Brasil registra 4,2 mil mortes em 24 horas

O Brasil registrou nesta terça-feira (6) mais de 4 mil mortes por Covid-19, em apenas 24 horas e, apesar da tragédia, o governo Bolsonaro, não decreta medidas para conter aglomerações, não pratica o distanciamento social  e nem garante vacinas para todos

Os números desta terça-feira  foram puxados pela alta de mortes em dez estados. Em São Paulo foram 1.389, o maior recorde até agora, Rio Grande do Sul 418, Goiás 366, Rio de janeiro 347, Paraná 280, Santa Catarina 224, Ceará 142, Bahia 122, Espírito Santo 110, Mato Grosso 107. Só nestes estados, o total de vítimas soma 3.505.

Com a explosão de mortes, o número total de vidas perdidas da pandemia chegou a 337.364, segundo o consórcio de imprensa.

19 milhões de brasileiros estão passando fome

Durante o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus 116,8 milhões de brasileiros não se alimentaram de forma adequada, ou seja, tiveram algum grau de insegurança alimentar.  Deste total, 19 milhões de brasileiros não tiveram o que comer.

Os dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios nas cinco regiões do país.

Com o agravamento da crise sanitária e a alta do desemprego – que atinge mais de 14,3 milhões de pessoas – a situação deve piorar muito este ano.

Mesmo com o auxílio de R$ 600 pago no ano passado, 28% dos domicílios onde as pessoas haviam recebido o benefício, conviveram com insegurança alimentar grave (passaram fome)  ou moderada (comeram menos do que precisavam). Em outros 37,6%, as pessoas viveram insegurança alimentar de forma leve. Já entre os que não receberam o auxílio, 10,2% passaram por insegurança grave ou moderada, e a maior parte deles, 60,3% viveram em segurança alimentar.

Este ano, com o auxílio bem menor e chegando a bem menos gente, a tendência é a situação se agravar ainda mais.

A situação está crítica também nas ONGs que arrecadam alimentos. Com a crise afetando todas as camadas sociais da população, as doações também diminuíram.

Onde doar

O governo de São Paulo lançou a campanha: doe um quilo de alimento não perecível quando for se vacinar.

MTST criou o Cozinhas solidárias para combater a fome nas periferias durante a pandemia. As doações são feitas por meio de página de financiamento coletivo.

Coalizão Negra Por Direitos, em parceria com a Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, 342 Artes, Nossas – Rede de Ativismo, Instituto Ethos, Orgânico Solidário e Grupo Prerrô, mobilizam suas forças junto com coletivos para arrecadar fundos para ações emergenciais de enfrentamento à fome, à miséria e à violência na pandemia de Covid-19. Site e doações: https://www.temgentecomfome.com.br/

Mães de Favela: Ajuda mulheres que criam família sozinhas em comunidades carentes. As doações são feitas através do site: https://www.maesdafavela.com.br/

Adote uma família em Paraisópolis, em São Paulo, entrega  cestas básicas, marmitas, kits de higiene e máscaras. Para mais informações pelo site: www.novaparaisopolis.com.br/

Central Única das Favelas (Cufa)  distribui alimentos em áreas carentes por todo o país. O objetivo é ajudar mães que não tem como garantir comida em casa durante a pandemia do coronavírus. Quem quiser doar, basta acessar o link. https://www.cufa.org.br/

Nosso Sindicato também está nessa luta desde o começo da pandemia arrecadando e distribuindo cestas básicas. A partir da próxima semana o Sindicato terá postos itinerantes de arrecadação nas subsedes. Acompanhe nas nossas redes sociais informações atualizadas.

*Com informações da CUT    

Pesquisa XP aponta Lula na liderança nas próximas eleições

A pesquisa XP/Ipespe de intenções de voto para 2022, divulgada ontem (5) apresenta Lula tecnicamente empatado com Bolsonaro, no primeiro turno. Lula saltou de 17% das intensões de voto em maio de 2020, para 29% atualmente.  Já Bolsonaro ainda aparece com 28% das intenções.  Esta simulação foi estimulada, quando o eleitor escolhe o seu candidato dentre as opções apresentadas pelo entrevistador.

Já na simulação espontânea, quando o entrevistado responde o nome que quiser, Lula aparece com 21% das intenções de voto e Bolsonaro, com 24%. Ambos estão empatados tecnicamente também nesse índice, dentro da margem de erro. No entanto, o salto de Lula é relevante: saiu de 5% em 21 fevereiro de 2021 e foi para 17% em 11 de março, data da última pesquisa XP/Ipespe, chegando em abril a 21%. Bolsonaro, por sua vez, tinha 25% em março e está entre a queda e a estagnação.

O levantamento também aponta que a avaliação negativa (ruim/péssimo) do governo Jair Bolsonaro subiu três pontos percentuais e agora soma 48%, em comparação à última rodada da pesquisa divulgada em março passado.

Segundo a sondagem, 60% dos entrevistados passaram a desaprovar a maneira como Jair Bolsonaro administra o país, frente a 56% em março e em oposição a 33% que ainda afirmam aprovar a administração atual. Não souberam ou não responderam a essa questão 7% dos pesquisados.

O levantamento XP/Ipespe foi realizado entre os dias 29 e 31 de março

CUT em defesa da vida e do emprego

No dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quarta-feira (7), a CUT e a Frente Brasil Popular vão realizar mobilizações em vários locais do país reivindicando vacina contra Covid-19, para todos,  geração de emprego, quebra de patentes das vacinas contra a doença e pelo “fora, Bolsonaro”.

A CUT realizará também uma live, às 19h, para debater o atual cenário brasileiro. Entre os convidados, o senador, médico e ex-ministro da Saúde, Humberto Costa (PT), o médico sanitarista e pesquisador da Fiocruz Claudio Maierovitch, e Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde. Pela CUT participam a secretária de Saúde do Trabalhador da Central, Madalena Margarida Silva, e Antonio Lisboa, secretário de Relações Internacionais.

Dia Mundial da Saúde em plena pandemia

Criado em 7 de abril de 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar a sociedade sobre qualidade de vida e sobre fatores que afetam a saúde da população, o Dia Mundial da Saúde será simbólico este ano, especialmente no Brasil.

Os brasileiros enfrentam a maior crise sanitária de sua história com o agravamento da pandemia do novo coronavírus e têm no comando do país um presidente negacionista, que sabota as medidas preventivas indicadas por autoridades da área de saúde, espalha fake news e orienta a população a usar o kit covid, que ele chama de tratamento precoce.  Bolsonaro já é considerado um perigo para o Brasil e para o mundo, como afirmou o editorial do jornal britânico The Guardin desta terça-feira (6).

Com aproximadamente 3% da população mundial, o Brasil concentra 30% de novas infecções registradas diariamente em todo o planeta. Especialistas na área de saúde apontam que abril pode ser o pior mês da pandemia até agora e que, se nada for feito, o Brasil terá um total de 600 mil mortes até julho.

Por isso, no Dia Mundial da Saúde, a CUT, centrais sindicais e movimentos sociais o foco central da luta será pelo ‘Fora, Bolsonaro’.

“A CUT definiu em suas resoluções elencar o ‘Fora, Bolsonaro’ como luta central. É imprescindível associar isso a todas as lutas, como as pela vacina e pelo emprego, porque com ele no governo não vamos conseguir reverter essa situação”, diz a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT.

Este é o momento em que a CUT e seus sindicatos filiados reforçam a defesa da vida e a proteção aos empregos, afirma a dirigente.

Auxílio insuficiente começa a ser pago terça (6)

O auxílio emergencial 2021 começa a ser pago nesta terça-feira (6). De acordo com o governo 45,6 milhões de pessoas receberão durante os próximos quatro meses parcelas entre R$ 150 e R$ 375.  Quase 22 milhões de pessoas a menos do que o total de beneficiários em 2020. A maioria, o equivalente a 43%, deve receber o valor mais baixo.

Uma parcela menor, de 9,3 milhões de pessoas, deve receber a maior cota, de R$ 375, direcionada a mulheres provedoras de suas famílias.

De acordo com a Caixa Econômica Federal o auxílio será pago para todos que em dezembro de 2020 estavam elegíveis para recebimento, portanto não é preciso fazer nova solicitação.  Os primeiros a receber serão os nascidos em janeiro e os pagamentos vão seguir a ordem das datas de nascimento.

Especialistas defendem lockdown para salvar vidas

Especialistas do movimento “Abril pela Vida”, em uma carta enviada ao presidente Bolsonaro, alertam que se o Brasil não adotar três semanas de lockdown (medida mais rígida que proíbe a circulação de pessoas), o número de óbitos deve disparar.

Bolsonaro  é contra o isolamento social e já entrou até com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra governadores que adotaram a medida. Perdeu a ação, mas continua acusando os governadores de serem responsáveis até pela fome que aumentou no país.

O não cumprimento da população às medidas restritivas, somado ao negacionismo de Bolsonaro, que apareceu em vários locais sem o uso máscara, sem distanciamento social, provocando aglomerações e sabotando o lockdown adotado por governadores e prefeitos, custou caro ao Brasil que entrou numa crise que pode não ter volta se demorar agir, como defendem cientistas.

Na carta, os especialistas defendem, entre outros motivos, que é preciso reduzir a circulação do vírus para evitar o surgimento de novas variantes, o que pode tornar as vacinas obsoletas. Pedem,  ainda, o aumento da testagem no país, com acompanhamento das pessoas testadas. Coisas que o governo brasileiro nunca fez.

O Brasil enfrenta a pior crise sanitária, hospitalar e funerária da história. A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo país beira 100%. Não há vagas para leitos, faltam insumos e medicamentos para pacientes graves, há risco de faltar oxigênio, e tudo isso não foi por falta de aviso ao governo federal.

Mortes nas últimas 24 horas

Neste domingo (4), Brasil registrou 1.233 mortes por Covid e 30.939 casos da doença. Vale ressaltar que a queda nos números é esperada para um domingo após um feriado. Os dados da Covid-19 no país costumam ser menores nessas datas, por atrasos de notificação nas secretarias de saúde.

O Brasil teve a pior semana da pandemia, com 19.231 mortos, de segunda, 29 de março, até este domingo.

Foram 331.530 vidas perdidas pela Covid-19 e a 12.983.560 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Kit covid-19 não funciona e empresas que usam preventivamente podem ser multadas

A  BBC News Brasil denunciou na última semana que várias empresas vêm oferecendo o suposto tratamento precoce contra covid-19 aos seus funcionários.

O kit-covid, como é chamado – composto por medicamentos como a Ivermectina e a Hidroxicloroquina – é defendido abertamente pelo presidente  Bolsonaro como forma de evitar a doença, contrariando o que dizem médicos e  cientistas.

Médicos relatam que vários pacientes infectados tem chegado aos hospitais em estado grave após  usaram alguns dos medicamentos do kit. Alguns pacientes já estão, inclusive, na fila de transplante de fígado em São Paulo.

Para a Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida Silva, “é lamentável que em uma situação de crise grave como a que vivemos, com pessoas com medo de contrair o vírus, empresas se aproveitem para tomar esse tipo de atitude”, ou seja, forcem trabalhadores a aderirem a tratamentos que não evitarão a infecção, pelo contrário, ainda podem deixar sequelas graves.

De acordo com a dirigente, a CUT já está orientando seus sindicatos a acolherem denúncias de trabalhadores que se sintam lesados com tais ações, bem como a intensificarem a fiscalização para que essas empresas sejam denunciadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Lula manda recado a Bolsonaro: ‘Fecha a boca e para de brincar de governar’

O governo e o casamento precisam de credibilidade e previsibilidade para dar certo. Assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicou ao jornalista Reinaldo Azevedo como o presidente de um país deve agir para ter credibilidade. Lula subiu o tom nas suas críticas ao governo de Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao programa O É da Coisa, na BandNews, nesta sexta-feira (1º), Lula usou a metáfora. “O governo só consegue governar se tiver duas características: credibilidade e previsibilidade. Assim como no casamento. Qual a confiança que Bolsonaro e (Paulo) Guedes (ministro da Economia) passam ao povo brasileiro?”, questionou. “Essa gente não fala em povo, não fala em política social”, disse. “É como se você chegasse na casa da mulher e falasse em vender fogão, geladeira, pra morar junto.”

Lula voltou a dizer que o “milagre” do seu governo foi colocar o pobre no orçamento. “Quando ele começa a fazer um puxadinho, comprar picanha, filé cerveja gelada para o churrasco. O sistema financeiro tem de entender que a coisa melhor que oferecemos para eles foi o povo podendo comprar. “Espero que Bolsonaro esteja assistindo para saber que não tem jeito sem o salário emergencial de R$ 600 até ter vacina para todo mundo. “Deixe de ser ignorante, pare de falar para milicianos”, disse ao atual presidente da República. “Quando todo mundo puder trabalhar, a economia volta a crescer. O Estado tem condição de fazer financiamento.”

Para Lula, a crise vivida pelo mundo diante da pandemia do novo coronavírus é uma guerra da natureza com a humanidade. “A única solução para ela é a vacina.  Lamentavelmente temos um presidente que não consegue falar com nenhum outro presidente”, disse Lula, afirmando que os líderes mundiais mudam de calçada se encontrarem com Bolsonaro. “Ele manteve um ministro das Relações Exteriores que nunca vi mais bruto, ignorante e menos diplomático. E colocou agora um cara que nunca foi embaixador. Foi colocado por ser íntimo da família Bolsonaro. Não tem cacife para representar um país do tamanho do Brasil. E o Itamaraty é produtor de quadros excepcionais.”

O ex-presidente pediu um espaço para falar às famílias dos mortos e adoecidos pela covid-19. “Quero expressar nossa solidariedade. Só ontem quase 4 mil pessoas morreram no Brasil. Estamos vivendo um genocídio pela irresponsabilidade de um único homem, que zomba da doença, que brinca”, cravou Lula sobre Bolsonaro. “Deus queira que o novo ministro atenda aos governadores, aos prefeitos. Toda solidariedade aos que estão tentando lutar. Tá na hora de todo mundo ser solidário, estender a mão. O Brasil nunca precisou de tanta paz, de gente estendendo a mão, de solidariedade como agora.”

E voltou a falar diretamente para Bolsonaro; “quando você vai assumir a responsabilidade de parar de brincar de governar o país? Se não sabe, aceita o conselho da ciência e fecha a boca Bolsonaro. Deixa o médico falar por você. Da mesma forma que não sabe falar sobre economia, não fale sobre saúde, deixa o pessoal do SUS falar.”

José Cecílio presente!

Hoje nos despedimos do companheiro José Cecílio Irmão, ex-presidente da associação dos aposentados do nosso Sindicato.

Nascido em 13 de dezembro de 1940, Cecílio era pernambucano e quando chegou em São Paulo, na década de 1960, foi contratado pela Nitro Química, em São Miguel Paulista.  Se filiou ao Sindicato em 1964, foi dirigente sindical e presidiu a associação dos aposentados por vários anos.

O companheiro Cecílio foi mais uma vítima da covid -19.  Militante incansável, foi um dos fundadores da subsede São Miguel.

O pesquisador, Paulo Fontes, autor do livro “Trabalhadores e cidadãos. Nitro Química: a fábrica e as lutas operárias nos anos 50”, relembrou Cecílio numa nota enviada ao Sindicato: “Baiano, gentil e bem humorado, foi uma pessoa fundamental para minhas pesquisas na época do doutorado, sempre me estimulando e abrindo portas.  Não teria feito a pesquisa que fiz sem o seu apoio. Foi mais um desses milhões de anônimos que lutaram por uma vida e um país melhor e mais justo. Tristeza pensar que ele e outros milhares poderiam sobreviver não fosse essa política genocida”.

O diretor do Sindicato, Osvaldo Bezerra, também lembrou o trabalho de Cecílio: “Ele sempre esteve à frente das principais lutas da entidade. Para nós é uma perda enorme. Não é todo dia que você encontra um trabalhador que se aposenta e continua na luta sindical mesmo após aposentado.  Ele era uma referência no Sindicato e na Nitro Química, todo mundo conhecia e respeitava o seu trabalho”.

Sua luta incansável em defesa dos direitos dos trabalhadores e aposentados será sempre lembrada!

Farmacêuticos assinam acordo dia 12 de abril

Após duas rodadas de negociações com a patronal e as assembleias realizadas por todos os sindicatos filiados à Fetquim (Federação dos Trabalhadores Quimicos), o acordo da Campanha Salarial dos Farmacêuticos 2021 será formalmente fechado no dia 12 de abril, às 14h, em cerimônia virtual que poderá ser acompanhada por todos os trabalhadores do setor.

O acordo garante a  Convenção Coletiva do setor, com todos os direitos sociais, por mais dois anos e  a reposição integral da inflação pelo INPC, que deve chegar a 6,50%, segundo estimativa do Banco Central.

Confira os ganhos:

O índice de reajuste oficial será divulgado até o dia 10 de abril e deve ser aplicado em todos os salários até o teto de R$ 8.800.

O vale-alimentação passa a ser de R$ 266 (para empresas até 100 trabalhadores), reajuste de 10,5%. Para empresas maiores (com mais de 100 trabalhadores), o vale alimentação será de R$ 400, correção de 10,6%.

O subsídio para medicamentos será corrigido pela inflação.

A data-base dos farmacêuticos é 1º de abril e o reajuste será retroativo.