País reage em defesa do direito à aposentadoria

A greve geral do dia 14 de junho, chamada pelas 12 centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, parou 50 milhões de trabalhadores e reuniu milhares de pessoas em protestos espalhados em 380 cidades de Norte a Sul do país.

Nosso sindicato e muitos trabalhadores químicos e farmacêuticos se somaram às mais de 50 mil pessoas que se reuniram em frente à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na Avenida Paulista, e depois caminharam rumo à Praça da República.

A reforma da Previdência que o governo Bolsonaro quer implementar no país é o principal motivo dessa greve, que teve massiva adesão dos trabalhadores da área da educação, devido aos cortes de verbas anunciados pelo governo.

O desemprego assustador e um governo totalmente sem rumo também têm contribuído para aumentar a insatisfação do brasileiro.

O ex-prefeito Fernando Haddad participou do ato e comentou dois episódios que marcaram a semana de Bolsonaro. “Que moral um presidente que se aposentou aos 33 anos tem para impor goela abaixo uma reforma da Previdência como essa?”, questionou. Haddad também pediu a renúncia do ministro Sérgio Moro. “Ele já era partidário quando era juiz, imagine agora que é político. Ele descumpriu a lei e prendeu quem deveria estar no lugar do Bolsonaro”, disse.

 

71% dos caminhoneiros apoiam greve geral do dia 14

De perfil conservador, os caminhoneiros, muito provavelmente, votaram em Jair Bolsonaro (PSL) na expectativa de resultados positivos para o setor. Entretanto, o que aconteceu desde o último ano foi só piorar, e a crise entre esses trabalhadores principalmente os autônomos, agravou-se.

A política de reajuste dos combustíveis praticada pelo governo aparece como maior problema, conforme apurou pesquisa da Fundação Perseu Abramo (FPA), muito embora, nas entrelinhas dos depoimentos, surja sempre a preocupação com a falta de atividade econômica. Por isso, 71% dos entrevistados apoiam a  greve geral de 14 de junho.

A categoria que exerce um trabalho árduo, difícil de ser executado, que acarreta uma série de prejuízos à saúde, como problemas de coluna, e à vida emocional, pelos longos períodos de solidão e distância da família, e pouco valorizada economicamente, demonstra desencanto com Bolsonaro. De acordo com a FPA, entre os entrevistados que afirmaram ter votado no presidente no segundo turno, 12,5% já o avaliam como ruim e péssimo. E 34,3% avaliam como regular.

Perfil

Dos 648 entrevistados, havia seis mulheres e 642 homens. Do total, 49,7% trabalham para empresa e frotas, 42,6% são autônomos, 4,7% cooperativados e 3% empregadores com dois ou mais funcionários. De todos os participantes, 41,6% se autodeclararam brancos, 39,2% pardos, 15,4 pretos, 1,7% amarelos e 0,9% se reconheceram como indígenas.

As entrevistas foram feitas em locais de grande concentração de motoristas de caminhão, como postos de combustíveis, áreas portuárias e oficinas mecânicas especializadas.

 

Químicos e farmacêuticos param dia 14

A greve geral que está sendo chamada por todas as centrais sindicais vai parar o país na próxima sexta-feira, dia 14 de junho.

Os trabalhadores químicos e farmacêuticos também estão juntos nesta luta em defesa da Previdência e vão parar as fábricas da categoria.

Metrô, ônibus, trens e caminhoneiros também já aderiram a movimentação e, portanto, não haverá transporte para que os trabalhadores se desloquem até o local de trabalho.

Outras categorias como bancários, metalúrgicos, professores, eletricitários, trabalhadores da saúde e da educação, também já aderiram à greve que é contra a reforma da Previdência que o governo Bolsonaro quer aprovar.

A adesão está crescendo diariamente e muitas categorias estão com assembleias e plenárias agendadas ainda esta semana. A expectativa é de que no dia 14 de junho ninguém saia de casa para fortalecer a luta por direitos e dar um recado ao Congresso Nacional: ouçam a voz da classe trabalhadora.

Metalúrgicos do ABC cruzam os braços em 14 de junho

Os metalúrigocs do ABC também já anunciaram adesão a greve geral de 14 de junho.  A expectativa da direção do sindicato é de que a base de 71 mil metalúrgicos pare e nenhuma fábrica do ABC funcione no dia 14 de junho.

“Vamos parar para mostrar toda a insatisfação com esta reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes, que somos contrários aos cortes de investimento na educação e que queremos mais empregos de qualidade”, afirmou o secretário geral do Sindicato, Aroaldo Silva.

Escolas e universidades também param dia 14 de junho

Os trabalhadores da educação, pública e privada, de todo o país também vão aderir à greve geral do dia 14 de junho.

A categoria liderou dois importantes esquentas para esta paralisação nos dias 15 e 30 de maio, quando o Brasil parou e foi às ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos estudantes.

“Vai parar tudo, nenhuma escola deste país vai funcionar”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araujo, ressaltando que os pais não precisam se preocupar.

De acordo com o dirigente,  categoria tem um compromisso histórico de lutar por direitos sem prejudicar os alunos e em todas as paralisações se preocupa com um planejamento especial de reposição de aulas, explica o dirigente.

No país, só a rede pública tem 4,5 milhões de trabalhadores, que irão se somar aos professores da rede privada que também aderiram a greve.

Transportes param no dia 14 de junho

O setor de transportes aderiu à greve geral marcada para o dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência porposta pelo governo Bolsonaro.

Ontem (5), no lançamento da Frente Parlamentar Mista dos Trabalhadores em Transportes, no auditório da Câmara dos Deputados, mais de 500 dirigentes sindicais de diversas centrais se reuniram e juntos gritaram: “greve geral, greve geral, greve geral….”

O lançamento da frente teve a participação do presidente da CUT, Vagner Freitas, e dos representantes e presidentes das demais Centrais Sindicais, de confederações, federações e sindicatos de trabalhadores no setor, como a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Transportes e Logística), filiada à CUT. A FPM é uma iniciativa do deputado Valdevan Noventa (PSC-SE), presidente licenciado do Sindicato dos Motoristas de São Paulo.

Vagner destacou a importância da criação da frente e da participação dos trabalhadores em transportes na greve geral. “É importante que os parlamentares e todos os brasileiros vejam e saibam que trabalhadores e trabalhadoras em transportes, bancos, aeroportos, fábricas, comércio, refinarias, em inúmeras categorias e ramos, no campo e na cidade, vão parar no dia 14 de junho, contra esse desmanche da previdência e da seguridade social”, afirmou o presidente da CUT.

Frente

A frente foi criada para defender as principais lutas dos trabalhadores no setor.  O objetivo é debater e ampliar as propostas de interesse dos trabalhadores e fortalecer o setor, para torná-lo melhor para quem trabalha e para quem usa.

No setor de transportes, há cinco milhões de trabalhadores assalariados, autônomos e informais, entre motoristas e áreas de apoio, que trabalham no transporte aéreo, marítimo, rodoviário e metroviário, de carga e de passageiros, urbano e no campo.

 

*Com informações da CUT

É hoje (30): esquenta para a Greve Geral

Nesta quinta-feira (30), estudantes, professores e trabalhadores de todas as categorias profissionais se unem mais uma vez para lutar contra os cortes na educação, anunciados pelo governo Bolsonaro.  As manifesções de hoje estão sendo consideradas um esquenta para a grande Greve Geral do dia 14 de junho.

A mobilização, convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) tem total apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e terá atos nas principais capitais do país.  Em São Paulo, a concentração será no Largo da Batata, em Pinheiros, a partir das 16 horas.

“A luta deste dia 30 não é só dos estudantes. É em defesa do país. Por isso, os jovens abraçaram a pauta como um dia nacional de luta da classe trabalhadora, rumo a greve geral”, afirma. Sergio Nobre, secretário Geral da CUT.

Segundo Sérgio, todo mundo tem motivos de sobra para protestar e participar das mobilizações, como mostrou o Portal da CUT nesta terça-feira (28), com a matéria ‘Dez razões para ir às ruas nesta quinta e para no dia 14, na greve geral’.

“Não podemos ficar assistindo o desmonte das entidades sindicais, do patrimônio público, das estatais, que a gente construiu ao longo de mais de cem anos. Não podemos ver o país se transformar num quintal dos EUA. Nosso país tem soberania, tem um lugar no mundo, de cabeça erguida. Nosso povo quer ter uma vida decente. E para isso é muito importante saber o que os riscos que o governo Bolsonaro representa”, diz Sérgio.

Reaja agora ou morra trabalhando

Dia 14 de junho o país vai parar. A Greve Geral está sendo construída pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em conjunto com todas as centrais sindicais. Portanto, com total apoio de trabalhadores das mais diversas áreas – educação, saúde, funcionalismo público, indústria, comércio, transporte, dentre outros.

Motivos para a greve não faltam. A economia do país está completamente travada, os índices de desemprego aumentam a cada dia e o governo Bolsonaro parece ter um único projeto em mente: destruir a Previdência pública do país.

Para conseguir aprovar seu projeto de aniquilar de vez com a possibilidade de o trabalhador se aposentar, o governo e sua equipe mentem, dizendo que a reforma vai acabar com os privilégios.

No entanto, essa reforma não altera em nada os benefícios dos militares e de suas filhas, que vão continuar recebendo normalmente seus salários cinco vezes maiores do que o teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Em contrapartida, a reforma muda o sistema de cálculos (diminuindo consideravelmente os salários), reduz a pensão de viúvas, viúvos e órfãos em 40%, dificulta o acesso à aposentadoria e transforma o sistema público num sistema de capitalização gerido por bancos, sem nenhuma garantia para o trabalhador.

Diretoria toma posse

A  nova diretoria do Sindicato, recém-eleita, tomou posse oficialmente no último sábado, dia 25 de maio.

A festividade contou com a participação de Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo e de João Cayres, secretário- Geral da CUT. Políticos, sindicalistas e representantes dos movimentos sociais também participaram da solenidade.

A coordenação geral do Sindicato passou para Helio Rodrigues e Osvaldo Bezerra, que anteriormente era o coordenador, está agora na secretaria de Organização.  A nova direção teve uma renovação de mais 30% e ficará no comando da entidade durante os próximos quatro anos (2019 -2023).

Dentre as prioridades desta nova gestão estão a luta por direitos a defesa de uma Previdência justa, que garanta ao trabalhador condições de aposentadoria.

A nova direção também deve investir em políticas específicas e novas atividades para os jovens, os negros e as mulheres e, em breve, deve realizar um debate sobre as experiências da OLT (Organização no Local de Trabalho) existentes – comissões de fábrica, Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e SUR (Sistema Único de Representação) – que possam servir de modelo para implantação na categoria.

14 governadores pedem a revogação do decreto sobre armas

O blog do Josias de Sousa divulgou hoje, no site de notícia UOL, que governadores de 13 Estados e do Distrito Federal pediram a “imediata revogação” do decreto editado em 7 de maio por Jair Bolsonaro para facilitar o porte e a aquisição de armas por civis.

De acordo com o blog na opinião dos governantes “essas medidas não contribuirão para tornar nossos Estados mais seguros”.

Os 14 governadores que assinam a carta consideram que o decreto de Bolsonaro terá impacto negativo podendo inclusive “abastecer criminosos”.

Veja abaixo a carta na íntegra:   

Carta dos Governadores sobre o Decreto Presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e a Regulação Responsável de Armas e Munições no País

Como governadores de diferentes estados do país, manifestamos nossa preocupação com a flexibilização da atual legislação de controle de armas e munições em razão do decreto presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e solicitamos aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União que atuem tanto para sua imediata revogação como para o avanço de uma efetiva política responsável de armas e munição no país.

Sabemos que a violência e a insegurança afetam grande parte da população de nossos estados e que representam um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento humano e econômico do Brasil. Nesse contexto, a grande disponibilidade de armas de fogo e munições que são usadas de maneira ilícita representa um enorme desafio para a segurança pública do país e é preciso enfrentá-lo.

Por essa razão, é urgente a implementação de ações que melhorem a rastreabilidade das armas de fogo e munições durante toda a sua existência, desde sua produção. Também é fundamental aumentar os meios de controle e fiscalização para coibir os desvios, enfrentar o tráfico ilícito e evitar que as armas que nascem na legalidade caiam na ilegalidade e sejam utilizadas no crime. Reconhecemos que essas não são soluções mágicas, mas são condições necessárias para a melhoria de nossa segurança pública.

Diante deste cenário, e a partir das evidências disponíveis, julgamos que as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos estados mais seguros. Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias.

As soluções para reverter o cenário de violência e insegurança no país serão fortalecidas com a coordenação de esforços da União, Estados e Municípios para fortalecer políticas públicas baseadas em evidências e para implementar o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, fortalecendo a prevenção focalizada nas populações e territórios mais afetados pela violência e a repressão qualificada da criminalidade.

Reforçamos nosso compromisso com o diálogo e com a melhoria da segurança pública do país. Juntos, podemos construir um Brasil seguro para as atuais e futuras gerações.

IBANEIS ROCHA – Governador do Distrito Federal

FLÁVIO DINO – Governador do Estado do Maranhão

WELLINGTON DIAS – Governador do Estado do Piauí

PAULO CÂMARA – Governador do Estado de Pernambuco

CAMILO SANTANA – Governador do Estado do Ceará

JOÃO AZEVEDO – Governador do Estado da Paraíba

RENATO CASAGRANDE – Governador do Estado do Espírito Santo

RUI COSTA – Governador do Estado da Bahia

FÁTIMA BEZERRA – Governadora do Estado do Rio Grande do Norte

RENAN FILHO – Governador do Estado de Alagoas

BELIVALDO CHAGAS – Governador do Estado de Sergipe

WALDEZ GÓES – Governador do Estado do Amapá

MAURO CARLESSE – Governador do Estado do Tocantins

HELDER BARBALHO – Governador do Estado do Pará