Kit covid-19 não funciona e empresas que usam preventivamente podem ser multadas

A  BBC News Brasil denunciou na última semana que várias empresas vêm oferecendo o suposto tratamento precoce contra covid-19 aos seus funcionários.

O kit-covid, como é chamado – composto por medicamentos como a Ivermectina e a Hidroxicloroquina – é defendido abertamente pelo presidente  Bolsonaro como forma de evitar a doença, contrariando o que dizem médicos e  cientistas.

Médicos relatam que vários pacientes infectados tem chegado aos hospitais em estado grave após  usaram alguns dos medicamentos do kit. Alguns pacientes já estão, inclusive, na fila de transplante de fígado em São Paulo.

Para a Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Madalena Margarida Silva, “é lamentável que em uma situação de crise grave como a que vivemos, com pessoas com medo de contrair o vírus, empresas se aproveitem para tomar esse tipo de atitude”, ou seja, forcem trabalhadores a aderirem a tratamentos que não evitarão a infecção, pelo contrário, ainda podem deixar sequelas graves.

De acordo com a dirigente, a CUT já está orientando seus sindicatos a acolherem denúncias de trabalhadores que se sintam lesados com tais ações, bem como a intensificarem a fiscalização para que essas empresas sejam denunciadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Lula manda recado a Bolsonaro: ‘Fecha a boca e para de brincar de governar’

O governo e o casamento precisam de credibilidade e previsibilidade para dar certo. Assim o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explicou ao jornalista Reinaldo Azevedo como o presidente de um país deve agir para ter credibilidade. Lula subiu o tom nas suas críticas ao governo de Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao programa O É da Coisa, na BandNews, nesta sexta-feira (1º), Lula usou a metáfora. “O governo só consegue governar se tiver duas características: credibilidade e previsibilidade. Assim como no casamento. Qual a confiança que Bolsonaro e (Paulo) Guedes (ministro da Economia) passam ao povo brasileiro?”, questionou. “Essa gente não fala em povo, não fala em política social”, disse. “É como se você chegasse na casa da mulher e falasse em vender fogão, geladeira, pra morar junto.”

Lula voltou a dizer que o “milagre” do seu governo foi colocar o pobre no orçamento. “Quando ele começa a fazer um puxadinho, comprar picanha, filé cerveja gelada para o churrasco. O sistema financeiro tem de entender que a coisa melhor que oferecemos para eles foi o povo podendo comprar. “Espero que Bolsonaro esteja assistindo para saber que não tem jeito sem o salário emergencial de R$ 600 até ter vacina para todo mundo. “Deixe de ser ignorante, pare de falar para milicianos”, disse ao atual presidente da República. “Quando todo mundo puder trabalhar, a economia volta a crescer. O Estado tem condição de fazer financiamento.”

Para Lula, a crise vivida pelo mundo diante da pandemia do novo coronavírus é uma guerra da natureza com a humanidade. “A única solução para ela é a vacina.  Lamentavelmente temos um presidente que não consegue falar com nenhum outro presidente”, disse Lula, afirmando que os líderes mundiais mudam de calçada se encontrarem com Bolsonaro. “Ele manteve um ministro das Relações Exteriores que nunca vi mais bruto, ignorante e menos diplomático. E colocou agora um cara que nunca foi embaixador. Foi colocado por ser íntimo da família Bolsonaro. Não tem cacife para representar um país do tamanho do Brasil. E o Itamaraty é produtor de quadros excepcionais.”

O ex-presidente pediu um espaço para falar às famílias dos mortos e adoecidos pela covid-19. “Quero expressar nossa solidariedade. Só ontem quase 4 mil pessoas morreram no Brasil. Estamos vivendo um genocídio pela irresponsabilidade de um único homem, que zomba da doença, que brinca”, cravou Lula sobre Bolsonaro. “Deus queira que o novo ministro atenda aos governadores, aos prefeitos. Toda solidariedade aos que estão tentando lutar. Tá na hora de todo mundo ser solidário, estender a mão. O Brasil nunca precisou de tanta paz, de gente estendendo a mão, de solidariedade como agora.”

E voltou a falar diretamente para Bolsonaro; “quando você vai assumir a responsabilidade de parar de brincar de governar o país? Se não sabe, aceita o conselho da ciência e fecha a boca Bolsonaro. Deixa o médico falar por você. Da mesma forma que não sabe falar sobre economia, não fale sobre saúde, deixa o pessoal do SUS falar.”

José Cecílio presente!

Hoje nos despedimos do companheiro José Cecílio Irmão, ex-presidente da associação dos aposentados do nosso Sindicato.

Nascido em 13 de dezembro de 1940, Cecílio era pernambucano e quando chegou em São Paulo, na década de 1960, foi contratado pela Nitro Química, em São Miguel Paulista.  Se filiou ao Sindicato em 1964, foi dirigente sindical e presidiu a associação dos aposentados por vários anos.

O companheiro Cecílio foi mais uma vítima da covid -19.  Militante incansável, foi um dos fundadores da subsede São Miguel.

O pesquisador, Paulo Fontes, autor do livro “Trabalhadores e cidadãos. Nitro Química: a fábrica e as lutas operárias nos anos 50”, relembrou Cecílio numa nota enviada ao Sindicato: “Baiano, gentil e bem humorado, foi uma pessoa fundamental para minhas pesquisas na época do doutorado, sempre me estimulando e abrindo portas.  Não teria feito a pesquisa que fiz sem o seu apoio. Foi mais um desses milhões de anônimos que lutaram por uma vida e um país melhor e mais justo. Tristeza pensar que ele e outros milhares poderiam sobreviver não fosse essa política genocida”.

O diretor do Sindicato, Osvaldo Bezerra, também lembrou o trabalho de Cecílio: “Ele sempre esteve à frente das principais lutas da entidade. Para nós é uma perda enorme. Não é todo dia que você encontra um trabalhador que se aposenta e continua na luta sindical mesmo após aposentado.  Ele era uma referência no Sindicato e na Nitro Química, todo mundo conhecia e respeitava o seu trabalho”.

Sua luta incansável em defesa dos direitos dos trabalhadores e aposentados será sempre lembrada!

Farmacêuticos assinam acordo dia 12 de abril

Após duas rodadas de negociações com a patronal e as assembleias realizadas por todos os sindicatos filiados à Fetquim (Federação dos Trabalhadores Quimicos), o acordo da Campanha Salarial dos Farmacêuticos 2021 será formalmente fechado no dia 12 de abril, às 14h, em cerimônia virtual que poderá ser acompanhada por todos os trabalhadores do setor.

O acordo garante a  Convenção Coletiva do setor, com todos os direitos sociais, por mais dois anos e  a reposição integral da inflação pelo INPC, que deve chegar a 6,50%, segundo estimativa do Banco Central.

Confira os ganhos:

O índice de reajuste oficial será divulgado até o dia 10 de abril e deve ser aplicado em todos os salários até o teto de R$ 8.800.

O vale-alimentação passa a ser de R$ 266 (para empresas até 100 trabalhadores), reajuste de 10,5%. Para empresas maiores (com mais de 100 trabalhadores), o vale alimentação será de R$ 400, correção de 10,6%.

O subsídio para medicamentos será corrigido pela inflação.

A data-base dos farmacêuticos é 1º de abril e o reajuste será retroativo.

Seguro-desemprego: confira como requerer

Criado em 1986, o seguro-desemprego funciona como um paliativo para que o trabalhador possa garantir alguma renda durante os meses seguintes à demissão. É uma tábua de salvação em um momento crítico para o trabalhador. No entanto, há regras que devem ser observadas para que esse trabalhador usufrua do benefício.

Confira abaixo quem tem direito e como solicitar o seguro:

Quem tem direito?

Para receber o seguro-desemprego, o trabalhador tem de se enquadrar nas seguintes exigências:

  • ter sido contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou seja, com carteira assinada.
  • ter sido demitido sem justa causa;
  • ter trabalhado (com carteira assinada) por pelo menos 12 meses nos últimos 18 anteriores à demissão, quando da primeira solicitação;
  • ter trabalhado pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses anteriores à demissão, quando da segunda solicitação do benefício;
  • ter trabalhado nos 6 meses anteriores à demissão quando das demais solicitações;
  • não ter renda própria para o seu sustento e da sua família;
  • não estar recebendo Benefícios de Prestação Continuada (BPC) ou outros benéficos da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

Qual o valor do seguro-desemprego?

O valor do seguro-desemprego é calculado com base na média salarial dos três meses anteriores à dispensa. O valor nunca poderá ser inferior a um salário mínimo (R$ 1.100) e nunca maior que o teto de R$ 1.911,84.

Qual a quantidade de parcelas?

O número de parcelas pagas varia de 3 a 5, de acordo com o tempo em que o trabalhador esteve empregado.

  • três parcelas para quem trabalhou de seis a 11 meses (anteriores à demissão, sempre com carteira assinada);
  • quatro parcelas para quem trabalhou de 12 a 23 meses;
  • cinco parcelas para quem trabalhou mais de 24 meses.

Após ser demitido, quando o trabalhador começa a receber o seguro?

A primeira parcela é liberada 30 dias após o trabalhador dar entrada no pedido do seguro. As parcelas seguintes são liberadas também com intervalo de tempo de 30 dias.

É possível acompanhar o andamento do pedido de seguro-desemprego pelo aplicativo Caixa Trabalhador, pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão da Caixa, pelo fone 0800-7260207 ou ainda pelo site da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

Como pedir o seguro-desemprego?

Trabalhadores formais devem ter em mãos os seguintes documentos:

  • Documento de identificação (RG e CPF);
  • Comprovante de inscrição no PIS/Pasep.
  • Requerimento do Seguro-Desemprego (documento fornecido pelo empregador na demissão)

Onde dar entrada no pedido de seguro-desemprego?

A solicitação pode ser feita em:

Veja o passo a passo:

Ou ainda:

  • Aplicativo móvel Carteira de Trabalho Digital (disponível para ANDROIDIOS
  • pelo E-mail das Superintendências Regionais do Trabalho: trabalho.(uf)@economia.gov.br. Obs.: em (UF), o trabalhador deve colocar a sigla do estado. Exemplo: trabalho.sp@economia.gov.brtrabalho.mg@economia.gov.br, etc.
  • App Caixa TrabalhadorObs.: neste aplicativo é possível também se informar sobre Abono Salarial, conferir o calendário de pagamentos, consulta as parcelas liberadas e outras dúvidas.
  • Disque 158 – para agendar, por telefone, o local de atendimento para dar entrada.
  • diretamente nas agências da Caixa.
*Com informações da CUT

3.869 mortes por covid-19 em 24 horas no Brasil

O Brasil registrou ontem, 31 de março, mais um triste recorde. Foram 3.869 vítimas em 24 horas. Com isso, o país registra 321.515 vidas perdidas para o vírus desde março do ano passado. Assim, mesmo sem contar a ampla subnotificação, o Brasil deve retomar até amanhã o posto de segundo país com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos. Na última semana, o México havia passado o Brasil, em uma recontagem de vítimas no país. O governo local resolveu admitir que as mortes em excesso registradas, mesmo sem realização de testes para a covid-19, seriam relacionadas à pandemia. Caso o Brasil fizesse o mesmo movimento, seriam mais de 410 mil mortos. Isso, de acordo com cálculos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), a partir de estimativas conservadoras.

Também nas últimas 24 horas, houve o registro de um número elevado de novos infectados. Esse aspecto revela que a pandemia segue descontrolada no Brasil, como afirmam institutos de referência para a covid-19. E está assim desde o fim do ano passado. Este avanço resulta no atual padrão elevado de mortes diárias, com consecutivo colapso do sistema de Saúde do país. Nas palavras da Fiocruz, trata-se da “maior crise sanitária e hospitalar da história”.

Foram 90.638 novos casos hoje (31). Com isso, o país chega a 12.748.787 pessoas contaminadas. Em relação à média diária de casos e mortes, os dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) revalidam a sentença de que este é o pior momento, com folga, do surto no Brasil. Em média, por dia nos últimos sete dias, morreram 2.977 pessoas e se infectaram 75.616.

*Com informações da Rede Brasil Atual 

 

14,3 milhões de brasileiros estão desempregados

A taxa de desemprego chegou a 14,2% e atingiu 14,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro. Este é o maior número de desempregados que o país registra desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Até agora, o maior contingente de brasileiros desempregados da série histórica havia sido registrado no trimestre encerrado em março de 2017 (14,1 milhões), um ano após o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff.

O número de desalentados, trabalhadores que pararam de procurar emprego depois de muito tentar e não conseguir também é o maior da série histórica da pesquisa. Após uma variação de 2,3%, o que representa estabilidade frente ao trimestre anterior, eles foram estimados em 5,9 milhões de pessoas.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia no Brasil 4,7 milhões de pessoas desalentadas, houve um acréscimo de 25,6%. São 1,2 milhão de pessoas a mais nessa situação.

Já a taxa de informalidade foi de 39,7%.

De acordo com o IBGE, apesar de ter ficado estável em 14,2% em comparação com o trimestre anterior, a taxa de desemprego é a mais alta para um trimestre encerrado em janeiro, mês que costuma ter dados de desemprego menores por causa das contratações feitas para as festas de fim de ano.

No trimestre encerrado em janeiro aumentou também o trabalho precário, sem direitos. Confira:

– subiu 3,6% o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado – o que representa um aumento de 339 mil pessoas sem direitos.

– também aumentou em 5,2% o total de trabalhadores domésticos sem carteira, que agora somam 3,6 milhões de pessoas.

– aumentou em 4,8% o total de trabalhadores por conta própria sem CNPJ totalizando 826 mil pessoas a mais.

Acesse a pesquisa completa no site do IBGE.

*Com informações da CUT

 

Senado aprova projeto que pune desigualdade salarial entre gêneros

O Senado Federal aprovou, em 30 de março, um Projeto de Lei que prevê a punição de empresa que discriminar trabalhadoras simplesmente pelo fato de serem mulheres.

A proposta, de relatoria do senador Paulo Paim (PT),  que tramita há dez anos no Congresso Nacional, insere multa na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e obriga a  empresa a compensar a funcionária alvo da discriminação.

O projeto ainda depende da sansão presidencial e, se aprovado, as mulheres, que se sentirem discriminadas no trabalho por ter salário menor do que de homens que exercem a mesma função, poderão entrar na justiça contra a empresa e receber de indenização até cinco vezes a diferença do valor multiplicada pelo período de contratação, até um limite de cinco anos.

A Secretária da Mulher Trabalhadora na CUT, Juneia Batista, disse que é cedo para comemorar a aprovação do PLC no Senado porque ainda precisa ser sancionado por  Bolsonaro. A sindicalista tem dúvidas se será sancionada ou não.

“O Senado fez um trabalho importante e as senadoras estão conseguindo mudar algumas realidades da Casa, mas no cenário que estamos vivendo e com a política desse desgoverno eu tenho muitas dúvidas se Bolsonaro vai sancionar qualquer coisa no sentido de diminuir a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Ainda mais ele, que já disse que mulher tem que ganhar menos porque engravida”, afirmou.

Dados confirmam desigualdade

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil as mulheres ganham 77,7% do salário dos homens, mesmo quando elas têm mais estudos do que eles. A atual crise sanitária, econômica e social que o país vive reforçou ainda mais a distância salarial entre homens e mulheres.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), elas seguiram ganhando menos, mesmo quando ocupavam cargos de gerência ou direção.

Para elas a hora paga foi de R$ 32,35 e para eles, de R$ 45,83. Com a mesma escolaridade, elas ganhavam em média R$ 3.910 e eles, R$ 4.910. Na comparação com mulheres negras, a diferença salarial é maior ainda.

A Secretária da Mulher Trabalhadora na CUT , ressalta que a luta por trabalho igual e salário igual existe, no mínimo, há  70 anos. O Brasil ratificou na década de 1950 a Convenção 100 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da igualdade e remuneração entre homens e mulheres, por trabalho de igual valor.

Junéia também lembrou que as mulheres da CUT, desde sua fundação, sempre lutaram em defesa da igualdade salarial, o combate à violência, por mais mulheres nos cargos de poder, por creche e outras lutas feministas, sempre inter-relacionadas com raça.

“O Brasil ratificou a convenção da OIT mas nunca cumpriu, e a CUT trabalha todos os dias para mudar esta realidade e as mulheres da nossa Central não vão descansar enquanto não houver igualdade de gênero, na vida e no trabalho. Esta lei é fundamental para ajudar as mulheres trabalhadoras neste nosso propósito e, por enquanto, só temos a agradecer ao Paim e as mulheres senadoras. #SancionaBolsonaro”, finalizou a dirigente.

Ditadura nunca mais! Fora Bolsonaro!

Foi em 31 de março de 1964 que teve início a ditadura militar no Brasil, que durou 21 anos. Foram anos de tortura e perseguição. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgou uma nota de repúdio ao governo Bolsonaro e aos seus constantes ataques à democracia.

Em alguns lugares do país, nesta data, apoiadores de Bolsonaro fizeram atos em favor da ditadura.

Leia abaixo a nota da CUT:

Em 31 de março de 1964 teve início no Brasil uma ditadura militar-empresarial que durou 21 anos. A ditadura perseguiu, prendeu ilegalmente, torturou e assassinou milhares de brasileiros e brasileiras. Com apoio de grandes empresários e banqueiros, de latifundiários e do governo dos EUA a ditadura destruiu o país, deu início a um processo de endividamento externo e de desnacionalização da economia.

A ditadura caracterizou-se por estimular relações bastante questionáveis entre grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras com o governo federal e seus aliados nos Estados e municípios. A corrupção foi uma marca desse período. A cúpula das forças armadas acumulou inúmeros privilégios. Oficiais das forças armadas se envolveram com o garimpo e outras atividades ilegais na Amazônia e outras regiões do Brasil.

A ditadura torturou bebês, crianças, mulheres grávidas. Torturadores, que eram agentes do Estado, estupraram presas políticas. Pais foram torturados na frente dos filhos, colocados no “pau de arara”, na “cadeira do dragão” ou sofrendo o “afogamento” ou outras torturas aplicadas durante os “interrogatórios “.

A ditadura praticou o desaparecimento forçado de centenas de jovens, cujos cadáveres, até hoje, não foram entregues a seus familiares.

A CUT vem manifestar seu mais intenso repúdio a qualquer celebração desse período trágico da história do Brasil. Celebrar a tortura e a morte é algo típico do governo Bolsonaro, um genocida que não tem a mínima preocupação com a vida do povo brasileiro.

Bolsonaro é herdeiro desse regime antidemocrático, antipopular e antinacional, que durou de 1964 a 1985.

A CUT também repudia qualquer posição de representantes do poder judiciário ou legislativo que venham a estimular a comemoração desse ato inconstitucional que foi o golpe de Estado de 31 de março.

A CUT lutará sempre para resgatar a Memória, estabelecer a Verdade e garantir que seja feita a Justiça.

Nesse 31 de março, fica nossa homenagem aos mártires da Resistência contra a ditadura, homens e mulheres que perderam a liberdade ou a vida para defender ideias, valores e princípios.

Seguiremos pelos caminhos da resistência popular e democrática, honrando militares como Apolônio de Carvalho, Carlos Lamarca e Nelson Werneck Sodré, e civis como Iara Iavelberg, Helenira Resende e Aurora Maria Nascimento Furtado.

A CUT jamais esquecerá os crimes cometidos pela ditadura, e está preparada para defender as liberdades democráticas e outras conquistas da classe trabalhadora.

DITADURA NUNCA MAIS!

PELA MEMORIA, VERDADE E JUSTIÇA!

FORA BOLSONARO!

Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores  (CUT)

31 de março de 2021

Sindicato garante reposição da inflação e direitos para o setor farmacêutico

Depois de muitas conversas com o sindicato dos empresários, a diretoria do Sindicato conseguiu garantir a reposição integral da inflação, que deve chegar a 6,50% (segundo a prévia do Banco Central), para os trabalhadores do setor farmacêutico .

Considerando uma conjuntura de crise econômica e estagnação da economia mundial provocada pela COVID-19, a diretoria do Sindicato avalia o resultado das negociações positivamente.

O índice de reajuste oficial  deve ser divulgado até o dia 10 de abril e  deve ser aplicado em todos os salários até o teto de R$ 8.800.

O  vale-alimentação passa a ser R$ 266  (para empresas até 100 trabalhadores), correção de 10,5%; e R$ 400 (para empresas com mais de 100 trabalhadores), correção de 10,6%. O subsídio para medicamentos será corrigido pela inflação.

De acordo com Deusdete das Virgens, diretor do Sindicato e coordenador de Finanças da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico), o setor garantiu também os direitos da convenção coletiva até 2023 e isso, sem dúvida, neste momento é um ganho imensurável.  “Vivemos um momento em que o governo pressiona de todos os lados pela retirada de direitos e nós conseguimos estender todos os direitos para os farmacêuticos até 2023”, lembra o dirigente.

Com a inflação pesando mais sobre os itens alimentares, o sindicalista salienta ainda que um reajuste de mais de 10% no vale-alimentação também é uma conquista importante neste momento.

A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos farmacêuticos não teve reajuste. Porém, a grande maioria das empresas têm programas próprios, baseados em lucros e metas de cada empresa.

Os trabalhadores do setor votaram pela assinatura do acordo em assembleia virtual realizada no último domingo, 28.

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