Centrais sindicais reafirmam posição contra fator previdenciário

Em audiência com o presidente Lula, centrais sindicais afirmam posição de lutar no Congresso nacional pela aprovação da lei que acaba com o fator previdenciário e reajustam os benefícios da Previdência Social de acordo com o percentual do salário mínimo. O presidente da CUT Artur Henrique destaca que o fator tem um erro grave ao dar muito peso para a expectativa de vida, isto faz com que ninguém sabe quando vai se aposentar e nem quanto vai receber de aposentadoria. Mais informações acesse:
http://www.cut.org.br/site/start.php?infoid=17656&sid=114

Prefeito Kassab lança pacote de obras de recapeamento em regiões ricas da cidade.

O Prefeito Gilberto Kassab anunciou, nesta quarta-feira, obras de recapeamento nas regiões mais ricas da cidade. O objetivo, segundo a prefeitura, é de melhorar as vias.

A obra pretende trocar cerca de 280 Km de asfalto. O prefeito alega que as vias estão precisando de novo asfalto. Mas as ruas e avenidas escolhidas, ironicamente, apresentam poucos problemas, como alguns buracos e poucas ondulações, como as da subprefeitura do Ipiranga, da Vila Mariana e da região central da cidade. O prefeito nega que ao anunciar as obras esteja antecipadamente fazendo campanha para a sua sucessão à prefeitura de São Paulo.

Com a quantidade de carros circulando pela cidade seria muito injusto com o prefeito e com a população, ir contra medidas que pudessem amenizar de alguma forma o caos urbano que nós estamos.

De fato algumas ruas e avenidas precisam. Outras necessitam mais de uma intervenção técnica adequada, do que uma simples frenagem. Há casos de avenidas que devido ao grande tráfego pesado, estão precisando fazer, por exemplo, a troca da brita que fica por baixo do asfalto ou da terra para melhorar a resistência mecânica do solo.

O fato que mais chama atenção neste gesto do prefeito, às vésperas de confirmar a sua candidatura, é a divisão que ele esta fazendo na disputa eleitoral na cidade, ou seja,  passou boa parte deste mandato privilegiando as classes média e alta da cidade, com programas como esse, e agora sinaliza com clareza que, se acaso ganhar a prefeitura, vai definitivamente enterrar qualquer projeto de cunho social.

Ao assumir a atual gestão mentiu para o povo quando disse que iria melhorar os programas da gestão passada, pelo contrário, além de parar os programas, piorou o que estava indo bem, como o bilhete único. Abandonou definitivamente o transporte público e os CEUS da gestão passada, e agora quer firmar uma aliança para tentar ganhar a prefeitura com parte da sociedade paulistana. Portanto, a estratégia eleitoral de Kassab é fazer recapeamento na cidade para alegrar o seu possível grupo eleitoral, em detrimento de uma parte significante da nossa sociedade que mais precisa dos órgãos públicos para atender questões básicas, como direito a saúde, educação e transporte público de qualidade. 

 

Alimentos contaminados por agrotóxicos

Cerca de 40% do tomate, do morango e da alface apresentaram vestígios irregulares de defensivos, segundo informações do relatório do Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), divulgado em 23/04/08, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outros seis alimentos que “estão regularmente na mesa do consumidor brasileiro” também foram analisados em 2007 e registraram resíduos irregulares de defensivos agrícolas: banana (4,3%), batata (1,36%), cenoura (9,9%), laranja (6%), maça (2,9%) e mamão (17,2%).

Das 1.198 amostras analisadas, 207 apresentaram resultados insatisfatórios, ou seja, mais de 17% do total de alimentos continha resíduos de agrotóxicos não autorizados ou acima do limite máximo permitido. Os casos mais preocupantes são as culturas de morango (com 43,6% de contaminação), de tomate (com 44,7%) e de alface (com 40%).

Entre as substâncias encontradas nos alimentos estão ingredientes ativos de diversos tipos de agrotóxicos, como endossulfam, acefato e metamidofós, que, de acordo com a Anvisa, são conhecidos pela neurotoxidade e riscos de desregulação endócrina e toxicidade reprodutiva.  Ainda mais grave foi a detecção de monocrotofós na cultura de tomate, que em virtude de sua elevada toxicidade aguda, está proibido no Brasil desde 2006.

Uma portaria da agência de fevereiro deste ano determinou a reavaliação toxicológica desses e de outras 11 ingredientes ativos, que pode, inclusive, resultar na proibição do uso dessas substâncias nas lavouras brasileiras.

Os resultados serão encaminhados ao Ministério da Agricultura, órgão responsável pela fiscalização das lavouras e ao qual cabe tomar as ações dirigidas aos produtores. O uso do monocrotofós foi denunciado à Polícia Federal e ao Ministério da Agricultura.

O programa passa a acompanhar, a partir deste ano, oito novas culturas: abacaxi, arroz, cebola, feijão, manga, pimentão, repolho e uva.    

Mais informações sobre o assunto:  www.anvisa.gov.br

A perversidade do fator previdenciário

 

O plenário do Senado aprovou, na última quarta-feira (09/04), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 296/03, de autoria de Paulo Paim (PT-RS), que acaba com o chamado “fator previdenciário” e resgata os critérios anteriores para conceber as aposentadorias.

Segundo Paim, o mecanismo imposto durante o governo Fernando Henrique estabelece uma série de fatores para calcular o valor das pensões, como a expectativa de sobrevida, a idade e o tempo de contribuição, obrigando os trabalhadores a se aposentar mais tarde para não perder rendimentos (que podem chegar a 40%) e penaliza as pessoas mais humildes, que começam a trabalhar mais cedo e em serviços mais pesados.

No aspecto social, é perverso, pois, ao privilegiar a aposentadoria por tempo de contribuição tardia e punir, drasticamente, a considerada precoce, penaliza, sobremaneira, aqueles que começaram a trabalhar cedo, na maioria trabalhadores de menores rendimentos. De fato, esses trabalhadores certamente não adiarão o início de sua aposentadoria em função de valores maiores, no futuro, proporcionados pelo fator previdenciário”, afirmou o senador.

Como sofreu alterações, a matéria retornará à Câmara dos Deputados. Na mesma noite, os senadores aprovaram também, por unanimidade e em votação simbólica, o projeto (PLC 42/07) que estabelece as regras para o aumento do salário mínimo.

O projeto partiu de acordo entre governo e Centrais e prevê um aumento anual de não menos que a inflação acrescida do percentual de aumento do PIB de dois anos antes. Foi aprovada também uma emenda apresentada pelo senador Paulo Paim, estendendo o aumento para os aposentados do INSS que recebem mais de um salário mínimo.

A decisão de elevar o juro empurrou o Brasil de volta ao topo da lista

Assistimos nos últimos anos a duas formas de transferência de renda bastante diferentes. Uma para os pobres e outra para os ricos. Talvez a mais conhecida seja o Bolsa-Família, que transfere cerca de 9 bilhões de reais para 11 milhões de famílias, e por isso vem sendo muito atacado pela direita. A outra  é o pagamento da Dívida Pública, que repassou 150 bilhões de reais para 70 mil famílias (só no ano de 2007), conforme estudo do professor Marcio Pochmann, da Unicamp. Isto significa que cada família rica recebeu dos cofres públicos cerca de 2 milhões de reais, enquanto no programa dos pobres o repasse foi em média de 80 reais por família. Esse disparate se deve a taxa de juros da dívida pública  (selic) que remunera as aplicações financeiras e que engorda a elite parasitária deste País.

As Centrais Sindicais, que no dia anterior à reunião do Copom assinaram nota conjunta contra o aumento dos juros, condenaram a decisão. “Juros altos seguem na contramão da produção, do crédito e do consumo. Elevá-los ainda mais seria impor novos obstáculos ao desenvolvimento com distribuição de renda e valorização dos trabalhadores. Imporia redução no ritmo de geração de empregos. Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, “É lamentável que o Copom tenha desprezado a vontade da imensa maioria da sociedade”, repudiou.

A elevação da taxa básica de juros de 11,25% para 11,75% ao ano, anunciada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, foi repudiada por trabalhadores, movimentos sociais e outros setores da sociedade. Com o aumento de 0,5% em termos reais – descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses – o Brasil se isola na liderança mundial com taxa de 7,1%, deixando para trás a segunda colocada, Turquia, com 5,6%.

O Banco Central, ao anunciar o aumento na taxa de juros (taxa Selic), mandava uma mensagem aos futuros investimentos: a de que a ampliação da produção e o conseqüente aumento da oferta de emprego de carteira assinada podem ser subordinados aos interesses do capital especulativo, ou seja, é muito mais seguro continuar tendo o seu capital valorizado pelos juros da Dívida Púbica do que gerar mais emprego e aumentar o consumo.

Portanto, essa medida ortodoxa do Banco Central de aumentar os juros para conter a inflação (como se não existissem outras maneiras de controlar a inflação, como, por exemplo, o controle das importações) engorda os bolsos da elite parasitária e lança à sorte milhões de brasileiros, por meio do aumento do desemprego. Não é possível que dentro de um governo que lutamos muito para eleger, a direta conservadora e parasitária continue privilegiando interesses de uma minoria em detrimento de toda uma nação.

Apagão na administração tucana

Fica cada vez mais claro o completo fiasco da gestão tucana, depois de mais de 12 anos no poder em São Paulo. O mais recente foi o cancelamento do leilão da CESP – a privatização em si já seria um crime contra o patrimônio público, mas ficou ainda pior com a falta de comprador devido ao estado de calamidade da empresa estadual. Nesse período em que estão no Palácio dos Bandeirantes, tucanos e democratas demonstraram que querem mesmo é acabar com o patrimônio que pertence não ao governo, mas aos paulistas. As privatizações feitas ao longo de período foram recheadas de problemas, mas as investigações sempre impedidas pela tropa de choque governista na Assembléia Legislativa.

O que revela ser o maior fiasco tucano é a situação da produção de energia elétrica no Estado. Há anos sem nenhum investimento no setor, os paulistas se deparam com a possibilidade de sofrerem apagões, como os ocorridos nos últimos dias em vários bairros da Capital ou explosões seguidas de incêndio, no bairro de Pirituba e no município de Guarulhos na semana passada, por conta da sobrecarga de energia.

Veja mais informações na http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1604200802.htm

Alta dos alimentos: 'inflação boa'

Notícia que assusta o mundo nos últimos dias é a alta da inflação por conta da elevação dos preços dos alimentos. Para o presidente Lula é uma boa inflação e convoca os países a produzir mais para atender a demanda que cresce a cada dia no mundo. Segundo Lula esse aumento da demanda é porque os pobres estão conseguindo comer.

“Ora, na medida em que mais gente começa a comer carne, produtos de soja, trigo… se a produção de alimentos não aumentar, obviamente que nós vamos ter inflação”, conclui o presidente. Veja mais sobre a fala do presidente …

Ao contrário do que afirma o presidente do Banco Mundial que aponta como causa da inflação o aumento da produção de biocombustíveis, nos EUA, na Europa e também no Brasil acusa a inflação, o presidente Lula afirma que a alta nos preços indicam que é preciso produzir mais e que não se pode culpar os biocombustíveis. Veja mais sobre o assunto www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u391349.shtml

Rodada de Doha
Nesse momento de alta nos preços dos alimentos volta à tona a Rodada de Doha, cujo nome formal é “Agenda Doha de Desenvolvimento”, é a mais recente e a mais abrangente negociação para derrubar barreiras comercias entre os países, lançada em 2001, em um encontro da OMC (Organização Mundial do Comércio) no Qatar.

Em Doha, 142 países concordaram em realizar, até 2005, uma rodada para reduzir tarifas e subsídios e incentivar o comércio internacional, mas o acordo não saiu do papel.

A Rodada de Doha começou em Doha, e negociações subseqüentes tiveram lugar em Cancún (México), em 2003; Genebra (Suíça), em 2004; e Paris (França), em 2005.

A Rodada de Doha avançou pouco nas demandas tanto dos países ricos quanto do lado dos países em desenvolvimento, representados pelo G20 (grupo de países em desenvolvimento liderado por Brasil e Índia). Os países mais pobres querem a diminuição do arsenal protecionista do mundo rico para produtos agrícolas, em troca de concessões em desenvolvimento em bens industriais e serviços.

A Rodada Doha é fundamental para reduzir a desigualdade no processo de globalização.

Saiba mais sobre a Rodada de Doha acesse …. http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2007/06/21/entenda_o_que_e_a_rodada_de_doha_835245.html

Acesse também…

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/04/02/e_agora_ou_nunca_para_rodada_de_doha_diz_zoellick_1256308.html