Químicos realizam congresso e definem plano de lutas

Durante o 8º Congresso, realizado no dia 13 de abril, os trabalhadores da categoria definiram um plano de lutas em defesa da Previdência pública e das aposentadorias.

Além de ajudar a CUT (Central Única dos Trabalhadores) na tarefa de colher assinaturas contra a reforma da Previdência, o Sindicato irá organizar atos nos bairros e nas portas de fábricas, aulas públicas e panfletagens com o objetivo de esclarecer a população sobre os malefícios dessa proposta. “Não é reforma, é o fim da sua aposentadoria”, diz Helio Rodrigues, que assumiu a coordenação do Sindicato oficialmente em 16 de abril.

O Congresso também contou com análises da conjuntura atual e dos novos desafios do movimento sindical, realizadas respectivamente por Vagner Freitas, presidente da CUT, e José Silvestre Prado, coordenador de Relações Sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Dentre as ações para ampliar a atuação do Sindicato, os trabalhadores definiram fortalecer e expandir a sindicalização e organizar um debate ampliado com os movimentos sociais visando integrar ações sociais às ações do movimento sindical. “Faremos debates preparatórios para definir isso no 9º Congresso, que será realizado ainda neste ano”, adianta Rodrigues.

CUT lança campanha contra a reforma da Previdência

A CUT lançou hoje (15) uma campanha contra a reforma da Previdência, em seu site Na Pressão. O objetivo é que todos os trabalhadores tenham acesso aos deputados e os pressionem para que não aprovem essa reforma.

De acordo com o secretário de Comunicação da CUT,  Roni Barbosa, é bem fácil acessar. “Pode ser feito pelo celular, laptop ou computador, de onde você estiver. Basta acessar o link específico da campanha do Na Pressão, dar uma breve navegada e pronto, seu recado chegará até o seu deputado”, orienta.

A reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve ser votada esta semana na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

A reforma de Bolsonaro dificulta o acesso à aposentadoria, diminui o valor dos benefícios e ataca itens da legislação trabalhista, como o fim do pagamento da multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para quem se aposentar e continuar trabalhando na mesma empresa.

Ataca também leis complementares como a que instituiu o abono salarial do PIS/PASEP para os trabalhadores formais que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996) – Bolsonaro quer pagar só para quem ganha até um salário mínimo.

Farmacêuticos assinam acordo da Campanha Salarial 2019

Os trabalhadores do setor farmacêutico assinaram a renovação da convenção coletiva da categoria, com todos os direitos garantidos nesta quinta-feira, 11.

O INPC  (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no mês de março apresentou variação de 0,77% e, com isso, o acumulado dos últimos doze meses, para a data-base do setor farmacêutico, fechou em 4,67%.

Confira como ficaram os reajustes:

Reajuste Salarial: 100% do INPC (4,67%), até o teto de R$ 8.800. Para quem ganha acima do teto o reajuste é fixo, no valor de R$ 410,96

Piso Salarial 

Para empresas com até 100 trabalhadores o reajuste é de 4,90%

O piso passa de R$ 1.483,60 para 1.556,28 (com aumento real de 0,22%)

Para empresas com mais de 100 empregados o reajuste é de 4,67%
O piso passa de 1.669,85 para R$ 1.747,83

PLR – Participação nos Lucros e Resultados reajuste de 4,67% 

PLR para empresas com até 100 trabalhadores passa a ser de R$ 1774,45

PLR para empresas com mais de 100 trabalhadores passa a ser de R$ 2.461,94

Cartão alimentação

Empresas com até 100 trabalhadores.  Reajuste de 5,91% (com aumento real de 1,18%). De R$ 220,00 passa para R$ 233,00

Empresas com mais de 100 trabalhadores. Reajuste de 6,06% (com aumento real de 1,33%). De R$ 330,00 para R$ 350,00

Congresso da categoria será dia 13 de abril

Em meio às inúmeras investidas do governo contra o movimento sindical e principalmente contra os direitos dos trabalhadores, os químicos realizam o 8º Congresso da categoria, que discutirá a reforma da Previdência e a liberdade e autonomia sindical, no próximo sábado, dia 13 de abril.

O atual coordenador do Sindicato, Osvaldo Bezerra, salienta a necessidade de os trabalhadores se informarem sobre o que significa essa reforma que está em curso e que pode ser aprovada a qualquer momento. “O governo quer acabar com a Previdência pública, quer implementar um sistema de capitalização que segue as regras do sistema financeiro e que vai jogar os trabalhadores na miséria absoluta”, explica Bezerra.

O governo também quer aprovar novas regras para a obtenção das aposentadorias e o objetivo é dificultar o acesso ao sistema e achatar os salários. “Para conseguir se aposentar pelo teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), os trabalhadores terão que ter 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) e mais de 40 anos de contribuição. Isso é praticamente impossível, já que a maioria dos brasileiros está sujeita à informalidade e ao desemprego”, questiona o dirigente Helio Rodrigues, que assume a coordenação do Sindicato no próximo dia 16 de abril.

O Congresso discute também a liberdade, autonomia e representatividade sindical. O tema também é muito oportuno, levando-se em conta as constantes investidas do atual governo contra os sindicatos.

O 8º Congresso da categoria acontece no encerramento do mandato desta gestão. A nova direção assume oficialmente a coordenação da entidade em 16 de abril. Helio Rodrigues será o novo coordenador geral da entidade e Osvaldo Bezerra passa a comandar a secretaria de Organização.

O Congresso será realizado no dia 13 de abril, a partir das 9h, na subsede de Santo Amaro (Rua Ada Negri, 127). Haverá transportes nas regiões.

Sindicato e Fetquim realizam seminário sobre acidentes e contaminações

O Sindicato dos Químicos, em conjunto com a Fetquim (Federação dos Trabalhadores Químicos), realizam o seminário Acidentes Maiores e Agrotóxicos no próximo dia 26 de abril, das 9h às 17h, na sede do Sindicato (Rua Tamandaré, 348, Liberdade).

Na oportunidade haverá uma manifestação em memória da luta mundial contra as mortes e acidentes no mundo, comemorada anualmente pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O dia 28 de abril foi escolhido por rememorar a morte de 78 trabalhadores mortos no Estado da Virgínia após um gravíssimo acidente  em 1969. A OIT comemora esta data desde 2003, e desde maio de 2005, foi instituído por Lei no Brasil como dia Nacional de luta contra os acidentes do Trabalho (Lei 11.121).

Crime em Brumadinho

Nessa luta mundial contra acidentes serão tratados dois fatos recentes: o gravíssimo acidente criminoso de Brumadinho, em Minas Gerais, em uma unidade da Vale do Rio Doce, que foi privatizada no final dos anos de 1990 pelo governo FHC; e a contaminação por diversos agrotóxicos produzidos pela Shell/Basf, fechada em 2003,  que ainda se arrasta hoje junto à base dos Químicos Unificados de Paulínia. O caso já vitimou diversos trabalhadores e aflige a saúde de mais de 1000 pessoas, entre ex-trabalhadores e familiares daquela unidade.

 

Bolsonaro é o pior presidente dos últimos 24 anos

Três meses após assumir o governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem as piores avaliações para um presidente nos últimos 24 anos.  A constatação é de uma pesquisa divulgada pela XP/Ipespe, na última semana.

De acordo com a pesquisa, a aprovação do governo de Bolsonaro caiu de 40% para 35% desde que ele tomou posse em 1º de janeiro deste ano.

Já a reprovação segue tendência oposta, de alta. Em fevereiro, ela era de 17%, passou a 24% em março. Em abril, atingiu 26%. Só o percentual dos que consideram o governo regular se manteve estável, em 32%, nesses três meses.

A pesquisa também mostra queda, de 54% para 50%, no grupo que espera que o restante do mandato de Bolsonaro seja ótimo e bom.Já entre os que esperam que o resto de mandato seja ruim ou péssimo aumentou de 20% para 23%.

O mais mal avaliado desde 1995

Em apenas três meses de gestão, o presidente de extrema direita já ostenta o título de mais mal avaliado entre os que foram democraticamente eleitos pelos brasileiros desde 1995. Seus quatro antecessores (Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e Fernando Collor de Melo) foram melhores avaliados pelos brasileiros quando tinham três meses de governo.

A pesquisa divulgada pela XP Investimentos foi realizada pela empresa Ipespe. O levantamento, feito entre os dias 1º a 3 de abril, ouviu 1.000 pessoas em todo o país.

A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais e as entrevistas foram feitas por telefone.

Farmacêuticos votam pela assinatura do acordo coletivo

Os trabalhadores do setor farmacêutico definiram assinar o acordo com a bancada patronal.  A decisão se deu na assembleia realizada na última sexta-feria, dia 5, em Santo Amaro.

Após a avaliação do cenário político e econômico do país, os trabalhadores  acharam importante garantir a Convenção Coletiva da categoria que garante todos os direitos e a reposição da inflação em todos os salários.

A proposta negociada em 29 de março acena com a reposição integral da inflação, de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que deve ser divulgada em 10 de abril. A estimativa é a de que a inflação acumulada dos 12 meses referentes à data-base dos farmacêuticos gire em torno de 4,27%. Também foi acertada a renovação da Convenção Coletiva integralmente, garantindo todos os direitos aos trabalhadores do setor.

Conheça a proposta negociada com patrões

Reajuste: 100% INPC (estimativa de 4,27%)

Piso até 100 trabalhadores: R$ 1.552,28*  (reajuste de 4,63% , com   aproximadamente 0,35% de ganho real)

Piso acima 100 trabalhadores: R$ 1.741,15* 100% INPC

PLR: 100% do INPC

Até 100 trabalhadores: R$ 1.767,67*

Acima de 100 trabalhadores: R$ 2.452,53*

Auxílio-alimentação: reajuste de 6,06% (aproximadamente 1,72% de ganho real)

Até 100 trabalhadores: R$ 233

Acima de 100 trabalhadores: R$ 350

*Os valores foram calculados com base na estimativa do INPC, de 4,27%.

Se a Reforma da Previdência for aprovada, muitos trabalhadores não conseguirão se aposentar

Ao contrário do que diz a mídia, o rombo da Previdência não é causado pela aposentadoria dos trabalhadores, mas sim pelo que o sistema deixa de arrecadar.

Os devedores da Previdência são os grandes empresários. Bancos e grandes empresas, juntos, acumulam uma dívida de R$ 374,9 bilhões (dados de 2015), mais do que o dobro do suposto rombo da Previdência, que é de R$ 149 bilhões.

A reforma que o governo Bolsonaro quer aprovar não acaba com as distorções do sistema previdenciário e só penaliza o trabalhador.

Para que todos os trabalhadores tenham acesso às informações sobre a reforma, o Sindicato está disponibilizando um número de WhatsApp. O número é (11) 96314-5629.

Passe uma mensagem com sua dúvida ou agende para conversar com a nossa assessoria.

Redução da integração do vale-transporte em São Paulo é derrubada na Justiça

O desembargador João Carlos Saletti, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu liminar na tarde de ontem (26) determinando que sejam retomadas as quatro integrações no uso do Bilhete Único vale-transporte. Um decreto do prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), tinha reduzido o uso do cartão para dois embarques em até três horas, em 1º de março. Para o magistrado, a medida causa discriminação entre os usuários de transporte coletivo e causa prejuízos aos que se utilizam do Vale Transporte, já que uma terceira condução dobraria o valor gasto diariamente. “De forma ilegal, estabeleceu discriminação entre os usuários em geral submetidos à tarifa comum e os de vale-transporte”, escreveu.

“O art. 5º da Lei Federal 7418/85 veda a imposição de qualquer gravame aos usuários de vale transporte, que devem receber tratamento idêntico ao do usuário comum. Injusta medida discriminatória, que, para um mesmo serviço, exige contraprestação diferente, sem motivação ou justificativa plausível, violando o princípio da isonomia. O valor do vale transporte é custeado pelas empresas e pelos trabalhadores, não sendo razoável que esses paguem mais pelo mesmo serviço”, argumentou Saletti. Ação foi proposta pelo vereador Alfredinho (PT).

A decisão do magistrado também suspende a cobrança diferenciada de valor no vale-transporte. Desde 7 de janeiro, a prefeitura não aplica mais subsídio para essa modalidade do Bilhete Único. Com isso a tarifa estava em R$ 4,57, contra R$ 4,30 do bilhete comum. As mudanças afetavam cerca de 1,2 milhão de pessoas por mês, que utilizam o vale-transporte. A prefeitura informou que vai recorrer da decisão.

Prejuízos à população
Além da mudança na integração, a gestão Covas prevê redução no número de linhas e mais baldeações na licitação encerrada na última segunda-feira (25). O que agravaria ainda mais a situação de quem usa o vale-transporte. Serão extintas 149 linhas e outras 186 terão seu trajeto reduzido. Isso vai levar a um aumento no número de integrações. Em 2017, antes da licitação, a RBA já havia revelado que a prefeitura estava extinguindo linhas de ônibus em várias regiões da cidade.

Como exemplo, na região sul da cidade – área 6, azul claro – serão 53 as linhas modificadas. A linha 675X Terminal Grajaú/Vila Mariana será cortada no Campo Belo. Quem já pega uma linha para chegar ao Terminal Grajaú terá de pagar mais uma para chegar à Vila Mariana. Na região de Parelheiros, a linha 695H-Jardim Herplin/Terminal Santo Amaro, passará a ir apenas até o Terminal Grajaú. Será preciso mais uma integração para chegar a Santo Amaro.

Situação semelhante à dos moradores da região noroeste – área 1, verde claro – que terá 51 linhas modificadas. Essa área ainda possui muitas linhas que vêm dos bairros ao centro e grande parte delas será cortada. Entre os mais prejudicados, estão os usuários da linha 8622 Morro Doce/Praça Ramos de Azevedo. A linha vai passar a fazer final do Terminal Jardim Britânia. De lá será preciso ir até o Terminal Lapa e daí pegar um ônibus para o centro da cidade. A nova licitação ainda vai definir como serão realizados os cortes de linhas.

O coordenador de projetos da Rede Nossa São Paulo, Américo Sampaio, já havia alertado que medida seria muito prejudicial para os trabalhadores mais pobres. “É uma medida que não faz sentido para (se buscar) a melhoria do sistema e que amplia a desigualdade social. Prejudica o desenvolvimento econômico da cidade, porque estimula as empresas a contratar quem mora mais perto do local de trabalho. E vai prejudicar aqueles trabalhadores que vivem nas periferias e procuram emprego na região central”, afirmou em entrevista em fevereiro.