Os tucanos e os ‘demos’ inimigos das crianças paulistanas

Embora a mídia não mostre, especialmente a televisão, desta vez, pelos menos os jornais tiveram que noticiar. O escândalo é tamanho que não tem como esconder. A manchete da Folha de São Paulo dizia: “Nestlé pede, e Kassab reduz carne em sopa”. O pedido foi feito para que a empresa pudesse participar da licitação da merenda na capital e a prefeitura aceitou piorar a qualidade nutricional do alimento distribuído às crianças nas escolas.

Para se ter uma idéia, a sopa de macarrão galinha e legumes, perde 2% da cenoura, 3% de hortaliças e 7% de galinha, num total de 9% menos, o que faz cair sua qualidade nutriente, ficando apenas com 1% de cada item e o restante macarrão e temperos.

É assim que a atual administração paulistana se preocupa com a alimentação, nutrição e saúde das crianças paulistanas.

Outro descaso é o que acontece com o uniforme das crianças. Acabou o inverno e, até agora, o uniforme de inverno não foi entregue nas escolas. A maioria das crianças não recebeu os uniformes que deveria ter sido entregue no início do ano, ou no máximo em abril. O jornal Diário de São Paulo denunciou em julho que os uniformes estavam num galpão na Vila Leopoldina. Até então, apenas 5% dos uniformes tinham sido distribuídos.

É assim que o PSDB e o DEM administra a população paulistana, especialmente a educação e as crianças.

Campanha envolveu 80 mil voluntários em todo o país

Foram mais de 35 mil urnas espalhadas nos 27 Estados brasileiros. Mais de 80 mil voluntários em todo o Brasil que participaram como mesários, debatedores e outras tarefas. E a expectativa é que mais de 6 milhões de pessoas tenham dado seu voto, questionando a privatização da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), mineradora brasileira vendida pelos parcos R$ 3,3 bilhões em 1997, quando seu valor era estimado em mais de R$ 92 bilhões. Durante os próximos dias, a tarefa dos comitês estaduais do plebiscito se concentra na contagem de votos para que, no próximo dia 25, os resultados sejam entregues aos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), além do Superior Tribunal de Justiça em Brasília.

De acordo com o membro da secretaria do Serviço Pastoral dos Migrantes e da coordenação do Grito dos Excluídos Continental, Luiz Basségio, o processo, enquanto forma pedagógica de se exercer a cidadania e fazer a discussão política, está sendo uma escola de educação popular. “Conseguiu-se juntar os movimentos sociais, os partidos, seja qual for a tendência, e estabelecer uma parceria muito grande neste processo de democracia participativa”, explicou.

A colocação deste tema dentro do debate público também é um fator considerado importante. Segundo uma das articuladoras do Jubileu Sul-Brasil, Rosilene Wansetto, aproximar-se de espaços de difíceis diálogos demonstra a grande vitória deste plebiscito. “Intelectuais, artistas, todos contribuíram para o processo de mobilização popular durante o plebiscito”, afirmou.

A unidade do conjunto da esquerda brasileira, incluindo partidos políticos e o Movimento Estudantil também foi celebrada pelo membro da Consulta Popular em Curitiba (PR), Waldemar Simão. “Aqui, tivemos a participação do governo do Estado que possibilitou que as escolas também estivessem no processo. Foi importante essa reunificação de vários atores, inclusive os professores que levaram o debate para a sala de aula”, disse.

Além da pergunta sobre a privatização da CVDR, os temas sobre dívida pública, preço da energia elétrica e previdência social também foram debatidos e votados pela sociedade brasileira. Em algumas localidades, como no Rio Grande do Sul, perguntas locais foram adicionadas. No caso gaúcho, o pedágio nas estradas estaduais foi questionado pelo plebiscito popular.

Grito
Para Basségio, o ponto culminante de toda campanha realizada pelo conjunto de entidades que organizaram o plebiscito foi o Dia da Independência do Brasil, o 7 de setembro e o conjunto das manifestações do 13° Grito dos Excluídos. O Grito reuniu em todo o País pelo menos 212 mil pessoas que levaram o tema “Isto Não Vale! Queremos Participação no Destino da Nação” e denunciaram todo o processo de privatização da CVRD.

“Foi um momento muito forte com o Grito dos Excluídos. O Grito cresceu e se expande cada vez mais e recebe a adesão cada vez maior da sociedade brasileira, independentemente se a pessoa participa de algum movimento social”, avaliou.

O Estado de São Paulo foi o que reuniu o maio número de manifestantes. Segundo a organização, mais de 95 mil pessoas em Aparecida, somaram-se aos 13 mil na capital para fazer o protesto e votar nas perguntas do plebiscito.

Em João Pessoa, capital paraibana, cerca de 1,5 mil pessoas participaram da manifestação que foi barrada pela Polícia Militar. Caso semelhante aconteceu em Brasília, cujo manifestantes foram impedidos de maneira truculenta pela Polícia Militar de seguir a manifestação na Esplanada dos Ministérios. O carro que distribuía água para os manifestantes chegou a ser multado pelo Detran-DF sem motivos aparentes.

Mayrá Lima, de Brasília (DF)

Campanha salarial: atividades nos locais de trabalho

A Campanha Salarial 2007 dos trabalhadores do ramo químico, que têm data base em 1º de novembro, começou em julho com reuniões e debates entre os sindicatos no estado de São Paulo, coordenados pela FETquim/CUT (Federação dos trabalhadores do ramo químico do estado de São Paulo).

O Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região realiza reuniões com trabalhadores nas portarias das empresas como Niasi, Sherwin-Williams, Avon, Bayer, Akzo Nobel/Tintas, Vedat, Loreau, Nitro Química, Muller, Bayer, Murieu, Megaplast, Tecnoplast e Otto Baungarten convocando-os para as Plenárias regionais da categoria, que acontecem dia 21 de setembro, a partir das 19h, nas subsedes Lapa, Taboão da Serra, São Miguel Paulista, Santo Amaro, Centro, bem como a assembléia geral da categoria, dia 28 de setembro, na sede central.

Dentre as reivindicações a serem encaminhadas para o sindicato patronal estão: reajuste salarial composto pela reposição da inflação e mais 5% de aumento real; pela contratação direta de trabalhadores, trabalho igual, direitos iguais; redução da jornada e sábados livres; saúde e segurança no trabalho e fim do assédio moral; estabilidade para acidentados; igualdade de oportunidades para mulheres e homens, garantia de OLT (Organização no Local de Trabalho).

Resultados da Pnad reforçam necessidade de mobilização por aumento real

O resultado da Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referente ao crescimento de 7,2% da renda, divulgado, dia 14 de setembro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), corrobora o posicionamento da CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) de estimular as categorias do Estado de São Paulo a buscar aumento real nas Campanhas Salariais. A “redução suave” da concentração de renda aponta também para a necessidade imediata de intensificar as mobilizações para promoção da igualdade social.

As conquistas dos trabalhadores, conforme revela pesquisa de Acompanhamento das Campanhas Salariais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), propiciam distribuição de renda. Dessa forma, a CUT-SP recomenda às direções de sindicatos filiados que reivindiquem à exaustão índices de reajuste que garantam reposição da inflação mais ganhos reais às categorias na mesa de negociação com o setor patronal.

Os indicadores positivos da economia, com perspectivas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima de 5% para este ano e as taxas elevadas do ritmo da produção, consumo e geração de emprego, tornam justíssima a reivindicação dos trabalhadores. Prova do crescimento da economia é a queda de 9,4% em 2005 para 8,5% da taxa de desemprego em 2006 – o menor índice dos últimos dez anos, segundo os resultados da Pnad.

Além disso, o reajuste de 13,3% do salário mínimo, adotado como política de valorização permanente do piso nacional e resultado da articulação negociada entre centrais sindicais e governo federal, contribuiu para o crescimento da renda média dos trabalhadores brasileiro no ano passado. A partir desta constatação, os dirigentes sindicais devem forçar cada vez mais a elevação dos pisos das categorias tendo como referência os reajustes do salário mínimo.

Economia registra crescimento no segundo trimestre

A economia brasileira se acelerou nos meses abril, maio e junho de 2007 e cresceu 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação aos primeiros três meses deste ano, o crescimento foi de 0,8%.

Os dados do IBGE mostram que todos os setores da economia cresceram. A indústria foi a que cresceu mais, 6,8% em comparação com o segundo trimestre de 2006. O crescimento da indústria se deve à demanda interna, ou seja, aumentou em 5,7% o consumo (poder de compra) das famílias brasileiras.

Nos primeiro três meses do ano a economia cresceu 4,3% em relação ao mesmo período de 2006. De acordo com o IBGE as chances de o Brasil fechar 2007, com crescimento superior a 4,5%, índice projetado pelo governo, no início do ano, ao lançar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A previsão foi recebida com descrença e considerada ousada demais. No entanto, o panorama mudou, com queda de juros, expansão do crédito e elevação do poder de compra. Além disso, uma revisão da metodologia do PIB, anunciada em março, mostrou uma economia maior e mais dinâmica do que a até então conhecida.

Outra novidade foi o PAC, mas sabe-se que os efeitos do programa ainda não foram sentidos na economia real: o ritmo de liberação de verbas tem sido lento, assim como a execução das prometidas obras de infra-estrutura.

Os tucanos e os ‘demos’ inimigos das crianças paulistanas

Embora a mídia não mostre, especialmente a televisão, desta vez, pelos menos os jornais tiveram que noticiar. O escândalo é tamanho que não tem como esconder. A manchete da Folha de São Paulo dizia: “Nestlé pede, e Kassab reduz carne em sopa”. O pedido foi feito para que a empresa pudesse participar da licitação da merenda na capital e a prefeitura aceitou piorar a qualidade nutricional do alimento distribuído às crianças nas escolas.

Para se ter uma idéia, a sopa de macarrão galinha e legumes, perde 2% da cenoura, 3% de hortaliças e 7% de galinha, num total de 9% menos, o que faz cair sua qualidade nutriente, ficando apenas com 1% de cada item e o restante macarrão e temperos.
É assim que a atual administração paulistana se preocupa com a alimentação, nutrição e saúde das crianças paulistanas.

Outro descaso é o que acontece com o uniforme das crianças. Acabou o inverno e, até agora, o uniforme de inverno não foi entregue nas escolas. A maioria das crianças não recebeu os uniformes que deveria ter sido entregue no início do ano, ou no máximo em abril. O jornal Diário de São Paulo denunciou em julho que os uniformes estavam num galpão na Vila Leopoldina. Até então, apenas 5% dos uniformes tinham sido distribuídos.

É assim que o PSDB e o DEM administra a população paulistana, especialmente a educação e as crianças.

Pessoas com deficiência

Exigência do cumprimento da lei 11263/02, que garante acesso das pessoas com deficiência às escolas, ao transporte coletivo, a prédios públicos e privados. O governo do Estado e a prefeitura de São Paulo, num claro desrespeito às pessoas com deficiência não cumprem.

Pelo cumprimento da lei 8213/91 que define cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Empresas com 100 ou mais trabalhadores devem preencher de 2% a 5% dos seus cargos com pessoas com deficiência.

Outras categorias: mobilização geral neste segundo semestre

Metalúrgicos

Campanha nacional unificada

A CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), e a CNTM/Força Sindical (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), mobilizaram dia 18 de setembro, cerca de 200 mil trabalhadores em cem fábricas de 13 Estados do País, em manifestação definida como Dia Nacional de Lutas. Parte da categoria cruzou os braços para reivindicar a implementação do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho.

A categoria reivindica piso nacional único; redução da jornada de trabalho para 40 horas e a unificação da data-base.

O presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, participou do protesto realizado na Ford. O ato dos metalúrgicos em todo o País, em especial no Grande ABC, é uma ação que integra a agenda da nossa Central. Através do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho será possível conquistar o piso único em todo o País e impedir que as empresas arrochem os salários, avalia.

Além disso, Edílson de Paula ressalta que a mobilização dos metalúrgicos inclui na pauta a ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para inibir demissões imotivadas.

Isso é um exemplo de reivindicação importante para todos os trabalhadores, aponta. A CNM acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para que a ratificação da convenção 158 se torne lei no Brasil.

Bancários

Mobilização e luta nas ruas

Na Capital paulista os bancários promoveram manifestação dia 17 de setembro, no centro da cidade (foto). Cerca de 30 agências abriram com uma hora de atraso. Mais de mil bancários participaram do protesto. Uma resposta rápida dos trabalhadores à falta de proposta dos banqueiros na rodada de negociação do dia 13, quando a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) rompeu a lógica que vigorava até então, ameaçando implodir o novo modelo negocial proposto pelo Comando Nacional dos Bancários e aceito inicialmente pelos banqueiros.

Mal o protesto havia acabado e uma rodada extra de negociação foi marcada pela Fenaban, já no dia seguinte, a partir das 14h. Estão pendentes os debates sobre as cláusulas econômicas – como aumento real, participação nos lucros e remuneração variável – e sobre emprego.

Correios

Trabalhadores dos Correios em greve

Em 22 estados e no Distrito Federal, os trabalhadores nos Correios entraram em greve, dia 12 de setembro. Mais de cinco mil funcionários participaram de uma assembléia na Praça da Sé e decidiram ir à luta contra os ataques da empresa.

A greve foi aprovada na maioria dos estados do país. Dos 34 sindicatos da categoria, 28 entraram em greve, a partir de 12 de setembro, à noite.

Em todo o país os ecetistas rejeitaram por unanimidade a proposta feita pela direção dos Correios, que ofereceu um reajuste de apenas 3,74%, o que equivale a R$ 50 de aumento real, a partir de janeiro de 2008 e um abono de R$ 400, parcelado em duas vezes.

Opinião: melhorou, mas pode melhorar ainda mais

O resultado da Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referente ao crescimento de 7,2% da renda, divulgado, dia 14 de setembro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), corrobora o posicionamento da CUT-SP (Central Única dos Trabalhadores) de estimular as categorias do Estado de São Paulo a buscar aumento real nas Campanhas Salariais. A redução suave da concentração de renda aponta também para a necessidade imediata de intensificar as mobilizações para promoção da igualdade social.

As conquistas dos trabalhadores, conforme revela pesquisa de Acompanhamento das Campanhas Salariais do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), propiciam distribuição de renda. Dessa forma, a CUT-SP recomenda às direções de sindicatos filiados que reivindiquem à exaustão índices de reajuste que garantam reposição da inflação mais ganhos reais às categorias na mesa de negociação com o setor patronal.

Os indicadores positivos da economia, com perspectivas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima de 5% para este ano e as taxas elevadas do ritmo da produção, consumo e geração de emprego, tornam justíssima a reivindicação dos trabalhadores. Prova do crescimento da economia é a queda de 9,4% em 2005 para 8,5% da taxa de desemprego em 2006 – o menor índice dos últimos dez anos, segundo os resultados da Pnad.

Além disso, o reajuste de 13,3% do salário mínimo, adotado como política de valorização permanente do piso nacional e resultado da articulação negociada entre centrais sindicais e governo federal, contribuiu para o crescimento da renda média dos trabalhadores brasileiros no ano passado. A partir desta constatação, os dirigentes sindicais devem forçar cada vez mais a elevação dos pisos das categorias tendo como referência os reajustes do salário mínimo.

Notas

Renda 1

Em 2006 a pobreza no país atingiu seu nível mais baixo dos últimos 15 anos. É o que indica a pesquisa divulgada, em 19 de setembro último, pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Os dados mostram também uma redução na desigualdade social no país. Isso mostra o impacto positivo que as políticas sociais do governo federal têm na diminuição da pobreza. Os índices publicados são baseados nos números da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Renda 2

A FGV divulgou que nos últimos quatro anos, primeiro mandato do governo Lula, mais de 14 milhões de brasileiros deixaram a pobreza para trás. A redução da miséria bateu recorde em 2006, quando 15% dos pobres superaram a linha de pobreza. Para a FGV, miserável é o cidadão que vive com menos de R$ 125 por mês, tendo como referência o custo vida de São Paulo. O fato se deve há alguns fatores tais como: mérito próprio, investimentos em programas sociais, como ‘bolsa família’, ‘luz para todos’ e a recuperação do poder aquisitivo do salário mínimo.

Renda 3

A partir do segundo ano do governo Lula o índice de pobreza no Brasil caiu para 25,38%, da população, seguido de 22,77% em 2005. Em 2006, sete milhões de pessoas saíram da miséria. Queda expressiva de 15%. Para os pesquisadores da FGV, mais que a redução da desigualdade social, o crescimento da economia foi o que mais espantou a miséria. Isto é distribuição de renda. Os 50% mais pobres cresceram o seu bolo em 12% e os 10% mais ricos, em 7,8%. Ou seja, o bolo cresceu para todos, mas com mais fermento entre os mais pobres.