Mulheres sairão às ruas amanhã, no Dia Internacional da Mulher

Amanhã, dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Em São Paulo, haverá uma grande marcha, com concentração no vão do MASP, a partir das 16h. A Frente Brasil Popular (FBP), que reúne mais de 50 movimentos sociais, e a CUT, estarão no evento, unidas à todas as mulheres presentes.

A marcha será um ato simbólico pelos direitos das mulheres no trabalho e na sociedade. Entre as principais bandeiras da CUT estão a luta contra a reforma da previdência, apoio à legalização e descriminalização do aborto, ratificação das Convenções 189 e 156, fim da violência contra mulher nos locais de trabalho e uma educação igualitária.

Outro ponto importante da marcha é a questão da jornada de trabalho da mulher, que muitas vezes é dupla ou tripla. Dados do IGBE divulgados este mês comprovam que as mulheres continuam ganhando menos do que os homens e trabalhando mais.

A vice-presidenta da CUT, Carmen Foro, também comentou sobre a importância da união no atual cenário político do País. “A democracia está em jogo no país, querem tomar o poder de qualquer jeito e um golpe está em curso. Os movimentos sociais, sindicais e populares estarão juntos conosco na luta desta terça. É momento de unidade e de luta para enfrentarmos os que não se preocupam com o país e com a classe trabalhadora”, disse.  

Para me derrotar vão ter de me enfrentar nas ruas, diz Lula

O encontro de Luiz Inácio Lula da Silva com as mais de 3 mil pessoas que lotaram a quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo, nesta sexta-feira (4), na região central da capital, foi uma espécie de redenção num dia, como citou o ex-presidente, de desrespeito a um legado.

Visivelmente emocionado e com a voz embargada, Lula fez um discurso de menção a avanços de seu governo, mostrou que as conquistas só foram possíveis porque funcionaram em um processo de aliança com o povo e ressaltou que é justamente a defesa dessa herança, dos direitos e conquistas, que deve mover a militância.

O ex-presidente, que foi levado de maneira coercitiva – situação em que é obrigado a depor – para a Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, lembrou-se da política de valorização do salário mínimo implementada em seu governo e que garante aumento real do valor há 11 anos, falou sobre as mudanças de hábito a partir do aumento do poder de compra, como o acesso a viagens de avião e apontou que a política é que deve estar a serviço da economia. E não o inverso.

“Provamos aos economistas da USP que o que falaram a vida inteira não era verdade. Pobre não era problema”, disse Lula, aclamado a cada menção a uma possível candidatura às eleições de 2018.

E essa foi apenas uma das lembranças dos contatos com a população que se tornaram mais frequentes do que nos governos anteriores. Citou o caso de um catador de papel de uma cooperativa de reciclagem que, ao ser recebido por ele, agradecia o fato de ter entrado ao menos uma vez no Palácio do Planalto e emendou com a referência à forma como enfrentou a crise econômica de 2009.“Os recursos que emprestamos aos pobres começou a gerar produção, arrecadação investimento”, afirmou. 

Ao falar das críticas conservadoras a programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Luz para Todos, Lula definiu o segredo para o sucesso dessas ações. “A única coisa que eles (críticos) não sabiam é que eu não era eu. Eu era vocês”, disse. 

Lula também fez referência às mulheres, ao povo negro e às políticas públicas implementadas em seu governo. “Eu não conseguia me conformar de saber que neste país um negro não podia ser gerente de um banco. Um negro não poderia ser um dentista. Não podia ser engenheiro. Não podia ocupar um cargo de médico porque negro nasceu, na lógica deles, para ser pedreiro”, exemplificou, ao se referir à visão da supremacia de uma elite branca constituída no Brasil. 

Ele comentou ainda da coragem do país em eleger a primeira mulher presidenta e falou sobre como foi difícil ver de perto o machismo que ainda toma conta do país.“Descobri que muito mais grave do que o preconceito contra a mim era o preconceito contra a mulher. Nunca vi uma pessoa ser tão agredida quanto a Dilma.”

Provocações

Mais uma vez mostrando indignação pela condução coercitiva diante de sua disponibilidade em contribuir para a justiça, Lula usou o bom humor para negar as acusações de favorecimento na aquisição de um apartamento no Guarujá e da reforma de uma chácara.

“Só tem um jeito do apartamento ser meu: é alguém comprar e me dar. Eles dizem que é minha uma chácara que não é minha”, disse, antes de defender sua conduta na vida pública. “Podem pegar o Procurador Geral da República (Rodrigo Janot), o Moro (juiz Sérgio Moro), um delegado da Polícia Federal. Se houver alguém mais honesto que eu, desisto da vida pública. Eu faço política de cabeça erguida neste país.”

Entre críticas à condução do caso, Lula aproveitou a ocasião para fazer agradecimentos. “Se há uma pessoa neste país que aprendeu a palavra gratidão ao povo brasileiro sou eu. Ninguém pode ser mais grato. Porque não é normal um cara como eu, que vim da onde eu vim, que estudou como eu estudei, com só o quarto ano primário, ter a primazia de ter sido escolhido para ser o presidente da República.”

Para Lula, a maneira como a investigação e o depoimento foram conduzidos desrespeitaram a sua história.

Lula: ‘Nada diminui minha vontade. Vou pôr as canelas de fora e vou percorrer este país’

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco que bastaria ao Ministério Público ou ao juiz Sérgio Moro chamá-lo para prestar qualquer esclarecimento que o faria sem a necessidade de “pirotecnias”. Em rápido pronunciamento no Diretório Nacional do PT, Lula lembrou que já interrompeu férias para ir a Brasília depor a convite da Polícia Federal. E criticou a ação de hoje em nova fase da Lava Jato, em que foi conduzido à unidade da Polícia Federal sob forte aparato policial e, sobretudo, midiático.

“Vim dizer para vocês que eu vim ao mundo para viver a adversidade. Nunca na minha vida tive nada fácil. Foi tudo muito difícil. Eu, que pensava que poderia me aposentar e apenas ser cabo eleitoral, acho que só existe uma intenção deste comportamento da justiça, deste comportamento que foi colocado hoje pelo Ministério Público, que é muito grave, porque, já fui prestar vários depoimentos à Polícia Federal, ao Ministério Público.”

“Se vocês não sabem, no dia 5 de janeiro, eu estava de férias. Eu suspendi as férias para ir até Brasília prestar depoimento a convite da Polícia Federal. Portanto, se o juiz Moro ou o Ministério Público quisessem me ouvir, era só ter mandado um ofício para eu ir, como sempre fui, prestar esclarecimento, porque não devo e não temo.

“Lamentavelmente, estamos vivendo um processo onde a pirotecnia vale mais do que qualquer coisa. O que vale mais é o show midiático do que a apuração séria e responsável que deve ser feita pela Justiça e pelo Ministério Público. São instituições que eu não só valorizo como valorizei muito quando era presidente da República. Nunca se investiu tanto quanto eu nas instituições.”

“De qualquer forma, nada disso diminui a minha vontade. Pelo contrário, acenderam em mim a chama de que a luta continua, e que preciso voltar a correr este país. Não era necessário o jogo de hoje. Não era necessário o jogo da Globo de ontem, da revista IstoÉ. Tudo isso é para desgastar o nosso governo. Vou pôr as canelas de fora e vou percorrer este país. Lutei tanto para democratizar este país. Lutei tanto contra a ditadura e não vou aceitar essa ditadura midiática de hoje. E convido vocês a correrem o país comigo. Quaisquer cinco pessoas trataremos como se fossem cinco mil.”

‘Ato é político, alvo é projeto de sociedade que Lula representa’

Para o presidente estadual do PT de São Paulo, Emídio de Souza, a operação da Polícia Federal desencadeada hoje (4), que invadiu a residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a sede do Instituto Lula, e levou o ex-presidente para depor coercitivamente, em local não divulgado, tem como objetivo causar constrangimento e humilhar a figura do ex-presidente e que o fato provoca indignação à militância. “Para ouvir o presidente Lula, ninguém precisava conduzi-lo coercitivamente”, afirmou Emídio, em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta manhã.

“Ele já tinha se disposto a depor. A polícia já o ouviu em outras vezes. Não precisava de condução coercitiva, de ocupar o escritório e a casa dele, criar esse espetáculo deprimente, que a PF criou hoje”. O presidente do PT paulista afirma que a militância do partido e os movimentos sociais não se calarão frente ao que classificou como “barbaridade”.

Emídio de Souza orienta a militância a se encaminhar, nesse momento, para a sede do diretório nacional do PT, no centro de São Paulo, onde os dirigentes devem deliberar sobre o caso.

Ele lembrou que o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo sempre se posicionou contra a “espetacularização” em torno das ações policiais levadas a cabo pela operação Lava-Jato e agora, um dia após a sua saída, ocorrida ontem (3), “temos o maior espetáculo produzido até agora”.

Por fim, ele pede o povo brasileiro reflita sobre o significado “dessa operação, ridícula e patética, que a Polícia Federal montou hoje.”

Desconstrução

O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, afirmou à Rádio Brasil Atual que a condução coercitiva de Lula, de seus familiares e de integrantes do Instituto Lula tem como alvo antecipar o processo que deveria ocorrer nas eleições de 2018.

“Hoje vemos uma grande armação. A ideia é destruir antecipadamente o embate acerca de um projeto social que o ex-presidente representa e que seria avaliado nas eleições. O ato da Polícia Federal é político.” 

Violência contra Lula afronta o país e o estado de direito

A violência praticada hoje (4/3) contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente, é uma agressão ao estado de direito que atinge toda sociedade brasileira. A ação da chamada Força Tarefa da Lava Jato é arbitrária, ilegal e injustificável, além de constituir grave afronta ao Supremo Tribunal Federal.

1) Nada justifica um mandado de condução coercitiva contra um ex-presidente que colabora com a Justiça, espontaneamente ou sempre que convidado. Nos últimos meses, Lula prestou informações e depoimentos em quatro inquéritos, inclusive no âmbito da Operação Lava Jato. Dezenas de testemunhas foram ouvidas sobre estes fatos alegados pela Força tarefa, em depoimentos previamente marcados. Por que o ex-presidente Lula foi submetido ao constrangimento da condução coercitiva?

2) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do Instituto Lula e da empresa LILS Palestras. A Lava Jato já recebeu da Receita Federal, oficialmente, todas as informações referentes a estas contas, que foram objeto de minuciosa autuação fiscal no ano passado.

3) Nada justifica a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Lula, pois este sigilo já foi quebrado, compartilhado com o Ministério Público Federal e vazado ilegalmente para a imprensa, este sim um crime que não mereceu a devida atenção do Ministério Público.

4) Nada justifica a invasão do Instituto Lula e da empresa LILS, a pretexto de obter informações sobre palestras do ex-presidente Lula, contratadas por 40 empresas do Brasil e de outros países, entre as quais a INFOGLOBO, que edita as publicações da Família Marinho (http://www.institutolula.org/as-palestras-de-lula-a-violaca…). Todas as informações referentes a estas palestras foram prestadas à Procuradoria da República do Distrito Federal e compartilhadas com a Lava Jato. Também neste caso, o Ministério Público nada fez em relação ao vazamento ilegal de informações sigilosas para a imprensa.

5) Nada justifica levar o ex-presidente Lula a depor sobre um apartamento no Guarujá que não é nunca foi dele e sobre um sítio de amigos em Atibaia, onde ele passa seus dias de descanso. Além de esclarecer a situação do apartamento em nota pública – na qual chegou a expor sua declaração de bens – e em informações prestadas por escrito ao Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente prestou esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em ação perante o Supremo Tribunal Federal, que também é de conhecimento público.

6) A defesa do ex-presidente Lula peticionou ao STF para que decida o conflito de atribuições entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal (Força Tarefa), para apontar a quem cabe investigar os fatos, que são os mesmos. Solicitou também medida liminar suspendendo os procedimentos paralelos até que se decida a competência conforme a lei. Ao precipitar-se em ações invasivas e coercitivas nesta manhã, antes de uma decisão sobre estes pedidos, a chamada Força Tarefa cometeu grave afronta à mais alta Corte do País, afronta que se estende a todas as instituições republicanas.

7) O único resultado da violência desencadeada hoje pela Força Tarefa é submeter o ex-presidente a um constrangimento público. Não é a credibilidade de Lula, mas da Operação Lava Jato que fica comprometida, quando seus dirigentes voltam-se para um alvo político sob os mais frágeis pretextos.

O Instituto Lula reafirma que Lula jamais ocultou patrimônio ou recebeu vantagem indevida, antes, durante ou depois de governar o País. Jamais se envolveu direta ou indiretamente em qualquer ilegalidade, sejam as investigadas no âmbito da Lava Jato, sejam quaisquer outras.

A violência praticada nesta manhã – injusta, injustificável, arbitrária e ilegal – será repudiada por todos os democratas, por todos os que têm fé nas instituições e do estado de direito, no Brasil e ao redor do mundo, pois Lula é uma personalidade internacional que dignifica o País, símbolo da paz, do combate à fome e da inclusão social.

É uma violência contra a cidadania e contra o povo brasileiro, que reconhece em Lula o líder que uniu o Brasil e promoveu a maior ascensão social de nossa história.

CUT fará vigília em todo o país em defesa do Lula e contra o golpe

O maior líder popular da história do Brasil foi constrangido a depor coercitivamente pela Polícia Federal, mesmo não tendo uma única prova de que cometeu qualquer ato ilícito.

O ex-presidente Lula tem endereço fixo, se prontificou a dar todas as informações solicitadas e a única denúncia contra ele é a suposta delação feita pelo senador Delcídio Amaral.   

É o golpe que vem sendo construído pela direita há meses, sendo colocado em prática com a parceria dos grandes meios de comunicação do país, de parte da PF, do Ministério Público e da oposição ao projeto de governo democrático e popular que Lula implantou no Brasil em 2003.

Diante dos fatos a CUT está propondo uma vigília permanente nas diversas cidades do país numa demonstração de que o povo está unido em defesa de Lula.  

Março é o mês das mulheres no Sindicato

O Sindicato lançou um jornal especial para discutir a participação da mulher no mercado de trabalho. O boletim faz parte da programação especial do mês das mulheres. O site do Sindicato também está lilás, cor do Coletivo de Mulheres.

Dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, as mulheres farão uma marcha organizada pela CUT-SP. E dia 13 de março (domingo), acontece um encontro de mulheres na sede do Sindicato para debater os tipos de violência que a mulher sofre no local de trabalho. 

Clique aqui para ler o Sindiluta Especial 

Copom mantém juros em 14,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 14,25%, após reunião realizada ontem (2). A Selic é mantida nesse valor desde julho de 2015.

Também na quarta-feira, a CUT havia lançado um comunicado oficial em seu site, antes da reunião do Copom, na qual condena a atual taxa.  A Central defende a queda de juros e avalia que como está, eles não geram emprego e renda aos trabalhadores, não estimulam o comércio e nem as empresas do setor produtivo.

“Para a CUT é urgente a redução drástica da taxa de juros para que a economia saia o mais breve possível da recessão, volte a gerar emprego e renda, e retome de forma consistente o caminho do desenvolvimento com distribuição de renda. A política econômica precisa estar a serviço do povo brasileiro”, diz um trecho da nota. 

Prefeitura lança programa de incentivo à agricultura familiar

A prefeitura de São Paulo lançou ontem (2), em Parelheiros, um programa de incentivo à agricultura familiar, o “Agriculturas Paulistanas”. A ideia é desenvolver a produção local de alimentos orgânicos, preservando o meio ambiente e a saúde pessoal.

Será realizado um processo de mapeamento e de diagnóstico das propriedades rurais, que somam mais de 5 mil hectares na cidade e parte dessa produção será utilizada pela prefeitura no fornecimento de alimentos, como, por exemplo, para a merenda escolar. 

As famílias receberão o fertilizante orgânico, produzido pela central de compostagem na Lapa, e terão acesso ao empréstimo de maquinário e ferramentas. Também serão ministrados cursos de capacitação para auxiliá-los na produção. 

CUT abre na sexta-feira programação do mês da mulher

Nesta sexta-feira (4) será aberta oficialmente a programação da CUT São Paulo para o mês de março, em comemoração às mulheres. O mês das Mulheres é marcado por mobilizações e debates sobre as lutas e os direitos das mulheres no mercado de trabalho e na sociedade.

O tema desse ano, “Mulheres na política: em defesa da democracia, construindo uma sociedade justa e igualitária, sem violência e livre de preconceitos. Não ao retrocesso! ”, engloba todas as pautas de reivindicação.

A atividade de abertura será um sarau, realizado na sede da CUT, a partir das 18h, na Rua Caetano Pinto, 575 – Brás. Para participar do projeto é preciso fazer a inscrição através do link.