55% dos brasileiros desaprovam Bolsonaro

O governo Bolsonaro está em queda livre. A avaliação negativa do governo subiu de 28% para 43,4% entre fevereiro do ano passado e maio deste ano.  O resultando é a soma dos 32,3% dos que avaliam a gestão como péssima mais os 11,1% que consideram a administração ruim.

A reprovação dos brasileiros ao desempenho pessoal de Bolsonaro também subiu para 55,4%.

Em janeiro, 47% dos brasileiros reprovavam o desempenho pessoal de Bolsonaro e 47,8% aprovavam.

Os dados são de pesquisa do Instituto de pesquisas MDA, contratada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), feita entre os dias 7 e 10 de maio, divulgados nesta terça-feira (12). Confira aqui a íntegra da pesquisa.

Isolamento sem exceção

A pesquisa mostrou ainda que 67,3% dos entrevistados consideram que todos devem aderir ao isolamento, independentemente de ser ou não de grupo de risco. Outros 29,3% disseram que só deve valer para esse grupo, e 2,6% declararam ser contra a medida.

O que esperam do futuro

68,1% dos entrevistados acham que o mercado de trabalho vai piorar. Só 15,1% acham que pode melhorar.

Quanto à renda, 46,7% acham que vai diminuir e 41,6%, que se manterá. No item saúde, 52,3% acreditam em piora e apenas 23,3% falam em melhora.

Metodologia da pesquisa

A CNT/MDA fez 2.002 entrevistas por telefone, em 492 municípios de 25 das 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2,2 pontos.

*Com informações da CUT

 

 

 

Violência contra a mulher cresce na pandemia

Os atendimentos da Política Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9% no Estado de São Paulo durante a pandemia de Covid-19.

O relatório do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) informa que o total de socorros prestados passou de 6.775 para 9.817, na comparação entre março de 2019 e março de 2020. A quantidade de feminicídios também subiu no estado, de 13 para 19 casos (46,2%).

A análise foi realizada em seis estados: São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará. Todos os estados apresentaram crescimento, mas em São Paulo o aumento foi muito acima dos outros estados.

O estudo observa que o isolamento social e o medo de denunciar o parceiro dificultam a ocorrência e que, portanto, os índices devem ser ainda maiores.

A Policia Militar atende os chamados por meio do número 190. Há também o Ligue 180 (específico para violência contra a mulher) que está  disponível 24 horas por dia, todos os dias, inclusive finais de semanas e feriados, e pode ser acionado de qualquer lugar do Brasil.

As informações também podem ser fornecidas por meio do aplicativo Proteja Brasil, disponível para download gratuito, em versão para os sistemas iOs e Android. Através do Ligue 180 é possível, ainda, se esclarecer dúvidas sobre a aplicação da Lei nº 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, que prevê pena para cinco tipos de violência: moral, psicológica, patrimonial, física e sexual

Isolamento social permanece até dia 31 de maio

O governo de São Paulo prorrogou a medida de isolamento social até o dia 31 de maio, visto que essa é a forma mais eficiente de controlar as contaminações por coronavírus.

O Brasil já tem mais de 160 mil casos de Covid-19 e ultrapassou o alarmante número de mais de 11 mil mortos.  São Paulo é o epicentro da pandemia e números de ontem (10) confirmam 45.444 contaminados e 3.709 óbitos.

O Sindicato permanece com o atendimento à distância.  Em casa de dúvidas ou denúncias acesse o whatsApp 96314-5629.

 Panelaço hoje, às 20 horas, em defesa da vida

Hoje (8) tem ato virtual por “Fora, Bolsonaro”, chamado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Além de ações e lives na internet o dia todo, haverá um grande panelaço, às 20 horas em todo o país.

Seguindo as recomendações de saúde, a ideia é que ninguém saia de casa e que da sua janela, todos batam panelas para mostrar a indignação com este governo.

Com mais de 135 mil casos de infectados pela Covid-19 e quase 10 mil mortos pela doença, Bolsonaro ignora as medidas indicadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) deixando o povo exposto à pandemia.

Programação:

9h30 – Início da Plenária Taxar fortunas para salvar vidas

10h – Ação nas redes sociais por #ForaBolsonaro

Das 14 às 17h – Debates com temas variados nas redes de entidades e movimentos

19h – Debate Fora Bolsonaro com representantes das Frentes e outras representações sobre os rumos da campanha Fora Bolsonaro

20h – Ato nas Janelas: Luto pelo Brasil, Fora Bolsonaro (afixar um pano preto nas janelas em homenagem às vítimas da Covid).

Bolsonaro e patrões vão ao STF pedir por empresas

O Brasil está bem próximo de chegar a 10 mil mortos por coronavírus.  Os hospitais já não têm mais leitos e o governo Bolsonaro está preocupado com as empresas.

Bolsonaro e um grupo de empresários, junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, foram ao Supremo Tribunal Federal (STF), ontem (7), para pedir o fim do isolamento social ao presidente do tribunal, Dias Toffoli.

Durante o encontro um empresário disse que se a quarentena não acabar “haverá morte de CNPJs”. No mesmo dia o país registrou 615 mortes de brasileiros em apenas 24 horas.

Bolsonaro por sua vez afirmou que a indústria está na UTI e que, se a quarentena não for relaxada, “depois da UTI vem o cemitério”.

O STF já havia decidido que estados e municípios têm poder para tomar as medidas necessárias para combater o coronavírus, sem precisar do aval do governo federal,  e Toffoli iniciou sua fala lembrando disso ao presidente e aos empresários.

Revista científica critica Bolsonaro

A revista The Lancet, uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo, divulgou um editorial em que critica a postura equivocada do governo Bolsonaro em relação a pandemia por coronavírus.

Para a publicação, ou Bolsonaro muda seu comportamento ou deve ser o “próximo a ir embora”, pois suas ações e a crise política que elas provocam pioram um quadro já muito negativo. “Talvez a maior ameaça para a resposta do país à covid-19 seja seu presidente, Jair Bolsonaro”, diz o editorial.

O Brasil tem o maior número de infectados e mortos da América Latina, mas Bolsonaro ignora.  A Lancet reproduziu inclusive a frase do presidente quando questionado sobre o número de casos por jornalistas: “E daí? O que você quer que eu faça?”.

O editorial também salienta a dificuldade de se conter o vírus nas favelas e a vulnerabilidade da população indígena.

Brasil é o sexto país com mais mortes por Covid-19

O Brasil registra mais de 135 mil casos de Covid-19 e mais de 9 mil mortes. Já é o sexto país com mais vítimas fatais da doença, segundo dados da Universidade Johns Hopkins (EUA). Os cinco primeiros países com mais óbitos são EUA (72.617), Reino Unido (30.150), Itália (29.684), Espanha (25.613) e França (25.538).

O avanço do contágio pressiona o sistema de saúde de vários estados. Pelo menos quatro deles já têm mais de 90% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento de pacientes mais graves ocupados.

Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Roraima são os estados que estão em situação de alerta máximo devido a falta de vagas em suas UTIs.

No Maranhão, no Pará, no Ceará e no Rio de Janeiro o lockdown já é uma realidade.

Na cidade de São Paulo, epicentro da pandemia, a prefeitura anunciou um esquema de rodízio restritivo a partir de segunda-feira (11).

Os carros com placas de final par só poderão rodar em dias pares e veículos com final ímpar, nos dias ímpares. A medida vale para toda a cidade, durante 24 horas, inclusive sábados e domingos.

São Paulo deve caminhar para um lockdown em breve. Especialistas são unânimes em afirmar que o distanciamento social é a única forma de evitar o contágio e conter a propagação do vírus.

Na contramão de tudo que as autoridades da saúde recomendam, o governo Bolsonaro continua com seus passeios imprudentes por Brasília e incitando a população a voltar ao trabalho. “Vivemos um total desgoverno que coloca nossas vidas em risco. Não há uma ação deste governo para conter a pandemia e amparar os trabalhadores, os desempregados e os informais”, avalia Hélio Rodrigues, coordenador-geral do Sindicato.

“Fora Bolsonaro” foi a palavra de ordem do 1º de Maio

Pela primeira vez na história do país as centrais sindicais não puderam sair às ruas no 1º de Maio para protestar. Mas, seguindo as recomendações de segurança, os protestos aconteceram online, durante toda a semana.

O grito “Fora Bolsonaro” foi ouvido em todos os debates da semana e também nas quatro horas de transmissão ao vido do 1º de Maio Solidário – saúde, emprego e renda – em defesa da democracia.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou em sua fala a resistência dos trabalhadores frente ao maior inimigo dos brasileiros, o presidente  Bolsonaro, o que mais tirou direitos da classe trabalhadora em toda a história do Brasil.

“O ‘Fora, Bolsonaro’ precisa ser mais do que uma palavra de ordem para nós. Bolsonaro precisa sair porque o povo não merece viver a situação que está vivendo. Merece retomar o caminho do crescimento econômico caminho da geração de emprego das políticas sociais da tranquilidade social da igualdade e da melhoria dos serviços públicos e isso virá com a luta. Só na luta na pressão popular vamos afastar Bolsonaro e construir o país que queremos”, afirmou o sindicalista.

Nobre disse ainda que Bolsonaro não tem condições de governar o país, nem estrutura para ser presidente. “Faria um bem enorme a ele próprio e ao povo brasileiro se renunciasse e chamasse novas eleições, mas ele não vai fazer isso porque isso seria um ato de grandeza, e ele não tem”, ressaltou.

Para a ex-presidenta Dilma Rousseff, Bolsonaro não se envergonha de promover a desordem, a destruição da ordem democrática e não está preocupado em salvar vidas humanas. “Em vez de proteger os trabalhadores e os mais vulneráveis o presidente os entrega à própria sorte. O governo tem dinheiro para ajudar os bancos, mas nega apoio aos trabalhadores que estão perdendo condições de vida para se sustentar”, disse a ex-presidenta.

Um dos momentos mais aguardados do programa foi a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente prestou solidariedade aos familiares de vítimas do coronavírus e “a todos aqueles que estão lutando para salvar vidas contra um vírus desconhecido”.

Lula mandou uma mensagem de esperança a todos: “como brasileiro tenho certeza que sairemos dessa tragédia para um Brasil melhor. Agora, em plena tempestade, os brasileiros revelam que são generosos, tolerantes, solidários e é com esse espírito, essa alegria, essa criatividade que estamos todos vamos sair das trevas e fazer chegar o mais depressa possível o amanhecer da justiça social, da liberdade e da igualdade”

Em sua participação, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que 2020 é mais um ano difícil para a classe trabalhadora. “É o quarto ano consecutivo de ataques aos direitos, com Temer e Bolsonaro. Eles atacaram todas as conquistas históricas, desde 1920”.

Para Haddad, a tarefa é resistir mais uma vez, combater o neoliberalismo, eleger representantes de trabalhadores nas próximas eleições e cobrar deles o necessário para voltar a ter direitos.

A ‘live’ do 1º de Maio da CUT e demais centrais foi recheada com depoimentos emocionados de internautas e artistas que contaram porque e por quem ficam em casa. Os atores Rodrigo Santoro, Cauã Reymond, Renato Aragão, o Didi, dos Trapalhões e Lilia Cabral foram algumas das personalidades a pedir para que os brasileiros fiquem em casa durante a pandemia.

A boa música também fez parte da programação. Diversos artistas animaram a live e mandaram suas mensagens de esperança.

Odair José, Aíla, Preta Rara, Dead Fish, o grupo Mistura Fina, Zeca Pagodinho, além de outros, deram o tom musical da live.

Leci Brandão apareceu na tela dizendo “Deus ilumine cada trabalhador e trabalhadora desse Brasil” e logo vieram os primeiros versos de Canção Da América de Milton Nascimento, apenas com sua voz e a bela melodia no violão.

Logo após a participação, foi feita uma breve homenagem à cantora Beth Carvalho, que faleceu exatamente há um ano.

Leci Brandão e Beth Carvalho, dois dos maiores nomes da música brasileira sempre estiveram à frente na luta pela consciência de classe. Sempre participaram das celebrações do 1° de Maio da CUT e centrais sindicais.

Mas a grande expectativa do dia ficou por conta da participação internacional de Roger Waters, ex-integrante da banda inglesa Pink Floyd e ferrenho crítico de Bolsonaro. Rogers é famoso pelo engajamento político e pelo apoio à esquerda. O cantor participou com um vídeo da música “We Shall Overcome”.

*Com informações da CUT

Bolsonaro causa nova aglomeração no Planalto em plena pandemia

Ignorando mais uma vez todas as recomendações da autoridades de saúde Bolsonoro juntou gente na rampa do Palácio do Planalto como tem feito todos os finais de semana para falar com seus apoiadores. Aglomerados e sem qualquer proteção seus apoiadores gritavam palavras contra o regime democrático.

Também sem máscara Bolsonaro pegou crianças no colo e tirou fotos. E se referiu a manifestação como um “movimento espontâneo”. Disse ainda: “Na certeza que o povo está ao lado da verdade, do desenvolvimento, da democracia e da honestidade também. Como eu tenho dito, o Executivo está unido. Peço a Deus que não tenhamos mais problema esta semana, pois chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui pra frente, não só exigiremos, como faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla mão, não é mão de uma lado só não. Amanhã nomeamos o novo diretor da Polícia Federal e o Brasil segue seu rumo”, declarou.

Durante o ato profissionais de imprensa foram agredidos pelos manifestantes. O tom de ameaça de Bolsonaro e as agressões geraram várias notas de repúdio de órgãos de imprensa e políticos. Todos salientaram a importância da democracia e da liberdade de expressão.