Governo acaba com o REIC e deve gera mais desemprego no setor

O governo Bolsonaro editou a Medida Provisória 1.095 no dia 31 de dezembro de 2021 extinguindo o Regime Especial da Indústria Química (REIQ).  Essa medida revoga a tributação especial do PIS/Cofins donafta e de outros produtos utilizados na indústria química e petroquímica.

A medida faz parte de um plano de ataques a indústria brasileira e deve gerar ainda mais desemprego no país.  Veja abaixo a nota de repúdio divulgada pelo Sindicato com mais informações sobre o assunto:

O que significada a extinção do REIQ? Governo age na calada da noite para impor sua vontade e contraria decisão do Congresso

A presidenta Dilma Rousseff criou o Plano Brasil Maior (PBM) com foco na competitividade da indústria em 2013. O plano envolvia 19 setores industriais e de serviços e foi amplamente debatido por um grupo de trabalho tripartite, composto por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários.

Pela primeira vez na história do país as questões da indústria foram discutidas com todos os segmentos da sociedade, e isso ocorreu num governo do PT. O processo avançou mais em alguns segmentos do que em outros, mas a experiência foi positiva e mostrou que é possível pensar as questões do empresariado em sintonia com os interesses dos trabalhadores.

Na indústria química/petroquímica, dentre as medidas propostas, foi aprovada a desoneração do PIS/Cofins sobre matérias primas básicas com o objetivo de reduzir os custos de produção, ampliar a produção nacional, os investimentos e estimular a competitividade com os produtos importados.

A proposta adotada reduzia para 1% a alíquota do PIS/Cofins sobre os insumos, ante os 5,6% pagos anteriormente, mantendo os créditos em 9,25%. Portanto, com as novas regras o crédito final sobe de 3,65%, para 8,25%.

O Regime Especial da Indústria Química (REIQ)  -transformado na lei 12.859, em setembro de 2013 – deveria vigorar até  1º de janeiro de 2024, quando os benefícios fiscais previstos na lei seriam extintos.

Porém, no ano passado, o governo Bolsonaro enviou para o Congresso a MP 1.034/21 revogando, entre outros benefícios, a Lei. 12.859.

Na Câmara a MP 1.034/21 foi analisada e enviada ao Senado com modificações. A Câmara aprovou que, no caso do REIQ, a desoneração do PIS/Cofins deveria ser realizada de forma gradual, até 2025, ao contrário da proposta enviada por Bolsonaro, que queria extinção imediata.  O Congresso inclusive transformou a MP na lei 14.183, que colocaria um ponto final no assunto.

Mas Bolsonaro não se deu por vencido. Na virada do ano o governo enviou ao Congresso uma nova MP, a 1.095/21, extinguindo imediatamente o REIQ. A justificativa da MP é compensar a desoneração do IR que seria recolhido por empresas aéreas sobre o leasing de aeronaves, prevista na MP 1.094/21. Ou seja, “ despiu um santo para cobrir outro”.

O que mais chama a atenção é a forma como isso foi feito, por meio de Medida Provisória (MP), sem compromisso ou respeito pelo setor e pelo próprio Congresso Nacional que já havia definido o fim dos incentivos de forma gradual, com encerramento em 2025.

Em geral, os setores empresariais costumam acusar os governos por gerar instabilidade no ambiente de negócios e pelo excesso de legislação no setor que geram custos e insegurança jurídica.  A ironia é que o governo anterior, de Dilma Rousseff, organizou uma agenda positiva com ampla participação dos setores econômicos beneficiando vários segmentos da indústria.

Já no governo Bolsonaro prevalece a afronta à democracia e às decisões do Congresso. Bolsonaro governa por meio de Medidas Provisórias gerando insegurança e instabilidade e não tem iniciativa para recuperar a indústria nacional, ao contrário, prega a competitividade predatória.

O setor alerta que o aumento de impostos na cadeia química e a elevação dos custos dos produtos devem gerar retração de demanda na indústria química brasileira. A eliminação do benefício de 3,65% sobre a aquisição de matéria prima tornará a produção de diversos parques produtivos inviável.

De acordo com estudos da FGV – considerando o aumento do custo da matéria prima de 3,65% e sabendo que ela representa 60,9% da receita liquida de vendas – o fim do REIQ reduzirá as margens em 2,22 %, ou seja, de 11,4% para 9,2%.

A estimativa é de que a queda de receita deve ser de R$ 2,7 bilhões, num cenário mais otimista, podendo chegar a R$ 5,7 bilhões, num cenário mais realista, com impactos sobre a cadeia produtiva de R$ 11,5 bilhões. No PIB o impacto chegará a R$ 5,5 bilhões anuais, com redução de 85 mil postos de trabalho e menos R$ 3,2 bilhões em arrecadação de impostos.

O estado da Bahia será um dos mais afetados, com a eliminação de 13 mil postos de trabalho e queda de R$ 500 milhões em arrecadação.

Em nota a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) informa que deve recorrer ao Congresso com o objetivo de reverter a MP.

Para além dos impactos que a medida representa para o setor, é importante chamar a atenção para a diferença entre as práticas adotadas pelo governo Dilma e Bolsonaro.  O governo anterior adotou práticas democráticas que estimulavam o diálogo e a participação dos atores sociais e o atual governo desrespeita o Congresso e despreza a democracia

Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo

Lula defende fim da reforma trabalhista  

Lula defende o fim da reforma trabalhista promovida pelo governo Michel Temer, em 2017.

Em suas redes sociais, Lula ressaltou nesta terça (4), a decisão da Espanha de fazer uma contrarreforma trabalhista,  já que lá como aqui, a retirada de direitos não promoveu a geração de empregos.

É importante que os brasileiros acompanhem de perto o que está acontecendo na Reforma Trabalhista da Espanha, onde o presidente Pedro Sanchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores.https://t.co/c4vH9SNXxH.

Frente Parlamentar da Indústria Farmacêutica visa fortalecer setor

Foi lançada no dia 7 de dezembro a Frente Parlamentar da Indústria Farmacêutica no Estado de SP, cujo objetivo é fortalecer a indústria farmacêutica nacional.

A mesa foi coordenada pelo anfitrião da casa, o deputado estadual Luiz Fernando (PT) que informou que a Frente já conta com a adesão de 25 deputados. A iniciativa foi articulada pela Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico) e pelo Sindicato dos Químicos de São Paulo.

“A conjuntura evidenciou a importância de se ter uma indústria  farmacêutica local  forte,  que desenvolva medicamentos. Na pandemia vimos os governos como o dos EUA confiscando respiradores para que não fossem vendidos  ao resto do mundo.  Aí vimos a importância da indústria local”, salientou Hélio Rodrigues, coordenador-geral dos Químicos de São Paulo.  O sindicalista lembrou ainda que a indústria farmacêutica gera muitos empregos em São Paulo e sua importância para o Estado.

Lula propões anistia das dívidas do Fies

A pedido do ex-presidente Lula, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) já tem pronto um projeto de lei para anistiar dívidas contraídas por estudantes do ensino superior que foram beneficiários do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). A anistia abrangeria o valor principal, juros, multas e demais encargos financeiros, e valeria para todos os financiamentos contraídos até 31 de dezembro de 2021.

Em palestra realizada esta semana no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po), Lula voltou a falar sobre a sua preocupação com os cerca de 1 milhão de estudantes inadimplentes, sem perspectivas de conseguir colocação no mercado de trabalho, e defendeu que o governo federal anistie os universitários.

Fora Bolsonaro racista foi o grito do Dia da Consciência Negra em todo o país

O Dia da Consciência Negra, neste sábado (20), se transformou em mais um dia de protesto contra o governo Bolsonaro.  O grito ouvido das ruas foi  “Fora Bolsonaro racista”.

Na Avenida Paulista, em frente ao MASP, o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, disse que a tarefa mais importante para a classe trabalhadora, neste momento, é por um fim ao governo Bolsonaro , um governo racista e criminoso.   “Nós queremos outro país. Um Brasil com desenvolvimento, emprego, justiça social e democracia. Este Brasil não é possível com Bolsonaro e seu governo, pois cada dia dele na presidência significa mais morte, mais fome e mais sofrimento”, declarou o presidente da CUT Nacional.

Segundo o IBGE 56,1% da população brasileira é negra e essa parcela da população é a mais atingida pelo desemprego, pela fome e pela violência.

Assembleia da categoria discute adequações do estatuto

Na próxima quinta (25), às 19 horas, os trabalhadores associados ao Sindicato se reúnem para discutir adequações do estatuto.

Para participar é preciso se inscrever antecipadamente no link abaixo:

https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZYvfu6grDIvH9Zmxqrz_MBjgfgZwm4EQb-8

No dia da assembleia todos os cadastrados receberão um novo link por e-mail para acessar a sala do Zoom.

Em caso de dúvidas entre em contato pelo tel.  3209-3811, ramal 3, ou pelo WhatsApp do Sindicato  99306-2746.

Somente trabalhadores associados podem participar !

Lula defende que país adote projeto de inclusão social para economia crescer

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (15), em Bruxelas (Bélgica), que como candidato à presidência do país em 2022 vai lutar para “resgatar a democracia e colocar o pobre no orçamento”. “Quando o pobre tem dinheiro, a economia passa a funcionar”, disse Lula ao defender que, se eleito, promoverá uma grande e forte política de inclusão social no país. O ex-presidente ainda disse que, além de colocar o pobre no orçamento, é preciso colocar o rico no Imposto de Renda para promover a justiça social no país.

Em entrevista coletiva, Lula também comentou sobre as especulações em torno do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como seu provável vice na chapa à presidência. Indagado se não teria medo de que com Alckmin se repetisse o episódio de traição do então vice-presidente Michel Temer, que em 2015 e 2016 atuou pelo impeachment de Dilma Rousseff, Lula afirmou que ainda não há qualquer definição de nomes e frisou que não está procurando candidato a vice.

Comentando as especulações da imprensa, Lula disse: “Eu tenho 22 candidatos a vice e oito ministros da Economia e eu ainda nem decidi ser candidato”. Quanto ao nome do vice, Lula disse que “tem que ser uma pessoa que some”. Sobre Alckmin, ele também afirmou que tem uma “extraordinária relação” com o ex-governador e que não há nada que possa ter acontecido que impeça uma reconciliação entre ambos. “Tenho profundo respeito pelo Alckmin”, disse.

Lula concedeu entrevista no Parlamento Europeu. Ao seu lado, participou da entrevista a deputada espanhola Iratxe Garcia Pérez, membro do parlamento europeu desde 2004 e representante da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas.

Encontro com Stiglitz
Nesse domingo, Lula também se reuniu com o ganhador do prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz. “Discutimos a superação do neoliberalismo e a urgência de se construir um futuro que leve em consideração o bem-estar das pessoas”, disse Lula nas redes sociais.

Nesta segunda, o ex-presidente também participou de um encontro em Bruxelas, promovido pelo bloco social democrata do Parlamento Europeu, para discutir como o mundo pode sair mais forte da pandemia a partir de uma agenda progressista. A aproximação e fortalecimento de relações entre os blocos europeu e latino-americano também foram discutidos no encontro.

Colônia de Solemar reabre com piscina

No útimo sábado (13) todos os espaços de lazer do Sindicato foram reabertos: colônias de Solemar e Caraguatatuba e clube de Campo de Arujá.

A grande novidade é que na colônia de férias de Solemar, em Praia Grande, foi inaugurado o parque aquático que conta com piscinas adulto e infantil e vestiários.  “É muito gratificante entregar essa obra que é uma antiga reivindicação da categoria, que inclusive foi aprovada em Congresso”, disse o coordenador geral do Sindicato, Hélio Rodrigues,

A colônia também recebeu uma placa em homenagem ao ex-presidente da Associação dos Aposentados, José Cecílio Irmão, que faleceu no ano passado.