Categoria participa da COPA CUT

A CUT, em parceria com o SESI e a Federação Paulista de Futebol, organiza a COPA – CUT, com a participação dos sindicatos cutistas de todo o Estado de São Paulo. A direção da Central prevê a participação de mais 200 equipes que disputarão os jogos preliminares em suas regiões. O início da Copa está previsto para o mês de abril e término em 30 de Agosto, mês em que a CUT completa 25 anos de fundação. Os jogos serão realizados nas quadras do SESI. Haverá premiação para as equipes vencedoras.

O Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo vai participar da COPA CUT e para tanto convida as equipes, os times organizados da categoria que jogam futsal (Masculino e Feminino) para se inscrever nas Subsedes do Sindicato ou, com um diretor que acompanha a empresa que você trabalha.

Inscrições podem ser feitas até dia 20 de março. O Festival para escolher as equipes que irão representar o Sindicato na COPA CUT acontecerá dias 28 e 29 de Março. Local e horários dos jogos serão divulgados imediatamente após o encerramento das inscrições.

Não haverá nenhuma despesa para os times classificados para a COPA CUT.

O mandato de sangue de Uribe

A libertação dos quatro parlamentares colombianos confirma qual é a via da pacificação da Colômbia: a negociação política, com a participação de mediadores internacionais. O sucesso do presidente venezuelano Hugo Chávez e da senadora colombiana Piedad Córdoba é a única tentativa de sucesso de abrir canais para levar a paz à Colômbia.

A posição dos quatro parlamentares, além do reconhecimento do papel de Hugo Chávez e de Piedad, é a de acusar o presidente da Colômbia Alvaro Uribe de ser o obstáculo hoje para a troca pacífica de prisioneiros, ao insistir em não aceitar a liberação temporária de um território para que se efetuem as trocas. Um deles pergunta a Uribe se lhe parece que sua política de pacificação tenha tanto sucesso como ele anuncia, se não consegue ceder por um tempo determinado um território para salvar vidas humanas? Pergunta também se vidas humanas não valem mais do que uma cessão temporária de territórios.

Os familiares dos que ainda permanecem prisioneiros insistem nessa direção, reiterando que ofensivas militares só levam a colocar em risco aos reféns, além de não haver solução militar, só solução política para a Colômbia.

Existe a proposta da formação de um Grupo de Amigos da Colômbia, para tentar intermediar a troca humanitária dos reféns pelos presos que tem o governo colombiano, de que participariam governos como os do Brasil, da Argentina, da Nicarágua, da França, entre outros.

O presidente colombiano demonstra toda sua inflexibilidade e reitera sua linha de ação militar – a mesma da “guerra infinita “ de Bush -, recusando os termos da negociação e retomando ofensivas militares. Numa delas foi morto o segundo dirigente das Farc, Raul Reyes, que atuava também como porta-voz da organização. O temor é que as Farc tomem represálias e aí o processo possível de negociações para a troca de prisioneiros se torne completamente inviável.

É a linha dura de Uribe, que precisa dos enfrentamentos militares para manter sua popularidade interna e conseguir reformar de novo a Constituição e poder obter um terceiro mandato. Ele perdeu as eleições municipais internas nas principais cidades do país, como Bogotá, Medellin, Cali, por isso precisa desviar a atenção dos colombianos para que não avaliem seu governo, mas se mantenham sob a chantagem da guerra, com ele supostamente representando a paz. Quando na realidade Uribe representa e precisa da continuidade da guerra.

Esse o jogo de Uribe, o de produzir mais sangue, como combustível para um terceiro mandato, às custas da paz e da solução política para a já tão sofrida Colômbia. Resta que os governos dos países preocupados com a paz e próprio povo colombiano, na manifestação convocada pelo fim de todo tipo de violência, atuem para obrigar o governo colombiano a parar com as ações militares e aceitar os únicos termos possíveis para que a Colômbia possa voltar a viver em paz.

Setor farmacêutico cresce e fatura em 2007

Indústria farmacêutica no mundo
Há, no Brasil, mais de 10 mil companhias, mas apenas 8 controlam 40% dos produtos. Isso caracteriza a indústria farmacêutica como oligopolista. As 50 empresas, que faturam 65% do total mundial, são todas multinacionais.
Entre agosto de 2006 e agosto de 2007 as vendas mundiais de medicamentos no varejo atingiram a incrível cifra de U$406,57 bilhões, 5% maior que o período anterior.

Os EUA têm maior participação no mercado com 50,3%. Toda a América Latina tem presença de, apenas 5,1% no mercado mundial de medicamentos. O Brasil cresceu 10% alcançando vendas de U$ 9,47 bilhões.

Pesquisa da Universidade de Quebec, Canadá, mostra que de 1991 a 2.000, nove oligopólios farmacêuticos detém 80% do mercado mundial. Estes cresceram 45,3%, contra 16,7% dos bancos, 15,6% da indústria química, 15,6% dos fabricantes de automóveis e 10,9% das telecomunicações.

É claro que, os gastos em pesquisas, embora nunca revelados pelos laboratórios, consomem boa parte do faturamento, já que de acordo com pesquisas, gasta-se mais em marketing. Para se ter uma idéia, em 2004, nos EUA, o investimento das empresas em marketing foi de 57,5 bilhões de dólares, enquanto os gastos em pesquisas ficaram em torno de 32 bilhões.

A pesquisadora Márcia Angell no seu livro “A verdade sobre os laboratórios farmacêuticos, como somos enganados e o que podemos fazer a respeito”, ao desconstruir o mito do alto custo das pesquisas mostra que grande parte das pesquisas é feita em instituições acadêmicas (universidades), pequenas empresas de biotecnologia e nos institutos nacionais de saúde. Todos são financiados com recursos públicos, isto é, dinheiro pago em impostos pelos contribuintes. Portanto, ao comprar medicamentos você paga duas vezes, no ato da compra e nas pesquisas. 
 
No Brasil
No Brasil, a indústria farmacêutica se caracteriza por ser um setor oligopolizado. Cerca de 65% das empresas são transnacionais (23,4% têm origem nos EUA e 40,1% são européias).
De 1996 ao ano 2000 quatro dezenas de empresas nacionais foram vendidas a multinacionais do setor.

Genéricos
Em 2006, o faturamento alcançou a cifra de U$ 1,05 bilhão, 52% mais que em 2005. Foram comercializadas 194 milhões de unidades, 28% mais em que no ano anterior. O consumo de medicamentos genéricos deverá continuar em crescimento. Para 2008, a previsão é de 1,5% e em 2009, 1%.

Dados da própria indústria farmacêutica e também do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que a indústria farmacêutica bateu recorde de vendas no ano passado. O faturamento foi de mais de R$ 23,5 bilhões, o que representa uma expansão de praticamente 10% em relação a 2006. Os números demonstram como o setor industrial brasileiro tem crescido nos últimos anos, especialmente os laboratórios.

No Brasil, as multinacionais controlam 65% da oferta de medicamentos. Venderam, em 2007, 1,515 bilhão de unidades, um crescimento de 5,4%. Para este ano (2008) está prevista a venda de 1,583 bilhão de unidades, o que equivale a expansão de 4,5%. O faturamento deverá ser da ordem de R$ 25,50 bilhões, 8,6% em relação a 2007, números considerados conservadores ante o crescimento da economia do país.
 
Genéricos
No segmento de genéricos a participação de empresas nacionais chega a 82,2%.
O medicamento genérico não é novidade no mundo. Há pelo menos 20 anos é comercializado na Europa e EUA, cresce pelo menos 13% ao ano e movimenta em torno de U$ 22 bilhões por ano.

No Brasil, os genéricos foram autorizados em 1999 e sua comercialização começou no ano 2000. São medicamentos mais baratos por que não precisam passar pelo longo processo de pesquisa e desenvolvimento, pois as fórmulas estão definidas pelo medicamento de referência.

Em 2005 foram vendidas 151 milhões de unidades, 35,3% mais que em 2004, o que representou 11,4% do mercado farmacêutico brasileiro. O faturamento chegou a U$ 692,5 milhões.
 
Campanha salarial
O Setor farmacêutico tem data base em primeiro de abril. A campanha salarial, no entanto, já começou. Foram realizadas assembléias nos cinco sindicatos do estado de São Paulo coordenados pela FETQUIM, e os trabalhadores  aprovaram a pauta de reivindicações que foi entregue, dia sete de março, no sindicato patronal. Veja abaixo as principais reivindicações:
 
Salário
Reajuste pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado de abril/2007 a março de 2008 – previsão feita pelo DIEESE, 5,21%.
Aumento real de 5%
 
Piso salarial da categoria
Reajuste de 30.4% – R$ 900,00
 
PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) valor único para empresas que não tem programa próprio:
Valor de 2 pisos nominais – R$ 1.380,00 (não atualizados).

Jornada de Trabalho
Redução da Jornada de Trabalho em 10%
Sábados livres.
Divisor de 220 horas mensais.

Terceirização
Fim da terceirização, e pela imediata contratação direta.
 
Igualdade de Oportunidade e melhores condições de trabalho
Homens, mulheres, portadores de deficiência, raça, etnia, opção sexual.
 
Estabilidade
Para acidentados do trabalho e doença ocupacional.

Mobilização nacional pela redução da jornada de trabalho

Todo ano nas campanhas salariais um item sempre aparece na pauta de reivindicações dos sindicatos: redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Alguns sindicatos, como os Químicos de São Paulo registram em sua história a conquista, em 1985, a redução da jornada de 48 horas semanais para 44 horas.

Recentemente nova conquista dos Químicos e Plásticos. Desta vez para os trabalhadores do setor farmacêutico, com a redução de 44 horas para 42 horas semanais. Mas há, na categoria, empresas que já trabalham menos de 40 horas semanais.

Agora toda as centrais sindicais resolveram juntar suas forças para apresentar um projeto de emenda popular à Constituição para garantir a todos os trabalhadores a redução da jornada, sem redução de salário, de 44 horas para 40 horas semanais, assegurando os direitos e conquistas daqueles que já tem jornadas menores.
 
História
A luta pela redução da jornada de trabalho tem uma longa história de lutas. Remonta à Revolução Industrial na Inglaterra, em meados do século 19, quando os trabalhadores (homens, mulheres, crianças e idosos) chegavam a cumprir uma jornada de até 18 horas. Desde então, com organização, mobilização e luta os trabalhadores conseguiram diminuir a jornada.

Muitos trabalhadores foram perseguidos pelos patrões e pela polícia, muitos operários mortos em manifestações. Um dos marcos desta luta e origem do Dia do Trabalhador, 1º de maio, foi a manifestação nos Estados Unidos, em 1886, com a reivindicação de redução da jornada de 16 para 8 horas. Esta luta resultou em seis trabalhadores mortos, oito presos e cinco deles condenados posteriormente à forca.

Quatro anos depois, o Congresso Norte Americano determinou a redução da jornada para 8 horas diárias.
 

No Brasil
No Brasil, a primeira grande greve pela redução da jornada ocorreu em 1907 e atingiu trabalhadores de São Paulo, Campinas, Santos, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro, conseguindo que jornadas de 12 a 15 horas diárias fossem reduzidas para 10 e até mesmo 8 horas. Manifestações continuaram a ocorrer até que em 1934, a Constituição determinasse a jornada legal em 8 horas diárias e 48 horas semanais, com a possibilidade de serem feitas duas horas extras diárias.

Pouco mais de 50 anos depois, na Constituição de 1988, a jornada legal foi reduzida para 44 horas semanais. A redução da jornada de trabalho conquistada na Constituição de 1988 foi precedida de muita luta. Três anos antes o Sindicato dos Químicos e dos Plásticos de São Paulo protagonizaram uma importante luta que terminou com a conquista pelas duas categorias da redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais. O exemplo de São Paulo foi seguido por outras categorias por todo o país, até que na constituinte de 1988 foi confirmada a redução da jornada de trabalho.

Nesses 20 anos a luta pela redução da jornada não parou. Os sindicatos cutistas mantiveram-se sempre firmes na luta pela redução da jornada, sem redução de salário.

Desta vez as centrais sindicais, em uma campanha unificada, resolveram mudar a estratégia de ação. Vão usar o mecanismo da emenda popular garantida pela constituição de 1988, no qual entidades civis podem apresentar no Congresso Nacional projetos de emenda à Constituição. Para tanto precisam conquistar a opinião pública e conseguirem assinaturas de 1% do eleitorado nacional. Este é o desafio dos trabalhadores brasileiros neste início de ano.
 
Redução da jornada de trabalho no mundo
Enquanto no Brasil se trabalha 44 horas semanais,

na Itália, Noruega e Portugal, Áustria e Bélgica, 40 horas;

nos EUA a jornada é de 40,6 horas;

no Japão 37,7 horas,

na França 38,4 horas,

no Canadá, 38,6 horas,

na Dinamarca, 31 horas, é a menor jornada de trabalho no mundo

Em vários países, onde a lei prevê 40 horas semanais o movimento sindical já conquistou redução ainda maior da jornada de trabalho que variam entre 35 e 40 horas de trabalho semanal.

Áustria e Islândia de 40 horas, a redução varia entre 37 e 40;

Portugal e Suécia de 40 horas a redução é entre 35 e 40 horas;

Itália e Luxemburgo de 40 horas, redução entre 36 e 40 horas;

Bélgica de 40 horas a redução varia de 36 a 38 horas;

Grécia de 41 horas a redução varia de 37,5 a 40 horas;

Noruega de 40 horas, redução para 37,5 horas semanais.

Vídeo. Setor farmacêutico prepara campanha salarial 2008

No próximo dia 29 de fevereiro, às 19h, na Subsede Santo Amaro, acontece a Assembléia dos trabalhadores do setor farmacêutico, que têm data-base em 1º de abril. Em debate a aprovação da pauta de reivindicações do setor. Destaque para reivindicações como aumento real, PLR, redução da jornada sem redução de salário, defesa da saúde e segurança e melhorias nas condições de trabalho.

As propostas serão encaminhadas para a FETQUIM (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo) que coordenará a campanha. Fazem parte da Federação os sindicatos – químicos de São Paulo e região; químicos do ABC e Unificados de Osasco, Vinhedo e Campinas, que juntos representam mais de 25 mil trabalhadores na base.

A pauta será entregue no sindicato patronal dia 4 de março.

A renúncia de Fidel

Fidel Castro, 81, renunciou às suas funções de presidente do Conselho de Estado de Cuba e Comandante-em-Chefe da Revolução. Entregue aos cuidados de sua saúde, prefere manter-se fora das atividades de governo e participar do debate político – que sempre o encantou – através de seus artigos na mídia. Permanece, porém, como membro do Birô Político do Partido Comunista de Cuba.

No próximo domingo, 24, Raúl Castro, 77, será eleito, pelos novos deputados da Assembléia Nacional, para ocupar as funções de primeiro mandatário de Cuba.
Esta é a segunda vez que Fidel renuncia ao poder. A primeira ocorreu em julho de 1959, sete meses após a vitória da Revolução. Eleito primeiro-ministro, entrou em choque com o presidente Manuel Urrutia, que considerou radical as leis revolucionárias, como a reforma agrária, promulgadas pelo conselho de ministros.

Para evitar um golpe de Estado, o líder cubano preferiu renunciar. O povo saiu às ruas em seu apoio. Pressionado pelas manifestações, Urrutia não teve alternativa senão deixar o poder. A presidência foi ocupada por Osvaldo Dorticós e Fidel voltou à função de primeiro-ministro.

Estive em Cuba em janeiro deste ano, para participar do Encontro Internacional sobre o Equilíbrio do Mundo, à luz do 155º aniversário de nascimento de José Martí, figura paradigmática do país. Retornei em meados de fevereiro para outro evento internacional, o Congresso Universidade 2008, do qual participaram vários reitores de universidades brasileiras.

Nas duas ocasiões encontrei-me com Raúl Castro e outros ministros cubanos. Reuni-me também com a direção da FEU (Federação Estudantil Universitária); estudantes da Universidade de Ciências Informáticas; professores de nível básico e médio; e educadores populares.

Ilude-se quem imagina significar a renúncia de Fidel o começo do fim do socialismo em Cuba. Não há nenhum sintoma de que setores significativos da sociedade cubana aspirem à volta ao capitalismo. Nem os bispos da Igreja Católica. Exceção a uns poucos que, em nome dos Direitos Humanos, não se importariam que o futuro de Cuba fosse equivalente ao presente de Honduras, Guatemala ou Nicarágua.

Aliás, nenhum dos que se evadiram do país prosseguiu na defesa dos Direitos Humanos ao inserir-se no mundo encantado do consumismo…

Cuba não é avessa a mudanças. O próprio Raúl Castro desencadeou um processo interno de críticas à Revolução, através das organizações de massa e dos setores profissionais. São mais de 1 milhão de sugestões ora analisadas pelo governo. Os cubanos sabem que as dificuldades são enormes, pois vivem numa quádrupla ilha: geográfica; única nação socialista do Ocidente; órfã de sua parceria com a União Soviética; bloqueada há mais de 40 anos pelo governo dos EUA.

Malgrado tudo isso, o país mereceu elogios do papa João Paulo 2º por ocasião de sua visita, em 1998. No IDH 2007 da ONU (Índice de Desenvolvimento Humano), o Brasil comemorou o fato de figurar em 70º lugar. Os primeiros setenta paises são considerados os melhores em qualidade de vida. Cuba, onde nada se paga pelo direito universal à saúde e educação de qualidades, figura em 51º lugar.

O país apresenta uma taxa de alfabetização de 99,8%; conta com 70.594 médicos para uma população de 11,2 milhões (1 médico para 160 habitantes); índice de mortalidade infantil de 5,3 por cada 1.000 nascidos vivos (nos EUA são 7 e, no Brasil, 27); 800 mil diplomados em 67 universidades, nas quais ingressam, por ano, 606 mil estudantes.

Hoje, Cuba mantém médicos e professores atuando em mais de 100 países, incluído o Brasil, e promove, em toda a América Latina, a Operação Milagros, para curar gratuitamente enfermidades dos olhos, e a campanha de alfabetização Yo si puedo (Sim, eu sou capaz), com resultados que convenceram o presidente Lula a adotar o método no Brasil.

Haverá, sim, mudanças em Cuba quando cessar o bloqueio dos EUA; forem libertados os cinco cubanos presos injustamente na Flórida por lutarem contra o terrorismo; e se a base naval de Guantánamo, ora utilizada como cárcere clandestino – símbolo mundial do desrespeito aos Direitos Humanos e Civis – de supostos terroristas for devolvida.

Não se espere, contudo, que Cuba arranque das portas de Havana dois cartazes que envergonham a nós, latino-americanos, que vivemos em ilhas de opulência cercadas de miséria por todos os lados: “A cada ano, 80 mil crianças morrem vítimas de doenças evitáveis. Nenhuma delas é cubana.” “Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma é cubana.”

Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

Sonhos: simples mulheres em tempos extraordinários

Exposição de fotografias de Carolina Benshemesh, que ao longo de um ano procurou e conheceu mulheres no Brasil, em Cuba, Israel e na Palestina, conversou com elas a respeito de seus sonhos e a cada uma delas entregou uma câmera descartável para que registrassem seus amores e ódios.

Devolvidas as câmeras, enquanto as entrevistadas falavam sobre suas vidas – esperanças, medos, paixões, crenças, tristezas e sonhos, e comentavam a respeito das fotos que fizeram, Carolina as fotografava.

O resultado desse trabalho está em exposição no Espaço Caixa Cultural São Paulo, Praça da Sé, 111, de terça a domingo das 9h às 21h, até 23 de março.

No espaço Caixa Cultural há outras exposições que podem ser visitadas no piso térreo e nos primeiro e segundo andares.