Você sabe o que é voto útil?

Na reta final da campanha para as eleições 2022, a disputa pelo chamado voto útil para presidente da República tem ganhando repercussão e atraído a curiosidade dos eleitores.

É que este ano, o voto útil pode eleger o ex-presidente Lula (PT) já no primeiro turno, acabando com a tensão de uma das campanhas mais agressivas da história.

De acordo com todas as pesquisas eleitorais, o petista tem mais de 50% dos votos válidos. A eleição é definida em primeiro turno, quando um dos candidatos consegue 50% dos votos válidos mais um, totalizando a maioria dos votos. O cálculo é feito considerando apenas os votos válidos. Brancos e nulos não entram no cálculo, de acordo com critério da Justiça Eleitoral.

Esses dados levaram o PT e adeptos da eleição de Lula a fazer uma campanha pelo voto útil para, como se diz no meio político “liquidar a fatura no primeiro turno”.

Mas o que significa mesmo o termo ‘voto útil’? ainda questionam alguns eleitores.  O voto útil, segundo os especialistas, é uma tática utilizada para convencer o eleitor a votar em candidato que não é necessariamente a sua primeira opção, com o objetivo de terminar logo o processo eleitoral.

As opiniões sobre o voto útil se dividem na sociedade, principalmente, entre os candidatos sem chance de vencer o pleito, mas “faz parte do jogo político democrático”, explica a professora e cientista política da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Maria do Socorro Sousa Braga.

Segundo a professora, historicamente, o voto útil aparece quando há contextos políticos como o atual no Brasil, de polarização extrema da direita contra a esquerda. “Já existia a tendência à polarização e sempre se observou as duas candidaturas [Lula e Bolsonaro] se sobressaindo e as outras não chegando a dois dígitos”, ela diz.

Em uma disputa em que se tem duas forças, a tendência é o eleitor “não querer desperdiçar o voto e a tendência é migrar para uma das forças, em especial para quem temais chances de ocupar o cargo”, acrescenta a cientista política.

Voto útil nas pesquisas

A última pesquisa Idec (antigo Ibope), divulgada na segunda-feira (26) mostra que 83% dos eleitores brasileiros afirmam estar decididos em quem irão votar nessas eleições. Os que afirmam que ainda podem mudar de voto são 17%.

Entre os eleitores de Lula, 90% dizem que a decisão de votar no petista é final. Nos que apontaram que vão votar em Bolsonaro, o percentual é 87%.

Os eleitores de Ciro Gomes e de Simone Tebet são os menos decididos sobre seu voto. Entre os eleitores do pedetista, 48% afirmam que ainda podem mudar de voto. O percentual de Tebet é de 45%

*Com informações da CUT

Reforma trabalhista aumenta a informalidade e acaba com o sonho da aposentadoria

Em 2019, dois anos após a reforma Trabalhista, aumentou em um milhão o número de trabalhadores que não consegue pagar a Previdência Social em relação a 2012.  Esses e outros dados mostram que a reforma proposta e aprovada durante o governo de Michel Temer (MDB) não só precarizou as relações de trabalho como já dá sinais de que irá impedir a aposentadoria dos trabalhadores.

O estudo que demonstra como a reforma Trabalhista foi e continua sendo nefasta para a classe trabalhadora, foi feito a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem em Domicílio (PNAD Continua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pela doutoranda da Escola Nacional de Ciências e Estatística do IBGE, Adriana Maria Dessi.

A reforma Trabalhista aumentou a informalidade, portanto, as pessoas não têm renda suficientes para se manter e muito menos para contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), concluiu Dessi. O objetivo da pesquisa da doutoranda era analisar como a financeirização da economia no Brasil reduziu o investimento produtivo, que gera empregos com carteira assinada, principalmente na indústria, o que a Organização Mundial do Trabalho (OIT) chama de “emprego decente”.

Seu foco foi a força de trabalho de pessoas acima de 14 anos, que ganham até três salários mínimos (R$ 3.636), pois de acordo com ela, o piso nacional considerado ideal é de mais de R$ 6 mil, para que uma família de quatro pessoas possa subsistir pagando suas despesas básicas com alimentação, habitação, transporte e outras, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“A conclusão que cheguei é que a reforma Trabalhista impacta negativamente na possibilidade de uma pessoa poder se aposentar por não ter dinheiro para contribuir”, afirma a pesquisadora.

“As pessoas ou não tem emprego decente, ou têm trabalhos intermitentes, trabalham mais horas por semana para ter uma renda mínima e ainda há os que, sequer, conseguem trabalhar as horas necessárias”, explica Adriana, que complementa: “Elas não conseguem se aposentar porque não têm condições financeiras para contribuir com os anos necessários para obter o benefício”.

Os números do estudo mostram ainda que:

Em 2012, a força de trabalho ocupada na faixa acima de 14 anos era de 90,5 milhões. Desse total 56 milhões contribuíam com a previdência e outros 34,5 milhões não contribuíam.

Em 2019, a força de trabalho era a mesma (95,5 milhões): 60 milhões contribuíam e 35,5 milhões não contribuíram.

Apesar do aumento da população ocupada em 5 milhões, entre 2012 e 2019, aumentou, no mesmo período, em 1 milhão o número de pessoas que não consegue contribuir com o INSS e, além do fim do sonho da aposentadoria ficam desprotegidas, por exemplo, quando sofrerem um acidente de trabalho ou ficarem doentes.

“Em termos de pessoas que contribuíram com o INSS, em 2018 e 2019 voltamos ao patamar de 2012. Portanto, a reforma Trabalhista não ajudou a aumentar o número de contribuintes da Previdência Social”, diz Adriana.

Com reforma de Temer Brasil registrou mais desemprego, informalidade e menos renda

Outro dado confirma como a reforma Trabalhista não criou os 6 milhões de empregos prometidos por Temer. Em 2017, havia 6,7 milhões de pessoas desocupadas. Em 2019, em apenas dois anos, chegamos a 11,9 milhões de desocupadas – um aumento expressivo de 5,2 milhões de pessoas.

O número de trabalhadores informais também aumentou, a partir de 2017. No ano da reforma, os informais somavam 37 milhões de pessoas. Em 2019, subiu para 39 milhões – média de um milhão de informais ao ano.

“É preciso observar também que a média salarial das pessoas com carteira assinada e os sem carteira assinada também caiu, a partir dos reajustes abaixo da inflação”, diz.

Em 2012 quem tinha carteira assinada recebia em média R$ 2.158 e os que não tinham R$ 1.219.

Em 2019, a média foi para R$ 2.249 para os com carteira assinada e os que não tinha subiu para R$ 1.367.

“Muitas categorias tiveram quedas nos seus rendimentos com reajustes abaixo da inflação do período. No comércio, a queda nos salários foi de 4,8%; no setor de transportes, menos 6,1%; alojamento menos 8,7%”, conta Adriana.

Sem correção, tabela do IR corrói salários

A tabela de desconto do Imposto de Renda (IR) está sem correção desde que Bolsonaro assumiu a presidência. A última correção da tabela foi realizada em 2015, no início do segundo mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

A tabela já acumula defasagem de 26,5%, segundo os cálculos feitos pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindicato Nacional).

A tabela do imposto estabelece faixas de renda para definir quem precisa ou não pagar imposto no Brasil. Hoje, pessoas que ganham até R$ 1903 por mês ou R$ 22.847 por ano são isentas do IR pela Receita Federal.

A correção da tabela beneficia todas as faixas salariais, pois os descontos nos holerites passam a ser menores e, dependendo da faixa salarial, muitos trabalhadores ficam isentos.  “Os salários são reajustados anualmente e, se a tabela do IR não é reajustada,  pessoas que antes eram isentas acabam tendo que pagar imposto sobre um salário que foi corrigido apenas pela inflação. Ou seja, o reajuste acaba corroído pelo desconto do imposto”, explica Hélio Rodrigues, presidente do Sindicato.

Defasagem da Tabela do IR nos governos

1999 a 2002 (FHC) 18,99%

2003 a 2006 (Lula) 7,92%

2007 a 2010 (Lula) 2,48%

2011 a 2014 (Dilma) 6,53%

2015 (Dilma) 4,80%

2016 a 2018 (Temer) 9,42%

2019 a 2022 (Bolsonaro) 26,57%

Recadastramento de sócios

O Sindicato conta com diversos canais de comunicação e serviços para os associados, como a colônia de férias de Solemar e o Clube de Vantagens, por exemplo.

Mas para que todos tenham acesso as informações da entidade, as reservas da colônia e aos descontos do Clube de Vantagens, é preciso manter o cadastro atualizado.

Por isso estamos solicitando que todos os sócios atualizem seus dados – endereço, e-mail, telefone e CPF.  Essa atualização é bem rápida e simples e pode ser feita pelo WhatsApp 97891-9033 ou pelo tel. 3209-3811, ramal, 217.

Se preferir, aponte a câmera do seu celular para o Qr Code da imagem e entre  direto no WhatsApp para atualizar os dados.

Se algum dos seus dados mudou, por favor, comunique o Sindicato

Assédio eleitoral é crime, denuncie!

Nove centrais sindicais estão distribuindo um folheto sobre assédio ou coação eleitoral, explicando que a prática é um crime previsto na legislação brasileira, e dando informações sobre como e onde os trabalhadores e trabalhadoras podem denunciar.

“Liberdade eleitoral, eleição 2022: Coação Eleitoral é crime” é o título do panfleto, que começa dizendo que “os patrões que ameaçam demitir quem não votar no candidato que atende seus interesses, ou os que querem obrigar os trabalhadores a não votar no candidato comprometido com a pauta da classe trabalhadora, estão cometendo crime eleitoral”.

Esse foi o caso da ruralista baiana que divulgou vídeo estimulando os colegas empresários do agronegócio do oeste do estado a demitir ‘sem dó’ os trabalhadores que tivessem revelada a intenção de votar no ex-presidente Lula (PT). Essa semana, ela assinou um termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e terá de se retratar, reconhecendo que errou ao praticar assédio eleitoral.

Para se livrar de uma ação judicial, Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins se comprometeu a fazer uma retratação pública e custear uma campanha de esclarecimento sobre esse tipo de assédio e ainda a não praticar qualquer outro ato de incitação ao assédio eleitoral. Se descumprir poderá pagar multas de R$ 20 mil por cada item descumprido.

Procure o sindicato ou o MPT e denuncie sem medo

O trabalhador que for vítima de crimes como esse praticado pela empresária baiana, deve procurar o sindicato da categoria ou o Ministério Público do Trabalho (MPT) para denunciar, orienta o folheto das centrais.

E quem estiver preocupado com retaliações, pode ficar tranquilo: a denúncia pode ser anônima. O trabalhador não precisa se identificar, diz o folheto.

Somos a maioria e exigimos respeito

“Somos a maioria do eleitorado brasileiro e podemos decidir a eleição no dia 2 de outubro elegendo o novo presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais que elaborem projetos, leis e medidas econômicas, trabalhistas, sociais e previdenciárias favoráveis à classe trabalhadora e à maioria do povo”, segue o texto.

“Alguns patrões temem perder privilégios e também não querem que o trabalhador conquiste direitos. Por isso, ameaçam para que mudemos o voto”, diz o panfleto.

O panfleto também lista as punições aos patrões que praticarem assédio político-eleitoral, entre elas, a condenação por danos morais coletivos ou danos individuais aos trabalhadores vitimados e multas diárias. O responsável pelo assédio eleitoral também poderá ser punido, seja ele o patrão ou algum chefe, inclusive criminalmente.

Assinam o panfleto: CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, CSP Conlutas, NCST, Pública (Central dos Servidores) e Intersindical (Central da Classe Trabalhadora).

Lula é líder na disputa pela presidência em 15 estados, diz IPEC

O ex-presidente Lula (PT) é líder isolado em intenções de voto para presidente da República em 15 estados, entre eles estão os três maiores colégios eleitorais do país, e em todos os estados do Nordeste, segundo compilado das últimas 27 pesquisas feitas pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), empresa formada em 2021 pelos executivos e estatísticos do antigo Ibope Inteligência.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, com 22,2% do eleitorado nacional, Lula tem 43% das intenções de voto contra 31% do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país com 10,4% do eleitorado, Lula tem 42% ante 29% de Bolsonaro.

No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país com 8,2% dos votantes, há empate técnico, mas a vantagem numérica é de Lula, 41% contra 37% de Bolsonaro, numa pesquisa com margem de erro de três pontos percentuais.

Lula também aparece em situação de empate técnico, mas numericamente à frente, em outros três colégios eleitorais

Já o presidente  Bolsonaro (PL),candidato à reeleição, está a frente em cinco Estados e no Distrito Federal. E lidera numericamente em mais três Estados onde, conforme as margens de erro, os quadros são de empate técnico.

Apenas no Amapá, que tem 0,4% do eleitorado nacional, há rigoroso empate numérico entre Lula e Bolsonaro: 39% das intenções totais de voto em simulação de primeiro turno para cada.

Dos seis colégios eleitorais liderados por Bolsonaro nas pesquisas Ipec, o maior é Santa Catarina, que concentra 3,5% dos brasileiros aptos a votar. Lá 50% declaram voto em Bolsonaro, o dobro de Lula.

Divisão regional

As pesquisas do IPEC mostram que Lula lidera a corrida presidencial nos nove estados da região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe).

O melhor desempenho do ex-presidente é no Piauí, onde tem 69% das intenções de voto, ante 15% de Bolsonaro.

Lula também está à frente em três dos sete estados do Norte (Pará e Tocantins) e em um dos três estados da região Sul (Rio Grande do Sul).

Já Bolsonaro, lidera em três dos sete estados do Norte, em duas das quatro unidades da federação do Centro-Oeste e em um dos três estados do Sul. Nesse caso, Acre, Distrito Federal, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Em Roraima, o presidente registrou maior vantagem, ganhando do candidato do PT por 66% dos votos a 16%.

Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados no Amapá, Espírito Santo, Goiás, Paraná e Rio de Janeiro.

Confira as intenções de voto

Estados onde Lula vence

  • Alagoas: Lula 50% x 29% Bolsonaro
  • Amazonas: Lula 48% x 35% Bolsonaro
  • Bahia: Lula 61% x 20% Bolsonaro
  • Ceará: Lula 58% x 19% Bolsonaro
  • Maranhão: Lula 43% x 31% Bolsonaro
  • Minas Gerais: Lula 45% x 30% Bolsonaro
  • Pará: Lula 44% x 35% Bolsonaro
  • Paraíba: Lula 58% x 24% Bolsonaro
  • Pernambuco: Lula 60% x 22% Bolsonaro
  • Piauí: Lula 69% x 15% Bolsonaro
  • Rio Grande do Norte: Lula 59% x 25% Bolsonaro
  • Rio Grande do Sul: Lula 42% x 34% Bolsonaro
  • São Paulo: Lula 40% x 31% Bolsonaro
  • Sergipe: Lula 54% x 26% Bolsonaro
  • Tocantins: Lula 46% x 39% Bolsonaro

UFs onde Bolsonaro vence

  • Acre: Bolsonaro 53% x 30% Lula
  • Distrito Federal: Bolsonaro 38% x 31% Lula
  • Mato Grosso: Bolsonaro 49% x 31% Lula
  • Rondônia: Bolsonaro 54% x 27% Lula
  • Roraima: Bolsonaro 66% x 16% Lula
  • Santa Catarina: Bolsonaro 50% x 25% Lula

Empate técnico 

  • Amapá: Lula 39% x 39% Bolsonaro
  • Espírito Santo: Lula 42% x 39% Bolsonaro
  • Goiás: Bolsonaro 39% x 34% Lula
  • Paraná: Bolsonaro 41% x 35% Lula
  • Rio de Janeiro: Lula 39% x 36% Bolsonaro
*Com informações dos portais Valor e G1

207 trabalhadores são resgatados de trabalho análogos à escravidão

Uma operação que durou 12 dias, resgatou 207 trabalhadores de condições análogas à escravidão, em sete municípios próximos às cidades de Araxá, Patos de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais.

Eles estavam submetidos a condições degradantes de trabalho e moradia em colheitas de café, batata, alho e palha de milho.

Os proprietários das fazendas foram multados e terão que pagar os salários e indenizações aos trabalhadores.

As operações são resultado de um trabalho conjunto realizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT/MG), Auditoria-Fiscal do Trabalho (AFT), Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF).

Lula tem 44% das intenções de voto contra 32% de Bolsonaro

O ex-presidente Lula (PT) tem 44% das intenções de voto, contra 32% do presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições deste ano, de acordo com nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (31).

Desconsiderando os brancos e nulos, critério utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para definir o vencedor das eleições, Lula tem 51% dos votos válidos, e poderia vencer o pleito no primeiro turno. Bolsonaro tem 37% dos votos válidos. Nove por cento dos entrevistados disseram que não irão votar e 4% afirmaram estar indecisos.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou dois mil eleitores presencialmente entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro prevista é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança de 95%.

Patrões que coagirem trabalhadores a votar em seus candidatos serão punidos, diz MPT

Para evitar a coação de patrões a trabalhadores obrigando-os a votar em determinados candidatos, o Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou um documento que visa combater essa prática, reconhecida como assédio eleitoral.

O MPT alerta ainda que o direito à liberdade de voto está garantido na Constituição Federal que protege a liberdade de consciência, de expressão e de orientação política, protegendo o livre exercício da cidadania por meio do voto direto e secreto. Desta forma, a livre escolha de candidatos é garantida a todos.

Vale lembrar eu na eleição de 20 os funcionários das lojas Havan, de Luciano Hang, foram constrangidos a votar em Bolsonaro e a loja foi autuada pela Justiça.

Mas o Havan, não é o único caso.   A rede de supermercados Condor, também em 2018, constrangeu os trabalhadores por meio de uma carta que pedia votos para Bolsonaro. O  frigorífico Naturafrig foi multado por publicar um  vídeo nas redes sociais, cinco dias antes das eleições, pedindo voto.

Em 2022, a prática permanece. A coluna Painel da Folha de S Paulo revelou que um vídeo em que o pecuarista diz a funcionários de sua fazenda, em Araguaçu, no Tocantins, que pagará salários ‘a mais’ caso Bolsonaro vença as eleições.

Conforme alerta o MPT, “a concessão ou promessa de benefício ou vantagem em troca do voto, bem como o uso de violência ou ameaça com o intuito de coagir alguém a votar ou não em determinado candidato ou candidata, são crimes eleitorais, conforme artigos 299 e 301 do Código Eleitoral”.

*Com informações da CUT

 

Carta aos Brasileiros é ato histórico pela democracia

Até as 11h da manhã de segunda (8), a Carta às Brasileiras e Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito já tinha 795.830 adesões, número que cresce a cada instante, à base de 20 assinaturas (ou mais) por minuto.

A meta é chegar em um milhão de assinaturas até a próxima quinta-feira, 11 de agosto, dia em que o documento será lido no Largo de São Francisco, em São Paulo. A data também será o dia de Mobilização Nacional em Defesa da Democracia e por eleições livres, organizada pela CUT, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, estudantes e outras entidades da sociedade civil.

A carta conta com assinaturas de personalidades do meio jurídico, acadêmico, político, sindical, dos movimentos sociais, de empresários,  banqueiros,  artistas e atletas que, assim como na ditadura, somam suas vozes e forças na luta contra o autoritarismo.

Faça parte: assine o manifesto aqui

A lista é extensa. Em meio aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras, estão figuras como Chico Buarque, Dira Paes, Luís Fernando Veríssimo, Jorge Furtado, Deborah Bloch, Alessandra Negrini, além de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia.

Outras personalidades do meio televisivo também declararam apoio como os jornalistas Juca Kfouri e Vera Magalhães, os ex-atletas Casagrande e Raí, e até mesmo o apresentador Luciano Huck, ex-apoiador do presidente Bolsonaro.

Do meio político, além do ex-presidente Lula e sua esposa Janja da Silva, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Luís Henrique D´Àvilla (Novo) e Simone Tebet (MDB), os ex-presidentes Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso, e o ex-governador de São Paulo e candidato à vice-presidência na chapa de Lula, Geraldo Alckmin.

Do meio empresarial, são signatários da carta Roberto Setubal e Cândido Bracher, executivos do Itaú Unibanco, Walter Schalka, executivo da Suzano (do setor de papel e celulose), Pedro Passos e Guilherme Leal, da Natura, Eduardo Vassimon, do grupo Votorantin e Horácio Lafer Piva, do grupo Klabin.