Senado aprova projeto que pune desigualdade salarial entre gêneros

O Senado Federal aprovou, em 30 de março, um Projeto de Lei que prevê a punição de empresa que discriminar trabalhadoras simplesmente pelo fato de serem mulheres.

A proposta, de relatoria do senador Paulo Paim (PT),  que tramita há dez anos no Congresso Nacional, insere multa na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e obriga a  empresa a compensar a funcionária alvo da discriminação.

O projeto ainda depende da sansão presidencial e, se aprovado, as mulheres, que se sentirem discriminadas no trabalho por ter salário menor do que de homens que exercem a mesma função, poderão entrar na justiça contra a empresa e receber de indenização até cinco vezes a diferença do valor multiplicada pelo período de contratação, até um limite de cinco anos.

A Secretária da Mulher Trabalhadora na CUT, Juneia Batista, disse que é cedo para comemorar a aprovação do PLC no Senado porque ainda precisa ser sancionado por  Bolsonaro. A sindicalista tem dúvidas se será sancionada ou não.

“O Senado fez um trabalho importante e as senadoras estão conseguindo mudar algumas realidades da Casa, mas no cenário que estamos vivendo e com a política desse desgoverno eu tenho muitas dúvidas se Bolsonaro vai sancionar qualquer coisa no sentido de diminuir a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Ainda mais ele, que já disse que mulher tem que ganhar menos porque engravida”, afirmou.

Dados confirmam desigualdade

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil as mulheres ganham 77,7% do salário dos homens, mesmo quando elas têm mais estudos do que eles. A atual crise sanitária, econômica e social que o país vive reforçou ainda mais a distância salarial entre homens e mulheres.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), elas seguiram ganhando menos, mesmo quando ocupavam cargos de gerência ou direção.

Para elas a hora paga foi de R$ 32,35 e para eles, de R$ 45,83. Com a mesma escolaridade, elas ganhavam em média R$ 3.910 e eles, R$ 4.910. Na comparação com mulheres negras, a diferença salarial é maior ainda.

A Secretária da Mulher Trabalhadora na CUT , ressalta que a luta por trabalho igual e salário igual existe, no mínimo, há  70 anos. O Brasil ratificou na década de 1950 a Convenção 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da igualdade e remuneração entre homens e mulheres, por trabalho de igual valor.

Junéia também lembrou que as mulheres da CUT, desde sua fundação, sempre lutaram em defesa da igualdade salarial, o combate à violência, por mais mulheres nos cargos de poder, por creche e outras lutas feministas, sempre inter-relacionadas com raça.

“O Brasil ratificou a convenção da OIT mas nunca cumpriu, e a CUT trabalha todos os dias para mudar esta realidade e as mulheres da nossa Central não vão descansar enquanto não houver igualdade de gênero, na vida e no trabalho. Esta lei é fundamental para ajudar as mulheres trabalhadoras neste nosso propósito e, por enquanto, só temos a agradecer ao Paim e as mulheres senadoras. #SancionaBolsonaro”, finalizou a dirigente.

Ditadura nunca mais! Fora Bolsonaro!

Foi em 31 de março de 1964 que teve início a ditadura militar no Brasil, que durou 21 anos. Foram anos de tortura e perseguição. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgou uma nota de repúdio ao governo Bolsonaro e aos seus constantes ataques à democracia.

Em alguns lugares do país, nesta data, apoiadores de Bolsonaro fizeram atos em favor da ditadura.

Leia abaixo a nota da CUT:

Em 31 de março de 1964 teve início no Brasil uma ditadura militar-empresarial que durou 21 anos. A ditadura perseguiu, prendeu ilegalmente, torturou e assassinou milhares de brasileiros e brasileiras. Com apoio de grandes empresários e banqueiros, de latifundiários e do governo dos EUA a ditadura destruiu o país, deu início a um processo de endividamento externo e de desnacionalização da economia.

A ditadura caracterizou-se por estimular relações bastante questionáveis entre grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras com o governo federal e seus aliados nos Estados e municípios. A corrupção foi uma marca desse período. A cúpula das forças armadas acumulou inúmeros privilégios. Oficiais das forças armadas se envolveram com o garimpo e outras atividades ilegais na Amazônia e outras regiões do Brasil.

A ditadura torturou bebês, crianças, mulheres grávidas. Torturadores, que eram agentes do Estado, estupraram presas políticas. Pais foram torturados na frente dos filhos, colocados no “pau de arara”, na “cadeira do dragão” ou sofrendo o “afogamento” ou outras torturas aplicadas durante os “interrogatórios “.

A ditadura praticou o desaparecimento forçado de centenas de jovens, cujos cadáveres, até hoje, não foram entregues a seus familiares.

A CUT vem manifestar seu mais intenso repúdio a qualquer celebração desse período trágico da história do Brasil. Celebrar a tortura e a morte é algo típico do governo Bolsonaro, um genocida que não tem a mínima preocupação com a vida do povo brasileiro.

Bolsonaro é herdeiro desse regime antidemocrático, antipopular e antinacional, que durou de 1964 a 1985.

A CUT também repudia qualquer posição de representantes do poder judiciário ou legislativo que venham a estimular a comemoração desse ato inconstitucional que foi o golpe de Estado de 31 de março.

A CUT lutará sempre para resgatar a Memória, estabelecer a Verdade e garantir que seja feita a Justiça.

Nesse 31 de março, fica nossa homenagem aos mártires da Resistência contra a ditadura, homens e mulheres que perderam a liberdade ou a vida para defender ideias, valores e princípios.

Seguiremos pelos caminhos da resistência popular e democrática, honrando militares como Apolônio de Carvalho, Carlos Lamarca e Nelson Werneck Sodré, e civis como Iara Iavelberg, Helenira Resende e Aurora Maria Nascimento Furtado.

A CUT jamais esquecerá os crimes cometidos pela ditadura, e está preparada para defender as liberdades democráticas e outras conquistas da classe trabalhadora.

DITADURA NUNCA MAIS!

PELA MEMORIA, VERDADE E JUSTIÇA!

FORA BOLSONARO!

Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores  (CUT)

31 de março de 2021

Sindicato garante reposição da inflação e direitos para o setor farmacêutico

Depois de muitas conversas com o sindicato dos empresários, a diretoria do Sindicato conseguiu garantir a reposição integral da inflação, que deve chegar a 6,50% (segundo a prévia do Banco Central), para os trabalhadores do setor farmacêutico .

Considerando uma conjuntura de crise econômica e estagnação da economia mundial provocada pela COVID-19, a diretoria do Sindicato avalia o resultado das negociações positivamente.

O índice de reajuste oficial  deve ser divulgado até o dia 10 de abril e  deve ser aplicado em todos os salários até o teto de R$ 8.800.

O  vale-alimentação passa a ser R$ 266  (para empresas até 100 trabalhadores), correção de 10,5%; e R$ 400 (para empresas com mais de 100 trabalhadores), correção de 10,6%. O subsídio para medicamentos será corrigido pela inflação.

De acordo com Deusdete das Virgens, diretor do Sindicato e coordenador de Finanças da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico), o setor garantiu também os direitos da convenção coletiva até 2023 e isso, sem dúvida, neste momento é um ganho imensurável.  “Vivemos um momento em que o governo pressiona de todos os lados pela retirada de direitos e nós conseguimos estender todos os direitos para os farmacêuticos até 2023”, lembra o dirigente.

Com a inflação pesando mais sobre os itens alimentares, o sindicalista salienta ainda que um reajuste de mais de 10% no vale-alimentação também é uma conquista importante neste momento.

A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos farmacêuticos não teve reajuste. Porém, a grande maioria das empresas têm programas próprios, baseados em lucros e metas de cada empresa.

Os trabalhadores do setor votaram pela assinatura do acordo em assembleia virtual realizada no último domingo, 28.

Acompanhe nas nossas redes sociais e no site do Sindicato (www.quimicosp.org.br), informações atualizadas diariamente.

DataPrev desenvolve sistema para informar direitos do povo

Na lista das empresas públicas que o governo Bolsonaro quer privatizar, a DataPrev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência) acaba de desenvolver uma plataforma digital para ajudar a população mais vulnerável a conseguir seus direitos.

A estatal é uma das mais importantes do país e graças a ela foi possível desenvolver a tecnologia responsável pelo pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 pago em 2020 a desempregados e informais..

Sem a tecnologia desenvolvida pela DataPrev, responsável pela gestão da Base de Dados Sociais Brasileira, e a parceria do banco público, a Caixa Econômica Federal (CEF), na execução do pagamento, provavelmente os mais de 67 milhões de brasileiros que receberam o auxílio emergencial no ano passado, estariam até agora sem receber nada.

Plataforma digital

No site recém-criado, consulta auxilio, basta o trabalhador inserir o nome completo, o número do CPF, o nome da mãe e a data de nascimento para ter acesso ao extrato de benefícios recebidos.

A partir de 1º de abril, a população também poderá saber se terá ao direito ao novo auxílio emergencial  cujo valor varia entre R$150, R$ 250 e R$ 375.

“Se a DataPrev fosse privada, com certeza, esses serviços seriam cobrados e os dados da população poderiam ser vendidos para empresas, com o intuito que vão desde a especulação do perfil individual das pessoas, como para outros fins. Podemos ter como exemplo as teles que foram privatizadas e há poucos dias vimos que dados de 223 milhões de brasileiros foram vazados das operadoras Claro e Vivo. Com a quantia de dados e o nível de informações que a DataPrev armazena nas mãos de empresas privadas, o cidadão ficaria totalmente vulnerável e com seus direitos básicos e gratuitos comprometidos”, diz Socorro Lago, da Coordenação Nacional de Campanha Salarial da DataPrev e Secretária de Mulheres da Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados).

Segundo ela, a DataPrev tem a finalidade de usar a tecnologia a favor da população, gerando inclusão de forma gratuita. Socorro destaca ainda que não é somente o auxílio emergencial que a empresa processa, ela também é responsável pelos benefícios previdenciários concedidos pela Previdência. Ela armazena o Cadastro Nacional de Informações Sociais, que foi desenvolvido pelos seus trabalhadores. A empresa também processa toda a folha de pagamento dos benefícios da Previdência, armazena o cadastro de empregados e desempregados, provendo informações para pagamento do seguro desemprego. A estatal possui dados da população, de toda a sua vida, que vão desde o nascimento até ao óbito.

“A DataPrev armazena dados sigilosos que são usados a favor dos direitos da população, em favor de um estado forte e inclusivo. Entregar essa estatal para iniciativa privada põe em risco a soberania do Brasil”, avalia Socorro.

Dieese e grupo de governadores defendem auxílio de R$ 600

Na avaliação do Dieese, com a pandemia de covid-19 em seu momento mais crítico, só o isolamento social rígido, acompanhado de um auxílio emergencial suficiente será capaz de reverter o quadro.  O diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, afirma que, sem renda ou com um auxílio baixo, as pessoas não conseguirão ficar em casa.

“A mídia tradicional fala sobre aglomerações, mas as pessoas só saem de casa porque não tem outro tipo de renda. Estamos terminando o terceiro mês de 2021 sem nenhum auxílio e o governo está discutindo uma renda de R$ 250. É óbvio que esse valor é incapaz de suprir as necessidades da população. O auxílio emergencial transcende a ideia de renda para os mais pobres, ele é uma política importante para enfrentar a pandemia”, afirmou Fausto a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta quinta-feira (25).

Na quarta-feira (24), 16 governadores enviaram aos presidentes da Câmara e do Senado uma carta pedindo que o valor do auxílio emergencial neste ano seja de R$ 600 ao mês. Os governadores também concordam que o auxílio de R$ 250 não é suficiente.

*Com informações da Rede Brasil Atual

Movimento sindical defende lockdown total e ampliação do auxílio

A CUT e as demais centrais sindicais promoveram uma live nesta quarta-feira (24) e defenderam a importância de uma paralisação total (lockdown nacional) de 21 dias e a necessidade de proteção social, além de ações para agilizar a vacinação em massa.

A paralisação das atividades, defendida pelo movimento sindical, por governadores e prefeitos em todo o país, enfrenta a fúria negacionista de Bolsonaro, que a pretexto de defender a economia, é contra qualquer tipo de isolamento social.

Sérgio Nobre, presidente da CUT, reforçou que, conforme atestam os cientistas, “a medida mais adequada para frear a pandemia é um lockdown nacional de 21 dias”. Ele ressaltou que para isso é preciso que o governo de condições, aprovando um auxílio emergencial digno. “O trabalhador sabe dos riscos de sair, mas vai porque precisa sobreviver e o auxílio emergencial não compra nada. É um desrespeito”, disse o dirigente se referindo aos valores definidos pelo governo para a nova fase, que vão de R$ 150 a R$ 375.

Live e protestos

No dia 24 de março, dia em que o  país chegou a triste marca de 300 mil mortos, a CUT e demais centrais sindicais promoveram atos (com distanciamento) em todo o país e ações nas redes sociais reivindicando vacinas para todos, emprego e um auxílio emergencial de R$ 600.

Algumas  propostas apresentadas pelo Fórum Nacional de Governadores, que reúne 21 governadores estaduais, convergem com as propostas das centrais. Uma delas é o lockdown por 21 dias, com amparo social aos trabalhadores, para que fiquem em casa.

Um ano após Bolsonaro chamar covid de  ‘gripezinha’ Brasil ultrapassa 300 mil mortos

O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (24), a triste marca de 300 mil mortos pela covid-19. Os registros oficiais apontam 300.675 vítimas, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Nas últimas 24 horas o órgão foi notificado de 1.999 mortes, mas o número está defasado, já que o governo impôs novas regras para as notificações sem avisar os estados e municípios.  Horas depois, devido a repercussão negativa, o governo voltou atrás novamente. Portanto, a distorção dos números deve ser corrigida nos próximos dias.

A marca de 300 mil mortes é superada exatamente um ano após o primeiro pronunciamento de Bolsonaro sobre a pandemia. Na ocasião ele chamou a covid-19 de “gripezinha” e disse se tratar de “verdadeira histeria” propagada pela mídia.

De lá para cá os discursos negacionistas e as insensatas aglomerações promovidas por Bolsonaro e seus apoiadores só serviram para agravar a situação do país.

Decisão do STF deve servir de guia para que todos tenham julgamento justo, diz Lula

O ex-presidente Lula comentou o resultado do julgamento do STF que decidiu pela suspeição do juíz Sérgio Moro e anulou o processo do tríplex do Guarujá em postagem no Twitter, na última terça-feira (23).

“Esperamos que o julgamento realizado hoje pela Suprema Corte sirva de guia para que todo e qualquer cidadão tenha direito a um julgamento justo, imparcial e independente, tal como é assegurado pela Constituição da República”.

Na postagem, Lula colou a nota dos advogados de defesa Cristiano Zanin e Valeska Martins.

Para Zanin e Valeska, a decisão do STF é “histórica e revigorante” e comprova que o ex-juiz atuou como adversário político de Lula nas ações da Operação Lava jato em Curitiba.

Na nota oficial, os advogados afirmam: “Sempre apontamos e provamos que Moro jamais atuou como juiz, mas sim como um adversário pessoal e político do ex-presidente Lula, tal como foi reconhecido majoritariamente pelos eminentes Ministros da 2ª. Turma do Supremo Tribunal Federal.”

“Os danos causados a Lula são irreparáveis, envolveram uma prisão ilegal de 580 dias, e tiveram repercussão relevante inclusive no processo democrático do país. A decisão proferida hoje fortalece o sistema de Justiça e a importância do devido processo legal”, diz trecho da nota.

 

Brasil supera 295 mil mortos por covid. ‘País foi abandonado pelo presidente’, denuncia cientista dos EUA

O Brasil ultrapassou, nesta segunda-feira (22), a marca de 12 milhões de infectados e 295 mil mortos por covid-19. Isso, de acordo com os números oficiais fornecidos pelos estados ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Cientistas apontam que a realidade é seguramente mais trágica, já que a subnotificação, provocada pela baixa quantidade de testes realizados no país, é admitida até mesmo pelo governo negacionista de Jair Bolsonaro.

Em um período de 24 horas morreram mais 1.383 brasileiros, totalizando 295.425 mortos por covid desde o início do surto, em março de 2020. Os números às segundas-feiras ainda são defasados, já que um menor número de profissionais de Saúde trabalha aos domingos, especialmente os de análise clínica e diagnóstica. Os dados tendem a ser corrigidos nos dias seguintes. Também não foram computados os dados do Ceará no boletim de hoje, por problemas técnicos no processamento.

Contudo, o valor já é o maior para uma segunda-feira desde o início da pandemia. Em relação ao número de novos casos, foram registrados 49.293 nas últimas 24 horas, totalizando 12.047.526 desde o início da pandemia. O coronavírus está fora de controle no Brasil desde o fim do ano passado, e a pandemia mostra clara tendência de agravamento. Hoje, o país vive o pior momento do surto e também é o epicentro da pandemia no mundo. Há cerca de uma semana mais de 20% das mortes diárias de todos os países ocorrem no Brasil.

Pior momento da covid no Brasil

A última semana manteve o prognóstico de piora na pandemia e foi a mais letal e com maior número de casos de covid-19. O Brasil supera recordes diários da doença desde a terceira semana de fevereiro. Em sete dias, no último período, foram 15.661 mortes e 511.524 casos. Pela terceira semana seguida morreram mais de 10 mil brasileiros e, pela segunda semana, foram notificados mais de meio milhão de novos infectados.

Com a covid fora de controle no Brasil, cresce a pressão sobre Bolsonaro. O presidente, desde o início da pandemia, nega a gravidade da doença – chegou a dizer que não morreriam mais de 800 pessoas, como se fosse pouco –, desdenha das vítimas, ridiculariza o uso de máscaras protetivas, divulga mentiras para atacar vacinas, provoca e estimula aglomerações. Para completar, adota uma defesa “messiânica” de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19 como se fossem “milagrosos” – como a hidroxicloroquina e a ivermectina.

Sem comando

A condução da pandemia por Bolsonaro foi e segue de forma errática. Três ministros da Saúde já foram demitidos durante a pandemia, dois deles – Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich – por se negarem a seguir Bolsonaro no desrespeito à ciência. Já o general Eduardo Pazuello é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e mantém postura de total subserviência ao presidente. Ao assumir interinamente, em maio de 2020, eram pouco mais de 15 mil mortos no Brasil. Nas mãos de Pazuello e Bolsonaro, estão ao menos 280 mil mortes.

Mesmo com Pazuello já descartado, ele segue no cargo. Bolsonaro estaria tentando arrumar alguma forma de preservar seu foro privilegiado, temendo as consequências de sua atuação desastrosa diante do ministério.

Risco ao mundo

Hoje, o Brasil é um dos países que mais sofre restrições à entrada de seus cidadãos em viagens pelo mundo, em razão da falta de controle sobre a covid. A comunidade internacional vai se fechando quase que totalmente para o país, enquanto os vizinhos sul-americanos se articulam para fechar as fronteiras terrestres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que o Brasil representa um risco para o continente e para o mundo. Com o vírus circulando com grande intensidade e sem medidas efetivas do governo central de combate ao vírus, criam-se as condições para o surgimento de novas mutações do coronavírus. O receio é o do desenvolvimento de resistência às vacinas que já existem e que já consumiram grande soma de recursos e estudos em escala mundial.

Abandonados

O epidemiologista da Universidade Johns Hopkins Eric Feigl-Ding, um dos responsáveis pelo monitoramento da covid-19 no mundo, divulgou uma série de opiniões duras contra Bolsonaro. “Quero oferecer uma mensagem de esperança ao povo do Brasil. O mundo vê as dificuldades que vocês passam. Conversei com colegas da OMS e também no governo norte-americano. O mundo não esqueceu de vocês, mesmo que seu líder as vezes o faça (…) Bolsonaro é a pessoa que líderes de todo o mundo precisam chamar e pressionar. Ele está literalmente impedindo esforços para melhorar a situação. Se a crise continuar no Brasil, temo pela estabilidade do país.”

“Não acredito em destino fatal. ‘Não existe destino, se não o que construímos’. O Brasil precisa de ajuda, o Brasil precisa de mudança. O Brasil precisa de liderança que coloque a vida humana como prioridade, para colocar fim no sofrimento dos pobres. Que Deus e o mundo possa ajudar o povo brasileiro”, completa o cientista norte-americano.

 

Vagas para a indústria em várias regiões de São Paulo

A Marilac, agência de consultoria e recursos humanos, está com várias vagas para o setor administrativo de indústrias.

Acompanhe abaixo as oportunidades:

Analista e Auxiliar Administrativo

Analista e Auxiliar Financeiro

Analista e Auxiliar de Vendas

Analista e Auxiliar Fiscal

Analista e Auxiliar PCP

Analista e Auxiliar Contábil

Analista e Auxiliar de Compras

A agência atende indústrias dos mais diversos segmentos – químico, farmacêutico, plástico, metalúrgico, dentre outros- e tem vagas para o setor produtivo e administrativo.

Para se candidatar basta enviar o currículo para o e-mail rh@marilaccconsultoria.com.br ou ligar para o tel. (11) 3508-8953, das 8h às 12h.