A principal bandeira de luta da CUT neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, é a correção da tabela do imposto de renda.
O presidente Lula (PT), durante a sua campanha eleitoral em 2022, prometeu corrigir a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para que trabalhadores com renda até R$ 5 mil ficassem isentos da contribuição.
O teto de isenção estava congelado em R$ 1.903,98 desde 2015, ano em que Dilma Rousseff (PT), ainda era presidenta do Brasil. Somente em 2023, com Lula na presidência é que a tabela voltou a ser corrigida para R$ 2.640,00, e em fevereiro deste ano saltou para R$ 2.824,00, o que segundo o governo federal beneficiará mais de 35 milhões de brasileiras e brasileiros, devido à progressividade da tabela.
Ainda assim, a defasagem é grande, fazendo com que, quem tem renda menor paga proporcionalmente mais imposto do que os ricos, tornando a carga tributária brasileira extremamente injusta.
Embora entenda que as condições econômicas das contas governamentais impõem algumas restrições para que a correção atinja os R$ 5 mil já em 2025, o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, defende que a cobrança de menos impostos para quem ganha até R$ 5 mil deixa mais recursos na mão do trabalhador, que sofre com os baixos salários existentes no Brasil.
“Mais recursos nas mãos do trabalhador geram melhoria na sua condição de aquisição de bens, de produtos e tudo mais, e permite, obviamente, o acesso a mais alimentos, a mais serviços, e fazendo que a economia gire um pouco mais no sentido de consumo, porque quem faz a economia girar no comércio, no serviço são justamente aqueles que recebem salários mais baixos”, diz Ariovaldo.
O dirigente, ressalta, no entanto, que para que a correção da tabela do IRPF não comprometa as políticas públicas e as contas do governo federal é preciso que alguém pague essa conta, o que, segundo ele, passa por uma reforma tributária em que o rico pague mais.