Bolsonaro corta verba de 72% dos leitos de UTI no pior momento da pandemia

O número de leitos de UTI para Covid-19 que recebem financiamento do governo Bolsonaro em todo o país caiu de 12.003, em dezembro, para 3.372 em março.

O governo cortou a verba federal para o financiamento de 72% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes com Covid-19. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

Dados do Conass mostram que o corte do financiamento  foi total em Goiás, Maranhão, Acre e Rondônia. Em São Paulo, que tem o maior número de leitos de UTI do país, a redução foi de 81%. Semelhante ao ocorrido em Minas Gerais, Espírito Santo, paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Paraíba e Sergipe. A redução no financiamento desses leitos bate com o período de colapso generalizado na saúde em todo o Brasil.

Em parte, o problema se deve à paralisação do projeto de lei do orçamento de 2021 no Congresso Nacional. Os deputados e senadores, bem como o governo Bolsonaro, deixaram o projeto de lado para se concentrar na eleição dos presidentes das duas casas. Com isso, o ano de 2021 começou sem orçamento.

O governo Bolsonaro também está ignorando  a decisão da ministra Rosa Weber,  do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o repasse de verbas aos estados para financiamento destes leitos, em 27 de fevereiro deste ano, em ação movida pelos governos de São Paulo, Maranhão e Bahia.

*Com informações da CUT

Marcha das Margaridas realiza ato político online

O movimento Marcha das Margaridas realizou um ato político e cultural virtual nesta quinta-feira (11), em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março.

Seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de distancimento social para conter a propagação do novo coronavírus, o ato foi online e trasmitido pelo FacebookYou Tube e portal da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), além das páginas das organizações parceiras da Marcha das Margaridas. Em 2020, os 20 anos da Marcha das Margaridas, realizado no mês de agosto, também foi virtual.

Lula: O país não tem governo.

Em seu primeiro pronunciamento ao povo brasileiro, após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações impostas pela 13ª vara Federal de Curitiba na Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula disse estar tranquilo e sereno porque, após cinco anos, “a verdade apareceu”. Ele criticou a gestão de Jair Bolsonaro no combate a pandemia do novo coronavírus e se solidarizou com às famílias das quase 270 mil vítimas da Covid-19.

Para Lula, o STF finalmente reconheceu que ele foi vítima de uma farsa e que não teve um julgamento justo. “Eu tinha tanta confiança e consciência do que estava acontecendo que tinha certeza que esse dia ia chegar. E chegou” disse o ex-presidente.

Ele citou o estado de vulnerabilidade e miséria de milhões de brasileiros impactados pela crise econômica do país, agora aprofundada pela pandemia do novo coronavírus. Homens e mulheres, ele diz, que levantam e “não tem um pão para comer e um café para tomar”.

O ex-presidente também fez um alerta para a situação atual do Brasil, chamando a atenção para a necessidade de uma reação contra o governo de Jair Bolsonaro a quem Lula fez críticas pela falta de uma condução “digna de um presidente da República”, tanto na economia como no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Lula afirmou que Bolsonaro, como presidente, deveria ter montado um comitê de crise, logo em março do ano passado, no início da pandemia, com a participação do ministro da Saúde, secretários estaduais de Saúde, além de médicos, infectologistas e cientistas para tomar decisões no sentido de orientar a população sobre o que fazer.

Leia a reportagem completa no site da CUT.

Brasil tem mais de 2 mil mortes em 24 horas

No intervalo de apenas 24 horas, morreram 2.349 brasileiros e outros 80.955 foram contaminados pela Covid-19 – elevando o total de óbitos para quase 271 mil e o de infectados para mais de 11 milhões. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (10) mostram a total falta de controle da pandemia no país.

Todo o sistema de saúde está em colapso, trabalhando com 100% da sua capacidade e em muitas regiões há fila de espera por um leito de UTI.

A média móvel diária dos últimos sete dias foi de 1.645 óbitos. Com os números desta quarta, o país ultrapassou a casa dos 270.917 mil mortos desde o início da pandemia.

Diante da situação, nesta quinta-feira (11), o governo de São Paulo deve anunciar medidas mais restritivas para tentar conter as contaminações.

Reivindicações dos farmacêuticos já estão com os patrões

O Sindusfarma (sindicato patronal) recebeu nesta terça-feira (9) a pauta de reivindicações  do setor farmacêutico para a campanha salarial deste ano.  A entrega da pauta foi via plataforma Zoom.

As principais reivindicações do setor são ganho real de 3%, reajuste de 10% no piso salarial e PLR equivalente a dois pisos salariais.

Vale lembrar que as cláusulas sociais da Convenção Coletiva continuam em vigor até 2022.

Os dirigentes que participaram da reunião virtual lembraram sobre a importância de manter o programa farmácia popular e de lutar por vacina para todos.

Setor cresce na pandemia

O resultado de vendas do setor farmacêutico no varejo, em 2020, foi de R$ 75 bilhões, ante os R$ 68 bilhões registrados em 2019. Esse crescimento é apenas parcial, já que os números de dezembro ainda não foram computados.

A indústria adequou suas linhas de produção diante do maior consumo de vitaminas, antigripais, ansiolíticos, antidepressivos e da demanda por anestésicos e outros medicamentos em hospitais, devido a pandemia de coronavírus. E, por  conta dessa maior demanda,  também gerou 1.337 novos postos de trabalho.

Os laboratórios nacionais de médio porte também turbinaram seus negócios em 2020 com medicamentos que prometiam auxiliar no combate à Covid-19. A venda do vermífugo ivermectina saltou de R$ 44,4 milhões em 2019 para R$ 409 milhões no ano passado, alta de 829%. No caso da cloroquina e hidroxicloroquina, a receita subiu de R$ 55 milhões para R$ 91,6 milhões no mesmo período. Os números são do próprio Sindusfarma, com base nos dados da consultoria IQVIA.

Confira a pauta aprovada

Reajuste: INPC + 3% de ganho real (8,95%)

Piso Salarial: reajuste de 10%

PLR:  dois pisos salariais

Gasolina sobe mais de 8% hoje

A partir desta terça-feira (9), a gasolina será reajustada em 8,8% nas refinarias e o diesel em 5,5%. O litro da gasolina em suas refinarias passará a custar, em média, R$ 2,84 – alta de R$ 0,23 em relação ao valor anterior. O diesel será vendido por R$ 2,86 por litro – alta de R$ 0,15. Com esses aumentos, os reajustes acumulados nas refinarias são de 54% na gasolina e 41,6%, no diesel.

Nos postos de combustíveis os preços do diesel ao consumidor subiram em um mês, 11%, com alta acumulada no ano de 16,7%. Já a gasolina subiu nas bombas 9,4% em um mês, e no ano o acumulado é de 17,7%.

Este é o segundo reajuste deste mês de março. O último reajuste dos combustíveis nas refinarias ocorreu há seis dias, em 02 de março.

Os reajustes da gasolina e do diesel continuam sendo feitos de acordo com os preços internacionais do petróleo e quem está pagado essa conta é o trabalhador.

Lula é inocentado e pode se candidatar em 2022

O ministro Edson Fachin anulou todas as decisões contra o ex-presidente Lula e remeteu as ações para a Justiça do Distrito Federal, nesta segunda-feira (8). Com essa decisão, Lula tem de volta seus direitos políticos e poderá se candidatar a presidente em 2022.

Fachin declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem o ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

Na decisão, Fachin declara a “nulidade” dos atos decisórios, inclusive do recebimento das denúncias contra Lula e afirma que caberá a Justiça do Distrito Federal decidir sobre o caso.

O Instituto Lula avaliou que a decisão veio tardiamente, após o ex-presidente e a democracia do país pagarem um alto preço.  “A decisão reafirma tudo o que a defesa sustenta desde 2016. Mas infelizmente ela chega tarde demais e depois de causar prejuízos irreparáveis”, diz trecho da nota do Instituto.

Lula foi condenado pelo ex-juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, sem crime e sem provas, no caso do tríplex do Guarujá, que nunca foi dele, e ficou 580 dias injustamente preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná.

Lula também foi condenado pela juíza Gabriela Hardt, que substituiu Moro quando este virou ministro da Justiça do governo  Bolsonaro, no caso do sítio de Atibaia, que também não era dele e, sim, de um amigo.

A nota do Instituto Lula comentando a decisão tardia de Fachin também ressalta que há cinco anos já se sabia que a 13ª Vara e o então juiz Sérgio Moro não tinham competência para julgar o ex-presidente nos casos do tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e do terreno do Instituto Lula. “Moro criou uma farsa com promotores para criminalizar o ex-presidente e afastá-lo das eleições. É lamentável que o Brasil e a democracia tenham pagado um preço tão alto antes que essa injustiça fosse reconhecida. A verdade vencerá”, conclui a nota.

Armadilhas contra Lula

“Outras armadilhas, no entanto, podem estar pelo caminho. Segundo o despacho do ministro, a Justiça Federal do DF teria a possibilidade de aceitar os processos conduzidos por Curitiba, aproveitando-os e prolatando novas sentenças imediatamente”, diz outro trecho.

Além disso, lembra a coordenação dos comitês Lula Livre, a Procuradoria-Geral da República pode recorrer da decisão, com a remessa do recurso ao pleno do STF, formado por todos os onze ministros, onde Fachin eventualmente teria correlação de forças mais favorável à Operação Lava Jato.

Por essas razões, segundo a organização, a natureza antidemocrática e conspiratória dos defensores da chamada República de Curitiba impõem a necessidade de cautela, atenção e mobilização de todos que defendem as garantias constitucionais.

Segundo o jornal o Globo desta terça-feira (9), a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente Lula embaralha a disputa eleitoral de 2022.  “Pesquisas de opinião colocam o petista em um patamar de intenção de voto mais alto do que o presidente Jair Bolsonaro”, diz o jornal.

Porém, tudo depende do discurso que Lula vai escolher para essa disputa.   Cientistas políticos ouvidos pelo jornal dizem que se Lula acenar com um discurso voltado ao mercado financeiro,  como fez em 2002, tem tudo para levar a disputa.  Já se tiver um discurso “radical” deve ser prejudicado. Já Bolsonaro será cobrado pela crise causada pela pandemia do novo coronavírus e a inércia do governo.

*Com informações da Rede Brasil Atual(RBA), CUT e O Globo   

Mulheres são mais afetadas pelo desemprego e ganham 20% menos

A crise econômica e social agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) reforçou a desigualdade entre gêneros no mercado de trabalho, essa é a conclusão de um estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o estudo as mulheres são mais afetadas com a perda do emprego e ganham, em média, 20% menos do que os homens. Em 2020, a remuneração média das mulheres foi de R$ 2.191,00. Para os homens foi de R$ 2.694,00.

O levantamento do Dieese foi feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desocupação feminina no 3° trimestre de 2020 ficou em 16,8%, percentual maior que no mesmo período de 2019 (13,9%), em que havia 41,2 milhões de mulheres ocupadas no país. Em 2020, o número caiu para 35,5 milhões, ou seja, 5,7 milhões de mulheres a menos no mercado de trabalho.

No recorte por raça, a taxa de desocupação para as mulheres negras ficou em 19,8%, contra 13,5% das não negras.

Entre as trabalhadoras informais, sem carteira assinada,o número caiu de 13,5 milhões para 10,5 milhões, o que significa que mais três milhões de mulheres ficaram sem trabalho informal e sem renda.

Para a economista e pesquisadora do Dieese, Patrícia Pelatieri, responsável pelo levantamento, “os resultados refletem um agravamento da situação de pobreza e exclusão social”. Ela diz ainda que no cenário doméstico a situação não é diferente.  “Em casa a desigualdade persiste. A responsabilidade pelas tarefas domésticas e os cuidados familiares ainda recaem muito mais sobre elas, mostrando que persiste o desafio de melhorar o compartilhamento das atividades”.

Mulheres: ainda há muito pelo que lutar

Neste dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher – o Sindicato lembra a todas as trabalhadoras do setor químico e farmacêutico que ainda há muito pelo que lutar: igualdade de oportunidades profissionais e salários, segurança e principalmente respeito.

Infelizmente os números mostram que durante a pandemia o desemprego foi maior entre as mulheres. A perda de emprego atingiu 114 milhões de pessoas ao redor do mundo. As mais prejudicadas com a perda do trabalho são as mulheres tanto no Brasil como nos demais países. Globalmente, as perdas de emprego das mulheres situam-se nos 5% contra 3,9% dos homens, mostra o relatório “Monitor OIT: COVID-19 e o mundo do trabalho , da Organização Mundial do Trabalho (OIT).

As mulheres da CUT divulgaram um documento em que denunciam  que a retirada de direitos sociais deste governo afetou mais as mulheres e que também houve aumento da violência contra as mulheres, os LGBTQI+, os negros, os povos indígenas e os quilombolas.

As mulheres também denunciam a falta de investimentos em políticas sociais, saúde e educação.

Leia o manifesto na íntegra aqui.

Esses e outros assuntos serão temas de vários eventos virtuais que estão sendo organizados pela CUT para marcar o dia 8 de março.  As mulheres do nosso Sindicato também realizarão o tradicional encontro mas este ano, virtualmente.  Acompanhe as novidades nas nossas redes sociais!

 

Mulheres químicas farão encontro virtual dia 13

No dia 13 de março (sábado), a partir das 19 horas, o Sindicato promove um encontro virtual das mulheres químicas, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Para debater a atual situação da mulher no mundo do trabalho e os reflexos da pandemia e do corte de direitos , o Sindicato recebe a socióloga Adriana Marcolino, do Dieese, e a feminista Ana Carolina Dartora, que é secretária da Mulher Trabalhadora e Direitos LGBTI do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná.

A secretária da Mulher do Sindicato, Celia Maria de Assis, lembra que o corte de direitos que vem sendo promovido pelo atual governo e a crise econômica e de saúde afetam diretamente as mulheres.  “As mulheres foram as mais afetadas pelo desemprego e as que estão em home office também acumulam tarefas de casa e do trabalho”, lembra a sindicalista.

Para participar do encontro é preciso fazer um cadastro prévio neste link.