Redução da Jornada e PLR

Historicamente este Sindicato sempre saiu na frente na conquista da redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Em 1985, a jornada foi reduzida de 48h para 44 horas semanais. Três anos depois a Constituição Federal garantia essa conquista para todos os trabalhadores brasileiros.

Mais uma vez o Sindicato sai na frente na conquista da redução da jornada de trabalho de 44 para 42 horas semanais para todos os trabalhadores do setor farmacêutico. Está é uma conquista importante, que passa a valer a partir de 01/01/06. Isto é, nenhum trabalhador do setor pode trabalhar mais que 42 horas semanais. Há casos de empresas em que os trabalhadores praticam menos de 42 horas semanais, neste caso se mantém a condição mais favorável ao trabalhador.

PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
Os trabalhadores dos setores químicos, plásticos, cosméticos entre outros tem este ano o valor mínimo da PLR de R$ 440,00. A empresa pode optar em pagar duas parcelas ou parcela única. Caso a opção seja em duas parcelas, a primeira deve ser feita até o dia 31/01/06 e a segunda parcela até 31/07/06. Caso a empresa faça opção para pagar em parcela única, esta deve ser paga até 30/03/06.

Trabalhador fique atento aos prazos escolhidos pela empresa onde você trabalha. Em caso de atrasos ou descumprimento do que estabelece a Convenção Coletiva entre em contato imediatamente com o Sindicato.

Prestação de contas

Trabalhadores presentes na assembléia realizada em 16/12 último, aprovaram a prestação de contas do ano 2004 e previsão orçamentária para 2006 apresentada pela diretoria do Sindicato. Como sempre a diretoria da entidade mantém seu compromisso de transparência.

Notas

Rede de trabalhadores I

O Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e outros sindicatos de trabalhadores do ramo químico, no Brasil, coordenados pela CNQ/CUT, ainda, sindicatos do exterior e representantes de empresas multinacionais, desenvolve há pouco mais de um ano a Rede de Trabalhadores, que é um espaço de negociação a fim de garantir que todas as normas internacionais do trabalho e os pactos globais sobre condições de trablhos sejam respeitados em todas as unidades no Brasil.

Rede de trabalhadores II
O objetivo principal da rede de trabalhadores é garantir a equiparação de direitos entre os trabalhadores das diversas unidades das empresas. A rede de trabalhadores da Bayer já é uma realidade. Já foram realizados três encontros com resultados satisfatórios, foram criadas comissões temáticas e outros encaminhamentos importantes. Os debates e negociações continuarão em 2006.  Já há conversas adiantadas com as empresas Akzo Nobel e a Novartis.

Festival da Canção da CUT
A CUT promove 1º Festival da Canção Brasileira. Com objetivo de valorizar a cultura nacional a central conclama os trabalhadores compositores e cantores a cantar o Brasil no 1º CANTACUT. Cada pessoa pode concorrer com até duas músicas, que devem ser gravadas cada uma num CD, e ser entregues no ato da inscrição. As inscrições podem ser feitas na CUT estadual, r. Caetano Pinto, 575, até dia 10/03. Mais informações: www.cut.org.br ou pelo telefone 2108 9178.

Cursinho Pré Vestibular
Atenção trabalhadores que querem se preparar para o vestibular. A Organização Educafro – cursinho Pré-vestibulares Comunitário para Afrodescendentes e Carentes está com inscrições abertas para o curso pré-vestibular que acontece no Colégio Alberto Conte, av. Mário Lopes Leão, 125, aos sábados das 9h às 17h. As inscrições podem ser feitas de 04/02 à 01/04/06, na Subsede Santo Amaro. Mais informações pelo tel. 5641 2227 ou 8173 1646.

Medicamentos a preços baixos para trabalhadores de baixa renda

Farmácia Solidária do Sindicato completa sete anos de prestação de serviços. Iniciativa do Sindicato para servir aos trabalhadores da categoria e demais trabalhadores de baixa de renda. Nestes anos de prestação de serviços já atendeu mais de 13.000 pessoas, entre aposentados e trabalhadores de baixa renda. Muitos fazem uso continuado de medicamentos.

No início eram aproximadamente 50 medicamentos. Hoje são mais de 450 itens, entre medicamentos e insumos farmacêuticos, que são vendidos a preços até 80% mais baratos que os praticados pelas farmácias convencionais. Veja uma pequena amostra no quadro.

O objetivo da Farmácia Solidária é oferecer medicamentos aos trabalhadores e aposentados a preços mais baixos que os praticados pelo mercado, que visa o lucro e não a saúde das pessoas.

A farmacia solidária foi proposta no seminário internacional sobre a indústria farmacêutica promovido pelo Sindicato em 1994. A proposta deu certo e já serviu de modelos para outras inciativas, inclusive já virou lei na capital.

O vereador e diretor do sindicato Francisco Chagas apresentou projeto de lei que foi aprovado na Câmara de Vereadores e sancionado pela então prefeita Marta Suplicy, para instalação de farmácias solidárias nas 31 subprefeituras.

Veja a comparação de preços entre a farmácia solidária e as comerciais. No destaque medicamentos da Farmácia Solidária

Cataflan 50mg C/20 R$17,50
Diclofenaco Potássico C/20 R$ 3,50

Voltaren 50mg C/20 R$ 17,93
Diclofenaco Sódico C/20 R$ 3,50

Tylenol (gts)15ml R$ 11,68
Paracetamol (gt) 15ml R$ 2,00

Renitec 10mg C/30 R$ 31,76
Maleato Enalapril 10mg C/30 R$ 6,00

Renitec 20mg C/30 R$ 31,76
Meleato Enalapril 20mg C/30 R$ 10,00

Fosamax 70mg C/4 R$ 95,20
Alendronato sódico 70mg C/4 R$ 10,00

Zyloric 300mg C/30 R$ 17,59
Alopurinol 300mg C/30 R$ 7,00

Norvasc 5mg C/20 R$ 46,18
Bensilato de Anlopino 5mg C/20 R$ 5,20

Novalgina 20ml gts R$ 10,16
Dipirona 20ml gts R$ 2,00

Amoxil 500mg C/ 21 R$ 28,19
Amoxilina 500mg C/21 R$ 6,00

Moduritic 50mg C/30 R$ 10,13
Amilorida + HCTZ 50mg C/30 R$ 4,70

Ancoron 200mg C/20 R$ 14,80
Amiodarona 200mg C/20 R$ 9,75

Higroton 50mg C/28 R$ 10,42
Clortalidona 50mg C/28 R$ 4,60

Caltrate 600 +D C/60 R$ 34,31
Ossotrat 600+D C/60 R$ 19,00

Uisulid 50mg C/12 R$ 8,46
Uimesulida 50mg C/12 R$ 5,50

Losec 20mg C/14 R$ 60,02
Omeprazol 20mg C/14 R$ 5,00

Fé e esperança em 2006

Estamos no início de um novo ano e nossas expectativas com relação ao desempenho do Brasil são as melhores, pois o cenário está preparado para um grande crescimento econômico e avanços nas áreas sociais. Sabemos que em 2005 o Brasil não teve forte crescimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) ficou abaixo dos 3%. Entretanto, as exportações bateram todos os recordes, o superá-vit ultrapassou a casa dos 40 bilhões de dólares.

Este ótimo desempenho da balança comercial possibilitou ao Brasil pagar parte de suas dívidas junto aos credores internacionais. Com isso, o chamado Risco País despencou abaixo dos 300 pontos e a Bolsa de Valores disparou em volumes de negócios.

O governo também controlou a infração com “mão de ferro”, assim, possibilitou ganhos reais nos salários. Nas categorias representadas pela CUT, mais de 90% obtiveram reajustes salariais acima da inflação.

Mas, mesmo sabendo que o desempenho do governo Lula na economia, na produção e na área social supera em todos os indicadores o do governo FHC, os tucanos com  o apoio da elite preconceituosa querem retornar ao Governo Federal para continuar a sua política neoliberal de arrocho nos salários, de privatizações da Petrobras, da Caixa Econômica Federal,  do Branco do Brasil e desmontar o Bolsa Família que é a rede de proteção social que beneficia mais de 15 milhões de famílias carentes.

A CUT acredita que o povo brasileiro saberá comparar os avanços obtidos durante o governo Lula e os números de todos os outros que passaram pela Presidência da República nos últimos 20 anos. Seja na economia, na produção ou na área social.

Por fim, nós da CUT temos fé e esperança que 2006 será um ano de muitas vitórias e conquistas para todos os brasileiros.

Edilson de Paula é diretor do Sindicato e presidente da CUT Estadual São Paulo.

Editorial: Porta aberta para o futuro

Ao nosso ver, 2006 representa uma porta aberta para o futuro do Brasil e dos brasileiros. Será um ano de grandes embates, acontecimentos e desafios. O principal deles é o processo eleitoral, já em curso, através da definição de candidaturas. Para nós, mais do que nomes, o importante é o debate sobre projeto político e social.

No governo LULA registramos importantes avanços. Quase quatro mi-lhões de novos empregos, com carteira assinada. O salário mínimo teve aumento real próximo de 10%, em 2005, e deverá ficar nesse mesmo patamar em 2006. Na educação, pela primeira vez, o filho do trabalhador de baixa renda pode entrar numa faculdade, pois o pró-UNI possibilitou esse direito a mais de 100 mil jovens.

Há outros avanços, como o apoio à agricultura familiar, os assentamentos de sem-terra, o Bolsa Família que beneficia cerca de 15 milhões de famílias. Em pouco mais de 1000 dias de governo LULA importantes passos foram dados; mas não se pode imaginar que em quatro anos de mandato será possível mudar 500 anos de exploração, opressão e de privilégios a uma minoria em detrimento da maioria da população.

Por tudo isso esta diretoria reafirma seu compromisso de atuação sindical voltado para os temas sindicais e para as questões políticas em geral; sobretudo em se tratando de disputa de projetos sociais mais abrangentes, como ocorre nas disputas eleitorais. Para nós, o seu voto, sua sindicali-zação, sua participação na vida política e social são fundamentais para a concretização da conquista de um Brasil melhor, com justiça social.

A diretoria colegiada

Informação e ditadura da suspeita

Crise, aliás, pseudocrise, ou crise nascida da credibilidade da crise? Até onde, nessa pergunta, já estamos diante inclusive das sentenças mediáticas, em que se plasma uma opinião pública por sobre a espontaneidade das convicções-cidadãs? Não é outro talvez o problema mais grave da dita democracia profunda, hoje em debate na ONU. Farão os meios de comunicação o deslinde entre a absoluta isenção no informar e o dar à mesma a interpretação, ou o comentário, como se espera do veículo que a porta?

Nessa linha de frente, está entre nós a Folha, no pioneirismo com que criou o instituto de ombudsman e mereceu Marcelo Beraba, agora, o seu reconhecimento internacional. Mas estamos no começo da consciência-cidadã, a defender o quanto o patrimônio público a que se refere a Carta Magna não só envolve a preservação dos bens históricos ou da integridade da natureza mas a garantia de que o universo da informação mantenha seu suposto de verdade. É esse o primeiro dos patrimônios públicos.

É só agora que começam a despertar as ações populares, garantidas pela Carta do dr. Ulysses, para assegurar a limpeza do duto da mídia como veículo do fato, antes de lhe emprestar o comentário, a versão ou o viés da crença.

Está-se, por exemplo, diante desse suposto da democracia profunda quando circulam, deliberadamente, como informação, frases, como foi o caso da suspeição de Gilberto Carvalho no caso Celso Daniel, de juízes condenados por peculato e de notórios repentistas da mentira? Ou quando, repetidamente, ganham manchetes declarações que retornam sempre aos ditos de um morto e ao nó górdio de todas as dúvidas?

No quadro da grande cidadania, o Primeiro Mundo, este que vem de premiar a Folha, criou, dentro do seu próprio circuito de consciência institucional e a partir de seus consensos, a triagem não só entre o que é fato e opinião. Mas, sobretudo, distingue o que tem o indiscutível critério de verdade, para merecer a circulação mediática e a indústria dos abates de imagem na manipulação da credibilidade da informação.

A derrubada de José Dirceu ratifica, de forma inquietante, a ditadura da opinião sobre os fatos. Foi a cutelo, em completa falta de provas, tão-só obedecendo à lógica das conveniências, com que se cumpre sua pretendida solução das crises, em um toma-lá-dá-cá entre governo e oposição. Na seqüência da cassação, nasceu um mal-estar difuso em que dói uma consciência cívica mais funda.

Se há culpabilidade petista, que se a apure à luz de evidências. Tal como um Brasil de fundo mantém a credibilidade em quem elegeu estrondosamente há três anos. O governo é diferente enquanto, de fato, se vincula ao país dos desmunidos, que nele votou, que não está preocupado com as denúncias de Roberto Jefferson e que acredita na lógica da mudança, assentada na crença do “Lula-lá” e do enorme investimento simbólico da vitória de 2002.

Nada mais melancólico que o relatório de Abi-Ackel, dando fim inglório à CPI do Mensalão. Talvez, quem sabe, haja culpados, repete, mas não pode indiciar ninguém por falta de provas. O que começou com todo o estrépito da suspeita continua, sonâmbulo, na ribalta dos inquisidores e acaba na água de barrela -no constrangimento e no pigarro das CPIs-, a autorizar o anticlímax das futuras conclusões.

A desmoralização do denuncismo, de toda forma, pode ser o saldo da crise, ou pseudocrise. É inseparável do repúdio, pela consciência-cidadã, da informação manipulada e sua conseqüência mais grave para o avanço da democracia profunda. Ou seja, a distância entre opinião pública e formação da consciência popular pela sofreguidão mediática.

As obsessões pelo impeachment descartaram a própria verossimilhança, transformando o dinheiro de Cuba nas clássicas suspeitas do “ouro de Moscou”. O valerioduto jorra simetricamente entre tucanos da mais alta estirpe e petistas da mais ilibada reputação. A liderança do PSDB só pode sair do empate da abominação propondo o inquérito segregado, fora de todo micróbio petista. O caixa dois dos bons separa o trigo mineiro do joio poluído do ABC.

A impaciência do relator Serraglio é a de quem sabe que tem de bater em martelo diante dos impasses em distinguir ou poupar um abuso generalizado do poder econômico no quadro político em que os indigitados “mensalões” repetem e modernizam o nepotismo da República Velha e as clientelas que ainda povoam no atual Congresso Nacional o baixo clero e seus Severinos.

Acordões sempre é o que pede o sábio laxismo do sistema. Exorcismos, claro, por cassações empatadas. De que fatalidade vem o abate de José Dirceu? A da crise de sempre, que não faz mal a ninguém, ou da pseudocrise feita crise, para de vez abalar a lógica da mudança e o a-que-veio o partido diferente?

Candido Mendes, 77, membro da Academia Brasileira de Letras e da Comissão de Justiça e Paz, é presidente do “senior Board” do Conselho Internacional de Ciências Sociais da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Artigo publicado na Folha de São Paulo, dia 03/01/06, na página 03.

Informação e ditadura da suspeita

Crise, aliás, pseudocrise, ou crise nascida da credibilidade da crise? Até onde, nessa pergunta, já estamos diante inclusive das sentenças mediáticas, em que se plasma uma opinião pública por sobre a espontaneidade das convicções-cidadãs? Não é outro talvez o problema mais grave da dita democracia profunda, hoje em debate na ONU. Farão os meios de comunicação o deslinde entre a absoluta isenção no informar e o dar à mesma a interpretação, ou o comentário, como se espera do veículo que a porta?

Nessa linha de frente, está entre nós a Folha, no pioneirismo com que criou o instituto de ombudsman e mereceu Marcelo Beraba, agora, o seu reconhecimento internacional. Mas estamos no começo da consciência-cidadã, a defender o quanto o patrimônio público a que se refere a Carta Magna não só envolve a preservação dos bens históricos ou da integridade da natureza mas a garantia de que o universo da informação mantenha seu suposto de verdade. É esse o primeiro dos patrimônios públicos.

É só agora que começam a despertar as ações populares, garantidas pela Carta do dr. Ulysses, para assegurar a limpeza do duto da mídia como veículo do fato, antes de lhe emprestar o comentário, a versão ou o viés da crença.

Está-se, por exemplo, diante desse suposto da democracia profunda quando circulam, deliberadamente, como informação, frases, como foi o caso da suspeição de Gilberto Carvalho no caso Celso Daniel, de juízes condenados por peculato e de notórios repentistas da mentira? Ou quando, repetidamente, ganham manchetes declarações que retornam sempre aos ditos de um morto e ao nó górdio de todas as dúvidas?

No quadro da grande cidadania, o Primeiro Mundo, este que vem de premiar a Folha, criou, dentro do seu próprio circuito de consciência institucional e a partir de seus consensos, a triagem não só entre o que é fato e opinião. Mas, sobretudo, distingue o que tem o indiscutível critério de verdade, para merecer a circulação mediática e a indústria dos abates de imagem na manipulação da credibilidade da informação.

A derrubada de José Dirceu ratifica, de forma inquietante, a ditadura da opinião sobre os fatos. Foi a cutelo, em completa falta de provas, tão-só obedecendo à lógica das conveniências, com que se cumpre sua pretendida solução das crises, em um toma-lá-dá-cá entre governo e oposição. Na seqüência da cassação, nasceu um mal-estar difuso em que dói uma consciência cívica mais funda.

Se há culpabilidade petista, que se a apure à luz de evidências. Tal como um Brasil de fundo mantém a credibilidade em quem elegeu estrondosamente há três anos. O governo é diferente enquanto, de fato, se vincula ao país dos desmunidos, que nele votou, que não está preocupado com as denúncias de Roberto Jefferson e que acredita na lógica da mudança, assentada na crença do “Lula-lá” e do enorme investimento simbólico da vitória de 2002.

Nada mais melancólico que o relatório de Abi-Ackel, dando fim inglório à CPI do Mensalão. Talvez, quem sabe, haja culpados, repete, mas não pode indiciar ninguém por falta de provas. O que começou com todo o estrépito da suspeita continua, sonâmbulo, na ribalta dos inquisidores e acaba na água de barrela -no constrangimento e no pigarro das CPIs-, a autorizar o anticlímax das futuras conclusões.

A desmoralização do denuncismo, de toda forma, pode ser o saldo da crise, ou pseudocrise. É inseparável do repúdio, pela consciência-cidadã, da informação manipulada e sua conseqüência mais grave para o avanço da democracia profunda. Ou seja, a distância entre opinião pública e formação da consciência popular pela sofreguidão mediática.

As obsessões pelo impeachment descartaram a própria verossimilhança, transformando o dinheiro de Cuba nas clássicas suspeitas do “ouro de Moscou”. O valerioduto jorra simetricamente entre tucanos da mais alta estirpe e petistas da mais ilibada reputação. A liderança do PSDB só pode sair do empate da abominação propondo o inquérito segregado, fora de todo micróbio petista. O caixa dois dos bons separa o trigo mineiro do joio poluído do ABC.

A impaciência do relator Serraglio é a de quem sabe que tem de bater em martelo diante dos impasses em distinguir ou poupar um abuso generalizado do poder econômico no quadro político em que os indigitados “mensalões” repetem e modernizam o nepotismo da República Velha e as clientelas que ainda povoam no atual Congresso Nacional o baixo clero e seus Severinos.

Acordões sempre é o que pede o sábio laxismo do sistema. Exorcismos, claro, por cassações empatadas. De que fatalidade vem o abate de José Dirceu? A da crise de sempre, que não faz mal a ninguém, ou da pseudocrise feita crise, para de vez abalar a lógica da mudança e o a-que-veio o partido diferente?

Candido Mendes, 77, membro da Academia Brasileira de Letras e da Comissão de Justiça e Paz, é presidente do “senior Board” do Conselho Internacional de Ciências Sociais da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Artigo publicado na Folha de São Paulo, dia 03/01/06, na página 03.

Balança comercial brasileira bate recorde em 2005

Em 2005 o Brasil exportou muito mais do que importou. A diferença entre o que foi vendido e o que foi comprado do exterior registra o maior saldo da história do país. As exportações atingiram US$ 118, 309 bilhões de dólares, as importações US$ 73,545 bilhões. O superávit foi de US$ 44,764 bilhões.

Isso representa um aumento de 22,6% em relação a 2004. O resultado das exportações surpreendeu o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, que tinha uma estimativa de US$ 117 bilhões nas exportações.

Só em dezembro as exportações chegaram a US$ 10, 897 bilhões. Comparado com os meses de dezembro de anos anteriores este resultado também é um recorde histórico. As informações foram divulgadas, em São Paulo, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Esse resultado tem influência direta no dia-a-dia dos brasileiros, pois o efeito atinge a produção industrial, que gera a contratação de mais mão de obra. Há ainda, um reflexo na economia interna do país, pois com o aumento das contratações, diminui o desemprego, aumenta também as vendas no mercado interno. È o ciclo virtuoso da economia que garante a inclusão de muitos trabalhadores, antes desempregados.

CNQ rumo à 3ª Plenária Nacional

A CNQ/CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico) já definiu a data da realização da sua 3ª Plenária Nacional. Será de 26 a 28 de abril de 2006, em São Paulo.

Os debates serão em torno de quatro temas: conjuntura, balanço da gestão, reestruturação do ramo e definição do plano de lutas.

Os representantes da categoria para o evento serão definidos em assembléia, a realizar-se. Os diretores deste Sindicato, Antenor Eiji Nakamura (Kazú), Lucineide Dantas Vajão (Lú), Rítalo Alves Lins e Rosana Souza de Deus já têm participação assegurada na 3ª plenária, pois são dirigentes da CNQ/CUT.