Quarentena é prorrogada em SP por mais 15 dias, com flexibilização 

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (27) a prorrogação da quarentena por mais 15 dias em todo o estado a partir de 1º de junho, com flexibilização e reaberturas da economia de forma escalonada. A nova fase do isolamento social para conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus, que foi dividida em cinco, recebeu o nome de “Retomada Consciente”.

As flexibilizações só serão permitidas nas cidades que tiverem disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nas redes pública e privada, redução no número de casos de Covid-19, com manutenção do distanciamento social nos ambientes públicos e uso obrigatório de máscaras.

Apesar da reabertura em algumas áreas, o governador afirmou que a medida será reavaliada diariamente e que pode a retomar ações mais restritivas se necessário.

Fases de reabertura

Na primeira fase, denominada cor vermelha, será alerta máximo, com funcionamento permitido somente aos serviços essenciais.

Já a segunda fase, a laranja, será de controle, possibilidade de aberturas com restrições. A cidade que se enquadrar na cor laranja, poderá reabrir, com restrições, o comércio, shoppings, atividades imobiliárias e concessionárias.

A terceira fase, amarela, terá a abertura de um número maior de setores.

Na quarta fase, verde: abertura de um número maior de setores em relação à fase 3.

Por último, a quinta fase, azul: “normal controlado” – todos os setores em funcionamento, mas mantendo medidas de distanciamento e higiene.

São Paulo é o epicentro

Em quarentena desde 24 de março, São Paulo é o estado mais impactado pela pandemia do novo coronavírus. O estado registrou nesta terça-feira (26) 6.423 mortes em decorrência da doença e 86.017 casos confirmados.

Mesmo com o crescimento de casos, há indícios de desaceleração da epidemia no estado.

O governo apresentou, ainda durante a coletiva, que o total de mortes e casos de Covid-19 em São Paulo teve queda no último mês, comparado com o registrado no início de abril.

Segundo as projeções do estado, sem as medidas de isolamento adotadas, o estado teria 950 mil casos. Com isolamento, o estado contabilizava, até esta quarta (27), 86 mil casos.

Com informações do G1

Brasil perde mais de 1 milhão de empregos formais

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados nesta quarta-feira (27), pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, nos últimos dois meses 1.101.205 trabalhadores com empregos formais,  foram demitidos.

Em março foram fechados 240.702 postos formais de trabalho; em abril, foram 860.503, o pior resultado já registrado para esse mês desde 1992, quando o governo iniciou a série histórica do Caged.

O estado de São Paulo teve o pior desempenho, com o fechamento de 260.902 postos.

O comércio foi o setor mais atingido pela crise e demitiu 342.748 trabalhadores de janeiro a abril. O setor de serviços vem em seguida, com 280.716 mil demissões, seguido da indústria (127.886) e construção civil (21.837).

O Caged só computa empregos formais, inclusive o intermitente que foi legalizado na reforma Trabalhista de Michel Temer. É diferente da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que trata do desemprego entre trabalhadores, com e sem carteira assinada.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, registrou 12,9 milhões de desempregados no final do primeiro trimestre deste ano.

Empresários usam pandemia para não pagar direitos trabalhistas

Apesar do distanciamento social, que mantem fechadas desde março várias varas da Justiça do Trabalho, 19.408 trabalhadores entraram com ação pedindo o pagamento de aviso prévio, férias vencidas e proporcionais, 13º salário e a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Os dados são do monitoramento do Termômetro Covid-19 da Justiça na Trabalho, feito pela Datalawyer com o site Consultor Jurídico e a FintedLab.

Para não pagar as verbas rescisórias, os patrões usam como pretexto um suposto ‘dispositivo jurídico’ da Medida Provisória (MP) nº 927, editada pelo governo Bolsonaro, em março deste ano.

Segundo advogados trabalhistas consultados as empresas erram ao usar a MP para não pagar direitos e isso deve aumentar muito a demanda de ações trabalhistas.

O Sindicato continua atendendo normalmente as demandas dos trabalhadores e, em caso de denúncias, ou conferência de homologação, faça contato pelo whatsapp do Sindicato (11) 96314-5629.

Dono da Havan e outros empresários são alvos da PF no inquérito das fake news

A Polícia Federal cumpre hoje, dia 27,   29 mandados de busca e apreensão na investigação que apura o esquema de notícias falsas e os ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal. A ação foi determinada pelo relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes.

A investigação sobre as fake news foi aberta em março do ano passado, por determinação do presidente do STF, Dias Toffoli, e apura denúncias de ameaças e ofensas disseminadas contra integrantes da corte e seus familiares.

Em abril a Folha divulgou que as apurações teriam chegado ao vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Carlos reagiu, negando envolvimento em qualquer irregularidade. Na manhã desta quarta, em comentário publicado no Twitter, o vereador criticou a decisão do ministro Alexadre de Moraes de ordenar a operação da PF.

Confira a lista completa dos alvos da operação da PF:

  • Allan dos Santos, blogueiro do site Terça Livre
  • Bernardo Pires Kuster, youtuber
  • Bia Kicis, deputada federal pelo PSL-DF
  • Carla Zambelli, deputada federal pelo PSL-SP
  • Daniel Lúcio da Silveira, deputado estadual pelo PSL-RJ
  • Douglas Garcia, deputado estadual pelo PSL-SP
  • Edgard Corona, empresário
  • Edson Pires Salomão, assessor do deputado Douglas Garcia
  • Eduardo Fabres Portella
  • Enzo Leonardo Suzi, youtuber
  • Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro, deputado estadual pelo PSL-PR
  • Geraldo Junio do Amaral, , deputado estadual pelo PSL-MG
  • Gil Diniz, deputado estadual pelo PSL-SP
  • Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan
  • Luiz Phillipe Orleans e Bragança, , deputado estadual pelo PSL-SP
  • Marcelo Stachin, empresário
  • Marcos Belizzia, membro do grupo Nas Ruas, organizado por Zambelli
  • Otavio Fakhouri, empresário
  • Paulo Gonçalves Bezerra, empresário
  • Rafael Moreno, blogueiro
  • Reynaldo Bianchi Junior, humorista bolsonarista
  • Roberto Jefferson, ex-deputado federal e presidente nacional do PTB
  • Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor de Douglas Garcia (PSL-SP)
  • Sara Winter, blogueira
  • Winston Lima, capitão da reserva e blogueiro

Movimentos Sociais debatem campanha Fora Bolsonaro

Para proteger vidas, empregos, a economia e a democracia, a CUT junto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo farão, nesta terça-feira (26), uma Plenária Nacional virtual com objetivo discutir a campanha a ‘Fora, Bolsonaro’.

Segundo os representantes da CUT  esta é a única forma de dar um basta nas  atrocidades praticadas pelo governo Bolsonaro, que agravaram a crise sanitária, social, econômica e política que o país vive.

Os movimentos querem denunciar os inúmeros crimes cometidos por Bolsonaro, desde a eleição e que agora atentam contra à vida do povo brasileiro, contra a ciência e a razão, contra as instituições democráticas e contra a impessoalidade na gestão pública.

Para a Secretária Nacional de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT, Janeslei Albuquerque, esta plenária é mais um passo do processo organizativo de uma grande frente contra o autoritarismo, o arbítrio e a violência, que tem aumentado significativamente desde o golpe contra presidenta Dilma.

Segundo ela, o ‘fora Bolsonaro’ é pra sair o Bolsonaro e voltar a democracia,  voltar  os direitos trabalhistas, voltar os direitos previdenciários, voltar o respeito à vida e voltar o financiamento e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Feriadão começa amanhã, 20 de maio, na capital

O prefeito Bruno Covas declarou hoje que a antecipação dos feriados na capital é uma das “últimas cartadas” para aumentar o isolamento social como medida de prevenção ao novo coronavírus.

O feriadão começa amanhã (20) e se estende até o dia 24 de maio. O governador João Dória ainda estuda a possibilidade de antecipar o feriado do dia 9 de julho (que é estadual) para segunda (25), e aumentar ainda mais os dias de confinamento.

Os acompanhamentos do isolamento social demonstram que nos finais de semana as pessoas tendem a se manter mais tempo em casa, por isso a prefeitura tomou essa medida.

Porém, é importante lembrar que nem todas as categorias profissionais podem parar o trabalho.  Alguns setores são considerados essenciais, como o transporte coletivo e as áreas ligadas a saúde e segurança, só para citar alguns exemplos.

A indústria farmacêutica se enquadra como atividade essencial e algumas empresas não poderão parar suas respectivas produções durante tanto tempo. Por conta disso, o Sindicato firmou um acordo com o sindicato patronal que prevê a manutenção dos feriados em suas datas originais.

Porém, o acordo é por adesão e as empresas que não quiserem aderir devem notificar o Sindusfarma (sindicato patronal) por  e-mail, aos cuidados de  Arnaldo Pedace  ([email protected]),  no prazo de 5 (cinco) dias.

Bolsonaro entrega só 6% dos 14 mil respiradores prometidos

As redes de saúde receberam até ontem (18) apenas 823 respiradores dos 14.100 prometidos pelo governo Bolsonaro. A previsão era entregar 2.600 até maio e o restante em 90 dias.

A quantidade de respiradores na rede pública é insuficiente para atender à demanda durante a pandemia e os aparelhos são fundamentais para a recuperação da grande maioria dos pacientes gravemente afetados pelo novo coronavirus.

Diante da gravidade do problema, alguns estados estão tentando comprar o equipamento por conta própria.

Brasil é o terceiro país do mundo com mais casos de coronavírus  

O Brasil já é o terceiro país do mundo com mais casos de Covid-19: são 254.220 casos e 16.792 óbitos.

O país com mais mortes é os Estados Unidos, com 89.567 óbitos, seguido do Reino Unido, com 34.716. Mas em número de casos, o Brasil já ultrapassou o Reino Unido.

São Paulo é o estado com maior número de pessoas contaminadas, com 63.066 casos e 4.823 mortes pela doença, de acordo com a secretaria de Saúde estadual. Em todo o estado, 69,8% dos leitos de UTI estão ocupados, 89,3% são da Grande São Paulo.

Mesmo sendo o epicentro da crise, o governador João Doria tem descartado a  necessidade do lockdown, mas concorda com a sugestão do prefeito Bruno Covas  de antecipar feriados  para incentivar as pessoas a ficarem em casa.

Nesta segunda-feira (18), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em sessão extraordinária virtual o projeto de lei que permite a antecipação de feriados municipais na cidade por meio de decreto para conter a circulação de pessoas pelas ruas da cidade.

Os feriados de Corpus Christi (11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro) foram antecipados para esta quarta e quinta (21). Na sexta-feira (22), será declarado ponto facultativo na cidade de São Paulo.

Doria encaminhou a Assembleia Legislativa do Estado projeto para antecipar o feriado estadual de 9 de julho para a próxima segunda-feira (25). O PL será votado nesta terça.

O objetivo da prefeitura e do governo do Estado é manter um maior número de pessoas em casa nos próximos seis dias e com isso tentar diminuir o contágio que cresce de forma acelerada no Estado de São Paulo.

 

Trabalhadores do setor farmacêutico têm seguro de vida garantido na Convenção Coletiva

Com a assinatura da Convenção Coletiva do setor farmacêutico também foi renovado o seguro de vida oferecido para a categoria.

Todos os trabalhadores do setor têm garantido o seguro por morte no valor de R$ 15.000,  de invalidez total, parcial ou permanente, por acidente, também no valor de R$ 15.ooo e uma assistência funeral familiar no valor de R$ 5.000.  A seguradora responsável é a Tokio e a apólice foi renovada em 1º de abril.

Em caso de sinistro acionar a Central de atendimento Brasil 0800 707 50 50 informando Estipulante Fetquim CNPJ 08.374.677/0001-00 e Sub Estipulante Sindicato dos Químicos de São Paulo.

Em caso de dúvidas, procure o Sindicato pelo WhatsApp 9-6314-5629.

Brasil tem 33,9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais que estão no grupo de risco

O Brasil tem 33,9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que significa que 16,2% da população do país estão no grupo de risco de contrair a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

Do total de idosos brasileiros, quase 8 milhões trabalham em locais onde ficam mais expostos a riscos do que os mais jovens e 24,9% contribuem com 50% ou mais de sua renda nas despesas da família.

Esse contingente de brasileiros é ignorado pelo presidente Jair Bolsonaro que defende que apenas os mais velhos fiquem em quarentena, sem levar em conta qualquer estudo sobre as necessidades ou como vivem as pessoas com 60 anos ou mais e suas famílias no país.

Para Bolsonaro, o isolamento social, única maneira de conter a disseminação da doença, que atinge de forma mais grave principalmente os idosos, nunca deveria ter sido adotado por governadores de estados mais atingidos pela doença, apesar das recomendações de cientistas e da Organização Mundial da Saúde (OMS), porque isso prejudica a economia.

Esse descaso do governo levou o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas) a fazer um estudo para mostrar que o fim da quarentena tem de levar em consideração a ciência e também a realidade do país que tem milhões de idosos ainda trabalhando e ajudando a família com parte dos seus recursos.

“Uma reflexão geral sobre esse estudo nos mostra que a sociedade tem o dever de proteger os idosos, principalmente nesse momento de pandemia”, diz a economista Patrícia Pelatieri, diretora técnica adjunta do Dieese.

A pesquisa do Dieese mostra, por exemplo, que do total de brasileiros com 60 anos ou mais, 22,9% trabalham, 83,2% moram com alguma pessoa e 21,9% moram com um parente que ainda frequenta a escola, o que indica que a obsessão de Bolsonaro pela volta ao trabalho, com poucas restrições, é um risco tanto para os idosos quanto para seus familiares.

“Qualquer medida relacionada a mudanças nas restrições às atividades econômicas tem que levar em conta que 7,5 milhões de pessoas com 60 anos ou mais estão trabalhando e uma parte atua em locais mais expostos do que os com menos de 60 anos”, afirma Patrícia Pelatieri.

A economista ressalta, ainda, o fato do total de idosos que vive com outras pessoas, portanto, mesmo que não trabalhem podem ser contaminadas pelos familiares que sairão para trabalhar. De acordo com Patrícia, somente 8,16% dos idosos vivem sozinhos no Brasil.

Confira aqui a íntegra do estudo do Dieese.