Brasileiros protestam contra preços altos

Nos dias 24, 25 e 26 de junho a população brasileira vai às ruas denunciar o estrago que a política econômica e social adotada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) está fazendo em suas vidas.

Serão três dias do Mutirão de Mobilização, organizado pelo Movimento Juntos Pelo Brasil por meio de seus Comitês Populares em Defesa da Classe Trabalhadora e pela Democracia.

As ações serão feitas tanto em comércio – supermercados, feiras, quitandas, padarias e outros locais onde os brasileiros ‘sentem o peso dos preços’ – quanto nas redes sociais para dar ainda mais visibilidade a insustentável realidade de carestia e fome pela qual passa o Brasil com Bolsonaro.

Plano de governo de Lula prioriza empregos e direitos

O plano de governo da chapa Lula-Alckmin, divulgado nesta terça-feira (21), prevê a retomada da indústria nacional, a implantação de uma política de reforma agrária com o estímulo à economia solidária, criativa e verde, além de uma reformulação do Bolsa Família e da valorização do salário mínimo, como forma de retomar o crescimento econômico do Brasil.

As diretrizes também apontam que a chapa é contrária às privatizações e ao teto de gastos que impede investimentos públicos em áreas essenciais como saúde e educação, além da construção de políticas para combater à fome e a inflação e em defesa da Amazônia.

Sobre emprego e renda

“O Brasil precisa criar oportunidades de trabalho e de emprego. Para isso, propomos a retomada dos investimentos em infraestrutura e em habitação; a reindustrialização nacional em novas bases tecnológicas e ambientais; a reforma agrária e o estímulo à economia solidária, à economia criativa e à economia verde inclusiva, baseada na conservação, na restauração e no uso sustentável da nossa biodiversidade”, diz o documento.

“Também deve estender o apoio ao cooperativismo, ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas”, destaca o documento “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil”.

Valorização do salário mínimo

O texto também ressalta a necessidade da retomada da “política de valorização do salário mínimo visando à recuperação do poder de compra de trabalhadores, trabalhadoras, e dos beneficiários e beneficiárias de políticas previdenciárias e assistenciais, essencial para dinamizar a economia, em especial dos pequenos municípios”.

Previdência social para todos

Também está prevista a “reconstrução da seguridade e da previdência social, para ampla inclusão dos trabalhadores e trabalhadoras, por meio da superação das medidas regressivas e do desmonte promovido pelo atual governo.”

“A proteção previdenciária voltará a ser um direito de todos e de todas. Frente aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras hoje excluídos, o desenvolvimento econômico, a geração de empregos e a inclusão previdenciária serão centrais para a sustentabilidade financeira do regime geral de previdência social”, ressalta o material.

Não às prizatizações

Entre as 121 direitrizes elaboradas pelo PT e pelos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos pelo Brasil – PSB, PC do B, Psol, Rede, PV e Solidariedade – está a oposição às privatizações da Petrobras, Eletrobras, Correios e bancos públicos -Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB).

Petrobras

O documento diz que a Petrobras “voltará a ser uma empresa integrada” e voltada para garantir a soberania energética do Brasil. “Opomo-nos fortemente à privatização, em curso, da Petrobras e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA)”.

“A Petrobras terá seu plano estratégico e de investimentos orientados para a segurança energética, a autossuficiência nacional em petróleo e derivados e a garantia do abastecimento de combustíveis no país”, diz o texto que segue: “Portanto, voltará a ser uma empresa integrada de energia, investindo em exploração, produção, refino e distribuição, mas também atuando nos segmentos que se conectam à transição ecológica e energética, como gás, fertilizantes, biocombustíveis e energias renováveis. É preciso preservar o regime de partilha, e o fundo social do pré-sal deve estar, novamente, a serviço do futuro”.

Eletrobras

A Eletrobras, segundo a lista de diretrizes, vai no mesmo sentido: “Opomo-nos à privatização da Eletrobras, maior empresa de geração de energia elétrica da América Latina, responsável por metade das linhas de transmissão do país. Precisamos recuperar seu papel como patrimônio do povo, preservando nossa soberania energética, e viabilizando programas como o Luz para Todos, que terá continuidade, e uma política sustentável de modicidade tarifária”.

Correios

Sobre os Correios, o texto diz: “opomo-nos à privatização dos Correios, uma empresa com importante função social, logística e capilaridade em todo o território nacional”.

O esboço do plano de governo também se compromete com o fortalecimento de bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e a Finep, “em sua missão de fomento ao desenvolvimento econômico, social e ambiental e na oferta de crédito a longo prazo e garantias em projetos estruturantes, compromissados com a sustentabilidade financeira dessas operações”.

Taxação dos mais ricos

A tributação dos chamados “super-ricos” também consta das diretrizes da chapa Lula/Alckmin.  “Construiremos um novo regime fiscal, que disponha de credibilidade, previsibilidade e sustentabilidade. Ainda, que possua flexibilidade e garanta a atuação anticíclica, que promova a transparência e o acompanhamento da relação custo-benefício das políticas públicas, que fortaleça o Sistema de Planejamento e Orçamento Federal e a articulação entre investimentos públicos e privados, que reconheça a importância do investimento social, dos investimentos em infraestrutura e que esteja vinculado à criação de uma estrutura tributária mais simples e progressiva. Vamos colocar os pobres outra vez no orçamento e os super-ricos pagando impostos”.

Menos impostos sobre o consumo

Lula e Alckmin se comprometem, segundo o documento, a reduzir os impostos sobre consumo, no escopo de uma nova reforma tributária.

“Proporemos uma reforma tributária solidária, justa e sustentável, que simplifique tributos e em que os pobres paguem menos e os ricos paguem mais. Essa reforma será construída na perspectiva do desenvolvimento, ‘simplificando’ e reduzindo a tributação do consumo, corrigindo a injustiça tributária ao garantir a progressividade tributária, preservando o financiamento do Estado de bem estar social, restaurando o equilíbrio federativo, contemplando a transição para uma economia ecologicamente sustentável e aperfeiçoando a tributação sobre o comércio internacional, desonerando, progressivamente, produtos com maior valor agregado e tecnologia embarcada”.

Combate à sonegação

Entre as diretrizes está o combate a sonegação de impostos, “um mecanismo que historicamente transfere renda das camadas mais pobres para as camadas de maior renda da sociedade”.

“Vamos fazer os muito ricos pagarem imposto de renda, utilizando os recursos arrecadados para investir de maneira inteligente em programas e projetos com alta capacidade de induzir o crescimento, promover a igualdade e gerar ganhos de produtividade”.

Combate à inflação

Como medida para combater a inflação e a carestia, o eventual terceiro governo Lula fará uma “transição para uma nova política de preços dos combustíveis e do gás, que considere os custos nacionais e que seja adequada à ampliação dos investimentos em refino e distribuição e à redução da carestia”.

A proposta é ‘desdolarizar’ o preço dos combustíveis no Brasil e trabalhar pela autossuficiência do país. “Os ganhos do pré-sal não podem se esvair por uma política de preços internacionalizada e dolarizada: é preciso abrasileirar o preço dos combustíveis e ampliar a produção nacional de derivados, com expansão do parque de refino”.

Sobre o documento

O documento com a diretrizes da chapa Lula/Alckmim será colocado em uma plataforma digital (programajuntospelobrasil.com.br), onde os cidadãos poderão fazer sugestões.

“Em cima dessas diretrizes, as pessoas vão poder colocar para nós as sugestões, que caminhos devemos seguir, quais são suas propostas para melhorar. É assim que a gente reconstrói o país. A vida do povo é a prioridade. Aqui tem a saída para o Brasil, não tenho dúvida”, disse a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, durante a abertura de lançamento.

*Com informações do Instituto Lula 

Salário mínimo não compra mais nem uma cesta básica em São Paulo

O valor da cesta básica ampliada divulgada pela Fundação Procon de São Paulo, em maio,  custou R$ 14,12 a mais do que o salário mínimo na capital paulista.

A cesta ampliada subiu 1,36% em maio, passando a custar  R$ 1.226.12, enquanto o piso nacional está em R$ 1.212 desde janeiro deste ano, quando foi reajustado em 10%, sem  aumento real.

Quando a política de valorização do salário mínimo ainda estava em vigor e a inflação estava controlada,  em setembro de 2019, o piso nacional de R$ 998, comprava uma cesta de R$ 739,07 e sobravam R$ 258,93.

No Brasil, 36,4 milhões de trabalhadores formais e informais ganham o salário mínimo – 8,2 milhões a mais do que no final de 2018, quando Bolsonaro ganhou a eleição presidencial.

Alexandre de Moraes é o novo presidente do TSE

O ministro Alexandre de Moraes foi eleito nesta terça-feira (14) o novo presidente do  Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ministro garantiu que o processo eleitoral será limpo e transparente.  “A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil”, completou.

Moraes, que assumirá o comando do tribunal em agosto no lugar de Edson Fachin, tem sido um dos principais alvos do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. No STF, ele é relator de inquéritos em que Bolsonaro figura como investigado.

XP Investimento cancela divulgação de pesquisa para agradar clientes

Diversos veículos de comunicação e instituições vem divulgando pesquisas de intenção de voto e em todas o ex-presidente Lula aparece na frente do então presidente, Jair Bolsonaro.

A corretora XP Investimentos vinha fazendo o mesmo, mas na última semana cancelou a divulgação da pesquisa encomendada para o Instituto Ipespe, pressionada por seus clientes, em sua maioria do agronegócio. A informação é de que eles não gostaram de ver o resultado, com o ex-presidente Lula (PT), disparado na liderança.

Abaixo reproduzimos o artigo de Matheus Pichonelli, colunista do UOL, que faz uma importante análise sobre o assunto.

Após pressão bolsonarista,  XP cancela pesquisa. Cliente tem sempre razão?

“Pós-verdade”, eleita a palavra do ano em 2016 pelo Dicionário Oxford, virou verbete listado no site oficial da Academia Brasileira de Letras.

Não se trata de um neologismo que simplesmente chegou para substituir a boa e velha “mentira”. É um pouco mais complexo que isso.

Pela definição da ABL, trata-se de uma “informação ou asserção que distorce deliberadamente a verdade”, ou algo real, caracterizada pelo forte apelo à emoção, e que, tomando como base crenças difundidas, em detrimento de fatos apurados, tende a ser aceita como verdadeira, influenciando a opinião pública e comportamentos sociais.

De 2016 pra cá, é verdade, o termo caiu em desuso. Foi esquecido à medida que o verbete anglófono “fake news” se popularizou em meio à profusão de lorotas criadas por profissionais e espalhadas pelos ventos das redes sociais.

Mas nem por isso a pós-verdade deixou de pautar a opinião pública e o comportamento social. Pelo contrário: nunca operou com tanta força.

Em períodos eleitorais, o fenômeno é facilmente observado em qualquer residência ou mesa de bar onde se reúnam duas ou mais pessoas em nome de alguma divindade política.

Como se saíssem de um estado de hibernação a cada quatro anos, os seguidores surgem das sombras para reverter votos e converter os infiéis. A missão é quebrar a resistência ao papo furado de que seu candidato reúne os atributos para liderar a cruzada contra todo os tipos de inimigos, muitos dos quais só habitam em suas cabeças, modeladas em algum regime pré-queda do Muro de Berlim, em 1989.

Sabe-se que a liga do eleitor com seu candidato é movida muitas vezes pelo componente emocional, contra os quais dados, notícias e curiosidades não fazem arranhão. O mito, diria Fernando Pessoa, é o nada que é tudo.

Daí que nessa época do ano é comum ver todo tipo de pregação. Aluno quer ensinar professor a dar aula. Militante alimentado por WhatsApp quer reescrever as páginas de jornais. Pastores transformam púlpito em palanque. E até cantores sertanejos deixam de lado o berrante para pregar em louvor de seu candidato — geralmente em palcos pagos com dinheiro público.

Se havia algum limite, ele parece ter sido cruzado depois que clientes bolsonaristas da XP Investimentos, parte deles ligada ao agronegócio, espernearam em razão das pesquisas do Instituto Ipespe encomendadas pela corretora na semana passada.

O motivo, segundo noticiou a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, é que eles estavam descontentes com os números, apurados pelo instituto, que apontavam favoritismo do ex-presidente Lula (PT) na corrida presidencial. Esses números solapavam a base de suas crenças, aceitas como verdade, e difundidas em detrimento de fatos apurados.

Esses fatos apurados mostravam que Lula marcava 45% das intenções de voto contra 34% de Jair Bolsonaro. Mais: a mesma pesquisa dizia que 35% dos eleitores consideravam a honestidade um atributo do petista — índice superior ao do ex-capitão, cuja retidão é reconhecida por 30%.

Foi o estopim para a revolta.

Na narrativa bolsonarista, o capitão pode até pecar pela falta de inteligência, de capacidade de liderar um país em crise ou pela ausência de humanidade e empatia com as vítimas das tragédias que causa ou acentua, mas pelo menos é honesto por dizer o que pensa.

No imaginário da turma, rachadinha, uso indevido de auxílio-moradia, suspeitas no FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), na negociação de vacinas e compras de caminhões, ônibus, laptops e carteiras escolares para a rede pública são só intriga de quem perdeu a mamata e agora quer vingança.

Com raiva da mensagem apontada na pesquisa, os clientes da XP decidiram matar o mensageiro.

A divulgação do último levantamento, já registrado no TSE, foi cancelada. E o que antes era boletim semanal passará a ser mensal com remodelação. Quem sabe assim os números da realidade se aproximem daquela onde pensam viver os donos do dinheiro.

A pressão começou no grupo de WhatsApp usado para representantes dos escritórios de investimento se comunicarem com o departamento de marketing da corretora, de acordo com a coluna Radar Econômico, da revista Veja.

Uma cliente chegou a pedir aos líderes da área para “rever” pesquisas do tipo porque elas “não agregavam nada aqui na ponta”.

Faltava só alguém lançar um meme com o rosto de Donald Trump exigindo a paralisação das apurações.

Nas redes sociais, o mal estar se converteu em ataques explícitos protagonizados por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e companhia.

Até ministros chegaram a telefonar para a XP para reclamar dos resultados.

Mas a situação ficou séria mesmo quando os clientes revoltados ameaçaram fechar contas e retirar seus investimentos da XP.

Uma coisa é perder a razão. Outra é perder dinheiro. Não é difícil descobrir de que lado a corretora de valores ficou.

A trapalhada acontece no momento em que políticos adeptos da pós-verdade se organizam para inviabilizar o trabalho dos institutos de pesquisas. Um dos muitos projetos de jerico na praça prevê a obrigatoriedade de as empresas informarem, a cada nova pesquisa, uma espécie de “taxa de acerto” nas últimas eleições.

Pesquisas, vale lembrar, captam momento, e acontece muita coisa entre o céu e a terra do primeiro levantamento até a véspera da votação.

Bolsonaro e seus soldados, que há anos distorcem deliberadamente a verdade e juram não acreditar em jornais ou institutos de opinião, querem agora reescrever o dicionário: pesquisa é tudo aquilo que confirma a verdade que habita em minha cabeça, talkei?

Difícil saber quem agiu pior no episódio: se os terraplanistas de pesquisa eleitoral ou a empresa que cedeu à pressão.

*Matheus Pichonelli, colunista do UOL

Café sobe mais de 67% e lidera ranking de alimentos mais caros

O brasileiro está pagando 67,01% a mais pelo café moído, o líder no ranking dos preços altos, seguido de perto pelo tomate (+55,62%), pela batata inglesa (+54,3%) e cebola (+48,93%), entre outros produtos da cesta básica.

O  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quinta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta uma leve desacelerada nos preços (+0,47), mas a alta acumulada no ano já está em 11,73% e está pesando muito no bolso do trabalhador.

Confira os produtos da cesta básica que mais subiram em 12 meses:

– Café moído: 67,01%

– Tomate: 55,62%

– Batata-inglesa: 54,3%

– Cebola: 48,93%

– Açúcar refinado: 35,74%

– Óleo de soja: 31,25%

– Leite longa vida: 29,28%

– Farinha de trigo: 27,8%

– Frango em pedaços:  22,71%

– Feijão carioca: 19,03%

– Frango inteiro: 17,81%

– Pão francês: 15,59%

– Manteiga: 12,34%

– Arroz: 10,27%

Cai em 15,3% o número de empresas abertas. Nem MEIs estão sendo criadas

O número de empresas abertas no Brasil caiu em 15,3% no primeiro quadrimestre do ano (janeiro a abril), na comparação com o mesmo período do ano passado e nem as  MEIs (micro empresas individuais) estão sendo criadas.

No total foram abertas 1,35 milhão empresas e fechadas 542 mil.  A informação está no “Mapa da Empresas”, divulgado pelo Ministério da Economia.

Além da diminuição no número de novos negócios regularizados chama a atenção o fato de que 82,5% (1,11 milhão) são individuais, são as  chamadas MEIs, criadas para regularizar a situação de trabalhadores que não conseguem emprego formal e passam a emitir uma única nota fiscal para receber o salário.

As MEIs em sua maioria  são abertas por trabalhadores que foram excluídos do mercado formal após a aprovação da Reforma Trabalhista, trabalham normalmente como qualquer outro, tem uma jornada diária normal, como qualquer outro, mas foram terceirizados pela empresa e não têm direito a férias, 13º salário, FGTS e outros direitos.

De acordo com o  pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), Remígio Todeschini,  legalizar o bico, em forma de MEIs, “é o  canibalismo do trabalho”. “É tirar o direito à uma aposentadoria decente porque o contribuinte só precisa pagar R$ 60 por mês, mas quando chegar o tempo de se aposentar vai receber apenas o salário mínimo (R$ 1.212) e, se quiser ganhar mais, vai ter de contribuir individualmente por ele e pela empresa que é dele mesmo”, critica Todeschini.

Câmara aprova extinção de benefícios fiscais para o setor químicos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (31) a Medida Provisória 1095/2021, que prevê a extinção gradual do Regime Especial da Indústria Química (REIQ) durante este ano, colocando em risco milhares de empregos no setor e impactando nos índices de inflação.

Os deputados aprovaram uma das seis emendas do Senado para a MP, que será enviada à sanção presidencial. De acordo com o texto aprovado, em vez do fim imediato do incentivo, como constava da MP original e como queria o governo de Jair Bolsonaro (PL), haverá uma nova transição até 2027, com extinção a partir de 2028.

Os benefícios fiscais para o setor químico e petroquímico foram conquistados, em 2013, quando o REIQ foi criado, após muito debate, negociação e luta dos trabalhadores e, inicialmente valeria até 2025.

O REIQ previa a redução das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre matérias-primas químicas e petroquímicas para proteger a indústria nacional e cerca de 85 mil empregos.

A MP aprovada ontem, que prevê a gradual extinção dos benefícios fiscais à indústria química e petroquímica, coloca o setor e os empregos em risco. Isso porque, se por um lado, pode aumentar a arrecadação em mais de R$ 500 milhões. Por outro lado, pode aumentar o preço de produtos industrializados como um todo, uma vez que o setor petroquímico produz matérias primas para os demais e, consequentemente, impactar na alta dos preços que já vem atormentando a população brasileira há mais de sete meses.

*Com informações da Fetquim

 

O Sindicato está no Telegram

Pensando sempre em aprimorar a comunicação com o trabalhador, o Sindicato agora está também no Telegram.

Para entrar na rede de contatos da entidade e receber informações atualizadas diariamente, basta apontar a câmera do seu celular para o QR Code da Imagem, que você entrará automaticamente no grupo.

Ou, se preferirir, cadastre o número (11) 99443-8613, mande um olá e você será incluído no grupo.