Central Única dos Trabalhadores: CUT Estadual realiza 11º Congresso

CUT/SP realiza de 10 a 13/05, o 11º CECUT (Congresso Estadual da CUT paulista), em Santos. Participam do Congresso mais de 900 delegados e delegadas de 330 sindicatos filiados dos setores público e privado, que representam 3,5 milhões de trabalhadores em todo o Estado de São Paulo.

Foram convidadas diversas autoridades políticas e representantes dos partidos políticos PT, PCdoB, PSOL, PSB e PPS, da centrais sindicais e parlamentares e membros de cargos executivos, o prefeito de Santos, o delegado da DRT/SP, Márcio Chaves.

O Congresso é o fórum mais importante da Central porque além de eleger a nova diretoria para o triênio 2006/2009, aprovará um plano de ações e lutas que terá as principais bandeiras da entidade em defesa dos direitos dos trabalhadores serão implementadas pela nova gestão em todo o Estado. As propostas serão apresentadas aos governos municipais, estadual e federal.

Em grupos que contarão com a participação de entidades dos movimentos sociais os congressistas tratarão questões específicas de interesse dos trabalhadores. “Queremos garantir uma melhor participação das nossas bases tanto na construção das nossas teses quanto na defesa e compromisso”, destaca Edílson de Paula, presidente da CUT/SP.

Na pauta além de uma análise da atual conjuntura, os congressistas irão elaborar um plano de ação para atuação da entidade no próximo período, em especial no segundo semestre em que acontecerão eleições para governador de estado e presidente da república, deputados estaduais e federais e, senadores.

No 11º CECUT a Comissão Estadual da Mulher Trabalhadora será transformada em Secretaria Estadual da Mulher Trabalhadora. Essa conquista foi aprovada no 8º Congresso nacional da CUT, em 2003.

Editorial: Brasil/Bolivia, não há crise

O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu recolocar as reservas naturais de seu país como patrimônio da nação boliviana e não mais simples objeto de exploração das empresas, inclusive a Petrobrás.

Um ato de soberania nacional que deve ser respeitado pelos demais chefes de Estado, como fez o presidente Lula, mas que vem causando alvoroço em setores da mídia e na oposição ao governo federal. Defendem um ato de força do Brasil contra a Bolívia. Um confronto desnecessário.

A verdade é que buscam argumentos para atacar o presidente Lula. Já que todas as tentativas, até agora, deram em nada. A popularidade do governo cresce e a maioria da população vê e reconhece a boa gestão petista na presidência da República.

Através da negociação será possível o entendimento. Encontro recente entre governantes do Brasil (Lula), Bolívia (Evo Morales), Argentina (Kirshner) e Venezuela (Hugo Chavez) aponta nesse sentido. O resto é escândalo sem propósito de quem tenta atacar o presidente Lula.

Não haverá interrupção no fornecimento do gás. A questão da exploração do petróleo está sendo renegociada entre o governo boliviano e a direção da Petrobrás e o mais importante: não haverá aumento de preços por conta disso.

Estão assegurados, portanto, a soberania boliviana e os interesses do povo brasileiro. Sem confronto, sem confisco, sem guerra, sem ocupações, como querem os admiradores da política de Bush, de agressão e desrespeito à soberania de outros povos.

Diretoria colegiada

Sensível melhoria nas condições de trabalho

Com relação às cláusulas sociais há também avanços importantes, especialmente nas questões referentes à saúde do trabalhador. As empresas se comprometem a pagar o salário do período da alta programada, até 60 dias (cláusula 44)

A redução da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para 42 horas semanais, conquista da Campanha salarial de 2005, esta sendo implantada em todas as empresas.

Para as mães com crianças em idade de aleitamento materno, passa de 30 minutos para uma hora, em cada período, podendo ser compensados em dias ou períodos. Há um acréscimo de 10% no valor do auxílio por filho excepcional.

O grupo de trabalho criado no ano passado para negociar o acesso dos trabalhadores a medicamentos está em fase adiantada de negociação. Em breve os trabalhadores receberão em detalhes as informações a respeito.

Importante reafirmar que essas conquistas se devem à permanente mobilização e unidade da categoria junto com sua entidade de classe.

Quanto mais trabalhadores se sindicalizarem mais força terá o Sindicato. Portanto, você que é sindicalizado converse com seus companheiros e convença-os a se tornarem sócios. Você que ainda não é sócio, não fique só, fique sócio e faça parte deste time vitorioso.

Vitória, a partir da mobilização

A Campanha Salarial dos trabalhadores do setor farmacêutico chega ao seu final com saldo altamente positivo. Foram muitas reuniões de negociação, assembléias e manifestações na porta das empresas.

Valeu a organização, a união da ca-tegoria e mobilização junto com seu Sindicato de classe, em torno dos objetivos: garantir melhores condições de trabalho, melhorar os índices de aumento real de salário e a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados).

A partir das mobilizações da categoria na porta das empresas, as negociações evoluíram e avançaram significativamente. Para os trabalhadores que recebem o piso salarial (R$ 580,00) passou para R$ 650,00, um aumento de 12%, sendo 7,54% de aumento real.

Para as faixas salariais superiores ao piso o aumento é de 6%, sendo, 1,78%, aumento real, até o teto de R$ 4.750,00. Os salários superiores esse valor receberão um fixo de R$ 285,00.

Quanto à PLR, o valor mínimo será de R$ 650,00 para toda a categoria. Equivale a 18% em relação ao valor pago em 2005.

Em assembléia os trabalhadores das indústrias farmacêuticas aprovaram as propostas acima e bem como a continuidade da luta rumo a novas negociações para conquistar aumentos ainda maiores, nas empresas onde for possível. Neste sentido a diretoria já encaminhou carta às empresas solicitando reunião de negociação.