Na manhã de hoje (20), no mesmo instante em que Jair Bolsonaro (PSL) entregava ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), a proposta de reforma da Previdência, mais de 10 mil trabalhadores ocuparam a Praça da Sé, no centro de São Paulo.
A CUT e demais centrais sindicais – Força Sindical, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB – realizaram uma grande assembleia onde foi aprovado um calendário de lutas que prevê, além de atos públicos, mobilização nos locais de trabalho e nos bairros de todo o país.
A proposta apresentada hoje pelo governo confirma o que já se especulava: modelo de capitalização da Previdência, obrigatoriedade e idade mínima (65 anos homens e 62 anos mulheres), dentre outras regras que praticamente inviabilizam o acesso a uma aposentadoria digna.
O professor da rede estadual e presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, criticou a proposta de Bolsonaro, e denunciou que o governo tenta colocar os trabalhadores do setor privado contra os servidores públicos. “Precisamos manter a unidade dos trabalhadores do setor público e privado, do campo e da cidade, porque essa proposta de reforma significa o fim do direito à aposentadoria de todos nós. O caminho é continuar a construir a luta de resistência e impedir o avanço dessa proposta”, defendeu Izzo.
*Com informações da CUT