Haddad diz que cidade é para ser ocupada

O prefeito Fernando Haddad (PT) tem investido cada vez mais em políticas de valorização de São Paulo, tornando a cidade um lugar mais seguro e atrativo para os moradores. Ele destacou a instalação de luzes de LED na região da Brasilândia, o que levou mais segurança à população.

“Cidade segura é cidade ocupada e não policiada”, disse. O prefeito reconheceu o erro de conduta da GCM (Guarda Civil Metropolitana) com os moradores de rua e recebeu o apoio de Anderson Lopes de Miranda, coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua.

“Haddad não é higienista. Se fosse não teria aqui um representante da população de rua. Não teria um comitê para elaborar políticas a essas pessoas”, disse durante a reunião do Conselho da Cidade.

O prefeito também declarou que irá investir em uma maior participação popular para decidir sobre obras públicas ou privadas de grande porte e impacto ambiental. 

Cidadãos trans conquistam maior reconhecimento na sociedade

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou ontem (5) uma resolução de seu Conselho Federal em que reconhece o nome social de travestis e transexuais, que poderão utilizá-lo em suas carteiras de identidade profissionais.

Para Giowana Cambrone, advogada e professora transexual, o uso do nome social já é uma conquista a se comemorar. “Permite que o travesti ou transexual se apresente sem passar pelo constrangimento de se expor por um nome que não corresponde ao seu gênero”, disse.

Na educação, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), apontou que houve um aumento de 46% no número de travestis e transexuais inscritos com o nome social no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em um total de 406 inscrições atendidas.  

Mulheres se encontram com Dilma

Na próxima sexta-feira (8) será realizado às 16h na  Casa de Portugal, na Avenida da Liberdade, nº 602, em São Paulo, o Encontro de Mulheres em Defesa da Democracia, com a presidenta Dilma Rousseff.

O ato conta com o apoio dos movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, como a CUT, a Marcha Mundial das Mulheres e a União Nacional dos Estudantes.

O evento tem o objetivo de denunciar a falta de representatividade feminina no governo interino e também as medidas impopulares de Michel Temer que ameaçam os direitos sociais e trabalhistas. 

CPI da merenda fica estagnada com manobras de tucanos

Os deputados à frente da CPI da merenda, todos da base aliada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) estão se utilizando de todas as medidas que podem para retardar o início das atividades da comissão.

Como são maioria, os deputados tucanos se utilizam descadaramente de sucessivas manobras. As atividades da comissão estão pausadas até pelo menos agosto, devido ao recesso parlamentar. O deputado petista Alencar Santana chegou a propor que a comissão trabalhasse durante as férias, mas o pedido foi negado pelo presidente da CPI, Marcos Zerbini.

Um erro no requerimento de documentos também está comprometendo a agilidade do processo. Os papéis da Operação Alba Branca foram requeridos ao Ministério Público e à Justiça de São Paulo, sendo que o caso foi repassado para Ministério Público Federal e à Justiça Federal. Os documentos devem chegar em agosto, no período que coincidirá com as eleições municipais.

Tribunal popular discute violência contra jovens negros

Morados do bairro Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, reuniram-se com movimentos sociais para a realização de um tribunal popular, onde houve um debate a respeito da morte de jovens negros pelo Estado.

Cidadãos relataram que já sofreram diversas abordagens policias pelo fato de serem negros, e relembram que muitos amigos e parentes estão desaparecidos por causa de abordagens violentas.

Essa ação policial, aliada ao preconceito, foram eleitas como as principais causas de morte de jovens negros, principalmente da periferia.  “O Estado tem uma construção de racismo institucional, principalmente a polícia militar, que vem de um histórico de ditadura e precisa se rearticular com relação às suas práticas”, disse Juliana Martins da Silva, coordenadora da Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo.

Temer enfrenta impopularidade e não abre mão de medidas

Michel Temer anunciou nesta segunda-feira (4) que virão pela frente novas “medidas impopulares”, parte de seu plano econômico. Temer declarou que será um período de contenção e disse ter o apoio do agronegócio, de setores da indústria e do varejo.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, sugere que pode haver um aumento dos impostos do País para aumentar a arrecadação. Temer já enviou ao Congresso a PEC 421, que estabelece um limite dos investimentos em saúde e educação e dos gastos do governo, limitados pelo reajuste baseado na inflação do ano anterior.

Seu anúncio ocorre em um período de impopularidade. Segundo pesquisa do Ibope, seu governo é avaliado como ruim ou péssimo por 39% dos brasileiros e 53% desaprovam sua maneira de governar. 66% disseram que não confiam no presidente interino.

CUT repudia ação de Alckmin contra Apeoesp

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT e Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, lançaram uma nota na qual repudiam as ações do governador Geraldo Alckmin (PSDB) contra a Apeoesp. Aposentados associados ao Sindicato tiveram o desconto das mensalidades cancelado.

A CUT critica a medida como uma tentativa de desestabilizar a Apeoesp e impedir o pagamento dos associados. O Sindicato tem exercido grande influência sobre os alunos e professores da rede pública, que alcançaram grandes vitórias, delatando um sucateamento da educação pública no estado.

A Central defendeu ainda o pleno direito à liberdade sindical e à organização sindical dos trabalhadores. 

Prefeitura lança projeto sobre alimentação acessível e saudável

Foi lançado ontem (29) pela prefeitura de São Paulo um programa de inclusão social e combate à fome. O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional tem como objetivo mapear as populações mais vulneráveis da cidade e garantir a essas pessoas o acesso a alimentos.

O projeto pretende incentivar a agricultura familiar e a agroecologia, para uma produção de alimentos mais saudáveis. ” Ao trazer o fortalecimento dessa cultura, o plano enxerga toda a cadeia da alimentação e cria uma logística para colocar os produtos à venda em diferentes pontos”, disse Artur Henrique, secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo.

Artur disse que o plano deve entrar em vigor ainda este ano e classifica a ação como um projeto coletivo, com participação social e visa à inclusão.   

Temer apresenta projeto prejudicial ao meio ambiente

Michel Temer tem apresentado projetos políticos e sociais que representam grandes retrocessos ao País. Mais um exemplo é a Medida Provisória727, que prevê a criação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), para beneficiar a iniciativa privada com o controle sobre as empresas estatais.

A MP também libera a concessão de projetos às empresas privadas, sem a necessidade de um licenciamento ambiental. Torna-se assim, uma ameaça à proteção da diversidade ambiental, das terras indígenas, dos recursos hídricos, minerais e toda a riqueza natural do Brasil. 

Alessandra Cardoso, assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), teme pelo futuro dos órgãos ambientais do governo. “Você tem um processo de sucateamento ainda maior dos órgãos que são responsáveis por conduzir o processo de licenciamento, que não é só o Ibama, mas todos os órgãos, a Funai, o Iphan, os que cuidam dos territórios quilombolas”, disse.   

ONG critica condução da crise hídrica pelo governo estadual

A ONG Artigo 19 publicou um relatório no qual aponta que Sabesp, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Agência Reguladora de Saneamento (Arsesp), principais empresas gestoras dos recursos hídricos de São Paulo, são pouco transparentes.

A organização critica a recusa em conceder arquivos técnicos, taxados como públicos pela Lei de Acesso à Informação. As empresas não têm colaborado para que a população tenha uma compreensão sobre a verdadeira dimensão da crise hídrica e dos reservatórios. Mariana Tamari, responsável pelo documento, diz que não há uma cultura da transparência e não se pensa em informações como sendo públicas.

Também houve críticas sobre a postura do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em meio à crise. “O que a gente averiguou foi que havia uma enorme discrepância entre o que o governo falava e o que a população sentia, que era verificado nas próprias casas das pessoas”, disse.