das Máquinas Sopradoras serão assinadas dia 18 de outubro.

Editorial: projetos em jogo

Ao nosso ver, é importante a compa-ração entre os governos LULA e FHC. Nesse momento é necessário avaliar e lembrar oito anos do PSDB no governo federal e os 12 anos de Covas/Alckmin, em São Paulo. Os tucanos dilapidaram o país e o estado mais rico da federação.

Basta lembrar o caos da segurança pú-blica em São Paulo, onde o crime organizado torna toda a população refém e o gover-no totalmente incapaz de reagir. E a FEBEM? Na gestão Alckmin tornou-se “escola de preparação para a marginalidade”, com tanta violência e rebelião de menores.

Escândalos e mais escândalos foram ocultados com a complacência dos meios de comunicação, em nome de uma suposta eficiência de governo que nunca exisitu. Por exemplo: nas três únicas obras no Estado de São Paulo (Metrô, Calha do Tietê e Rodoanel) há fortes indícios de superfaturamento, desvios de recursos e favorecimentos, mas nada foi apurado porque Alckmin impediu a instalação de CPIs na Assembléia Legislativa.

O PSDB, agora, fala de ética, mas seus governos não resistem a uma investigação. Basta lembrar a compra de votos de deputados para aprovar a reeleição de FHC, favorecimentos a empresas nas criminosas privatizações, nego-ciatas de prepresantantes do governo  FHC com donos de bancos e muito mais.

Diferente disso, o governo do presidente LULA vem sendo devassado com CIPs e denúncias, muitas vezes infundadas, veiculadas pelos meios de comunicação. Se erros foram cometidos, têm que ser apurados, esclarecidos e punidos os culpados.

O debate central, no entanto, está em torno de prioridades de governo; para quem e como governar. Um pequeno segmento da sociedade se incomoda com um presidente que em três anos de mandato reduz em 19% os índices de miséria do país, que assegura aumento real no salário mínimo criando as condições para boas negociações salariais em todas as categorias, que gera cerca de oito milhões de novos empregos, entre outras medidas em benefício da maioria da população.

Com a força do povo, esta é a avaliação que tem que ser feita na hora de decidir o voto.

Diretoria colegiada

Eleições 2006: no 1º turno, Presidente Lula derrota elite conservadora

Menos de 1,5% dos votos. Com mais este percentual na votação do presidente LULA, a eleição seria decidida já no primeiro turno. Isto diante de um cenário em que a elite conservadora e parte significativa dos meios de comunicação (rádio, TV e jornais) jogaram pesado em favor do candidato tucano.

É uma questão de lado, de opção política. A elite conservadora e atrasada não suporta a idéia de um trabalhador governar este país com compromissos com as causas populares. O presidente LULA faz um mandato que busca amenizar e corrigir injustiças existentes no Brasil, a população pobre sente, percebe que tem um governante ao seu lado. E isto ainda incomoda a alguns.

Os tucanos não gostam, mas a comparação entre o governo LULA e os oito anos de FHC é inevitável, pois o que está em jogo é a tentativa de retorno do governo do PSDB. O mesmo que privatizou empresas públicas, como o sistema de telefonia, Vale do Rio Doce e energia elétrica, entre outras privatizações sempre carregadas de suspeitas de favorecimentos aos vencedores.

O Brasil que queremos
Na gestão FHC muitas vezes a classe trabalhadora se mobilizou e se manifestou em Brasília para impedir a retirada de direitos trabalhistas. É isso que pretendem os tucanos, uma suposta reforma trabalhista para acabar com direitos como, férias mais 1/3 do seu valor, 13º salário, FGTS e outras conquistas. Tentaram durante oito anos de FHC e não conseguiram. Com o possível governo Alckmin, vão tentar de novo.

Respaldado em decisão do congresso da categoria, concluído em agosto de 2005, a diretoria do Sindicato vai mobilizar todos os trabalhadores. Nesse período de campanha salarial, será aberto o debate sobre o projeto de Brasil que queremos: é a volta das privatizações ilegais, dos preços altos nos alimentos e materiais de construção, dos ataques aos direitos dos trabalhadores, da falta de apuração sobre denúncias de corrupção?

Isso não pode voltar. A diretoria do Sindicato propõe a luta pela continuidade de um governo que gera mais de 100 mil empregos por mês, que criou as condições para a recuperação do poder de compra dos salários, que retirou milhares de famílias da situação de miséria, que criou o Bolsa família, o PróUni. Enfim, queremos um governo que governa para a maio-ria dos brasileiros e não para poucos.

2006: Campanha Reivindicatória

Em assembléia realizada, dia 22/09, na sede central, a categoria aprovou a pauta da Campanha Reivindicatória/2006. As entidades cutistas do ramo químico do estado de São Paulo (Químicos do ABC, de São Paulo e Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo), que representam mais de 150 mil trabalhadores em todo o Estado fizeram o mesmo.

Representantes dos sindicatos cutis-tas, coordenados pela CNQ/CUT, encaminharam esta pauta ao sindicato patronal em 26/09 último. 

Um calendário de negociação entre os sindicatos dos trabalhadores e o patro-nal será estabelecido durante o mês de outubro. A data base do setor químico é 1º de novembro.

Segundo dirigentes da CNQ este ano as negociações ocorrem num novo patamar, o crescimento da economia, a inflação sob controle faz com que aumente o faturamento das empresas. Portanto, é mais do que justo aumento real, redução da jornada de trabalho, valorização do piso salarial, aumento da PLR.

Principais reivindicações:
* 10% a título de reposição inflação, perdas e aumento real dos salários;
* 12% de aumento para recompor o piso salarial;
* PLR (Participação nos Lucros e Resultados);
* Redução de 10% da jornada de trabalho, sem redução de salários;
* Menos horas-extras para geração de mais empregos;
* OLT (Organização no Local de Trabalho);
* Incorporação dos terceirizados;
* Combate ao assédio moral;
* Igualdade de oportunidade entre homens e mulheres.

Notas

Metroviários1
Prosseguem as manifestações dos metroviários contra a privatização da linha quatro. Já foram coletadas mais de 25 mil assinaturas. Toda terça e quinta-feira, a partir das 17h, os sindicalistas desta categoria profissional realizam manifestações em duas estações para obtenção de mais assinaturas contra a privatização do Metrô. O documento será entregue ao Ministério Público, ao Governo do Estado, à Assembléia Legislativa, à Câmera dos Vereadores e entidades envolvidas com os direitos do cidadão, em data ainda a ser definida.

Metroviários 2
Apesar da cobertura tendenciosa e negativa da imprensa, os metroviários avaliaram que a população entendeu que a paralisação do dia 15/08 visava evitar uma decisão que prejudicaria a rotina de milhões de pessoas durante os próximos 30 anos. Pesquisa realizada durante o programa São Paulo Acontece, da TV Bandeirantes, 73% das pessoas consideraram a greve justa. A postura dos apresentadores contrária à manifestação não confundiu a população, que compreendeu a urgência e a necessidade da ação do sindicato.

A melhor do mundo
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) foi escolhida como a melhor instituição de saúde pública do mundo. A premiação foi concedida pela Federação Mundial das Associações de Saúde Pública. A cada três anos a organização elege uma liderança sanitária mundial individual e uma instituição por sua contribuição à saúde coletiva mundial. O prêmio deste ano será entregue ao sanitarista Paulo Buss, presidente da Fiocruz, escolhida também como instituição premiada, durante o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública.

Grito dos Excluídos 2006

Grito dos Excluídos 2006, dia 07/09, em São Paulo. Caminhada da praça da Sé até o Monumento do Ipiranga contou com a participação de mais de três mil pessoas. Às margens do Ipiranga se reuniram aproximadamente 10 mil pessoas que realizaram ato político a partir do tema: Brasil: na força da indignação, sementes de transformação

Eleições 2006: dia 1º de outubro, vote!

Na eleição deste ano os brasileiros irão às urnas para eleger além do presidente da república e governadores de estado, os deputados estaduais e federais, e senadores. É importante eleger parlamentares comprometidos com o projeto popular e que defendam os interesses dos trabalhadores, pois, é no Congresso Nacional que acontecem os debates sobre as mudanças na legislação e, se lá estiverem parlamentares comprometidos com as lutas dos trabalhadores os direitos conquistados não serão mexidos e nem retirados, ao contrário se os parlamentares forem comprometidos com as elites é bem possível que os direitos consagrados na constituição sejam retirados, como querem a maioria dos empresários.

Para votar bem é preciso conhecer as propostas dos candidatos, conhecer os projetos políticos que estão em disputa e, sobretudo, se tem caráter popular ou não. Há vários projetos em disputa, mas há dois que se despontam: um que se coloca a serviço dos trabalhadores e da soberania nacional e outro que serve às elites e ao capital internacional, especialmente o norteamericano.
Portanto, os trabalhadores, nestas eleições têm um papel importante que é eleger políticos que têm uma história de lutas junto com a classe trabalhadora a fim de garantir os direitos e a possibilidade de ampliar as conquistas.

Opinião: uma campanha salarial para todos

A CUT iniciou a Campanha Salarial Uni-ficada. Suas propostas vão trazer benefícios a todos os trabalhadores, mesmo quem não é sindicalizado e até mesmo as donas de casa. A campanha quer que a valorização do trabalho esteja no centro das políticas públicas e empresariais.

Entregaremos a pauta às entidades patronais em todo o Brasil e aos governos federal, estaduais e municipais. Ao mesmo tempo, faremos mobilizações e manifestações de rua, para divulgar nossas propostas e ampliar o apoio da sociedade.

O primeiro ponto da pauta é o estabelecimento de pisos salariais nacionais por ramo de atividade, o que vai contribuir para a redução das desigualdades entre os trabalhadores e combater a corrosiva guerra fiscal.

Para estimular a geração de empregos, a CUT propõe a redução da jornada de trabalho. Para tanto, basta o Congresso Nacional votar a PEC 393, que prevê a diminuição para 40 horas semanais e, num segundo momento, para 36 horas. Combinada com outro projeto da CUT, o de limitar as horas extras, desta forma haverá condições objetivas para abrir vagas e melhorar a qualidade de vida do trabalhador.

Ainda no tocante a empregos, a CUT defende que o governo brasileiro ratifique a Convenção 158 da OIT, já em vigor em outros países. Pela convenção, sindicatos e empresas sentam-se à mesa para debater alternativas às dispensas imotivadas, que são um recurso perversamente utilizado para promover alta rotatividade e redução de salários.

Outro ponto importante é a inclusão de contrapartidas sociais em todos os empréstimos ou investimentos públicos para empreendimentos privados. A exigência de manutenção ou geração de empregos por parte das empresas tomadoras de empréstimos, a exemplo da linha recentemente criada pelo BNDES para o setor automotivo, por sugestão da CUT.

A CUT insiste que representantes dos trabalhadores participem das decisões do Conselho Monetário Nacional. E que a sociedade civil organizada interfira na elaboração dos orçamentos públicos e decida o destino dos recursos para serviços como saúde, educação e segurança.

Os serviços públicos dependem, além de dinheiro, de estrutura e condições de trabalho. A campanha pleiteia que os governos estabeleçam processos permanentes de negociação com os trabalhadores públicos, em busca de soluções para melhoria do atendimento.

Reiteramos a necessidade de criação de uma política de Estado para valorização permanente do salário mínimo, independentemente de quem ocupa o governo federal.

O combate ao assédio moral e o controle do ritmo de trabalho. A ampliação das parcelas do seguro-desemprego para setores ou regiões em crise, e o respeito à atividade sindical, muitas vezes objeto de truculência e perseguição.

Editorial: Unificar para fortalecer

Salário
Fixar pisos salariais por ramo de atividade para reduzir as desigualdades na estrutura de salários do país, combater a disputa entre estados e municípios por investimentos (guerra fiscal) e introduzir como item do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho por ramo.

Emprego
Ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que protege o trabalhador contra a demissão imotivada. Juros mais baixos para as empresas que se comprometam com a manutenção e geração de empregos.

Jornada de trabalho
Aprovação da Emenda Constitucional (PEC) nº 393: redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, para 40 h. semanais e, depois, para 36 h. semanais.

Saúde e segurança
As empresas constituirão comissão paritária de ética para apurar as denúncias de assédio moral cometidas pelos que exercem cargo de chefia e para estabelecer controle do ritmo de trabalho como medida para evitar acidentes e outras conseqüências à saúde do trabalhador.

Direitos sindicais
A CUT, visando o aprimoramento do processo de negociação, entende ser necessário o respeito à livre organização dos trabalhadores, o que inclui o direito de greve. Coerente com o Sistema Democrático de Relações de Trabalho e valorização do processo de negociação é necessário o urgente reconhecimento do direito de organização e representação dos trabalhadores, conforme a convenção 135 da OIT.

Políticas públicas
Restabelecimento dos trabalhos da Comissão Quadripartite do Salário Mínimo, instalada em agosto de 2005, com o objetivo de promover a política de valorização de curto, médio e longo prazos do seu poder de compra.

Diretoria colegiada

Campanha salarial 2006: é primavera de lutas

Para os químicos e plásticos de São Paulo e região e para todos os trabalhadores com data base neste segundo semestre de 2006 a estação mais florida do ano chega com a intensificação das mobilizações e lutas dos trabalhadores em campanha salarial. A CUT e sindicatos filiados já apontam um conjunto de reivindicações para negociações com os patrões e inclusive com os governos municipal, estadual e federal.

A pauta específica da categoria será debatida e aprovada em assembléia, em 22 de setembro próximo, às 19 horas, na sede central do Sindicato. Uma vez aprovada, ao lado das reivindicações gerais de todos os trabalhadores, torna-se a referência de mobilizações e lutas nos próximos meses. Será, com certeza, uma grande campanha salarial unificada.

Juntos, nos mesmos desafios estão petroleiros, bancários, metalúrgicos, professores, químicos e plásticos e outros milhares de trabalhadores de várias outras categorias profissionais. É a chegada da primavera com muito mais que apenas flores. Tem lutas, muitas lutas pela frente, rumo a novas conquistas.

Participe, faça sua parte. Compareça à assembléia e outras atividades convocadas pelo seu sindicato de classe nesta campanha salarial que se inicia pra valer, a partir de agora.