Patrões querem reduzir direitos e por isso votam em Bolsonaro

Aumentou muito o número de ameaças feitas por empresários e prefeitos que apoiam Bolsonaro (PL), de que haverá demissões em massa e que empresas irão fechar, se o ex-presidente Lula (PT) vencer o segundo turno da eleição presidencial marcada para o próximo dia 30 de outubro (domingo).

A realidade é que uma parcela do empresariado brasileiro quer aprofundar ainda mais a reforma trabalhista, que retirou mais de 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A eleição de Bolsonaro garante aos patrões não apenas a manutenção das regras da reforma trabalhista, mas deve aprofundar ainda mais a retirada de direitos.

O vice-presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas alerta que a reeleição de Bolsonaro significa dar aos patrões a chance de acabar com os direitos que ainda sobraram depois do golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff (PT) da presidência da República.

“O golpe de 2016 foi feito para que os trabalhadores perdessem direitos; para acabar com o papel dos sindicatos, impedindo negociações coletivas. Por isso que entendemos que essa eleição presidencial é a eleição de nossas vidas. O empresariado quer empregos sem direitos”, afirma

Como denunciar coação eleitoral

A lei é clara, é proibido patrão pressionar o trabalhador a votar em quem ele indica. Para impedir que esse tipo de coação cresça, o Portal da CUT Nacional disponibilizou uma ferramenta em que é possível fazer a denúncia de uma maneira fácil e segura (a pessoa não precisa se identificar se não quiser). Para isso, basta acessar o site da CUT www.cut.org.br/denuncia/eleitoral.

Desde que foi lançada há uma semana, foram recebidas 92 denúncias.

O Ministério Público do Trabalho também registrou o aumento desse tipo de crime. De acordo com o órgão foram registradas 173 denúncias.

CUT repudia desrespeito ao Santuário de Aparecida

Ontem, dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, o presidente Bolsonaro e sua comitiva estiveram na Basílica e assistiram a missa. Os apoiadores do atual governo vaiaram o arcebispo e padres durante a missa e agrediram cinegrafistas da TV Aparecida e da afiliada da Rede Globo.

Leia abaixo a nota de repudio da CUT:

O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), mais uma vez, usou uma data religiosa para tentar se promover. No Dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, o atual presidente foi ao Santuário de Aparecida do Norte, no Vale do Paraíba (SP), e provocou cenas que merecem a repulsa e indignação de todos os brasileiros e as brasileiras.

A passagem de Bolsonaro pelo local causou vaias a padres e arcebispos, agressões a trabalhadores e outros visitantes, além de um completo desrespeito ao povo católico.

As ações tiveram início no lado de fora, quando os apoiadores do presidente aguardavam a chegada dele e de sua equipe. Com copos de bebidas alcoólicas nas mãos, os apoiadores de Bolsonaro gritaram contra os profissionais de comunicação que cobriam a data. Chegaram a afazer gestos de ameaças, como o sinal de arma. Entre os registros feitos nas redes sociais, os alvos foram jornalistas e cinegráficas da afiliada da TV Globo no interior, a TV Vanguarda, e da própria TV Aparecida, emissora oficial do Santuário.

Em outro momento, um jovem que caminhava de camiseta vermelha passou a ser perseguido e xingado pelos seguidores de Bolsonaro. O rapaz teve de correr e se esconder para não ser agredido fisicamente.

Mas as confusões também ocorreram dentro da Basílica. Um dos momentos mais chocantes foi durante a missa do padre Eduardo Ribeiro, celebrada no início da tarde. Ele foi interrompido por diversas vezes com vaias e palavras de ordem ao falar da luta contra a fome. No público, alguns tentaram puxar um coro de “mito”, mas não houve força.

Um dia antes da comemoração em Aparecida, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) havia emitido uma nota lamentando a exploração da fé e da religião por políticos: “momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos”, disse, sem citar nominalmente alguém. Na semana passada, Bolsonaro também tentou usurpar a celebração do Círio de Nazaré, no Pará. A presença dele, numa embarcação da Marinha, não foi bem recebida pela população e também gerou fortes críticas.

Diante dos inúmeros casos de violência, a Direção da CUT-SP se solidariza com todos os trabalhadores e visitantes agredidos no Santuário de Aparecida, bem como rechaça as atitudes de ódio feitas contra os padres e arcebispos.

13 de outubro de 2022

Nordestinos são atacados nas redes

O ex-presidente Lula teve uma votação expressiva no Nordeste.  Foram 12,9 milhões de votos a mais do que o candidato Bolsonaro e, logo após a divulgação do resultado do pleito começaram os ataques aos nordestinos nas redes sociais.

A ex-BBB Juliette usou suas redes para denunciar os ataques xenofóbicos que vem sofrendo desde o último domingo (02/10).

Circula nas redes sociais um vídeo da vice-presidenta da OAB Mulher de Uberlândia, Flávia Moraes, com ofenças aos nordestinos.  “Nós geramos empregos, nós pagamos impostos e gastamos nosso dinheiro lá no Nordeste. Não vamos mais ao Nordeste dar nosso dinheiro para quem vive de migalhas. Vamos gastar no Sudeste, no Sul ou até fora do país”, disse Flávia no vídeo.

O pastor bolsonarista, Jeosafa, de Coxim, onde a maioria da população (80%) é nordestina,  provocou ira na internet ao compartilhar postagem preconceituosa, após o resultado do 1º turno.

“O Nordeste merece voltar a carregar água em balde mesmo”, diz o post da página Leno Motoboy, compartilhada por Jeosafa no Facebook. O pastor, que congrega na Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança de Coxim, apagou a postagem, mas não antes de outros coxinenses printarem, segundo o jornal Campo Grande News.

 Pesquisa Ipec aponta Lula eleito com 55% dos votos válidos no segundo turno

O ex-presidente Lula (PT) tem 55% dos votos válidos para o segundo turno da disputa pela presidência da República, que ocorre no dia 30 deste mês. O presidente Jair Bolsonaro (PL) está em segundo lugar, com 45%.

Os dados são da pesquisa Ipec (ex-Ibope) e foram divulgados nesta quarta-feira (5).

De acordo com o Ipec, se forem considerados todos os votos, o que inclui os brancos e nulos, Lula tem 51% das intenções de votos e Bolsonaro, 43%, no cenário estimulado —quando os eleitores recebem uma lista com os nomes dos candidatos.

No cenário espontâneo, quando os entrevistados não recebem os nomes dos candidatos, Lula seria a escolha de 50% e Bolsonaro, de 40%.

Segundo o Ipec, 56% dos brasileiros acreditam que Lula será eleito no segundo turno. Os que acreditam que Bolsonaro será reeleito são 34%. E 10% não sabem ou não responderam.

Os que mais confiam na vitória de Lula 

– 71% dos eleitores do Nordeste acreditam que Lula vai ganhar.
– 66% das pessoas com renda familiar de até um salário mínimo.

– 63% dia Jovens de 16 a 24 anos.

– 60% dos pretos e pardos.

A expectativa de vitória de Bolsonaro é maior entre pessoas com renda familiar de mais de cinco salários mínimos (52%), evangélicos (49%), moradores das regiões Sul (44%) e Centro-Oeste (41%) e eleitores com ensino superior (40%).

Metodologia da pesquisa

A pesquisa Ipec foi contratada pela TV Globo.

Foram realizadas 2 mil entrevistas presenciais entre os dias 3 e 5 de outubro.

A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

O nível de confiança, segundo o instituto, é de 95%.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número BR-02736/2022.

Nota de Falecimento: Carlos Donizete Sanches

O ex-diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Carlos Donizete Sanches, faleceu nesta manhã. Ele estava na fila do Hospital das Clínicas para um transplante de fígado.

Liderança sindical ativa dos anos 1990, foi trabalhador da Cofade e se destacou na luta por segurança no trabalho.

Os dirigentes dos Químicos de São Paulo se solidarizam com familiares e amigos.

Bolsonaro corta mais de R$ 1 bi da educação

O governo de Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira (5) um bloqueio R$ 2,6 bi no Orçamento deste ano. Deste total, R$ 1,59 bilhão são cortes nos recursos destinados ao Ministério da Educação (MEC), o que pode inviabilizar o funcionamento de colégios e universidades federais, que podem fechar as portas por não ter dinheiro sequer para pagar as contas de água e de luz.

Somente para o ensino superior, foram bloqueados R$ 328,5 milhões em recursos destinados ao custeio de despesas e pagamento de funcionários. Somados aos outros cortes já feitos por Bolsonaro ao longo deste ano, o total sobe para R$ 763 milhões em recursos essenciais para a manutenção das instituições federais.

O bloqueio total dos recursos no Orçamento deste ano, que inclui vários ministérios, chega a R$ 10,5 bilhões.

O bloqueio dos R$ 2,6 bilhões foi formalizado no dia 30 de setembro, antevéspera do 1° turno das eleições, por meio de publicação do Decreto 11.216 no Diário Oficial da União (DOU), mas só ontem foi  divulgada a lista dos ministérios afetados.

Com o bloqueio anunciado pelo próprio MEC, nesta quarta, a educação passa a ser a pasta mais impactada, representando 1/3 dos bloqueios totais.

De acordo com dados da Instituição Fiscal Independente, órgão ligado ao Senado Federal, dos R$ 10,5 bi já bloqueados, R$ 2,39 bi atingem o MEC. Outros R$ 1,7 bi foram bloqueados dos recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia; e R$ 800 milhões foram da Saúde.

Setor químico garante a reposição da inflação

A reposição da inflação e a garantia de todos os direitos para o setor Químico neste ano de 2022 já está garantida para os trabalhadores desde o ano passado. Prevendo as dificuldades que estariam por vir, por conta das constantes investidas do governo Bolsonaro contra o trabalhador, o Sindicato negociou a Campanha Salarial do ano passado, já atrelando a mesma condição para este ano. Sendo assim, os trabalhadores do setor químico receberão em 1º de novembro a inflação acumulada para a data-base (novembro a outubro). O Sindicato só aguarda os índices oficiais para divulgar o valor exato do reajuste.

Inflação

No mês de agosto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou em queda de (-031%). Os itens que mais influenciaram a retração da inflação foram: transportes (-3,24%), comunicação (-1,05) e alimentos (0,26%). Neste momento o acumulado dos últimos doze meses está em 8,83%, mas é preciso esperar a divulgação dos números de setembro e outubro para calcular o índice de reajuste do setor.

“Vamos vencer no segundo turno”, afirma Lula

O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, vão disputar o segundo turno das eleições para a presidência da República no próximo dia 30 de outubro
Com 99,90% das urnas apuradas nos 26 estados e no Distrito Federal, o ex-presidente conquistou 48,41% dos votos (57.179.064) contra 43,22% do atual presidente (51.052.598).
“Vamos ganhar. O segundo turno é apenas uma prorrogação”, disse Lula ao agradecer os quase 60 milhões de votos, muitos deles no Nordeste, onde o petista teve 76% dos votos contra 27% de Bolsonaro. No Piauí, Lula conquistou 74,20% dos votos, na Bahia (69,69%), no Maranhão (68,75%), no Ceará (65,90%), em Pernambuco (65,27%), na Paraíba (64,21%), em Sergipe (63,82%), no Rio Grande do Norte (62,98%) e em Alagoas (56,50%).
Já Bolsonaro, atacou os institutos de pesquisa que indicavam possível vitória de Lula no primeiro turno e disse que “venceu mentiras”. Segundo ele, a disputa com Lula foi mais acirrada do que a expectativa.
Demais candidatos
A senadora Simone Tebet (MDB) ficou em terceiro, com 4,16% dos votos (4.913.855). Ele ultrapassou o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que terminou em quarto, com 3,05% (3.597.637). Depois vieram Soraya Thronicke (UB), com 0,51%, Felipe d´Avila (Novo), com 0,47%, Padre Kelmon (PTB, 0,07%), Léo Péricles (UP, 0,05%), Sofia Manzano (PCB, 0,04%), Vera (PSTU, 0,02%) e Eymael (DC, 0,01%).

Centrais sindicais vão ao TSE exigir segurança para os eleitores nas urnas

A CUT e as demais centrais sindicais brasileiras estiveram em Brasília na terça (27) e se reuniram com o ministro o Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para exigir segurança aos eleitores no dia 2 de outubro.

Os brasileiros (156.454.011 eleitores), se quiserem, poderão vestir a camiseta do seu candidato preferido, colocar seus adesivos, botons e se dirigir tranquilamente, com segurança, aos locais de votação para digitar o voto na urna eletrônica, porque as eleições de 2022 ocorrerão dentro da normalidade, como em anos anteriores. Essa garantia foi dada pelo presidente do TSE às centrais sindicais durante a reunião, segundo o presidente nacional da CUT.

“Eu saí do TSE satisfeito com as garantias dadas pela instituição de que o dia da eleição transcorrerá dentro da normalidade, não somente pelo que nos afirmou o presidente do Tribunal, mas por todas as informações que recebemos e vimos do que está sendo feito para garantir a segurança e a liberdade de expressão dos brasileiros nesta data tão importante para a democracia”, disse Sérgio Nobre.

Segundo o presidente nacional da CUT, o ministro Alexandre de Moraes mostrou como o TSE está trabalhando em conjunto com todas as secretarias de segurança pública, por meio de um setor de inteligência integrado em todo o país. A delegação internacional convidada a observar as eleições no Brasil também terá papel importante para garantir o clima de normalidade.

Isso porque os olhos do mundo estão voltados ao nosso país, que passou os últimos quatro anos sofrendo ataques e ameaças de presidente Jair Bolsonaro (PL) à democracia, à Constituição e as instituições democráticas.

O encontro com o presidente do TSE foi solicitado pelas seis centrais sindicais, que entregaram ao ministro Alexandre de Moraes documento com medidas e ações que consideram essenciais para que as eleições transcorram de forma segura, sem problemas, nem casos de violência política e para que os eleitores possam votar e se expressar livremente na data do pleito (leia a integra do documento ao final desse texto).

Não leve celular

O presidente nacional da CUT reforçou a importância da medida que proíbe aos eleitores de entrar no local de votação com celular.

“Aumentaram os casos de assédio ao trabalhador no local de trabalho, com o empresário ameaçando o trabalhador para que ele vote em seu candidato. Tem patrão que quer obrigar o trabalhador a fotografar o seu voto, na cabine de votação, para servir de espécie de recibo que comprove que esse trabalhador votou no candidato que do patrão, por isso, não leve seu celular quando for votar”, disse Sérgio Nobre. “Isso é coação assédio eleitoral, é crime”

Segundo ele, celular no local de votação como forma de repressão ao eleitor contribui para a compra de voto, para a fraude eleitoral, daí a importância da proibição.

 Integra do documento das centrais entregue ao presidente do TSE

Ao Ministro Alexandre de Moraes Presidente do Tribunal Superior Eleitoral

Assunto: medidas de segurança para cidadãos e cidadãs durante o processo eleitoral

As Centrais Sindicais, tendo em vista os inúmeros episódios de violência, inclusive armada e acarretando mortes, durante o processo de campanha eleitoral, apresentam sua preocupação com a segurança das pessoas que trabalharão no dia das eleições, em especial os/as mesários/as. A tensão sobre o processo eleitoral está expressa na violência perpetrada contra eleitores, algumas vezes ocorrendo assassinatos, agressão a jornalistas, aos trabalhadores dos institutos de pesquisa, aos militantes e ativistas dos candidatos da oposição.

É dramático termos que enfrentar esse tipo de regressão no padrão das relações políticas, quando concebemos que o respeito e a tolerância são bases para o exercício livre do direito de opinião e de escolha pelo voto.

Os dados indicam aumento acentuado da violência política. O Observatório da Violência Política e Eleitoral da UniRio indicou 1.209 ataques a políticos em 2022 até junho, sendo 45 homicídios de lideranças políticas. Isso representa um aumento de 335% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo outra pesquisa, do Datafolha de 15/09, mais de 67% dos entrevistados afirmam terem medo de serem agredidos fisicamente em decorrência de suas escolhas políticas.

Nessa mesma pesquisa, 3,2% dos entrevistados afirmam terem sido vítima de ameaças por suas posições políticas nos 30 dias anteriores a pesquisa, o que representa cerca de 5 milhões de eleitores. Essa agressividade é incentivada por lideranças políticas que fomentam o uso da força, de atitudes agressivas e de armas. Infelizmente, diariamente somos informados pela imprensa e redes sociais que cidadãos, militantes e ativistas foram agredidos ou assassinados. Diante desse quadro, solicitamos, de imediato:

  • Reforço especial no sistema de segurança para todos os que trabalham nas regiões/zonas de votação (servidores e mesários) e aos próprios eleitores.
  • Mobilização de todo o aparato de segurança (nacional, estadual e municipal) em torno de um plano de proteção e segurança.
  • Manutenção de plantão dos órgãos que podem dar suporte ao combate à violência, o monitoramento da situação e dos casos de violência, e que sejam céleres em adotar medidas para punir os casos ocorridos.
  • Suspensão do porte de trânsito de armas para todos os civis que não participem o sistema de segurança das eleições, bem como suspender as atividades dos Clubes de Tiro, de reuniões, treinamento e competição de tiro no mínimo 3 dias antes e depois do 1º e 2º turnos das eleições.
  • Criação de um canal ao qual a população possa recorrer para denúncia de casos de violência. Salientamos ainda que, desde já, é preciso planejar a segurança pós primeiro turno e nos meses de novembro e dezembro que poderão vir acompanhados de elevação das agressões e da violência. Também deve ser nossa prioridade desarmar a população e difundir a cultura da paz e da tolerância, porque violência e os assassinatos crescem no cotidiano da nossa sociedade. Registramos que é imperativo a defesa da Democracia e a preservação do Estado Democrático de Direito.

Dessa forma reiteramos nossa confiança no processo eleitoral conduzido pelo TSE e na coordenação de todos os trabalhos por parte dessa Presidência.

Sérgio Nobre, presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo, presidente da CTB – Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Álvaro Egea, Secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

A importância do mesário para o processo eleitoral

As eleições brasileiras serão realizadas nos dias 2 de outubro (1° turno) e 30 de outubro (2° turno, onde houver). Nas mais de 490 mil seções eleitorais, cerca de 1,7 milhão de mesários vão trabalhar para que os mais de 156 milhões de eleitores votem es escolham o novo presidente da República, senadores, deputados estaduais e federais. Para auxiliar no processo são convocados os mesários (que são eleitores, convocados pela Justiça Eleitoral para trabalhar nas eleições).  Alguns são voluntários que querem participar do processo democrático.

Eles são responsáveis por preparar a urna para o início da votação e encerrá-la ao fim do período determinado pela Justiça Eleitoral.

Como são escolhidos os mesários

Os mesários são escolhidos pela Justiça Eleitoral entre os eleitores da própria seção eleitoral onde votam. Os preferidos são as pessoas com curso superior, professores e servidores da Justiça.

Não podem atuar como mesários candidatos ou parentes de candidatos a algum cargo, integrantes de partidos políticos, autoridades, agentes policiais e menores de 18 anos. Pessoas que têm algum grau de parentesco entre si não podem trabalhar na mesma seção. O mesmo vale para servidores de uma mesma repartição pública ou trabalhadores da mesma empresa privada.

Este ano, 830 mil pessoas se cadastraram para trabalhar como voluntárias nos dias de eleição. Eles representam 48% do total de mesários em todo o Brasil.

Tanto os mesários convocados como os voluntários passam por um treinamento que pode ser presencial ou à distância para desempenhar seus papéis no dia da eleição.

Fique atento aos procedimentos dos mesários

É importante que, na hora da votação, o eleitor preste atenção à rotina e ao padrão de procedimentos que devem, obrigatoriamente, ser seguidos pelos mesários. Por exemplo, o eleitor e eleitora deve também conferir seus dados após o mesário localizá-lo.

Ao chegar na seção eleitoral, um mesário recepcionará o eleitor, que deverá estar munido de um documento oficial ou E-título com foto e o encaminhará à mesa para que outro mesário localize seus dados.

Após localizado o nome na lista, o mesário deverá solicitar a assinatura do eleitor no livro, reterá seu documento, o celular, máquina fotográfica ou rádio comunicador e o encaminhará à cabine de votação, onde estará a urna eletrônica, que será liberada pelo mesário após a conferência dos dados. Lá o eleitor fica sozinho, com privacidade, para votar em seus candidatos.

Após concluído o voto, o eleitor volta à mesa onde recebe de volta seu documento, celular ou o que tiver ficado retido, junto com o comprovante de votação.

É importante ficar atento a todos esses passos e exigir o comprovante de votação.

Biometria

Para quem já tem a biometria cadastrada e nas seções onde estiver disponível, o procedimento é o seguinte:

– o eleitor vai até a mesa,

– o mesário digita o número do título no equipamento e, localizado o cadastro, é solicitada a digital.

– uma vez reconhecida a digital, a urna é liberada,

– o eleitor vota na cabine e após finalizar,

– recebe o comprovante impresso do mesário.

*Com informações da CUT