Os trabalhadores do setor químico garantiram 4,77% de reajuste e a renovação da Convenção Coletiva com todos os direitos sociais por mais dois anos.
Na avaliação do Sindicato o acordo foi muito positivo. “A pandemia trouxe prejuízo para todos os setores e inclusive dificultou as tradicionais mobilizações nas fábricas. Ainda assim, recuperamos a inflação do período e mantivemos nossa convenção coletiva que é uma das melhores do país”, explica Edson Passoni, coordenador geral do Sindicato.
O sindicalista relata que com a maioria dos setores trabalhando no prejuízo houve uma forte pressão da bancada patronal pelo fim da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mas o Sindicato conseguiu reverter a situação e negociou uma PLR de R$ 750 para as empresas menores (até 49 trabalhadores) e de R$ 850 para as maiores. “Importante observar que esse é o valor mínimo a ser pago e que essa negociação é somente para este ano, devido a pandemia. As empresas que possuem um programa próprio de metas, em geral, pagam um valor maior”, observa Passoni.
Inflação em alta
A inflação do mês de outubro foi divulgada hoje. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,89% em outubro. Esse é o maior resultado para um mês de outubro desde 2010. No ano, o índice acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, para a data-base do setor químico (1º de novembro), a alta é de 4,77%
Confira o resultado da Campanha Salarial 2020
– Reajuste 4,77% para os salários nominais até o teto de R$ 8.745,46
– Para os salários superiores ao teto de R$ 8.745,46, reajuste fixo de R$ R$ 417,16
– Piso: R$ 1.672,10 (para empresas até 49 trabalhadores)
– Piso: R$ 1.715,20 (para empresas acima de 50 trabalhadores)
– PLR R$ 750 (para empresas até 49 trabalhadores)*
– PLR R$ 850 (para empresas acima de 50 trabalhadores)*
– Manutenção de todos os direitos da Convenção Coletiva por dois anos