Jornal denuncia caixa 2 na campanha de Bolsonaro

A Folha de S. Paulo desta quinta-feira (18) denuncia que empresários estão financiando ilegalmente a campanha do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o jornal, esses empresários estão gastando milhões de reais para manter uma indústria de mentiras na rede social WhatsApp e estariam se preparando para uma grande ofensiva na semana da eleição, em 28 de outubro.

De acordo com a reportagem, as empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. Cada contrato de “pacote de mensagens” pode chegar a até R$ 12 milhões. A reportagem não especificou quantos pacotes foram contratados até agora.

O que indica o uso de caixa 2 na campanha do PSL é que, até o dia 14, o valor total de despesas declarado pela campanha de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de R$ 1,7 milhão. Já o valor que os empresários estão gastando sem declarar em apenas um pacote de mensagens mentirosas, grosseiras e violentas contra Haddad é sete vezes superior (R$ 12 milhões).

A rede de lojas Havan, de Luciano Hang, que já foi condenado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por coagir trabalhadores a votarem em Bolsonaro, está entre as empresas compradoras, segundo a reportagem.

A prática é considerada ilegal por se tratar de doação empresarial de recursos, proibida pela legislação eleitoral. As mensagens contra Haddad e a favor de Bolsonaro são enviadas a partir de uma base de dados dos apoiadores do capitão reformado ou compradas de agências de marketing digital, o que também é considerado ilegal, pois a legislação proíbe a venda de dados de terceiros,

Em nota oficial, o Partido dos Trabalhadores condenou os métodos criminosos utilizados pela campanha de Bolsonaro são intoleráveis na democracia. “É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune. O PT requereu ontem, à Polícia Federal, uma investigação das práticas criminosas do deputado Jair Bolsonaro”.

“O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático”.

Confira a nota na íntegra:

Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (18) confirma o que o PT vem denunciando ao longo do processo eleitoral: a campanha do deputado Jair Bolsonaro recebe financiamento ilegal e milionário de grandes empresas para manter uma indústria de mentiras na rede social WhatsApp.

Pelo menos quatro empresas foram contratadas para disparar mensagens ofensivas e mentirosas contra o PT e o candidato Fernando Haddad, segundo a reportagem, a preços que chegam a R$ 12 milhões. A indústria de mentiras vale-se de números telefônicos no estrangeiro, para dificultar a identificação e burlar as regras da rede social.

É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune. O PT requereu ontem, à Polícia Federal, uma investigação das práticas criminosas do deputado Jair Bolsonaro. Estamos tomando todas as medidas judiciais para que ele responda por seus crimes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha.

Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir em defesa da lisura do processo eleitoral. As redes sociais não podem assistir passivamente sua utilização para difundir mentiras e ofensas, tornando-se cúmplices da manipulação de milhões de usuários.

O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático.

Assembleia define rumos da Campanha Salarial do setor químico

Os trabalhadores do setor químico se reuniram com a bancada dos empresários, em 9 de outubro, na sede do Sindicato para discutir a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2018.

Às vésperas de um processo eleitoral conturbado e polarizado,  com um candidato que representa a extrema-direita liderando a corrida eleitoral, o discurso dos patrões foi duro.

Os seis sindicatos que negociam conjuntamente, representados pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores Químicos da CUT) e a Fequimfar/Força Sindical – que se juntou nessa negociação, pelo segundo ano consecutivo  – foram enfáticos nas reivindicações que   visam proteger os trabalhadores da reforma trabalhista e na manutenção dos direitos já garantidos pela atual convenção coletiva.

Na avaliação de Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato, a união do movimento sindical é de fundamental importância para tentar reverter os retrocessos impostos pelo governo Temer. “O resultado dessa eleição pode piorar muito a vida do trabalhador. Por isso nossa luta para garantir direitos”, explica.

Na próxima sexta-feira, 19 de outubro, às 19 horas, o Sindicato realiza uma assembleia na sede (Rua Tamandaré, 348), para debater com os trabalhadores os rumos dessa campanha. Participe!

Haddad chama Bolsonaro para debate: Vou até a enfermaria, se for preciso

O candidato a presidente Fernando Haddad (PT) desafiou o seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), a participar dos debates televisivos do segundo turno das eleições. “Ele precisa participar de debate. Estou disposto a ir até uma enfermaria debater com ele”, afirmou, em entrevista a jornalistas estrangeiros nesta quarta-feira (10), referindo-se a possível alegação de seu oponente para não participar dos encontros. “O futuro do Brasil está em jogo, e ninguém pode chegar à Presidência sem dizer o que vai fazer com o país.”

Haddad afirmou que “atitudes covardes de rede social” são impossíveis num debate face a face, em alusão à onda de notícias falsas – fake news – divulgada pelos seus apoiadores principalmente por meio do Whatsapp. Segundo ele, no segundo turno, as ditas fake news podem ter um peso menor, “se tiver debate”.

“Vou na enfermaria em que ele estiver, não tem problema. Os brasileiros precisam saber a verdade sobre as coisas. Se tem fake news, vamos tratar como adultos. Não tenho problema com nenhum tema”, afirmou Haddad, que classificou a boataria espalhada pelos apoiadores do seu adversário como “criancice”, e prometeu inclusive moderar o tom em respeito ao estado convalescente do opositor.

Haddad disse recear que Bolsonaro busque “subterfúgios” para não debater. O primeiro debate do segundo turno, na TV Bandeirantes, está previsto para esta quinta (11), e ainda não há confirmação da participação de Bolsonaro, que há mais de um mês se recupera de um atentado que sofreu, em Juiz de Fora (MG).

Na coletiva, o candidato do PT destacou o apoio recebido de partidos progressistas como o Psol e o PSB, e disse estar em tratativas com o PDT de Ciro Gomes. Ele prometeu construir um arco de alianças ainda mais amplo com diversos setores da sociedade, para fazer a defesa de direitos civis, trabalhistas e humanos conquistados pelos trabalhadores e deter a “escalada de violência que o país está vivendo”.

Ele destacou “manifestações inesperadas” em favor da democracia, como a ocorrida no show do ex-integrante da banda inglesa de rock Pink Floyd Roger Waters, nesta terça (9) em São Paulo, que exibiu no telão sobre o palco mensagens de alerta à onda fascista que ocorre em vários países do mundo, incluindo o Brasil, citando Bolsonaro expressamente.

Haddad afirmou ainda que seu governo não terá um banqueiro como ministro da Fazenda e que as propostas econômicas do assessor econômico de Bolsonaro, o banqueiro Paulo Guedes, representam o aprofundamento da agenda do governo Temer. “A política de Guedes é o Temer piorado. Nós vamos reverter essa política. Entendemos que a solução é aumentar o poder de compra das pessoas, não diminuir.”

Ele disse ainda que o aumento do poder de compra deve vir da redução de carga tributária para quem ganha menos, com isenção de imposto de renda para aqueles que ganham até cinco salários mínimos, e também com a diminuição

Centrais sindicais se unem e declaram apoio a Haddad

Sete centrais sindicais se unem e  formalizam apoio ao candidato do PT, Fernando Haddad, dentre elas, três que apoiaram outros candidatos no primeiro turno.

Vagner Freitas, presidente da CUT, definiu Bolsonaro como o candidato dos patrões e da Fiesp. “Ele votou em todas as propostas de retirada de direitos. É contra a existência de sindicatos e de movimento sindical representativo e é defendido por toda a classe patronal do Brasil. É o candidato do capital financeiro, do agronegócio”, disse.

O dirigente afirmou que, com Haddad, haverá garantia de interlocução com o movimento sindical, além de manutenção de políticas como a da valorização do salário mínimo.

Confira abaixo a íntegra do documento divulgado pelas sete centrais sindicais.

MOVIMENTO SINDICAL EM DEFESA DOS DIREITOS TRABALHISTAS E DA DEMOCRACIA

POR QUE A CLASSE TRABALHADORA DEVE ELEGER HADDAD

Em 28 de outubro teremos uma eleição decisiva para o futuro da classe trabalhadora brasileira. De um lado, Fernando Haddad, um candidato comprometido com a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional. Do outro, um candidato que encarna o autoritarismo, a desnacionalização da economia e a extinção dos direitos sociais e trabalhistas, com consequências diretas na vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, como desemprego, a precarização do trabalho, redução dos direitos e da qualidade de vida.

Jair Bolsonaro defende os interesses de grandes corporações nacionais e estrangeiras, seu projeto privilegia o mercado financeiro sobre qualquer outro setor da sociedade. Sua intenção de supressão dos direitos dos trabalhadores é tão flagrante que o candidato afirmou que, se eleito, vai criar uma “nova” carteira de trabalho em contraposição à atual. Com esta fantasiosa carteira, o empregado não terá nenhum dos direitos previstos na CLT como férias, 13º salário e licença maternidade.

O programa de governo de Haddad está em sintonia com os interesses da Nação e do nosso povo. Propõe a revogação da reforma trabalhista e da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. Propõe a retomada do desenvolvimento e crescimento econômico, com distribuição de renda, inclusão e justiça social e redução do desemprego. Defende o fortalecimento e a valorização da agricultura familiar e do salário mínimo, o combate da precarização do mercado de trabalho, a democratização dos meios de comunicação e uma política externa soberana.

Haddad está comprometido com a valorização das estatais, das empresas e bancos públicos, redução dos juros, isenção do imposto de renda para trabalhadores e trabalhadoras que ganham até cinco salários mínimos e de impostos para os mais pobres, manutenção da Previdência Social como política pública e a valorização das aposentadorias. O fim das privatizações e a valorização de todo setor energético, com a consequente redução das tarifas de combustíveis, luz e gás, também são compromissos já firmados.

Há uma massa de trabalhadores, desempregados e desalentados, sendo iludida pelo canto de sereia, desorientada pela profusão de notícias falsas e disseminação do ódio. Por isso, conclamamos uma reflexão pela democracia e por um futuro melhor para todos e todas.

Fernando Haddad personifica a democracia e a possibilidade de lutarmos por mudanças que o povo reclama e anseia: educação e saúde públicas de qualidade para toda a população, moradia, segurança, democracia, soberania e bem-estar social. Haddad colocará o povo brasileiro em primeiro lugar.

Por todas essas razões, as centrais sindicais brasileiras estão unidas neste segundo turno com Fernando Haddad. E, com a certeza de que Haddad é o melhor candidato, conclama a classe trabalhadora e o povo brasileiro a participar da campanha e votar para eleger Haddad o próximo presidente do Brasil.

Somente juntos conseguiremos defender a democracia, a soberania nacional e a valorização do trabalho e da classe trabalhadora.

São Paulo, 10 de outubro de 2018.

Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores – UGT

Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

José Avelino Pereira (Chinelo), presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB

José Calixto Ramos, presidente Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST

Edson Índio, secretário-geral da Intersindical

Imprensa internacional mostra preocupação com resultado das eleições no Brasil

O resultado do 1º turno da eleição presidencial no Brasil – que levou o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) ao 2º turno, é destaque hoje na imprensa internacional.

O site do jornal “The New York Times” (NYT) dedicou a maior parte de sua reportagem à ascensão de Bolsonaro à liderança das pesquisas, traçando um paralelo dele com a estratégia do presidente norte-americano Donald Trump. “Seu êxito desafia as leis da gravidade política. Até pouco tempo era somente um provocador às margens do poder que conseguiu como parlamentar durante sete mandatos, mas dominou a cena midiática quando se converteu em um defensor da ditadura militar”, afirma o texto do NYT, ressaltando o uso de “ataques verbais” do candidato contra mulheres, homossexuais e mulheres negras “em um país onde a maioria da população não é branca”.

“Se levarmos a sério, a democracia no Brasil corre sério risco”, afirmou a escritora, historiadora e catedrática da Universidade de São Paulo Lília Schwarcz ao NYT.

O site do jornal britânico “The Guardian” destacou o resultado do pleito como “uma campanha horrível no 2º turno”. “Vai ser um lado atacando o outro”, afirmou ao jornal a diretora de estudos latino-americanos da Universidade Johns Hopkins, Monica de Bolle.

A notícia também estampou a primeira página do argentino “Clarín”, em matéria que afirma que “o processo eleitoral foi marcado por um intenso descontentamento com a classe governante depois de anos de turbulência política e econômica”. O artigo lembrou dois fatos que marcaram a campanha: a proibição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de concorrer e o ataque a facada contra Bolsonaro, trazendo um panorama do clima de polarização que marcou a campanha do 1º turno.

A edição do espanhol “El País” repercutiu o desempenho do candidato do PSL e o caracterizou como “um político autoritário, racista, machista, homofóbico, um adorador da ditadura que afundou o Brasil em uma de suas épocas mais sombrias durante 20 anos”. “Somente uma virada radical, quimérica, no dia 28 de outubro [quando ocorrerá o 2º turno], evitará que a extrema direita governe a partir de primeiro de janeiro o maior país da América Latina”, afirma a matéria.

Já o site do jornal estadunidense “The Washington Post” qualificou a campanha presidencial como “populista e polarizante”, lembrando as semelhanças entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o capitão reformado brasileiro.

“O desempenho de Bolsonaro representou um avanço surpreendente para um movimento global florescente de nacionalistas de direita que conquistaram cargos políticos importantes nos Estados Unidos, no leste europeu e nas Filipinas”, afirma o jornal. A matéria afirma que a política do candidato da extrema direita e seus elogios à ditadura militar “despertaram temores de que ele se afastaria de uma democracia progressista”, acrescentando que suas propostas para o país são vagas.

Na capa do periódico alemão “Deutsche Welle”, uma matéria descreve o sentimento de “desconfiança e revolta” dos eleitores que foram hoje às urnas e a imensa diferença entre os dois projetos que estão agora em disputa.

O site da BBC, do Reino Unido, deu destaque em sua página principal para as eleições no Brasil. “O Brasil está muito dividido – e fragilizado”, afirma a correspondente do veículo no país, descrevendo as ligações de Bolsonaro com setores religiosos e suas declarações polêmicas, racistas, homofóbicas e misóginas.

A BBC também trouxe as declarações de Haddad após ser confirmado no segundo turno, em que afirmou que o PT usaria “apenas argumentos, e não armas” para derrotar o oponente.

Movimentos promovem atos contra o Fascismo

A agenda de manifestações contra o fascismo, a ditadura e o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) já tem diversos atos programados. Os manifestantes pretendem aproveitar o feriado desta semana, na sexta (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, para estender as atividades.

Confira a agenda de atos no país:

Secundaristas conta o Fascismo – Quinta e sexta (11 e 12), das 14h às 17h, no Colégio Pedro Segundo II, campus Niterói, na Rua General Castrioto, Barreto, Niterói (RJ). Segundo os organizadores, as escolas secundaristas de Niterói e São Gonçalo precisam se unir contra a ascensão do fascismo, contra os ataques à educação, às instituições e, principalmente, em defesa das minorias.

Três Dias de Mulheres Unidas contra o Bolsonaro – Sexta, sábado e domingo (12, 13 e 14), a partir das 12h, na Praça Sete de Setembro, região central de Belo Horizonte. Conforme a organização, o ato do dia 29 foi apenas o início. E que os três atos “contra o coiso” serão ainda maiores. “Vamos mostrar para o Brasil e para o mundo que nossa democracia não vai morrer e que nós vamos derrubar a ameaça fascista”, afirmam.

Em apoio a elas, as comunidades Fora Bolsonaro e LGTBs contra o Fascismo convocam o ato Três dias contra Ele! #OcupaCinelândia. “Todas e todos que são contra o coiso” para também se unir com uma grande ocupação na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. Estão previstos atos, performances e um grande acampamento cultural. Os organizadores conclamam a todos para uma programação cultural em prol da democracia e pela derrota do fascismo.

Juristas e estudantes em defesa da democracia – Terça-feira (16), das 19h às 21h, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, região central de São Paulo. Para as lideranças do Centro Acadêmico XI de Agosto, que organizam o evento, depois do severo golpe sofrido em 2016, o fantasma do autoritarismo volta a assombrar a nação brasileira. “O candidato Jair Bolsonaro, que apoia abertamente a ditadura militar, defende a tortura enquanto método válido, prega o punitivismo e ridiculariza os direitos humanos, lidera as pesquisas de intenção de voto para a presidência da república”. E que os os estudantes de Direito têm o dever de se posicionar ao lado da democracia e denunciar os abusos do Judiciário, “que encabeçou um julgamento parcial contra Lula e o tirou da disputa presidencial, e temos o dever de lutar contra candidaturas que flertam com o fascismo e o autoritarismo.”

Bolso.na.ro Nunca! Todos Contra O Fascismo! – Sábado (13), das 14h às 17h, no cineteatro Ouro Verde, em Londrina (PR). Para a Ação Antifascista de Londrina, que organiza a atividade, a luta não pode parar. “Não será uma manifestação que poderá barrar o avanço bolsonarista, muito menos as eleições, mas sim nossa mobilização e organização permanente contra as hordas fascistas desse candidato que além de atacar os direitos do povo ainda discrimina LGBTs, mulheres, negros e indígenas.”

Mulheres contra o Fascismo – Sábado (20), das 15h às 20h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Organizada pela comunidade Mulheres Unidas contra Bolsonaro, a manifestação tem o objetivo de mostrar, mais uma vez, “que candidatos que representam o fascismo, o ódio, o racismo, a homofobia e o machismo não têm vez no nosso país. Ninguém que nos agride, promove o estupro e a violência terá nosso voto! Vamos juntas derrotar o retrocesso e o conservadorismo!”, dizem os organizadores.

Rio contra o fascismo – Sábado (20), a partir das 13h. Entre as bandeiras dos manifestantes do coletivo O Rio contra o Fascismo, a luta contra a intolerância, a cultura do ódio, a ameaça à democracia, o preconceito e a reforma da Previdência.

Tire suas dúvidas sobre as eleições de 7 de outubro

A CUT respondeu algumas questões que os eleitores brasileiros estão pesquisando na internet sobre as eleições do próximo domingo (7). Confira!

Confira as respostas às 13 principais dúvidas sobre as eleições e, depois de refletir muito em quem realmente merece seu voto porque tem compromisso com a classe trabalhadora, aperte o “confirma” com segurança de que votou certo, seguiu as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e escolheu o candidato que estará a seu lado durante os próximos anos.

 Como saber o local de votação?

Nas eleições deste ano, a Justiça Eleitoral, em razão do crescimento demográfico dos últimos anos, modificou o endereço de diversas seções e zonas eleitorais em diversos estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Amapá, Mato Grosso, Pará, Piauí, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Minas Gerais e Bahia.

Para não ser pego de surpresa no dia da votação, é possível realizar a consulta no site do Tribunal Superior Eleitoral pelo nome, número do título de eleitor ou endereço do seu último local de votação. É importante preencher corretamente os dados solicitados, como estão escritos no título, pois, se houver algum erro, o local não aparecerá.

Se todos os dados estiverem certos e ainda assim não aparecer o local de votação, tente novamente depois de alguns minutos. Se mesmo assim não der certo, vá até o seu cartório eleitoral e confirme a informação.

 Quem não votou na última eleição pode votar?

Sim. Pode votar quem não votou e nem justificou no período máximo de duas votações seguidas, considerando que cada turno de uma eleição é contabilizado. Ou seja, se não votou nos últimos dois turnos da eleição passada, você ainda pode votar este ano normalmente. Já para quem não justificou a ausência por três votações consecutivas, não será permitido votar nas eleições deste ano.

 Posso votar só com o RG (Carteira de Identidade)?

Sim, desde que o eleitor tenha um título de eleitor válido e a situação eleitoral em dia.

 Quais outros documentos podem ser usados para votar?

Além do RG, é possível votar apresentando documentos oficiais com foto, como passaporte, certificado de reservista, carteira de trabalho, carteira nacional de habilitação ou carteira de categoria profissional reconhecida por lei. Não serão aceitas certidões de nascimento e casamento como documento de identificação.

A novidade é o e-título, o aplicativo da Justiça Eleitoral que substitui o tradicional título de eleitor. O documento digital concentra informações adicionais importantes sobre sua situação eleitoral. Vale lembrar que quem não fez o recadastramento biométrico deve levar um documento oficial no dia da votação.

 Pode ir votar com camiseta do candidato?

Não é permitido o uso de camisetas de candidato, de acordo com a determinação do Tribunal Superior Eleitoral. Porém, o uso de bandeiras, adesivos e broches é liberado, com a ressalva de que a manifestação deve ser individual e silenciosa.

Fazer boca de urna é proibido, por isso o eleitor não pode tentar influenciar outras pessoas a votar em um candidato. Também não é permitido fazer a distribuição de santinhos e panfletos no dia da eleição.

 Eleitor pode votar de bermuda e chinelo?

Você pode ir votar de bermuda e chinelo e até descalço, segundo a Lei Eleitoral, mas não pode votar sem camisa e usando trajes de banho, como sunga, biquíni ou maiô.

 Em quantos candidatos tem de votar?

Nas eleições deste ano, os eleitores terão de escolher seis candidatos. A ordem de votação na urna eletrônica é a seguinte: deputado federal, deputado estadual ou distrital, dois senadores, governador e presidente da República.

Como são muitos candidatos, a CUT disponibiliza para os trabalhadores e as trabalhadoras uma cola eleitoral, que pode ser levada impressa à cabine de votação.

Antes de apertar o “Confirma”, é muito importante conferir a foto do político escolhido e, caso esteja errado, é possível apertar o “Corrigir” e iniciar o processo novamente.

 Deputados

Para escolher o deputado federal, o eleitor precisará digitar quatro números. Já para deputado estadual ou distrital são cinco. O voto apenas no partido, ou chamado voto legenda, também pode ser usado na escolha dos deputados. Nesse caso, o eleitor poderá ajudar o partido de sua preferência a conquistar mais vagas no legislativo. Basta digitar os dois primeiros números da sigla e apertar confirma.

 Senadores

Na eleição de 2018, 2/3 dos senadores serão renovados e o eleitor precisará escolher dois candidatos. Para o Senado, são três números a digitar na urna eletrônica.  Mas atenção: o voto legenda não pode ser usado para a escolha do senador. Se os números forem iguais nas urnas para as duas vagas, a última será anulada. É preciso digitar os números certos dos candidatos.

 Governador e presidente da República

Depois de apertar confirma nas escolhas para as vagas do Senado, o eleitor irá registrar o voto para governo do Estado, apertando os dois dígitos do candidato ou candidata na urna eletrônica e, na sequência, apertando o botão confirma.

Para encerrar a votação, será a vez de escolher o presidente da República. O eleitor apertará os dois dígitos do candidato, o botão confirma e a votação será encerrada.

O TSE fez um vídeo com o passo a passo do voto. Se ainda tiver dúvidas, assista aqui.

 O que acontece se não comparecer às urnas?

Como o voto no Brasil é obrigatório, quem não comparecer no dia 7 de outubro nas urnas e não justificar ausência pode ser multado e impedido de tirar o passaporte. Além disso, o eleitor pode também não conseguir tirar a carteira de identidade (RG), não receber salários em cargos públicos e corre o risco de não poder participar de concursos públicos ou estatais.

O brasileiro que não votar nem justificar o voto pode, também, não conseguir empréstimos em instituições públicas nem se matricular em instituições de ensino.

Em quem votar?

Vivemos em uma democracia e o voto de cada brasileiro é um voto útil. A CUT publicou uma série de reportagens com a hashtag #VotouNãoVolta com candidatos de todas as regiões do País que votaram contra os direitos da classe trabalhadora. São candidatos que tentam a reeleição, mas que votaram a favor de medidas que prejudicaram a vida do trabalhador e da trabalhadora, como a reforma Trabalhista, a terceirização irrestrita, a PEC do Teto dos Gastos e a entrega do Pré-Sal às empresas estrangeiras. Antes de escolher um candidato, é fundamental buscar saber de que lado ele está.

Como o eleitor que vive no exterior pode votar?

Brasileiros e brasileiras que moram fora do país e maiores de 16 anos podem solicitar alistamento eleitoral, revisão de dados cadastrais e transferência de domicílio eleitoral pela internet, mediante a utilização do Título Net Exterior, que é a ferramenta de entrada de dados no requerimento eleitoral.

O requerimento será analisado pelo TRE-DF e seu processamento poderá ser acompanhado por e-mail. Depois de autorizado o pedido, o eleitor deverá comparecer pessoalmente à repartição consular escolhida, levando os documentos originais anexados ao requerimento (o agendamento do atendimento consular é realizado pelo Ministério das Relações Exteriores).

Outras informações podem ser obtidas no site do TSE.

Como justificar o voto?

Para ficar em dia com sua cidadania, o eleitor poderá justificar sua ausência nas urnas caso não puder exercer o voto no dia da eleição. Mas só será válida para o turno ao qual o eleitor não compareceu por não estar no domicilio eleitoral. Caso também não consiga votar no segundo turno, as justificativas deverão ser feitas separadamente, respeitando requisitos e prazos.

A ausência não justificada vai gerar um débito com a Justiça Eleitoral e, enquanto não for acertado, o eleitor está sujeito a uma série de restrições, como alertamos acima. Porém, se completadas três ausências consecutivas não justificadas, o título será cancelado.

Prazos

Em ano eleitoral, para regularizar a situação, o prazo é de até 151 dias antes da eleição. Em 2018, o prazo já se encerrou. Quem perdeu o prazo só poderá regularizar sua situação em 2019, mas quem não tiver votado por apenas duas eleições, ainda poderá votar em 2018.

Tem algum canal oficial para tirar dúvidas eleitorais?

Além do site, o TSE também tem a ouvidoria, que tem como objetivo esclarecer eleitores nas dúvidas sobre as eleições. Outra forma de obter informações é entrar em contato, por telefone ou email, com o Tribunal Regional Eleitoral (TER) de seu estado. No site do TSE você pode encontrar o contato mais próximo de você.

Quando e como será divulgado o resultado das eleições 2018?

Com a urna eletrônica é possível saber quem ganhou na eleição em poucas horas. O tempo varia de acordo com o número de seções e de zonas eleitorais de cada município e também pode variar pela quantidade de eleitores de cada cidade. Mas você pode acompanhar o resultado no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para os cargos de presidente e governador (e seus vices), será eleito quem tiver a maioria de votos válidos, que exclui os votos em branco e os nulos. O candidato eleito deve alcançar a maioria absoluta dos votos válidos, ou seja, 50% dos votos mais 1. Caso isso não aconteça no primeiro turno, os dois candidatos mais votados disputarão o segundo turno no dia 28 de outubro e vencerá quem conseguir a maioria dos votos válidos.

Para o cargo de senador, a eleição acontece da mesma maneira. A única diferença é que para essas vagas não existe segundo turno, os candidatos mais votados no primeiro turno são eleitos.

No caso dos candidatos a deputado federal e deputado estadual ou distrital, o resultado é calculado de forma diferente. Primeiro são identificados os partidos e coligações que receberam mais votos e, a partir daí as vagas disponíveis são distribuídas entre os candidatos que tiverem mais votos em cada partido ou coligação.

A eleição dos deputados acontece pelo sistema proporcional e, com as mudanças da Reforma Eleitoral, só podem ser eleitos os candidatos que tiverem uma quantidade de votos igual ou maior a 10% do quociente eleitoral. Se houver empate entre candidatos para qualquer um dos cargos será eleito o candidato mais idoso.

 *Fonte: CUT – Com informações do TSE

 

Lapa debate direitos e Campanha Salarial 2018

Na última sexta–feira, 28 de setembro, foi reinaugurada a subsede da Lapa.  No encontro, que reuniu vários trabalhadores da base, foram debatidos dois importantes assuntos: a manutenção dos direitos dos trabalhadores e a Campanha Salaria 2018 que acontece em pleno processo eleitoral.

O Sindicato decidiu reabrir as subsedes de Santo Amaro, Lapa e São Miguel e também inaugurou uma nova subsede em Embu, que fica mais próximo das principais fábricas da categoria. O objetivo é ficar mais perto dos trabalhadores.

Devido às mudanças na legislação trabalhista, que afetam inclusive o sustento das entidades sindicais, num primeiro momento, para readequar as finanças da entidade, foi preciso encerrar o atendimento nas subsedes. Porém, o diálogo com a base fez com que a diretoria reavaliasse a situação. “Fizemos vários ajustes e resolvemos priorizar o atendimento aos sócios. As subsedes estão em pleno funcionamento e agora com diretores se revezando nos plantões para atender pessoalmente os sócios e tirar dúvidas”, explica Adir Teixeira, secretário de organização do Sindicato.

 Endereços das Subsedes:

 Santo Amaro – Rua Ada Negri, 127 – Tel.: 5641-2229

Lapa – Rua Domingos Rodrigues, 420 – Tel.: 3836-6228

São Miguel – Rua Arlindo Colaço, 32 – Tel.: 2297-0631

Embu das Artes – Rua N. Sra. do Rosário, 422 – Centro -Tel.: 4781-0004

O atendimento nas subsedes é de segunda a sexta, das 9h às 18h.

45% dos eleitores de SP não têm candidato ao governo do estado

A corrida eleitoral para o governo de São Paulo está indefinida. Praticamente metade dos eleitores do estado ainda não tem candidato ou pretende votar em branco ou nulo, aponta pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta quarta-feira (3).

O elevado percentual de eleitores que pretendem votar nulo ou em branco (23%), somados aos indefinidos chega a 45%. Do total de entrevistados, 22% disseram ainda não saber ou não responderam em quem pretendem votar enquanto a diferença entre o líder e o quarto colocado é de 8 pontos percentuais.

O candidato Paulo Skaf (MDB) lidera a disputa em situação de empate técnico com João Doria (PSDB). Skaf tem 16% das intenções de voto e Doria tem 15%. O levantamento traz o governador Márcio França (PSB) com 11%, tecnicamente empatado com o tucano.

O candidato do PT, Luiz Marinho, subiu 3 pontos em relação a sondagem anterior e agora está com 8%, tecnicamente empatado com França. As entrevistas foram feitas entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro, antes do último  debate entre os candidatos.

Em simulações de segundo turno, a pesquisa aponta empates entre Skaf e Doria (ambos com 23%), Skaf e França (24% a 20%) e Doria e França (ambos 23%).

Corrida presidencial

O ex-militar Jair Bolsonaro (PSL) lidera na disputa para Presidência da República com 30% da preferência entre os eleitores do estado de São Paulo. O candidato Fernando Haddad (PT), tem 19%, bem à frente do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%.

A pesquisa CUT/Vox Populi entrevistou 1.200 pessoas com 16 anos ou mais residentes e eleitoras de São Paulo. A margem de erro é de 2,8%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

 

Mais de 100 mil trabalhadores fazem acordo de demissão e perdem direitos

De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho), desde a aprovação da nova legislação trabalhista,  em novembro do ano passado, 109.508 trabalhadores assinaram acordos para rescindir os contratos de trabalho e, com isso, perderam o direito ao seguro-desemprego, receberam metade do aviso-prévio (em caso de indenização) e apenas 20% da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) paga pelo patrão – e não os 40% a que tinha direito.

Na hora de sacar os valores depositados na conta individual do FGTS, outro baque: quem assina esse tipo de acordo pode tirar 80% do total. Os 20% restantes ficam depositados e serão incorporados aos valores que forem depositados no futuro, se o trabalhador ou trabalhadora conseguir emprego com carteira assinada. Se não conseguir mais emprego com carteira assinada, poderá sacar somente quando se aposentar ou caso utilize o valor para financiamento da casa própria ou para adquirir linhas de crédito que utilize o FGTS como garantia.

Para a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, o aumento das demissões por acordo mostram cada vez mais os efeitos nefastos da reforma Trabalhista. Segundo ela, a multa de 40% sobre o FGTS e demais verbas funcionavam como um mecanismo de limitação à alta taxa de rotatividade e davam certa proteção aos trabalhadores empregados.

“Com esse recorte das verbas rescisórias, principalmente da multa do FGTS, a tendência é que aumente mais ainda a rotatividade e, pior, que haja uma contínua queda da renda salarial, pois as empresas optarão por contratos de trabalho precários e temporários para preencher as vagas abertas pelos que saíram do emprego mediante acordo”.

Perfil dos trabalhadores que fazem acordo

Levantamento feito pela subseção do Dieese da CUT mostra que a média salarial e o tempo de serviço dos trabalhadores que assinaram esse tipo de acordo são maiores do que todas as outras modalidades de demissão. Enquanto a média salarial dos demitidos sem justa causa (maioria dos casos) é de R$ 1.740,20, a média dos desligados por “comum acordo” é de R$ 2.135,66.

Os trabalhadores que foram demitidos por acordo com patrão tinham, em média, três anos e nove meses de empresa. Já os que foram demitidos sem justa causa trabalhavam, em média, dois anos e sete meses na empresa.

Caged

Em novembro de 2017, o Cageg registrou 855 desligamentos por comum acordo entre patrão e trabalhador. Em dezembro, um mês após a mudança na lei, foram fechados 5.841 acordos. Já em agosto deste ano, último dado disponível, o total chegou a 15.010.

Somente em agosto, 74,5% dos casos de demissão por acordo foram no serviço e comércio.

O que perde o trabalhador que negocia sozinho a demissão:

– 50% do aviso-prévio e da multa do saldo do FGTS

– perde o direito de receber 40% da multa das verbas rescisórias e recebe apenas 20%

– perde o direito de acessar o seguro-desemprego

– não consegue sacar o valor total do FGTS, somente 80%