200 mil mortes: é preciso acelerar o processo de vacinação

O Brasil atingiu a triste marca de 200 mil mortes por Covid-19. A Fetquim (Federação dos Trabalhadores Químicos) vai continuar denunciando essa calamidade pública, causada pelo governo genocida de Bolsonaro.

Para Airton Cano, coordenador da Fetquim, “precisamos continuar lutando pelas nossas vidas, pelas vidas de nossos familiares, dos trabalhadores e de toda a população vulnerável.  A vacina  é urgente e necessária. Chega de mortes!  Precisamos de uma política nacional de vacinação  já  e  a  continuidade  do  auxílio emergencial para a crise social não se intensificar”

Governo precisa acelerar 

André  Alves,  secretário   de   Saúde   da   Fetquim,   e  diretor  dos Químicos Unificados  de  Campinas, diz que o   momento   “é  de  repúdio  às declarações do Ministro de Saúde de Bolsonaro, que rompe contratos de  compra   de  insumos  e  demora para definir o calendário de vacinação.”

André   ressalta   que   a   mortalidade  por  Covid  é  elevada  e  “ que o   povo está desesperado, sem emprego, sem auxílio emergencial e sem perspectivas de avanços na economia brasileira”.

O assessor de Saúde de Previdência da Fetquim, Remigio Todeschini, lembra que que o contágio comunitário laboral continua em alta. Segundo pesquisa feita entre químicos e petroleiros, no ano passado, pela UNB/Fetquim-CUT,  de 10 contaminados, 6 foram em decorrência do contágio dentro das empresas.   Leia aqui.

O  pesquisador alerta  que sem distanciamento social  e sem um calendário ágil de vacinação, o Brasil chegará a 300 mil mortos em menos de quatro meses, além de um número gigantesco de doentes, sequelados e internados.

*Com informações da Fetquim

Pais de alunos e entidades ligadas a educação reivindicam: adia Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está agendado para os dois próximos domingos, 17 e 24 de janeiro.  Mas entidades ligadas a educação e pais de alunos estão preocupados com a segurança dos jovens.

Com mais de 8 milhões de casos de  Covid-19 no país e com média móvel de mil mortes por dia, devido a complicações da doença  muitos pais temem liberar seus filhos para fazer a prova.

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciaram no mês de maio do ano passado, o adiamento do Enem, que estava marcado para novembro, para este mês de janeiro de 2021. Em média, 5 milhões de candidatos participam do exame.

O Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE), que reúne mais de 45 entidades, entre elas a CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), já tinha se posicionado contrário à execução do Enem durante o crescimento da contaminação e mortes pela Covid, em maio.

Para o secretário de Cultura da CUT, representante da CUT no FNPE e professor, José Celestino, o Tino, manter o Enem para os próximos domingos será um prejuízo para estudantes de escolas públicas. O dirigente ainda fala sobre o descaso de Bolsonaro com a educação e com a classe trabalhadora.

Em comunicado as bancadas do PT no Senado e na Câmara dos Deputados também defenderam o adiamento das provas.

*Com informações da CUT

São Paulo divulga calendário de vacinação

O governo do Estado de São Paulo divulgou que a Coronavac, vacina testada e produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a China, tem 78% de eficácia em casos leves e moderados da Covid-19 e chega a 100% nos casos mais graves. Também anunciou o calendário da primeira fase da vacinação que começa em 25 de janeiro.

Nove milhões de pessoas devem receber, gratuitamente, duas doses da vacina, perfazendo um total de 18 milhões de doses. Entre a primeira e a segunda dose, haverá um intervalo de três semanas. O primeiro grupo a ser vacinado será o de profissionais de saúde, quilombolas e indígenas. Os idosos serão divididos de acordo com a faixa etária: 75 anos ou mais, 70 a 74 anos, 65 a 69 anos e 60 a 64 anos.  Veja o cronograma completo abaixo:

Cronograma de vacinação contra a covid-19 em São Paulo

Primeira dose

25/1 – Profissionais da Saúde, indígenas e quilombolas

8/2 – Pessoas com 75 anos ou mais

15/2 – Pessoas com 70 a 74 anos

22/2 – Pessoas com 65 a 69 anos

01/3 – Pessoas com 60 a 64 anos

Segunda dose (21 dias após a primeira)

15/2 – Profissionais da Saúde, indígenas e quilombolas

01/3 – Pessoas com 75 anos ou mais

08/3 – Pessoas com 70 a 74 anos

15/3 – Pessoas com 65 a 69 anos

22/3 – Pessoas com 60 a 64 anos

*Com informações do jornal Estado de São Paulo e Portal UOL

Medo do desemprego assombra trabalhadores

O Índice do Medo do Desemprego, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou em 57,1 pontos em dezembro de 2020, acima da média história de 50,2 pontos. O indicador subiu 2,1 pontos na comparação com setembro do ano passado e está um ponto acima do registrado em dezembro de 2019, quando o índice marcou 56,1 pontos.

Mulheres têm um medo muito maior do que os homens de perder o emprego. O indicador do gênero feminino é de 64,2 pontos, enquanto do gênero masculino atinge 49,4 pontos.

O medo do desemprego cresceu mais entre as pessoas com educação superior. Nesse grupo, o índice passou de 50,1 pontos em setembro para 54,7 pontos em dezembro. Ainda assim, o medo é maior entre os que tem grau de instrução inferior ao ensino médio completo – 59,1 pontos no caso dos que estudaram até a quarta série do ensino fundamental.

O aumento do medo do desemprego também foi maior na periferia das capitais. Nessa região, o índice subiu de 55,9 pontos, em setembro, para 65,5 pontos em dezembro. Entre os moradores das capitais, o índice de medo do desemprego é 57,5 pontos. Nas cidades do interior, é de 55,2 pontos.

Mais de 14,2 milhões de brasileiros estão desempregados, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que 14,6% da população em idade para trabalhar está desocupada. É a segunda maior taxa para um trimestre desde o início da série histórica iniciada em 2012

Inflação é maior entre os mais pobres  

O aumento dos preços dos alimentos levou o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) a acumular alta de 6,30% em 2020. Índice bem acima do registrado no ano anterior quando a alta foi de 4,60%. Foi o maior salto anual desde 2016.

O indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mede a variação de preços de produtos e serviços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos, as mais atingidas pelo fim do auxílio emergencial, em 31 de dezembro.

Já o IPC-Br, que mede a variação de preços para famílias com renda de 1 a 33 salários mínimos mensais, fechou em  5,17% – acima dos 4,11% de 2019, mas abaixo do registrado pelo IPC-C1.

Pedidos de seguro-desemprego crescem e chegam a 6,8 milhões

O número de pedidos de seguro-desemprego em 2020 cresceu 1,9% em relação ao ano anterior e  atingiu 6,784 milhões, segundo dados do Ministério da Economia.

O setor de serviços concentrou 41% dos pedidos. Na sequência, o comércio respondeu por 26,6% do total. Depois indústria (17,1%), construção (9,4%) e agropecuária (4,9%). No recorte por gênero, 59,8% dos pedidos de seguro-desemprego foram feitos por homens e 40,2%, por mulheres

CUT divulga nota de pesar pelos 200 mil mortos pela Covid-19

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) lamenta profundamente as 200 mil vidas perdidas e se solidariza com todas as famílias. Leia abaixo a nota divulgada pela Central.

Com mais de 200 mil óbitos, o país assume o segundo lugar no mundo em número de mortes e tem quase 10 milhões de pessoas contaminadas.  A maioria das vidas perdidas e de óbitos e contaminações é de negros, negras e pobres, evidenciando que a pandemia afeta de sobremaneira as pessoas mais vulneráveis de nossa sociedade, que historicamente têm sofrido com a falta de investimento em políticas públicas estruturantes como saúde, educação, moradia digna, saneamento e transporte.

Desde o primeiro óbito anunciado em 17 de março de 2020, o país segue vendo brasileiras e brasileiros morrerem na maior crise sanitária da história recente do Brasil. São mortes que poderiam ter sido evitadas, se não fosse o descaso e omissão do governo federal em coordenar um plano nacional envolvendo estados e municípios no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus de forma efetiva e eficiente.

A CUT seguirá lutando pela garantia das condições de trabalho dos  trabalhadores e trabalhadoras da saúde e pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e de suas políticas tão necessárias à proteção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, pois, mesmo com todos os ataques que vêm sofrendo, evitou que mais mortes tivessem acontecido. A Central Única dos Trabalhadores, ao mesmo tempo, continuará sensibilizando a população para a adoção das medidas de proteção contra o coronavírus e na luta pela garantia das condições de vida com a manutenção do auxílio emergencial e proteção dos empregos.

Para acabar com tanto sofrimento é extremamente necessário que seja disponibilizado vacinas para toda população e cobraremos do governo federal a compra de vacinas e insumos necessários (seringas e agulhas) e a operacionalização do plano de vacinação contra a Covid-19. Não podemos continuar perdendo vidas como consequência do menosprezo, descaso, negacionismo e adoção de medidas que desconsideram as evidências científicas no controle e combate à pandemia por parte do governo federal.

Direção Executiva Nacional da CUT

Hospitais lotados fazem governo prorrogar a quarentena

O governo teme  que não haja vagas nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) dos hospitais de São Paulo, depois dos abusos de festas clandestinas e aglomerações que parte da população fez durante as festas de fim de ano. Por isso, a prefeitura e o governo estadual anunciaram novas  restrições ao comércio e à circulação de pessoas.

A previsão do Centro de Contingência ao Coronavírus e a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo é que as com as novas restrições o contágio diminua, e haja leitos disponíveis dentro de 15 dias, que é o prazo em que a doença desenvolve a sua fase mais aguda, nos casos de contaminação que ocorreram nas festas de fim de ano.

A preocupação das autoridades sanitárias decorre do aumento de internações nos hospitais. De quarta-feira (6) a quinta-feira (7), a ocupação de leitos nas UTIs subiu de 59% para 63%. Para os especialistas este aumento de 4% está bem acima da média aceitável, de 1% ao dia.