"Oportunidade histórica"

“O movimento sindical tem uma oportunidade histórica de liderar a convergência pelo desenvolvimento. O que está colocado é uma oportunidade inédita dos trabalhadores disputarem a pauta das transformações, pois se o Brasil ficou de fora na primeira e na segunda revolução tecnológica, agora tem condições de incorporar as novas técnicas pensando em um desenvolvimento qualificado, ambientalmente sustentável, que interessa à coletividade”.

A afirmação é do professor e economista Márcio Pochmann, ao participar do debate no Seminário da Jornada pelo Desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho, realizado pelas centrais sindicais (CUT, CGTB, CGT, CAT, SDS, Força e NCST) em São Paulo.

Veja como foi a palestra no Seminário http://www.cut.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=9039&sid=6

“A dor da Colômbia”, no memorial da América Latina

O Memorial da América Latina apresenta a mostra “A dor da Colômbia, por Botero”, na Galeria Marta Traba. Em 67 pinturas e desenhos, Fernando Botero retrata a violência que passou aquele país nas décadas de 80 e 90, do século 20. A mostra provoca reflexões diante da história de repressão e sofrimento da Colômbia, que não é diferente dos demais países da América Latina que passsaram pelos chamados “anos de chumbo”, da ditadura militar. Botero é conhecido por retratar personagens acima do peso.

O Memorial fica no metrô Barra Funda. A mostra está aberta para visitação de terça-feira à domingo, das 9h às 19h, até dia 26 de abril. Entrada gratuita pelo portão 6, informações 3823 4600

O Memorial da América Latina, que em março completou 18 anos, foi idealizado pelo antropólogo Darcy Ribeiro com o objetivo de estreitar os laços culturais, sociais, econômicos e políticos entre os povos da América Latina, difundindo as culturas peculiares destes países. O projeto arquitetônico é de Oscar Niemayer.

Qualificação profissional

Começou dia nove de abril o PLANSEQ, Curso de qualificação e aperfeiçoamento profissional de regulador de máquinas injetoras, com a participação de aproximadamente mil trabalhadores das indústrias plásticas.

O Curso é promovido pelo Sindicato, em parceria com a Fundacentro, Escola sindical da CUT, Abiplast (Associação Brasileira da Indústria Plástica).

As aulas acontecem nos períodos da manhã, tarde e noite, nas Subsedes Taboão da Serra, Santo Amaro, Lapa e na sede central.

Campanha Salarial Setor Farmacêutico: assembléia decisiva

Dia 20 de abril, às 19h, na Subsede Santo Amaro, acontece a assembléia decisiva da Campanha Salarial dos trabalhadores(as) do Setor Farmacêutico. Todos(as) os(as) trabalhadores(as) da categoria estão convocados a participar da assembléia de avaliação das propostas apresentadas pelo sindicato patronal em resposta às reivindicações apresentadas no início desta Campanha salarial.  

Dentre as reivindicações estão 5% de aumento real de salários, redução da jornada de trabalho, melhores condições de trabalho e fim das terceirizações.

As negociações continuam. Nesta segunda feira, dia 16, acontece a última rodada de negociação na sede do Sindusfarma (Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do estado de São Paulo).

A imprensa tem divulgado constantes aumentos na produtividade do setor e também no aumento dos lucros e a queda de braço dos empresários do setor com o governo para aumentar os preços dos medicamentos.

O momento é favorável para que os trabalhadores, organizados em sua entidade de classe, lutem para os patrões reconheçam a importância de seus funcionários na cadeia produtiva. Assim é que se garante a conquista de aumento real, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e melhorias nas condições de trabalho.

Setor farmacêutico investe em modernização e pesquisa
As Empresas planejam gastar R$ 1,5 bi este ano, o que equivale a 18,2% a mais, em relação a 2006. Desse total, mais da metade, ou seja, R$ 847,62 milhões, serão investidos em modernização, expansão da capacidade produtiva e construção de novas unidades produtivas. Para pesquisa e desenvolvimento os investimentos previstos chegam a R$ 388,41 milhões.

Mesmo com o percentual de 18,2% a mais em investimentos previstos este ano, o valor estimado representa pouco menos de 2% das receitas anuais do setor, que totalizaram R$ 23,8 bilhões em 2006.

A Novartis, por exemplo, investirá, até 2010, mais de R$ 230 milhões na expansão da capacidade produtiva das plantas de Resende e Taboão da Serra. A expansão das fábricas visa aumentar a capacidade de produção, destinada, sobretudo à exportação. Nos próximos três anos a planta de Taboão receberá mais de R$ 150 milhões para se tornar um dos pólos mundiais de exportação da Sandoz.

Em novos produtos, as companhias devem aplicar R$ 183 milhões este ano. O restante do investimento será distribuído por outras áreas. A pesquisa deste ano não revela quanto será investido em marketing, mas os indicadores referentes a 2006 demonstram que foram investidos perto de R$ 1 bilhão.

Participaram da pesquisa realizada pela Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) 52 laboratórios, que representam em torno de 80% do mercado de medicamentos no Brasil.

Pelos direitos dos trabalhadores, contra a emenda 3

As Subsedes regionais da CUT-SP e os sindicatos filiados, mobilizaram, em 10 de abril último, mais de 120 mil trabalhadores no estado de São Paulo, em defesa ao veto do presidente Lula à emenda 3. As mobilizações fazem parte de uma série de protestos realizados pelas centrais sindicais em várias capitais e grandes cidades do interior contra o trecho da lei de criação da Super-Receita, que limita a fiscalização dos auditores do Ministério do Trabalho e Emprego quando verificada irregularidade trabalhista entre pessoas jurídicas.

“A sociedade precisa saber que, com a emenda 3, há flexibilização das leis trabalhistas. Com contratos de prestação de serviços entres pessoas jurídicas, os trabalhadores ficarão sem direito a férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)”, enfatiza o presidente da CUT-SP, Edílson de Paula. Pela manhã, o dirigente acompanhou a paralisação de três mil motoristas e cobradores de ônibus no ABC Paulista. “Se deputados insistirem em derrubar o veto, realizaremos manifestações muito maiores, na perspectiva de uma greve geral”, diz.

A diretoria do Sindicato dos químicos, plásticos, farmacêuticos e similares de São Paulo e região realizou manifestação por mais de duas horas nas portarias das empresas como Aché, Avon e Eurofarma, entre outras, com participação de mais de mil trabalhadores.

Crescimento com distribuição de renda

As centrais sindicais, dentre elas a CUT, apresentam, uma agenda pelo desenvolvimento e crescimento do Brasil, do ponto de vista dos trabalhadores. A divulgação da primeira parte do projeto acontece no seminário “Desenvolvimento com Distribuição de Renda e Valorização do Trabalho”, entre 3 e 4 de abril, sob a coordenação do DIEESE. O evento tem a participação de 350 dirigentes e ativistas sindicais de todo o país. Confira http://www.jornadapelodesenvolvimento.com.br/index.php?

Opinião: Estou muito preocupado com o caos na aviação

A mídia tem falado tanto no caos aéreo nos últimos dias que acabei ficando muito preocupado. Dias atrás, acordei às 5h30 da manhã, liguei o rádio, e a notícia principal era o caos aéreo. O locutor dizia que os passageiros nervosos brigavam com as moças que ficam tentando justificar os atrasos. Um dizia que poderia perder um negócio importante, outro que ia chegar atrasado no hotel, na Bahia, onde passará as férias. Todos falavam em mover uma ação contra o governo pedindo indenização.

Uma mulher que esperava o vôo para Paris falava ao repórter enfurecida: “estou aqui há horas, com fome e não suporto essa comida de aeroporto”. Fiquei com pena dela.

Tomei um banho correndo, bebi um gole de café, de ontem, vesti a roupa de trabalho, passei a mão na bicicleta e fui trabalhar. Entre uma pedalada e outra imaginava como sofrem as pessoas que viajam de avião. No meio do caminho começa a chover; uma chuva fraca. Todo molhado, ensopado, lembrei das pessoas vítimas do caos aéreo. Como sofrem!!!

Estava quase chegando na fábrica. Pedalava forte para chegar pelo menos uns 10 minutos antes do horário, assim daria tempo de colocar minha roupa na estufa para secar.

Cheguei na fábrica, faltavam 15 minutos. Coloquei a roupa na estufa e percebi que o pessoal que vem de trem ainda não tinha chegado. Faltavam uns três minutos para o horário; tirei a roupa da estufa, a calça ainda estava molhada, mas tudo bem, a camiseta havia secado.

Sete horas, começamos a trabalhar e a turma que vem de trem ainda não tinha chegado. Por volta das 9h, começou a chegar o pessoal do trem, explicaram para o chefe que a linha havia sido interrompida entre Francisco Morato e Pirituba, mas o chefe não quis saber de papo e foi logo dizendo: “vou descontar as horas”.

As pessoas, acostumadas com o problema, baixaram a cabeça e foram trabalhar. Para compensar o prejuízo, o negócio é fazer horas extras. Fim do dia, deu 18h. Hora de cair fora, o dia foi duro, todos trabalhamos muito.

O pessoal do trem, sabendo que o porteiro ouvia rádio o dia todo, perguntou se o trecho já havia sido liberado. O porteiro respondeu: “na rádio não falou nada não. Mas vocês viram o caos dos aeroportos, estão querendo fazer até uma CPI do apagão aéreo”.

Como sofrem as pessoas que viajam de avião.

Notas

Qualificação profissional
Começa dia nove de abril o Curso de qualificação profissional, o PLANSEQ. O curso é para trabalhadores nas indústrias plásticas, que são operadores de máquinas injetoras e querem melhorar a qualificação profissional. O sindicato, em parceria com a Fundacentro, a Escola sindical da CUT, a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria Plástica), promove o curso de aperfeiçoamento profissional, de regulador de Máquinas Injetoras.

Estão inscritos mais mil trabalhadores. As aulas acontecerão nos períodos da manhã, da tarde e da noite, nas Subsedes Taboão da Serra, Santo Amaro, Lapa e na sede central.

Escola de Inglês
Você quer aprender inglês? Esta é a sua oportunidade. Curso de técnicas de conversação e gramática. Novas turmas para março. Aulas aos sábados das 8h às 12h, na subsede Santo Amaro, rua Ada Negri, 127.

Associados do Sindicato e dependentes pagam mensalidade de R$ 20,00, não sócios R$ 35,00. Mais informações pelos telefones 5547 0138, 7211 2197.

Imposto sindical: sua contribuição de março

O imposto sindical, previsto na legislação federal nos artigos 578 a 610 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), foi criado pelo então governo Getúlio Vargas, há mais de 50 anos. Define o desconto de um dia de trabalho por ano.

Por se tratar de lei, a empresa desconta do salário do funcionário no mês de março e tem até o último dia útil de abril para encaminhar depósito aos bancos credenciados. A distribuição que cabe a cada entidade é feita pela Caixa Econômica Federal. Último da fila, a parcela destinada ao Sindicato (60%) é depositada no mês de junho.

O imposto sindical recolhido é assim distribuído: 20% para o Ministério do Trabalho; 5% para a CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria); 15% para a Federação Estadual dos Trabalhadores e 60% para os sindicatos dos trabalhadores.

A CUT e todos os sindicatos filiados sempre se posicionaram contra o imposto sindical. Consideram que a decisão do trabalhador em contribuir com sua entidade de classe deve ser um ato livre e soberano, sobretudo através da sua sindicalização.

Setor Farmacêutico: atentos e mobilizados

Quatro datas foram definidas para o processo de negociação que se inicia. Nas três primeiras, temas específicos serão tratados e debatidos à exaustão, na perspectiva de um entendimento que seja satisfatório para os trabalhadores. Dia 16 de abril, caso haja impasse em torno das reivindicações colocadas e das propostas apresentadas, haverá uma última tentativa de acordo.

Todas as reuniões acontecem na sede do sindicato da indústria farmacêutica (rua Alvorada, 1280 – Vila Olímpia). De um lado, os representantes dos empresários; de outro, os sindicalistas representando os trabalhadores. Serão muitas e muitas horas de debates, já que para cada uma das reivindicações da categoria, os patrões apresentam suas propostas.

A diretoria do Sindicato dos químicos já tem data indicativa de assembléia (22 de abril) para que os trabalhadores avaliem e decidam sobre as propostas apresentadas pelos patrões. Até lá, o mais importante: é fundamental que todos estejam atentos e mobilizados, acompanhando cada momento da negociação.

A orientação dos dirigentes é que os trabalhadores estejam em permanente contato com seu sindicato de classe, na sede ou subsede mais próxima, para buscar informações novas, saber os próximos passos da campanha salarial e, principalmente, para mobilizar em cada local de trabalho.

A indústria farmacêutica, os números comprovam, vai bem, muito bem. E você? Faça sua parte.

Participe das atividades convocadas pelo seu sindicato de classe. Fortaleça a campanha salarial, em sua legítima defesa.