Jornada cidadã: justiça e inclusão social em debate

Na tarde do dia 13 de julho, na Praça da Sé, centro da capital paulista, os tambores anunciaram a presença de crianças, adolescentes, dirigentes sindicais cutistas, dentre eles os diretores deste Sindicato. A atividade, a Jornada Cidadã, promovida e organizada pelos sindicatos cutistas da capital, ABC e Vale do Paraíba. Nas faixas e cartazes crianças e adolescentes pediam inclusão social e respeito aos seus direitos. O ato também marcou a comemoração dos 17 anos do ECA. Além da passeata pelas ruas do centro houve, na sede do sindicato dos bancários, um debate sobre Exclusão Social, a Drogadição e o ECA.

A Jornada cidadã acontece todos os anos, com atividades nos meses de maio, junho e dia 13 de julho, data da criação do ECA. A cada ano as atividades acontecem nas sedes dos Sindicatos, com atividades no ABC (sindicatos dos químicos; metalúrgicos, bancários). Em São Paulo, participam os Sindicatos dos químicos e plásticos e bancários; no vale do Paraíba, os metalúrgicos de Taubaté.

Cerca de 100 pessoas participaram do debate, que contou com a participação de Aldaíza Sposati, do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Seguridade e Assistência Social, da PUC-SP; Marcelo Niel, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo; Paulo Afonso Garrido de Paula, promotor de Justiça do Estado de São Paulo; e Paulo Salvador, diretor do sindicato dos bancários e conselheiro da Fundação Projeto Travessia.

Estatuto da criança e do adolescente: 17 anos: avanços e limitações

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) completou 17 anos, em 13 de  julho último, considerada uma das legislações mais avançadas do mundo na promoção dos direitos. Mas ainda enfrenta desafios no cumprimento das recomendações sobre medidas sócio-educativas para crianças e adolescente em conflito com a lei. Sobre essa questão, cada vez que acontece algum delito grave que envolvem adolescentes, aparecem manifestações enraiveci-dadas que propõem a redução da maioridade penal.

Os avanços, no entanto, são inegáveis nesses 17 anos. Na educação, a aprovação do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), que vai aumentar e melhorar os investimentos em educação. Também a universalização do ensino fundamental, com 97% das crianças em idade para cursar esta etapa com direito à matrícula.
Outra mudança positiva foi a redução do trabalho infantil, que caiu de 7 milhões de crianças e adolescentes no início da década de 1990 para menos de três milhões hoje. A consolidação dos organismos e fóruns da criança e do adolescente, bem como a realização de sete conferências sobre direitos da criança e do adolescente são também destaques.

Uma das principais reivindicações das instituições que atuam com crianças e adolescentes é a ampliação das verbas para garantir a execução das políticas públicas aprovadas nas conferências, especialmente a aplicação efetiva das medidas sócio-educativas para que não fiquem apenas no plano das boas intenções.

Adeus companheiro Marcelo Peres

Há sempre os que passam pela vida sem nada deixar, há os que passam e deixam um rastro de luta, de esperança e coragem. Assim foi o companheiro Marcelo Peres Ribeiro.

A diretoria do Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo lamenta a morte do companheiro Marcelo, dia 21 de julho, vítima de acidente de automóvel. Marcelo era dirigente do Sindicato dos químicos do ABC, ex-diretor da CNQ/CUT e presidente da recém criada Federação dos Químicos do Estado de São Paulo.

Os dirigentes químicos e plásticos de São Paulo e região em nome da categoria se solidarizam com a família e com os químicos do ABC e da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo.

Federação química: compromisso de unificar

A recém criada FETQUIM (Federação dos trabalhadores do Ramo Químico da CUT no estado de São Paulo), reúne os seguintes sindicatos: Químicos e plásticos de São Paulo e região; Químicos do ABC, Químicos Unificados de Osasco, Vinhedo e Campinas.

Os debates para criação da Federação iniciaram em 2003 e no final de 2006 foi oficializada a fundação da Federação dos Trabalhadores do ramo químico no Estado, que é mais uma instância de organização sindical da CUT e da CNQ.

A posse da primeira diretoria da FETQUIM, será dia 10 de agosto, às 19, no Clube Tansmontano, rua Tabatingüera 294, centro. Na solenidade será feita homenagem ao Marcelo Peres, falecido de 21 de julho.

A Federação desempenhará no Estado a coordenação das ações dos Sindicatos do ramo. Neste sentido a primeira missão da Federação é coordenar a Campanha salarial/2007, que tem data base em 1º de novembro, neste sentido a direção da FETQUIM realizará um seminário, dia oito de agosto, para definir as estratégias da Campanha.

Notas

CNQ/CUT

A direção eleita no 5º Congresso da CNQ/CUT, toma posse para o mandato 2007 a 2010. O evento será dia nove de agosto, às 19h, no hotel EZ Aclimação, na avenida Armando Ferrentine, 668. A entidade reúne os sindicatos cutistas do ramo químico em todo o país e os representa nas diversas instâncias nacionais e internacionais que dizem respeito ao ramo de atividade. Na direção da CNQ participam os seguintes representantes da categoria: Adir Gomes, Antenor Nakamura (Kazú), Lucineide Varjão (Lú), Rosana de Deus, Rosemeire de Brito, José Isaac, Carlos Eduardo (Carioca)

Marcha da margaridas 1

A luta das trabalhadoras rurais pelos seus direitos, por igualdade de gênero e contra a violência sexista é permanente. Nos meses de junho e julho, os preparativos para Marcha das Margaridas que acontece dias 21 e 22 de agosto. A Marcha das Margaridas, além de um ato político de reivindicação, é considerada  importante marco na trajetória de lutas sindical e feminista, pois traduz o crescente amadurecimento político da organização das mulheres trabalhadoras rurais no Brasil. A primeira Marcha ocorreu em 2000 e a segunda em 2003.

Marcha da margaridas 2

Este ano o lema “duas mil e sete razões para marchar” e os temas soberania e segurança alimentar e nutricional; terra, água e agroecologia; trabalho, renda e economia solidária; garantia de emprego e melhores condições de vida para as assalariadas rurais; política de valorização do salário mínimo; defesa da saúde pública e educação no campo e combate à violência sexista. A Marcha é organizada pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura) e CUT e a participação do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de várias partes do país e da América latina.

Nota da CUT sobre o acidente e o caos aéreos

Nesse momento de dor, especialmente dos familiares das vítimas do trágico acidente com o Boeing da TAM, a CUT, com profundo respeito, pede licença para propor uma reflexão essencial para o futuro do Brasil.

A grande maioria dos brasileiros que têm emprego é submetida a jornadas excessivas de trabalho e sob intensa pressão. A busca selvagem pelo lucro, da qual o reiterado discurso que defende a destruição dos direitos e a desregulamentação das relações de trabalho é aliado, faz de nós um número, uma peça.

Antes mesmo que o processo de investigação das causas do acidente e de apuração das responsabilidades seja concluído, a CUT tem certeza que a exploração dos trabalhadores do setor é um dos fatores que compõem a sucessão de erros – cometidos por empresas e autoridades – que causaram a tragédia.

Lembramos que na soma oficial de todos os setores de atividade, uma média de 3 mil mortes por acidentes de trabalho são notificadas anualmente. Por exemplo, o ramo químico é um dos setores da indústria que mais provoca acidentes com vitimas fatais. Este é apenas um dos dados visíveis do outro lado da tragédia. Há muitos outros – lesões, incapacitação permanente, sofrimento mental e mais mortes – que fogem às estatísticas. Precisamos encarar isso.

Artur Henrique
Presidente nacional da CUT

Ato em Brasília: agosto, crescem as mobilizações

Este mês, mais uma seqüência de atividades da jornada de lutas iniciada pela CUT, em maio. Aliás, agosto promete: dia 15 tem o ato em Brasília, mais um momento de pressão dos trabalhadores junto ao governo federal e parlamentares para fazer valer os seus direitos. Dias 22 e 23, na semana seguinte, tem a Marcha das Margaridas, grande manifestação de mulheres trabalhadoras Rurais. Os químicos e plásticos de São Paulo e região, como sempre marcam presença e ambos os atos.

Mais informações veja na página da cut: http://www.cut.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=12040&sid=6

Editorial: movimento conjunto

Desde maio a CUT, ao lado de outras centrais e com a presença efetiva do nosso Sindicato, vem encaminhando uma série de movimentos tendo em vista a justa luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora e rumo a novas conquistas. A iniciativa pretende, além de assegurar o diálogo com os governantes, em todos os níveis (municipal, estadual e federal), “sensibilizar” os deputados para que votem projetos em benefício dos trabalhadores e não contra.

Há, inclusive, o slogan “deputado, vote com os trabalhadores”. Com esse mote segue uma pauta de reivindicações extensa dando conta de questões como redução da jornada de trabalho sem redução nos salários, aumento real, preservação dos direitos assegurados na Previdência, medidas efetivas para geração de novos empregos. E por aí vai, também com itens específicos por categorias.

Agora, dia 15 de agosto, mais uma manifestação em Brasília. Nosso Sindicato já prepara grande caravana para fortalecer esta luta que é de todos nós e que tem tudo a ver com a campanha salarial do setor químico que se inicia. Não temos duvidas de que as reivindicações centrais que colocaremos na mesa de negociação com o sindicato patronal, são as mesmas que estamos encaminhando em Brasília.

Isto, com certeza, fortalece nossa luta. O setor químico que tem data-base em primeiro de novembro atua em duas frentes de mobilização. Esta, geral da classe trabalhadora e a específica da categoria. Uma soma-se à outra. É um movimento conjunto cujo propósito final é o mesmo: garantir direitos e ampliar conquistas.

Com essa compreensão a diretoria do Sindicato convoca todos os trabalhadores a participarem desse processo de mobilização que é do seu interesse. Da mesma forma que não queremos e não permitiremos a eliminação de direitos previstos na Previdência, por exemplo, também vamos intensificar a nossa mobilização na categoria em busca de novas conquistas. Entre nessa luta.

Diretoria colegiada