Planseq: qualificação profissional

Primeira turma do Planseq conclui curso de qualificação profissional destinado a operadores de máquinas injetoras, nas indústrias plásticas. A atividade foi promovida pelo Sindicato, em parceria com a Escola Sindical da CUT, a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria Plástica) e o Governo Federal, através do Ministério do Trabalho e Emprego.

Foram 40 dias de curso que equivale a 160 horas sobre o tema específico básico e 40 horas sobre temas gerais da atualidade. As aulas aconteceram nas subsedes Santo Amaro, Taboão da Serra, Lapa e Centro, nos períodos da manhã, tarde e noite. Foram formados 350 trabalhadores.

A próxima turma começa dia 11 de junho e por ser totalmente técnico, o curso tem atraído muitos trabalhadores, mais de mil já estão inscritos. A novidade para a próxima turma é que haverá aulas na Subsede São Miguel.

Se você é operador de máquina injetora, não pode perder a oportunidade de melhorar sua qualificação profissional. Participe, faça já sua inscrição na Subsede do Sindicato mais próxima de sua casa.

Conferência: em debate a condição da mulher

A 3ª Conferência Municipal de Políticas Públicas para Mulheres da cidade de São Paulo, aconteceu dias três e quatro de maio, no auditório Ulisses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes. Um significativo grupo de mulheres da categoria participou da Conferência (foto). As mais de 600 mulheres presentes debateram, entre outros temas: a saúde da mulher, sua participação na política e no mundo do trabalho. Também foram eleitas as mulheres para participar da Conferência Estadual, prevista para dia 21 de junho, em local a ser definido. Três mulheres da categoria estão entre as delegadas paulistanas: pela CNQ/CUT, Lucineide Dantas Varjão; pelo Sindicato, Jacqueline Souza da Silva e Elizabete Maria, suplente.

in memorian

O sindicato nacional dos aposentados da CUT e a Associação dos aposentados químicos e plásticos de São Paulo e região perderam um de seus militantes mais antigos e firmes na luta. José Custódio de Almeida, faleceu dia 16 de abril.

Militante histórico, filiou-se ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), na década de 1950. Com o golpe militar, em 1964, passou à militância partidária na clandestinidade.

Com a separação dos gasistas e químicos, também nos anos 50, Almeida participou da fundação do sindicato dos Plásticos e fez parte da diretoria até 1964, quando foi cassado pelo regime militar.

Em 1978, com a retomada das lutas sindicais e o processo de redemocratização do País, contribuiu na organização da greve na empresa Goyana, onde trabalhava.

Militante incansável, filiou-se ao PT no início dos anos 1980 e, em 1982, atuou na organização da então oposição dos plásticos de São Paulo e na fundação da CUT.

Em 1985, participou ativamente da eleição sindical que garantiu a retomada do sindicato dos plásticos pelos trabalhadores. Em 1989 passa a integrar a diretoria.

Em 1992 contribuiu no processo de re-unificação dos sindicatos dos químicos e plásticos de São Paulo. Três anos depois participou da fundação da Associação dos Aposentados Químicos e Plásticos de São Paulo e da fundação do Sindicato Nacional dos Aposentados da CUT do qual foi diretor.

Almeida dedicou sua vida à luta ao lado das causas sociais, como no combate ao racismo, por dignidade e cidadania para a classe trabalhadora e todo o povo brasileiro.

Negociação permanente

Em 2005 foi implantado os GTs (Grupos de Trabalho) com participação de representantes dos sindicato patronal (Sindusfarma) e do Sindicato dos trabalhadores para debater questões do dia-a-dia dos trabalhadores como Organização no Local de trabalho, Qualificação e requalificação profissional, Segurança do trabalho, saúde e meio ambiente; assédio moral e sexual, gênero, raça e etnia; inclusão de pessoas com deficiência e acesso a medicamentos. Estes GTs se reúnem periodicamente e alguns deles já produziram avanços significativos, sendo assinada convenções especificas, como acesso a medicamentos, inclusão de pessoas com deficiência; conciliação voluntária e Organização no local de trabalho.

Este ano foram acrescentados mais três novos GTs, são eles: empregados estudantes, convênio médicos e odontológicos e alimentação, transporte e ferramenta.

Os GTs são importantes, pois mostram na prática que entre o sindicato patronal e Sindicato dos trabalhadores há negociação permanente e não só no período da Campanha Salarial   

Cláusula 31 – Empregado estudante:
A situação de quem está cursando o primeiro grau, segundo grau, curso superior, curso de formação profissional ou profissionalizante, será discutido no GT formação e qualificação.

Cláusula 55 – Convênio médico e odontológico:
Será discutido no GT de Segurança e Meio Ambiente.

Cláusula 56 – Alimentação, transporte e ferramenta:
Será criado um GT para esse importante tema.

Convenção coletiva setor farmacêutico

Índices econômicos
A novidade, na Campanha salarial 2007, é que foram estabelecidos dois valores para a PLR. Um para empresas com até 100 funcionários e outro para aquelas que têm mais de uma centena. Mas a diretoria do Sindicato observa: o mais importante é que cada empresa tenha seu processo de negociação sobre Participação nos Lucros ou Resultados, com negociações diretas, envolvendo comissão de funcionários e sindicato de um lado e representantes da empresa de outro.

Quanto aos reajustes, o salto maior foi verificado no piso salarial, com quase 3% de aumento real, agora, a partir de 1º de abril, em R$ 690,00. Já os salários acima foram reajustados em 4,5%, também com aumento real de 1,2% acima da inflação do período.

Houve também avanços nas cláusulas sociais, em relação a Comunicação de Acidente de Trabalho, marcação de ponto e intervalo para refeições, complementação de auxílio doença, exame médico, faltas e horas abonadas, vale transporte e auxílio por filho excepcional. Há, ainda, a definição dos Grupos de Trabalho, sobre temas como convênios, empregado estudante e alimentação, transporte e segurança. São novos

GTs de negociação permanente.
Em reunião específica de avaliação sobre este processo de negociação, a diretoria do Sindicato concluiu que o saldo positivo se verifica tanto em função das conquistas asseguradas como, principalmente, pela referência que fica. Ou seja, a partir dessa experiência os trabalhadores do setor farmacêutico e o conjunto da categoria têm um ponto de partida importante rumo a novas conquistas no próximo semestre. Em especial os setores químico e plástico, que têm data base em novembro.

Conquistas sociais
A campanha salarial deste ano tem saldo positivo graças à participação da categoria e empenho da direção do Sindicato. Além de aumento real nos salários e substancial aumento
na PLR houve avanços importantes nas cláusulas sociais, veja:

Clausula 39, CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho (mudança)
As empresas fornecerão ao Sindicato Profissional no dia 10 de cada mês, cópias das CATs emitidas no mês anterior.

Clausula 40 – Marcação de ponto e intervalo para refeições
O período para troca de Vestuário e Higienização deve ser compreendido dentro da jornada de trabalho, deixando a critério da empresa a definição do tempo necessário, inclusive antes e depois do intervalo de refeição, resguardando este intervalo integralmente.
 
Clausula 45 – Complementação de auxílio-doença
O empregado afastado por auxílio-doença terá, ao seu retorno ao serviço, garantia de emprego ou salário por igual período ao do afastamento, limitado esse direito ao máximo de 50 dias.

Cláusula 48 – Exame médico
Quando da demissão o empregado receberá copia do atestado de saúde demissional (ASO) e quando do desligamento da empresa no prazo de 5 (cinco) dias corridos antes da homologação.

Cláusula 53 – Faltas e horas abonadas
As empresas não descontarão as ausências da empregada gestante para realização de exames e/ou consultas médicas, mediante justificativa ou declaração elaborada pelo médico ou responsável, desde que entregue ao serviço médico da empresa.

Cláusula 57 – Vale transporte
Na dispensa sem justa causa não será descontado na rescisão e no caso do pedido de demissão será descontado.

Cláusula 62 – Auxilio por filho excepcional
Fica estabelecido o valor correspondente até 50% do salário normativo vigente no mês de competência no reembolso para tratamento (guarda, vigilância e assistência do filho) e/ou cuidados especializados devidamente comprovado, não cumulativo com auxilio de educação.

Editorial: exemplo de luta

Trabalhadores do setor farmacêutico fecharam a campanha salarial 2007, pode considerar assim, em alto estilo. É verdade que o processo foi demorado, cheio de indefinições. Mas também é fato que a categoria, ao lado do seu sindicato de classe, atuou com a determinação necessária para que fossem asseguradas as conquistas obtidas na data-base tanto nas cláusulas sociais como nas questões econômicas.

Em agosto, provavelmente, o DIEESE divulga os estudos sobre as campanhas salariais ocorridas no primeiro semestre deste ano e, certamente, o setor farmacêutico ocupará lugar de destaque nas avaliações desde Departamento Intersindical de Estudos e Estatíticas Sócio Econômico, que há mais de meio século dedica-se ao trabalho de pesquisas sindicais.

Não é do nosso estilo o ufanismo, a comemoração sobre conquistas dos trabalhadores, sobretudo porque temos consciência de que há muito o que conquistar nas relações de trabalho neste nosso Brasil. Basta lembrar que o valor da mão-de-obra na indústria brasileira é um dos mais baixos do mundo. Como também o empresariado deste país tenta evitar a todo custo a organização sindical nos locais de trabalho.

Mas é imperativo o reconhecimento de que houve conquistas, apesar da demora na conclusão das negociações. Por exemplo, no piso salarial do setor farmacêutico: o reajuste chegou a 6,15%, o que representa 2,85% a título de aumento real. Na PLR, para empresas com mais de 100 funcionários o valor de R$ 800,00 representa um acréscimo de 23% em relação ao ano anterior.

Garantimos, principalmente, um processo de negociação continuada, através dos Grupos de Trabalho, em torno dos mais diversos temas. Um avanço, sem dúvida, que para melhorar precisa da presença de todos no dia a dia do seu Sindicato de classe. Participe!

Diretoria colegiada

Trabalho: ainda a discriminação

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) lançou, dia 10 de maio, o segundo Informe Global sobre a Discriminação no Trabalho. Há progressos no combate à discriminação, mas ainda acontecem discriminações por gênero, raça e religião. Há também aumento da discriminação contra jovens, pessoas idosas, portadoras de deficiência, portadores de HIV/Aids e imigrantes. Surge, ainda, um novo tipo de discriminação contra pessoas com predisposição genética a sofrer de doenças.

A discriminação de raça teve queda no Brasil e na África do Sul, mas segue presente em muitos outros países. A OIT destaca no Brasil a atuação de uma secretaria especial criada pelo governo federal, encarregada das políticas de promoção da igualdade racial.

O combate à discriminação é prejudicado, segundo a OIT, pela dificuldade de se obter assistência jurídica quando esses casos são denunciados. Outro fator é o temor que os trabalhadores, em sua maioria de baixa renda, têm de sofrer represálias e a falta de confianças dessas pessoas no sistema judicial.

Para a OIT há a necessidade de uma legislação eficaz que seja de fato aplicada no combate à discriminação.

Revista do Brasil: um ano

Em junho de 2006 nasceu a Revista do Brasil, projeto editorial ousado de vários sindicatos cutistas, entre eles o Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região, para tratar de política, economia, comportamento, saúde, educação, lazer, entre outros temas, sob a ótica dos trabalhadores. A 1ª edição com título de capa “O segredo de Lula” sofreu censura por parte da Justiça Eleitoral. Com mais de 360 mil exemplares por edição, distribuída gratuitamente aos sócios dos sindicatos cutistas, a Revista do Brasil comemora um ano. Em breve será vendida nas bancas.

Em defesa dos direitos

Em todo o país as centrais sindicais se unem e mobilizam os trabalhadores para se manifestarem em favor do veto do presidente Lula à Emenda 3. Em São Paulo, no mês de abril, todas as centrais sindicais (fotos), entre elas a CUT, maior central sindical da América Latina, se reuniram num grande encontro no qual estabeleceram frentes de luta para pressionar os deputados federais a manterem o veto à Emenda 3. Atentos e firmes em defesa dos seus direitos, trabalhadores(as) acompanham as negociações que acontecem no Congresso Nacional.

Cresce o número de trabalhadores empregados na indústria

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou pesquisa que indica o crescimento de 0,4%, na taxa de empregos, em março, em relação a fevereiro, no setor industrial. De acordo com o instituto essa foi a terceira expansão consecutiva da ocupação no setor.

Em relação ao mesmo período em 2006, o crescimento foi de 1,7%, a maior taxa desde 2005, quando foi de 2%, no mesmo mês. No acumulado do primeiro trimestre de 2007, o número de trabalhadores ocupados aumentou 1,2% em relação ao mesmo período de 2006, e foi 0,5% maior que o último trimestre de 2006. No acumulado nos últimos 12 meses até março, o emprego na indústria aumentou 0,4%.

Para os técnicos do IBGE, os índices do emprego mostram um quadro positivo que acompanha o ritmo de crescimento da atividade industrial. O detalhamento do crescimento do emprego mostra que, entre as regiões, os principais impactos positivos aconteceram em São Paulo (2,7%), Região Nordeste (2,8%) e Região Norte e Centro-Oeste (ambas com 2,5%).

Na indústria paulista, entre os 15 ramos que aumentaram o emprego, alimentos e bebidas (4,8%), têxtil (10,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,1%) exerceram as influências mais importantes na taxa.