Metrô deixa de investir em meio à crise

O metrô de São Paulo tem enfrentado uma crise sob a gestão do governador Geraldo Alckmin. Por falta de verbas para a manutenção dos trens e expansão das linhas, a empresa está cada dia mais com o serviço comprometido, afetando passageiros, que já começam a procurar por alternativas de transporte.

Segundo um levantamento do portal Fiquem Sabendo, o metrô deixou de investir R$ 511,90 milhões em um ano (comparando o primeiro semestre de 2016 com o mesmo período em 2015). O portal também apontou que em 2015 não houve a inauguração de nenhuma estação nova.

A lei que define a Política Nacional de Mobilidade Urbana, traz no art. 5º, inciso IV, “a eficiência, a eficácia e a efetividade” como princípios dos serviços de transporte público, mas o metrô não tem conseguido cumprir tais garantias.     

Audiência pública debate ameaça aos direitos dos trabalhadores

O Sindicato sediou na última quinta-feira(11) a audiência pública contra as ameaças aos direitos dos trabalhadores, uma iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.

Durante seu discurso, o senador Paulo  Paim (PT) criticou as pautas de reformas trabalhistas em tramitação no Congresso Nacional. Como por exemplo, a que prioriza as negociações entre patrões e empregados ao invés das leis; as mudanças no  auxílio-doença e na aposentadoria por invalidez e a liberação da terceirização para todas as atividades das empresas.

Hélio Rodrigues, coordenador da Frente Contra a Terceirização e diretor licenciado do Sindicato dos Químicos, abriu a audiência reforçando a importância da unidade das centrais sindicais na luta contra a retirada de direitos e em defesa do  governo Dilma Rousseff,  eleito democraticamente. “Nós temos críticas ao governo no âmbito econômico, mas não podemos negar o enfrentamento da presidenta Dilma com  Eduardo Cunha”, disse. 

Representantes do Tribunal, da Defensoria e juízes alertaram para a relação entre a precarização e o aumento do trabalho escravo no País, pois a flexibilização das leis de trabalho acarreta em menores salários, maior tempo de trabalho e maior rotatividade nas empresas.  Para o jornalista Leonardo Sakamoto, o crescimento econômico está sendo tratado com maior importância do que a dignidade dos trabalhadores.      

Bancários reivindicam 14,78% de reajuste salarial

Os bancários entregaram a pauta de reivindicação aos banqueiros no último dia 9 de agosto. 

Os eixos centrais da campanha salarial deste ano são: reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização, defesa das empresas públicas e contra a perda de direitos.

O presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, afirmou que diante deste cenário, a negociação com os banqueiros tende a ser ainda mais dura, mas que os trabalhadores estão prontos para a luta. “ Estamos mobilizados  para uma campanha forte e vamos nos unir com trabalhadores de outras categorias que fazem campanha no segundo semestre. Aprovamos um manifesto contra a retirada de direitos dos trabalhadores, contra a Reforma da Previdência, o congelamento dos gastos com saúde e educação, em defesa do Pré-Sal, e contra o PL da terceirização”, disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma  das coordenadoras do Comando. 

Ato em defesa do emprego e dos direitos será dia 16 de agosto, na Paulista

A CUT e demais centrais sindicais vão realizar um ato na próxima terça-feira, dia 16 de agosto, a partir das 10 horas, em frente ao prédio da Fiesp, em defesa do emprego, da CLT e da Previdência Social.  

A ação, que acontece em todo o País, faz parte da agenda de lutas do movimento sindical em defesa dos direitos dos trabalhadores, que estão ameaçados pelas pautas que tramitam no Congresso Nacional.

As centrais apontam algumas medidas para combater o desemprego, gerar novas oportunidades e manter os direitos, como redução da taxa de juros que viabilize a retomada do crescimento industrial, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, incentivo às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social.

Serviço

Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos
Data: 16 de agosto (terça-feira)
Horário: A partir das 10h
Local: Em frente ao prédio da Fiesp (Avenida Paulista, 1313)

CUT realiza sarau LGBT

 

A CUT São Paulo está com inscrições abertas para o Sarau LGBT, que será realizado no próximo dia 26, às 19h, na sede nacional, em São Paulo. O objetivo do evento é refletir sobre os desafios por meio de intervenções artísticas e culturais –  dança, música, teatro e poesia.

O sarau será realizado em parceria com o Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras LGBT e o Coletivo de Cultura da CUT. Na ocasião também será lançada uma cartilha com orientações e informações.

Os interessados em se inscrever em alguma atividade devem preencher o formulário

A CUT Nacional fica na rua Caetano Pinto, 575, no Brás, região central de São Paulo.

Campanha Salarial Unificada do Ramo Químico da CUT: MANIFESTO

A CNQ-CUT, que representa trabalhadores e trabalhadoras do ramo químico, une-se às entidades cutistas de todo o país na Campanha Salarial Unificada dos Ramos que clama “Nenhum Direito a Menos”, neste momento em que setores políticos e do empresariado ameaçam retirar nossos direitos históricos e precarizar ainda mais as relações de trabalho.

 
Para nós, trabalhadores e trabalhadoras, o país só voltará a crescer se o desenvolvimento econômico for acompanhado pelo desenvolvimento social. Para isso, precisamos que a Constituição seja respeitadas, que as leis trabalhistas sejam cumpridas, que haja geração de empregos seguros e saudáveis, dignamente remunerados.
 
Os sindicatos e federações do Ramo Químico da CUT tem um peso grande nas negociações das campanhas salariais que serão realizadas ao longo deste segundo semestre de 2016, afinal trata-se de um ramo estratégico na economia brasileira.
 
A CNQ-CUT entende que a riqueza produzida pelo ramo químico brasileiro é, sobretudo, fruto da força da mão de obra empregada por todos os trabalhadores e trabalhadoras. Assim a CNQ recomenda os seguintes pontos para uma pauta específica da Campanha Salarial Unificada:
 
Direitos dos trabalhadores/as:
 
  • Contra a terceirização e em defesa da primeirização (não ao PL 4330 ou PL nº 30/2015)
  • Defesa da aposentadoria especial para o trabalhador do ramo químico
  • Pela redução da jornada de trabalho sem a redução de salário
  • Pelo direito à Organização por Local de Trabalho (OLT)
 
Saúde e segurança do trabalhador/a:
 
  • Defesa irrestrita à Norma Regulamentadora NR 12 (segurança no trabalho em máquinas e equipamentos)
  • Defesa irrestrita à Norma Reguladora NR 13 (segurança no trabalho com caldeiras, vasos de pressão e tubulações)
  • Prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando a proteção da saúde do trabalhador
  • Direito de Recusa (direito de recusa ao trabalho em situação de risco grave e iminente)
 
Desenvolvimento nacional:
  • Defesa da soberania nacional, do Pré-Sal e contra a privatização da Petrobrás
  • Por uma política industrial que gere empregos com o uso de matérias-primas nacionais, através da promoção do gás natural e da ampliação das fontes alternativas e renováveis, como a biomassa, que possa efetivamente beneficiar toda a cadeia petroquímica, da primeira à terceira geração.

 

Agosto de 2016

Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT – CNQ-CUT

População não desistiu de lutar contra o golpe

A Avenida Paulista reuniu ontem (9) manifestantes contrários ao impeachment de Dilma Rousseff e que saíram às ruas em defesa da democracia, em protesto  organizado pela Frente Brasil Popular.

Também houve manifestações em Ribeirão Preto e Campinas, no interior de São Paulo, Florianópolis e Paraíba. As mobilizações foram vitoriosas, de acordo com Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, e mostram que o povo está engajado na luta pela democracia, mesmo com as Olimpíadas no País.

Bonfim citou também o grande ato realizado no Rio de Janeiro, no dia de abertura dos jogos e disse que já estão marcadas novas manifestações em São Paulo durante os jogos de futebol nos dias 13 e 17, em frente à Arena Corinthians, em Itaquera, na zona leste da capital.

Comitê Olímpico tenta esconder manifestações contra Temer

Em uma tentativa de esconder o grande número de manifestações contra o presidente interino Michel Temer nas Olimpíadas, o Comitê do Rio-2016 e Comitê Olímpico Internacional (COI) decretaram proibição de manifestações políticas dentro dos locais dos jogos.

As centrais sindicais CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas assinaram uma nota na qual repudiam a repressão a um direito dos cidadãos.  

“Além disso, a Lei Geral das Olimpíadas, em seu artigo 28, proíbe, como manifestação oral, apenas “xingamentos ou cânticos discriminatórios, racistas ou xenófobos”. Levar uma placa, cartaz ou vestir uma camisa com dizeres “Fora Temer” ou “Stop Coup In Brazil” é uma legítima manifestação pacífica e não atrapalha o andamento das atividades esportivas”, diz parte da nota.

Ontem (9) a Justiça Federal do Rio de Janeiro lançou uma liminar na qual legaliza manifestações pacíficas de cunho político. A ordem é destinada à União, o Estado do Rio e o Comitê Organizador da Rio-2016, sob multa de R$ 10 mil por cada repressão.  

Cheque comprova desvios na merenda escolar

A Operação Alaba Branca, que investiga o caso de desvio de dinheiro e superfaturamento na merenda escolar, apreendeu um cheque que comprova que a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), pagou o equivalente a R$50 mil a ex-assessores de Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

O esquema entre a Coaf e a Secretaria de Educação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) está sendo investigado em uma CPI aberta após pressão dos alunos da rede pública. As informações sobre o cheque da Coaf foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.  

 

Cantareira entra em alerta em meio a seca

No mês passado o reservatório de água Cantareira voltou a entrar em estado de alerta, enfrentando o mês de julho mais seco em cinco anos. Após o período de seca em 2014 e 2015, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a declarar que a crise hídrica em São Paulo estava resolvida.

O Cantareira é o maior reservatório de água da região e apresenta, já com o volume morto, 58,5% de sua capacidade. Esse valor era de 71% antes do início da crise.

Especialistas criticam a posição do governo do estado e da Sabesp, de retirar medidas que incentivavam a economia de água, como a concessão de bônus e  a cobrança mais cara por desperdício. O sistema  de distribuição de água também perde muita água devido à falta de manutenção e  problemas nas tubulações.