Bolsonaro volta a atacar STF e chama ato em 7 de setembro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e convocou apoiadores para atos em 7 de Setembro durante convenção realizada ontem (24), quando foi anunciado oficialmente candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL). “Nós não vamos sair do Brasil. Nós somos a maioria, somos do bem. Nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade e nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez”, conclamou.

E disse ainda que “estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo”. “Têm que entender que quem faz as leis é o poder Executivo e o poder Legislativo”, continuou, em referência aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que têm se posicionado contra as ameaças bolsonaristas.

Bolsonaro está em segundo lugar em todas as intenções de voto e tem atacado insistentemente o STF e as urnas eletrônicas, as mesmas que o elegeram.

*Com informações da Rede Brasil Atual 

O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é importante para denunciar o racismo

O Dia da Mulher Negra, celebrado em 25 de julho é um dia especial, mas também de luta das mulheres negras por dignidade e melhores condições de vida. As marcas da desigualdade na sociedade brasileira e no que se refere a mulher negra, o impacto é ainda maior do que para o restante da população.

O dia 25 de junho, chamada oficialmente de Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha faz parte das atividades do Julho das Pretas, mês em que a luta ganha visibilidade. No Brasil, pela Lei nº 12.987/2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, a data também passou a ser o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola do século 18.

No Brasil de hoje, não é mais possível debater um projeto de nação e desenvolvimento econômico sem a participação das mulheres negras e da população negra. Pois os três séculos de escravidão deixaram marcas profundas no país e um padrão de desigualdade racial, de gênero e classe pouco mudou.

Aliás, piorou com os ataques do governo neoliberal e de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL) que não tem nenhuma política pública voltado para as mulheres negras.

O país se encontra numa a paralisia social onde as negras e negros amargam os piores indicadores sociais. Na hierarquia de gênero, somos nós, mulheres negras, que ocupamos os espaços mais precários em relação às mulheres brancas, homens brancos e homens negros.

Como diz a música ‘Sorriso negro’, de Dona Ivone Lara, são as mulheres negras que ficam mais ‘sem emprego, sem sossego’. A Taxa de desemprego de mulheres negras é o dobro da de homens brancos.

A mulher negra sofre com os piores índices possíveis, não só no desemprego, mas em relação à discriminação e a violência. Em 2019, a cada 2 horas uma mulher foi assassinada no Brasil. É o que revela o novo relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Atlas da Violência. No total, foram 3.737 vítimas, sendo que 66% delas eram mulheres negras.

Outra questão importante é sobre a auto sexualização do corpo feminino negro. Apesar de o Brasil ser um país super miscigenado, ainda prevalece o estereótipo de raça, o que acaba por determinar que a mulher negra tem sempre partes do corpo grandes e avantajadas, e por esse motivo são mais atraentes e desejados. Entretanto o complicado é que vem acompanhado de uma ideia “sem noção” de que ela está disponível. O corpo da mulher negra é um objeto no imaginário social brasileiro, que pensa a mulher, mas em especial a mulher negra de forma hierarquizada.

O racismo surge exatamente com o propósito de convencer a sociedade de que as pessoas brancas, especialmente homens brancos, são os atores sociais e, portanto, a quem se deve dar as melhores chances na vida.

É como dizia a saudosa Luiza Bairros, socióloga e ex-ministra da Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial do Governo Federal. “O racismo e o sexismo influenciaram as relações que determinaram a sociedade brasileira no seu momento fundador. Isso está no DNA de nossa sociedade, é estruturante. E hoje, mesmo considerando tudo o que já mudou em relação ao que consideramos violência, não há como discutir violência contra as mulheres sem discutir racismo e sexismo no Brasil”, Luiza Bairros

O racismo não escolhe a classe social, ele atinge e afeta a vida das mulheres negras de forma igual. Precisamos superar o racismo para vivermos numa sociedade onde não seja necessário lutar pela opressão de raça, de gênero e classe.

Rosana de Sousa Fernandes, dirigente do Sindicato dos Químicos de São Paulo, trabalha em um empresa Cosmética na Região de Caieiras. Formada em Serviço Social, Sindicalismo , Educação e Trabalho . Militante do movimento Feminista , foi a primeira secretária Nacional de Juventude da CUT . Hoje está em seu segundo mandato como dirigente adjunta da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da Central .

Dilma responde Temer com carta aberta

A ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) divulgou uma carta aberta rebatendo as afirmações do golpista Michel Temer (MDB), em entrevista ao UOL nessa quinta-feira (21).

Temer afirmou aos jornalistas do UOL que o impeachment de Dilma não foi um golpe e que a ex-presidente é uma pessoa “honestíssima”.

“Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política”, disse Dilma logo no início da carta.

Ela continuou afirmando que Temer “articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes” e listou os projetos encaminhados por ele ao Congresso, propostas que não faziam parte do programa de governo da chapa eleita.

A ex-presidenta segue dizendo que Temer é  “alguém que articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes”, e cita projetos do emedebista que “não estavam presentes nos planos dos governos eleitos em 2010 e 2014”, os quais Temer integrou como vice-presidente.

“As provas materiais da traição política estão expressas na PEC do Teto de Gastos, na chamada reforma trabalhista [que acabou com mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT] na aprovação do PPI [a política de preços da Petrobras atrelada ao dólar a variação de preços dos barris internacionais de petróleo] para as quais não tinha mandato”. Nenhum desses projetos estavam em nossos compromissos eleitorais… trata-se, assim de traição ao voto popular que o elegeu duas vezes”, enfatizou Dilma.

“É hora de dizer basta”, diz Fachin

“É hora de dizer basta” aos ataques feitos ao processo eleitoral brasileiro e ao sistema das urnas eletrônicas, reagiu Fachin, durante o lançamento da campanha de Enfrentamento à desinformação pela seccional do Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Fachin disse que a Justiça Eleitoral e seu representantes são “atacados com uso de má fé” e criticou o “envolvimento da política internacional”, ao analisar a última ação de Bolsonaro de chamar embaixadores mundiais para falar do processo eleitoral brasileiro.

“Mais uma vez a Justiça Eleitoral e seus representantes máximos, são atacados com acusações de fraude, ou seja, uso de má fé. Ainda mais grave, é o envolvimento da política internacional e também das Forças Armadas, cujo relevante papel constitucional a ninguém cabe negar como instituições nacionais, regulares e permanentes do Estado, e não de um governo. É hora de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição de 1988”, disse o ministro, segundo a CNN.

Vexame

O vexame protagonizado por Bolsonaro no encontro com embaixadores, que pode resultar até mesmo em crime eleitoral e deixá-lo inelegível, foi obra dos generais Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; ex-comandante do Exército que está à frente da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro e pré-candidato a vice na chapa que concorre à reeleição, dentre outros.

*Com informações da CUT

 

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Bolsonaro traiu o Brasil, analisa Dilma

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira (19) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “cometeu um ato de traição ao Brasil” na reunião que promoveu com embaixadores nesta segunda-feira (18) para falar sobre as eleições deste ano.

Segundo Dilma, é a primeira vez na história que um presidente convoca o mundo para “anunciar que vai dar um golpe”.

“Com este ato, Bolsonaro confessa que vai perder a eleição para Lula. Até quando as instituições serão complacentes com essa vergonha autoritária?”, escreveu Dilma em publicação no Twitter.

Alegando que ia fazer uma apresentação técnica sobre o sistema eletrônico de votação do país, Bolsonaro chamou dezenas de embaixadores estrangeiros ao Palácio do Planalto.

Na hora do evento, repetiu uma série de denúncias mentirosas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas, sem apresentar qualquer prova ou ao menos indícios.

Os embaixadores consideraram o evento um ato de campanha eleitoral e disseram que nada do que Bolsonaro disse mudou a impressão geral de confiança na segurança das eleições brasileiras, segundo relataram ao Estadão alguns diplomatas que pediram anonimato.

*Com informações da CUT e do Estadão

IX Congresso dos Químicos será em agosto

No último sábado (16) aconteceu a última plenária preparatória para o  IX Congresso da categoria que será realizada nos dias 5,6 e 7 de agosto, em Mairiporã.

No total foram realizadas três plenárias nas modalidades presencial, híbrida e online, para que os trabalhadores pudessem tomar conhecimento da tese guia, debater e propor alterações que serão validadas no Congresso. Só participam do encontro final, em agosto, em Mairiporã, trabalhadores associados ao Sindicato até o dia 30 de julho que tenham participado de pelo menos uma plenária.
“Vivemos um momento importante da conjuntura nacional e os debates e as decisões do Congresso devem direcionar a atuação do Sindicato durante os próximos quatro anos”, explica Helio Rodrigues, presidente do Sindicato.

Fotos: Soraia Nigro

Desesperado, Bolsonaro libera auxílio eleitoreiro e vira chacota na internet

A menos de três meses das eleições, o governo aprova a chamada  PEC do Desespero que aumenta o Auxílio Brasil para  R$ 600, amplia o vale-gás, e libera um  benefício de R$ 1.000 aos caminhoneiros, que sofrem com a alta do diesel, e outro auxílio pra taxistas, ainda sem valor definido.

As medidas do governo Bolsonaro, no entanto, só valem até dezembro e mostram claramente o caráter eleitoreiro, já que durante os piores momentos da pandemia o governo nada fez para melhorar a situação do povo brasileiro.

Mas o povo não é bobo e os internautas não perdoaram. Em poucos minutos a hashtag  “Jair odeia pobre” teve mais de 20 mil menções no Twitter, ontem  (14).

Vale lembrar que durante a pandemia, o governo defendia um auxílio emergencial de R$ 200 e o benefício de R$ 600 foi aprovado por um curto período, graças ao empenho da oposição.

Mais de 66 milhões de brasileiros estão endividados

No mês de maio o Brasil registrou o maior contingente de inadimplentes desde o começo da série histórica da pesquisa do Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, iniciada em 2016. No total, 66,6 milhões de pessoas estão endividadas no País, o equivalente a 31% da população, de acordo com os dados da Serasa divulgados esta semana.

De acordo com a pesquisa, foi registrado em um ano um aumento de 4 milhões de nomes negativados, popularmente chamados de ‘nomes sujos’ porque perdem o direito de fazer empréstimos além de outras restrições ao crédito.

O cartão de crédito permanece como o vilão com o maior volume de dívidas negativadas, 28,2% do total das dívidas. Em seguida aparecem as contas básicas como água, luz e gás, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.

Na análise por estado, São Paulo concentra o maior número de inadimplentes (15,6 milhões), seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões), Minas Gerais (6,3 milhões), Bahia (4,1 milhões) e Paraná (3,5 milhões).

Alimentos puxam alta da inflação que já está em quase 12%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou alta de 0,67% em junho, influenciado principalmente pelo grupo alimentos e bebidas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esse resultado, a alta acumulada do IPCA no ano subiu para 5,49% e a dos últimos doze meses (de junho do ano passado a junho deste ano) para 11,89%. O país chega a dez meses com inflação acima de dois dígitos. Em setembro do ano passado, o índice atingiu 10,26%.

Em algumas capitais, a alta acumulada em 12 meses é ainda maior. Em Aracaju chega a 14,24% e em Salvador a 13,41%.

Em junho, as maiores altas em todo o país foram registradas nos preços do leite longa vida (10,72%) e do feijão-carioca (9,74%).

O que mais subiu nos últimos doze meses

Leite longa vida: 37,61%

Feijão-carioca (rajado): 29,61%

Frango em pedaços: 22,14%

Queijo: 19,18%

Pão francês: 16,61%

Biscoito: 16,10%

Refeição: 7,55%

Lanche: 5,66%

Lula defende valorização dos sindicatos

Recentemente, em reunião na Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o ex-presidente Lula reafirmou que se vencer as eleições terá um olhar voltado para a defesa dos direitos dos trabalhadores.

Lula disse que quer empoderar canais para negociações coletivas entre trabalhadores e empresários e fortalecer os sindicatos. Lula foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e um dos fundadores da CUT Nacional.

Nos dois mandatos de Lula o salário mínimo foi valorizado, a média de reajustes das demais categorias aumentou e, com melhor poder de compra, o trabalhador manteve a economia aquecida.

A estagnação do valor do salário mínimo e o aumento do desemprego e das ocupações precárias certamente colaboram para o péssimo desempenho da economia brasileira.

O Brasil vive hoje uma situação inversa ao ciclo anterior, sob o comando de Lula.  Hoje o país tem desemprego elevado, salários contidos, crédito caro, baixo poder de consumo e baixo nível de atividade industrial.

A revisão das perdas de direitos e renda desde 2017 é um tema que preocupa o ex-presidente e está na pauta de discussões de Lula, pré-candidato à presidência da República nas eleições deste ano e primeiro colocado em todas as pesquisas de intenção de voto.

O movimento sindical considera primordial a revogação da reforma trabalhista e apresentou uma pauta de reivindicações ao candidato que foi incorparada ao seu plano de governo.   “Está no programa da chapa Lula-Alckmin, pré-candidatos à presidência e vice, a diretriz de proteção trabalhista e representação sindical entregue pelas centrais”, afirma o assessor do Fórum das Centrais Sindicais, Clemente Ganz Lúcio.