Doria ignora pedidos de lockdown

O sistema de saúde da cidade de São Paulo e de todo o Estado estão completamente saturados, com 91% das unidades de terapia intensiva (UTI) ocupadas e recordes diários de mortes, mesmo assim, o governador João Doria ignorou os pedidos para a decretação de lockdown feitos por prefeitos de 19 cidades da Grande São Paulo.

O vice-governador paulista, Rodrigo Garcia, disse que a atual fase emergencial da quarentena é “equivalente a um lockdown” e é preciso aguardar o encerramento do período para analisar os resultados. No entanto, desde o dia 6 de março, quando teve início a fase vermelha em todo o estado, não houve nenhuma melhora na situação.

Ontem (18), o prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB), presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, anunciou o pedido por um lockdown na Grande São Paulo. Segundo ele, também participaram da decisão os prefeitos das 12 cidades do consórcio Alto Tietê. Eles querem a suspensão total das atividades por sete dias, inclusive com a interrupção dos transportes metropolitanos. A ocupação de UTI no ABC está em 89,7% e no Alto Tietê, em 92,2%.

Doria diz que faltou bom senso, sobre feriados

O governador João Doria criticou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, por não dialogar com o governo e com outros prefeitos sobre a decisão de antecipar os feriados.  Doria declarou que faltou “bom senso”.  O temor é que o feriado prolongado anunciado cause aglomerações no litoral. Em resposta, o prefeito Bruno Covas afirmou que “o senso que falta é o de urgência”.

Para desestimular a ida de paulistanos ao litoral, o governo do estado vai suspender a Operação Descida e diminuir o número de faixas reservadas para automóveis nas rodovias Imigrantes e Anchieta.

São Paulo terá dez dias de feriado para conter o vírus

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (18) a antecipação de cinco feriados a partir da próxima sexta-feira (26), com o objetivo de diminuir a circulação de pessoas nas ruas e tentar diminuir o contágio por covid-19.

Dois feriados são deste ano e outros três, de 2022. Os feriados de São Paulo serão antecipados para os dias: 26, 29, 30 e 31 de março, além de 1° de abril. Com a emenda do feriado de Páscoa (4 de abril), os paulistanos terão dez dias de feriado.

Os feriados antecipados são Corpus Christi (3 de junho 2021/22), Consciência Negra (20 de novembro 2021/22) e o aniversário da cidade (25 de janeiro de 2022).

O prefeito Bruno Covas tomou essa decisão após a capital registrar a primeira morte de um paciente com covid-19, na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

País perdeu em investimentos 40 vezes o valor recuperado pela Lava Jato

O estrago econômico e social provocado pela Operação Lava Jato de Curitiba, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, foi intencional e teve como objetivo possibilitar a implementação de um projeto que beneficia os interesses estrangeiros sobre o petróleo brasileiro, avaliou o presidente da CUT, Sérgio Nobre, durante a apresentação oficial, na tarde desta terça-feira (16), do estudo realizado pelo Dieese, a pedido da Central, que mostra os impactos negativos da operação na economia brasileira.

A Petrobras, assim como grandes outras empresas, foi o principal alvo da operação, ressaltou Sérgio. “Desde o início dessa operação, nós já dizíamos que empresas não cometem crimes, pessoas sim. E são elas que têm que ser investigadas e punidas. Não as empresas”, disse o presidente da CUT.

Os dados mostram que a operação, propagandeada com uma das maiores de todos os tempos no combate a corrupção, na verdade, foi responsável pelo caos econômico e social que o país vive.

Intitulado de “Implicações econômicas intersetoriais da operação Lava Jato”, o estudo mostra que Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimento no período de 2014 a 2017.

O montante que o país perdeu em investimentos é 40 vezes maior do que os recursos que os procuradores da força-tarefa da lavo jato do Paraná anunciaram ter recuperado e devolvido aos cofres públicos, ressaltou o dirigente.

No total, a Lava Jato contribuiu para exterminar cerca de 4,4 milhões de postos de trabalhos.

O presidente da CUT reafirmou que não há ninguém mais interessado no combate à corrupção, aos desvios de verbas públicas, do que a classe trabalhadora, segmento que mais se beneficia de recursos públicos quando bem utilizados, mas a atuação da república de Curitiba não estava interessada nisso.

A maneira como as denúncias eram feitas visava a desmoralização e a destruição da imagem de empresas, inclusive paralisando atividades, resultando em perda de postos de trabalho, disse. “Foi uma exposição sem precedentes para a marca e para a credibilidade dessas empresas. Ninguém negocia com empresas expostas na mídia como corruptas, irregulares”, disse Sérgio Nobre.

Este foi o método, disse ele, utilizado contra a Petrobras, uma das petrolíferas mais importantes do mundo e um importante instrumento de desenvolvimento do país. O objetivo era claro, queriam destruir a empresa para depois privatiza-la.

Paralelamente, empresas do ramo de engenharia que vinham ganhando destaque no setor de construção civil e até conquistando mercado internacional, como Odebrechet, Camargo Correia e outras, também viraram alvos de investigação e igualmente sofreram as consequências da Lava Jato.

A Lava Jato foi também um instrumento de perseguição política que possibilitou ao projeto radical de direita chegar ao poder, destruindo o Brasil.

Veja a matéria completa no site da CUT

CUT repudia declaração de Guedes sobre seguro-desemprego

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a atacar os trabalhadores insinuando que desempregado não procura um novo emprego por receber o seguro-desemprego.

Para a CUT (Central Única dos Trabalhadores) a proposta é uma “ofensa”.  Quintino Severo, representante da CUT no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), órgão responsável pelo pagamento do seguro-desemprego, disse que a CUT repudia com veemência a alegação do governo Bolsonaro de que o trabalhador não procura emprego por ter o seguro.

Guedes quer reduzir o valor das parcelas do benefício. A proposta é reduzir 10% a cada mês

Atualmente, dependendo da faixa salarial, o trabalhador tem direito a receber até cinco parcelas de R$ 1.100,00 a R$ 1.911,84. Guedes quer pagar a primeira parcela com valor cheio e depois reduzir, 10% a cada mês..

As medidas estudadas são um contrassenso em época de alto desemprego, critica o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clóvis Scherer, que assessora a CUT no Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Para Scherer, essas medidas deveriam ser analisadas se o país estivesse com alto índice de emprego e no caso dessas vagas estarem sendo rejeitadas. Ainda assim, o tema deveria passar pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e pelos sindicatos,legítimos representantes dos trabalhadores.

 

Doria maquia dados e nega transporte lotado

O governador paulista, João Doria (PSDB), distorceu dados para negar que o transporte coletivo em São Paulo esteja lotado em plena fase emergencial (roxa) da quarentena. Em coletiva de imprensa realizada hoje (17), foi apresentada uma comparação da demanda de passageiros desta terça-feira (16) com a de 11 de março de 2020, penúltimo dia antes do início da quarentena. Com isso, o governo Doria disse que houve redução de 58% na demanda de passageiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e 64% na demanda do Metrô, com o início da fase roxa.

A apresentação desses dados faz parecer que houve grande adesão das empresas e dos trabalhadores ao isolamento social. No entanto, se comparados com a demanda de fevereiro, os dados indicam baixíssima alteração da situação vista 17 dias atrás. No Metrô, a média do mês passado foi de 1,464 milhão de passageiros transportados por dia útil. Ontem, já na fase roxa, foram 1,334 milhão. Uma redução de apenas 8,9%. Já na CPTM, a média foi de 1,204 milhão de passageiros por dia, em fevereiro. Ontem ficou em 1,270 milhão. Um aumento de 5,5%. Ainda não há dados disponíveis desta semana de passageiros transportados nos ônibus metropolitanos e da capital paulista.

Veja a reportagem completa no site da Rede Brasil Atual (RBA)

SP entra “em fase emergencial” dia 15

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quinta-feira (11) novas restrições para o Estado de São Paulo, com o objetivo de tentar conter o avanço da pandemia.  A nova fase, chamada de “emergencial” é a mais restritiva do Plano SP e começa a valer a partir de segunda-feira (15).

Desde a semana passada todo o estado estava na fase vermelha do Plano SP, com apenas serviços classificados como essenciais funcionando, ainda assim, a situação se agravou.

A  média diária de novos casos aumentou 12% em uma semana e o número de óbitos também subiu na mesma proporção ( 12,3%). Em todo o Estado, neste momento, 9.184 pacientes  com covid estão internados em UTIs e  1.065 aguardam um leito na fila.

O que muda na fase emergencial (a partir do dia 15)

– O toque de recolher terá início das 20h até 5h;

– Praias e parques estarão fechados e com uso proibido;

– Proibição completa de qualquer aglomeração;

– Home office será obrigatório para todas as atividades administrativas não essenciais;

– Os serviços de entrega de alimentos e produtos ao cliente serão permitidos durante todo o dia apenas no sistema delivery; os drive-thrus estarão abertos entre 5h e 20h;

– Retirada de produtos e refeições está proibida;

– Lojas de material de construção estarão fechadas;

– As celebrações religiosas coletivas estão proibidas;

– Atividades esportivas coletivas foram suspensas;

– As escolas públicas estarão abertas apenas para alimentação e distribuição de materiais e chips (com agendamento prévio);

– A recomendação é para que todas as atividades nas escolas sejam reduzidas ao mínimo necessário;

– Na rede particular a prioridade deve ser o ensino remoto, mas as escolas poderão operar com 35% da capacidade;

– O recesso escolar foi antecipado para o período de 15 a 28 de março;

O governo orientou ainda a adoção de horário escalonado para algumas atividades prioritárias, com o objetivo de evitar aglomeração no transporte público.  Os trabalhadores da indústria devem entrar entre 5h e 7h.  Os de serviços, entre 7h e 9h e os do comércio entre 9h e 11h.

Bolsonaro corta verba de 72% dos leitos de UTI no pior momento da pandemia

O número de leitos de UTI para Covid-19 que recebem financiamento do governo Bolsonaro em todo o país caiu de 12.003, em dezembro, para 3.372 em março.

O governo cortou a verba federal para o financiamento de 72% dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes com Covid-19. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

Dados do Conass mostram que o corte do financiamento  foi total em Goiás, Maranhão, Acre e Rondônia. Em São Paulo, que tem o maior número de leitos de UTI do país, a redução foi de 81%. Semelhante ao ocorrido em Minas Gerais, Espírito Santo, paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Paraíba e Sergipe. A redução no financiamento desses leitos bate com o período de colapso generalizado na saúde em todo o Brasil.

Em parte, o problema se deve à paralisação do projeto de lei do orçamento de 2021 no Congresso Nacional. Os deputados e senadores, bem como o governo Bolsonaro, deixaram o projeto de lado para se concentrar na eleição dos presidentes das duas casas. Com isso, o ano de 2021 começou sem orçamento.

O governo Bolsonaro também está ignorando  a decisão da ministra Rosa Weber,  do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o repasse de verbas aos estados para financiamento destes leitos, em 27 de fevereiro deste ano, em ação movida pelos governos de São Paulo, Maranhão e Bahia.

*Com informações da CUT

Marcha das Margaridas realiza ato político online

O movimento Marcha das Margaridas realizou um ato político e cultural virtual nesta quinta-feira (11), em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março.

Seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de distancimento social para conter a propagação do novo coronavírus, o ato foi online e trasmitido pelo FacebookYou Tube e portal da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), além das páginas das organizações parceiras da Marcha das Margaridas. Em 2020, os 20 anos da Marcha das Margaridas, realizado no mês de agosto, também foi virtual.

Lula: O país não tem governo.

Em seu primeiro pronunciamento ao povo brasileiro, após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações impostas pela 13ª vara Federal de Curitiba na Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula disse estar tranquilo e sereno porque, após cinco anos, “a verdade apareceu”. Ele criticou a gestão de Jair Bolsonaro no combate a pandemia do novo coronavírus e se solidarizou com às famílias das quase 270 mil vítimas da Covid-19.

Para Lula, o STF finalmente reconheceu que ele foi vítima de uma farsa e que não teve um julgamento justo. “Eu tinha tanta confiança e consciência do que estava acontecendo que tinha certeza que esse dia ia chegar. E chegou” disse o ex-presidente.

Ele citou o estado de vulnerabilidade e miséria de milhões de brasileiros impactados pela crise econômica do país, agora aprofundada pela pandemia do novo coronavírus. Homens e mulheres, ele diz, que levantam e “não tem um pão para comer e um café para tomar”.

O ex-presidente também fez um alerta para a situação atual do Brasil, chamando a atenção para a necessidade de uma reação contra o governo de Jair Bolsonaro a quem Lula fez críticas pela falta de uma condução “digna de um presidente da República”, tanto na economia como no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Lula afirmou que Bolsonaro, como presidente, deveria ter montado um comitê de crise, logo em março do ano passado, no início da pandemia, com a participação do ministro da Saúde, secretários estaduais de Saúde, além de médicos, infectologistas e cientistas para tomar decisões no sentido de orientar a população sobre o que fazer.

Leia a reportagem completa no site da CUT.