8 de março: mulheres divulgam manifesto pela vida

As mulheres sindicalistas da CUT e de mais de 80 entidades sindicais, populares e feministas do país divulgaram no final do mês de fevereiro  o “Manifesto 8 de Março Nacional -2021, Mulheres na Luta Pela Vida! Fora Bolsonaro, Vacina Para Toda População e Auxílio Emergencial Já!”.

O documento, assinado pelas mulheres dá início as mobilizações do Dia Internacional da Mulher, celebrado dia 8 de março, que também prevê mobilizações virtuais e presenciais durante todo o mês.

O manifesto reforça que o desgoverno de Bolsonaro coloca em risco a vida das mulheres e de suas famílias.

Além da falta de medidas para diminuir os impactos da pandemia, o documento destaca que a retirada de direitos sociais deste governo foi responsável pelo aumento da violência contra as mulheres, os LGBTQI+, os negros, os povos indígenas e os quilombolas.

As mulheres também denunciam a falta de investimentos em políticas sociais, saúde e educação.

Leia o manifesto na íntegra aqui.

Pandemia chega no pior momento e cientista alerta: “Brasil corre risco de colapsar”

A pandemia do novo coronavírus se agravou no Brasil nos últimos dias e tem dado sinais de alerta para todo o país. Em pelo menos 17 capitais, a pressão pelos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está acima de 80%, e um colapso na rede hospitalar, na maior dimensão da crise sanitária, não está descartado por especialistas e cientistas da área da saúde que acompanham com temor a situação que o país enfrenta.

“É a maior tragédia do Brasil. A ausência de comando do governo federal é danosa. Isso é uma guerra”, afirmou o cientista Miguel Nicolelis, em entrevista ao jornal O Globo. Segundo ele, o Brasil corre o risco de colapsar em razão do agravamento da pandemia.

“Eu estou vendo a grande chance de um colapso nacional. Não é que todo canto vá colapsar, mas boa parte das capitais pode colapsar ao mesmo tempo, nunca estivemos perto disso”, reafirma.

Sem plano estratégico do governo de Jair Bolsonaro  para o combate à Covid-19, sem vacinas e com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, encurralado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre a omissão da falta de oxigênio em Manaus, governadores e prefeitos de grandes cidades estão adotando medidas severas, temendo um cenário de tragédia.

Na última semana, o Brasil chegou à marca de 250 mil mortes desde o começo da pandemia. Dessas, 50 mil mortes foram registradas apenas nos primeiros 48 dias de 2021. Neste ritmo, de acordo com especialistas, o país pode atingir a 300 mil vidas perdidas no mês de março.

Na última quinta (25), um dia após o país chegar a 250 mil mortes, o Brasil registrou recorde de mortes.  Foram 1.582  mortes em apenas 24 horas. A curva não para de subir, há 36 dias seguidos a média móvel de óbitos está acima de mil.

Diante da explosão de casos e mortes, e da circulação da nova variante do coronavírus, identificada em Manaus, 17 capitais estão com lotação acima de 80% nos leitos de unidade de terapia intensiva.

São elas: Porto Velho, com lotação de 100%, Rio Branco, com 88,7%, Manaus com 94,6%, Boa Vista, com 82,2%, Palmas, com 80,2%, São Luís, com 88,1%, Teresina, com 93%, Fortaleza, com 94,4%, Natal, com 89,0%, Recife, com 80,0%, Salvador, com 82,5%, Rio de Janeiro, com 85,0%, Curitiba, com 90,0%, Florianópolis, com 96,2%, Porto Alegre, com 84,0%, Campo Grande, com 85,5%, e Goiânia, com 94,4%.

Farmacêuticos vão lutar por reposição da inflação e ganho real

Os trabalhadores do setor farmacêutico se reuniram virtualmente no último domingo (28) para debater a Campanha Salarial 2021 e definir a pauta de reivindicações do setor.

As principais reivindicações do setor são  ganho real de 3%, reajuste de 10% no piso salarial e PLR equivalente a dois pisos salariais.

Vale lembrar que as cláusulas sociais da Convenção Coletiva continuam em vigor até 2022.

Os dirigentes também apontaram a importância de reforçar a luta por vacina para todos, pela manutenção do SUS público e da farmácia popular. Também estão debatendo regras claras para definir uma ajuda de custo para os trabalhadores em home office durante a pandemia.

A pauta aprovada na assembleia será entregue ao Sindusfarma (sindicato patronal) no dia 9 de março.

Fique ligado em nossas redes sociais e acompanhe as novidades da campanha salarial.

Confira a pauta aprovada

Reajuste: INPC + 3% de ganho real (8,95%)

Piso Salarial: reajuste de 10%

PLR:  dois pisos salariais

Brasil registra desemprego recorde no último ano

A taxa média de desemprego anual no Brasil chegou a 13,5%, em 2020, ante os 11,9% registrado em 2019.  Foi a maior taxa registrada desde a série histórica que começou a ser medida em 2012.  Os dados foram divulgados hoje (26) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de 13,5% verificada em 2020 corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no país.

Esta semana a Fundação Seade também divulgou um estudo que mostra que em um ano, o total de ocupados passou de 69% para 59% da população ativa a partir de 18 anos. São menos 1,37 milhão.

Segundo o estudo, denominado Trajetórias Ocupacionais, 28% das pessoas mudaram sua condição de atividade. “Ou seja, 3,88 milhões de pessoas tiveram sua forma de inserção no mercado de trabalho alterada no intervalo de apenas um ano”, diz o Seade. Em geral, a condição tornou-se mais adversa. As pessoas pioraram de vida. Só 7% delas migraram “para uma situação mais favorável, passando de desempregado ou inativo em 2019 para ocupado em 2020”, informa a fundação.

*Com informações do Uol e da Rede Brasil Atual

Professores de São Paulo fazem caminhada pela vida

Os professores da rede pública estadual de ensino farão hoje (26) uma caminhada no centro da capital paulista contra a volta às aulas presenciais e a favor da vida. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) informa que a concentração da categoria acontece a partir das 10h no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. De lá, os professores seguirão até a Secretaria de Educação (Seduc), no centro da cidade.

Na semana passada, a categoria aprovou, em assembleia realizada de forma remota, a continuidade da greve. Desde 8 de fevereiro, os docentes têm trabalhado de forma remota em protesto à irresponsabilidade do governo estadual de ter determinado o retorno às aulas presenciais em meio ao agravamento da pandemia do coronavírus no estado.

Segundo a presidenta da Apeoesp, a deputada Professora Bebel, o secretário estadual de Educação, Rossilei Soares, continua subnotificando os dados sobre o coronavírus no ambiente escolar. “A Apeoesp recebeu denúncias de mais de 1.070 casos de covid-19 em cerca de 570 escolas estaduais (confira a lista completa aqui). Já são, pelo menos, 17 óbitos. Nós protocolamos representação no Ministério Público e estamos exigindo das diretorias de ensino o fechamento das unidades escolares. São Paulo tem no momento o maior número de pessoas internadas em UTI desde o início da pandemia. Não podemos colocar os nossos professores, alunos e a comunidade escolar em risco. Isso é inaceitável”, disse a deputada.

CUT lança campanha Não Deixem Vender o Brasil

A  CUT lançou na última semana de fevereiro a campanha Não Deixem Vender o Brasil, em live com a participação de trabalhadores de estatais e parlamentares de oposição ao governo Bolsonaro.

O objetivo é alertar sobre os riscos das privatizações que o governo quer fazer, como a da Eletrobrás, por exemplo.

A estatal é responsável por mais de 30% da geração de energia no país e por 57% das linhas de transmissão. As usinas hidrelétricas da Eletrobrás ajudam a regular o preço mantido entre R$ 40 a R$ 60 o megawatt-hora. Onde já existe o modelo que o governo  federal quer implantar custa de R$ 200 a R$ 800. O resultado da privatização será conta de luz mais cara no bolso do trabalhador.

SP anuncia toque de recolher para conter vírus

O avanço da segunda onda de Covid-19, que vem lotando a rede de saúde em todo o Brasil, obrigou o governador de São Paulo, João Doria, a restringir algumas atividades. Nesta quarta-feira (24), Doria anunciou que entra em vigor de sexta-feira (26) até 14 de março toque de recolher das 23h às 5h.

O estado de São Paulo registrou este mês aumento no número de casos de Covid-19 e recorde de pessoas internadas. Foram os maiores desde o início da pandemia. Ao todo, 6.500 pacientes estão ocupando leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo o Coordenador do Centro de Contingência Contra a Covid-19, Paulo Menezes, se não forem adotadas medida mais rígidas, faltará leitos e o sistema de saúde pode colapsar. Ele disse ainda que a média diária de novas internações em UTI é de 1.678. Houve um aumento acelerado nos últimos 10 dias, que somou 660 hospitalizações.

O movimento sindical e a CUT já vinham denunciando o aumento de casos e os riscos, ainda assim, o governo de São Paulo insistiu em flexibilizar as regras e manter o volta as aulas presencial.

 

Ritmo acelerado de produção causa LER/DORT

O dia 28 de fevereiro foi escolhido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). A data chama atenção para duas doenças que têm relação direta com o trabalho e que atingem milhões de brasileiros.

Segundo o IBGE, no Brasil, mais de 3 milhões de pessoas já tiveram essas doenças, mais recorrentes nos membros superiores.

Neste período de pandemia, com muitos trabalhadores em home office, a situação fica ainda pior. Em casa as condições de trabalho nem sempre são as melhores.  Cadeiras e mesas inadequadas e horas e horas de trabalho na mesma postura são as principais causas dessas doenças.

Nas fábricas é o ritmo acelerado da produção que leva os trabalhadores a desenvolver as lesões.

As vendas no setor farmacêutico e de plásticos de embalagens têm crescido muito e batido recordes de produção em tempos de crise sanitária, segundo dados da Subseção do Dieese da Fetquim/CNQ/CUT. A produção acelerada impacta diretamente na saúde dos trabalhadores, além do maior risco de acidentes, por conta da pressão no trabalho.

Para Airton Cano, coordenador da Fetquim, “as campanhas de prevenção neste momento de crise sanitária são fundamentais, além das reuniões e eleições de CIPA”.

Os sindicatos também são muito importantes neste momento.  Em caso de dúvidas entre em contato com o Sindicato pelo WhatsApp (96314 5629).

*Com informações da Fetquim 

Bolsonaro ameaça cortar verbas da saúde e da educação em troca de auxílio emergencial

O governo  Bolsonaro  está articulando no Congresso Nacional uma verdadeira troca de votos para aprovar um novo auxílio emergencial para desempregados e trabalhadores informais.

Em troca de três ou quatro parcelas de apenas R$ 250 a 32 milhões de pessoas – menos da metade do valor pago no ano passado para mais de 60 milhões de brasileiros  -, o governo quer que os deputados aprovem o fim da obrigatoriedade dos governos federais, estaduais e municipais terem investimento mínimo em saúde e educação, como prevê a Constituição e o congelamento dos salários de servidores federais, estaduais e municipais, quando a dívida da União atingir 95% e 85% da sua receita.

Outra exigência é o fim do repasse de 28% do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), medida que prejudica empréstimos voltados à recuperação da economia e geração de empregos; e induz a privatização de estatais em função do tamanho da dívida pública.

 

Centrais sindicais unidas em defesa do auxílio emergencial

As centrais sindicais brasileiras estão unidas para cobrar do governo o auxílio emergencial que tem sido fundamental para garantir proteção e renda para a população durante a pandemia.
Leia abaixo o documento divulgado pelas centrais.

As Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB – reivindicam a aprovação, com urgência, pelo Congresso Nacional, da retomada do auxílio emergencial de R$ 600,00 até o fim pandemia. O auxílio emergencial foi fundamental, em 2020, para garantir renda e proteção a mais de 67 milhões de pessoas, sendo responsável pela sustentação da atividade econômica pelo consumo das famílias, evitando que a queda estimada do PIB de 4,5% não viesse a ser duas a três vezes maior. Neste momento, fevereiro de 2021, a triste realidade do Brasil é a da permanência da gravidade da pandemia, do atraso na vacinação e da ausência de qualquer auxílio.

Desde setembro de 2020 a situação econômica dos trabalhadores vem se agravando com a redução do auxílio pela metade, tendo alcançado um nível alarmante após seu corte abrupto, e sem sinais de arrefecimento da crise sanitária, em dezembro. Por isso alertamos para o fato da urgência em resgatar o auxílio emergencial da forma como ele foi instituído em sua origem.

Importante notar que não se trata de uma medida permanente, mas que atende a uma situação de emergência, protegendo os brasileiros e brasileiras que estão desempregados e sem renda do trabalho. Repudiamos a chantagem do Governo Bolsonaro que propõe, em troca de um auxílio com um valor reduzido a 40%, para menos da metade dos beneficiários e por poucos meses, aprovar mudanças constitucionais que destroem as políticas sociais de saúde e educação, que promovem brutal desmonte do financiamento do orçamento público e um violento arrocho salarial sobre os servidores públicos e aposentados.

A manutenção do auxílio emergencial é parte essencial da resistência às dramáticas consequências da pandemia sanitária e isso foi comprovado por estudos, por pesquisas e, sobretudo, pela prática do cotidiano. Sua manutenção deve estar articulada a uma política geral de vacinação universal realizada pelo Plano Nacional de Imunização do SUS.

Auxílio emergencial e vacinas são políticas essenciais que devem estar conectadas às políticas econômicas e sociais. Políticas que, para o bem do Brasil, devem promover e sustentar a retomada do crescimento econômico, a geração de emprego e renda, condições que permitirão, aí sim, progressivamente, o fim do auxílio emergencial.

Sérgio Nobre – Presidente da CUT

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah – Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Reginaldo Inácio – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Antônio Neto – Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros