Em São Paulo, 1º de maio da resistência será na Praça da República

O tradicional evento do 1º de Maio, em homenagem ao Dia dos Trabalhadores, leva para as ruas de São Paulo a defesa da democracia, dos direitos, dos empregos, dos salários e das aposentadorias. E, alinhado aos eventos que ocorrerão em todo Brasil, traz entre os motes a luta pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ato unificado e as atrações artísticas ocorrerão na Praça da República, região central da cidade de São Paulo, a partir das 12h. Neste ano, o evento é realizado pela CUT, CTB, Intersindical e movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Entre as atrações confirmadas estão a banda Liniker e os Caramelows, que mescla black music e soul e é encabeçada pela cantora trans Liniker; a rapper Preta Rara, a sambista Leci Brandão, o grupo Mistura Popular, a ala de samba Unidos de Santa Bárbara, o compositor e intérprete de grandes escolas de samba, André Ricardo, e os cantores e intérpretes do carnaval em 2018 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, Grazzi Brasil e Celsinho Mody. 

O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo ressalta que o Brasil vive um momento de aprofundamento da retirada de direitos, que exige ação permanente dos movimentos sindical e sociais.   “Temos que ampliar os atos de ruas e construir greves contra as empresas que publicamente apoiaram e ainda apoiam o golpe. Sabemos a quem serve a reforma trabalhista aprovada no Brasil e tantas outras reformas como a da Previdência, que atenderá aos interesses dos banqueiros e setores que financiaram a retirada da presidenta eleita Dilma Rousseff e que agora apoiam a prisão política e arbitrária de Lula”, diz o dirigente.

Neste sentido, o 1º de Maio representa a resistência popular e uma resposta da sociedade ao cenário político brasileiro, como afirma o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas. “É a resistência contra o fascismo, a violência, a judicialização da política e contra uma imprensa que se torna cada vez mais inquisidora. A prisão política do Lula é o maior ato de repressão contra um dos mais importantes personagens de nossa história, que representa um projeto de país, de um Brasil para todos. É por isso que lutamos por sua liberdade e por eleições diretas. Garantir a vitória de Lula como presidente significa termos de volta a democracia, os direitos sociais e trabalhistas e a manutenção das empresas públicas”, conclui.  

 

Juíza veta visita de Esquivel a Lula

O ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz, não conseguiu visitar o ex-presidente Lula, nesta quinta-feira (19). Ele está em Curitiba junto com o teólogo Leonardo Boff e ambos tiveram a visita negada pela Justiça.

“É preocupante essa conduta, porque Esquivel é apenas a primeira de muitas visitas internacionais que irão ocorrer ao ex-presidente Lula, como estadista. Sem contar o caráter de perversidade”. diz a advogada Tânia Mandarino, que presta apoio jurídico a Esquivel no Brasil.  Tânia disse ainda: “Pela sua relação de aconselhamento espiritual com Lula, o Leonardo Boff deveria ter, inclusive, sua entrada franqueada. É lamentável.”                                                                                   

A advogada viu componentes de sadismo na conduta da juíza Carolina Lebbos “que  respondeu sadicamente aos embargos e não comentou sobre o pedido de visitas. Disse que não há urgência e, resumindo, ‘problema do Esquivel se ele está só de passagem’.”                 

Ao conversar diretamente com a Superintendência da PF, o ativista argentino teve o acesso mais uma vez negado. “Vamos ter de esperar se até amanhã (quando volta à Argentina) para ver se sai a autorização. Espero poder encontrar o Lula, abraçá-lo e levar-lhe toda a solidariedade internacional que temos recebido, de Portugal, Alemanha, França, Noruega, e vários países”, disse Esquivel.          

“Eu que sou velho amigo de Lula vim em uma missão espiritual. Como uma lei divina pode ser negada por uma juíza terrena?”, provocou Leonardo Boff. O teólogo afirmou que o Brasil atual é uma nau sem rumo, e que Lula é o único que “brilha” aos  olhos do povo com poder de reverter as “iniquidades” cometidas pelo governo Temer. 

*Com informações da Rede Brasil Atual

 

Classe média se arrependeu do impeachment, diz Chaui

A filósofa Marilena Chaui participou do programa  “Entre Vistas”, da TVT,  apresentado por  Juca Kfouri,  e disse  que a classe média brasileira se arrependeu do impeachment, mas finge que não.  “É impossível que ela (a classe média) não veja todos os dias os resultados do governo Temer. Há essa percepção, mas ela é razoavelmente enrustida. Se você der visibilidade para o equívoco, a classe média recua. Acho que ela se deu conta de que foi um passo equivocado”, analisou Chaui. 

Durante quase uma hora de entrevista, a filósofa reconheceu estar preocupada com as eleições de outubro. Disse que em outros anos eleitorais, no mês de abril já se sabia com mais clareza quem eram os candidatos e quais eram as bases dos programas, situação oposta à de 2018, em que o cenário está “bagunçado” e a população ainda não pensa nas eleições. “Minha impressão é que houve uma devastação tão grande dos políticos e dos partidos, da credibilidade do Legislativo, que faz com que as eleições pareçam distantes ou nem possam acontecer.” 

Assista entrevista completa no site da Rede Brasil Atual.

 

Químicos intensificam sindicalização nas empresas

O Sinicato está lançando uma ampla campanha de conscientização e sindicalização que começará a percorrer as empresas da base.

O objetivo é  conscientizar os trabalhadores da importância do Sindicato e de fortalecer a entidade, ficando sócio.

De acordo com o coordenador geral do Sindicato, Osvaldo Bezerra,  a maioria dos trabalhadores chegam ao Sindicato para se filiar, pensando em usar as colonias de férias. “As colônias são muito boas e o lazer é importante. Porém, neste momento, em que atacam frontalmente nossos direitos e tentam liquidar com os trabalhadores é importante  esclarecer que o Sindicato é muito mais que isso”, diz Bezerra,.

O sindicalista lembra que  as duas convenções – do setor químico e farmacêutico – estão entre as melhores do País,   garantem muito mais direitos do que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)  e existem graças a luta sindical.  “Nossas convenções, neste momento, são o maior trunfo que temos na mão. Sem elas, estaríamos numa situação muito pior”, explica.

De acordo com um pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizada no ano passado,  há cerca de 18,4 milhões de sindicalizados no País, que correspondem a 19,5% do contingente de trabalhadores (94 milhões). Dentre os que não são sócios, 26,4% dizem não conhecer o sindicato da sua categoria.  “Vivemos hoje o reflexo dessa desinformação. Nossa estratégia será visitar empresas, discutir os problemas do mundo do trabalho e ampliar o contingente de sindicalizados. Só assim teremos condições de vencer essa batalha”, avalia Bezerra.    

 

Boitempo libera livro de Lula em versão online

A Editora Boitempo disponibilizou gratuitamente a versão online o livro  Luiz Inácio Lula da Silva – A Verdade Vencerá, recém-lançado.

O livro traz a versão do ex-presidente sobre o atual momento da história brasileira, que culminou com sua prisão em 7 de abril. “O que está aqui (no livro) é a minha verdade, é desafiar a verdade dos meus acusadores”, disse Lula no dia do lançamento, em março.   

A publicação é resultado de uma longa entrevista concedida aos jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, ao professor de Relações Internacionais Gilberto Maringoni e à editora da Boitempo, Ivana Jinkings.

Até o dia 13 de abril, o e-book poderá ser baixado gratuitamente na Amazon, Apple, Saraiva, Cultura/Kobo e Google.

Lançado há menos de um mês, o livro teve tiragem inicial de 30 mil exemplares. Segundo a editora, os direitos de tradução estão sendo negociados com editoras da América Latina, Espanha, Estado Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, China e Coreia do Sul.

 

Ato em solidariedade a Lula reúne milhares de pessoas em São Paulo

Milhares de pessoas participaram do ato em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no centro de São Paulo ontem (11). 

A manifestação foi organizada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúne centenas de entidades, entre elas, CUT, MST e MTST. A concentração começou na Praça da Sé e posteriormente os manifestantes caminharam até a Praça da República.   

Lideranças sindicais que participaram do ato lembraram que tudo começou em 2016, com o impeachment da presidenta Dilma, depois veio a recessão, o desemprego que jogou mais de 13 milhões de trabalhadores na miséria e a retirada de direitos trabalhistas.  

Muitos artistas cantaram em defesa de Lula na Praça da República. Em todas as grandes capitais do País também ocorreram protestos.

 

Colônias e clube fechados

As colônias de férias de Solemar e Caraguatatuba estarão fechadas para manutenção preventiva de 4 de junho a 11 de julho e o clube de campo de Arujá, de 2 de junho a 31 de agosto.  O período foi escolhido por se tratar de baixa temporada. 

 

Atos e vigílias em todo o País por Lula Livre

Hoje (11), estão ocorrendo atos e vigílias em todo o País pela liberdade do ex-presidente Lula, um preso político, condenado sem crimes nem provas. Atos também aconteceram em embaixadas brasileiras em todo o mundo.

A data foi escolhida porque o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar uma liminar sobre a constitucionalidade da prisão em segunda instância que pode beneficiar Lula. O ministro Marco Aurélio Mello disse à imprensa que vai pautar as duas Ações Declaratórias Constitucionais que estão desde dezembro no Supremo e não entraram na pauta de votação por decisão pessoal da presidente Carmen Lúcia.

Em Curitiba, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que a melhor resistência à prisão política e arbitrária de Lula é organizar os trabalhadores para defender a liberdade do ex-presidente e, consequentemente, o fim dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas. “Nossos sindicatos têm de colocar na agenda do dia tanto a pauta tradicional de emprego, salário e trabalho, como a defesa irrestrita ao ex-presidente porque só com Lula livre impediremos que os retrocessos sociais e trabalhistas continuem atingindo a classe trabalhadora”, disse.

*Com informações da CUT

Farmacêuticos assinam acordo que garante 0,93% de ganho real

Sindicalistas e empresários formalizaram hoje (10), o acordo do setor farmacêutico que garante reajuste de 2,5% para todas as faixas salariais  e reajuste de 7,5% na PLR (Participação nos Lucros e Resultados).  

Com o fechamento da inflação em 1,56%, de acordo com o INPC/IBGE, o ganho real para os trabalhaodres foi de 0,93%. É o 15º ano consecutivo que os farmacêuticos garantem ganho real nas negociações salariais.  

Com a conjuntura política e econômica cada vez mais complicada no País, o acordo foi considerado muito bom por dirigentes e trabalhadores que participaram da assembleia. “Os patrões adiaram muito a conversa e chegamos a temer que ela nem acontecesse.  Mas nosso Sindicato é forte e atuante. Endurecemos, mostramos isso aos patrões e conseguimos garantir ganho real”,  avalia Deusdete José das Virgens, o Dedé,  diretor do Sindicato e secretário de Finanças da Fetquim.

Conheça a proposta negociada com patrões

Reajuste

2,5% para salários até R$ 8.511,65

Acima do teto, reajuste fixo de R$ 212,79

Pisos

Reajuste de 2,5%

R$ 1.483,59 (até 100 trabalhadores)

R$ 1.669,84 (acima de 100 trabalhadores)

PLR

Reajuste de 7,5%

R$ R$. 1.695,27 (até 100 trabalhadores)

R$ 2.352,10 (acima de 100 trabalhadores)

Cesta básica

R$ 220 – 9,23% de reajuste (até 100 trabalhadores)

R$ 330 – 10% de reajuste (acima de 100 trabalhadores)

País passa por momento pior do que na decretação do AI-5, diz sociólogo

Em entrevista à RBA, o sociólogo Laymer Garcia dos Santos comenta a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele “o fascismo está implantado mesmo. Ele estava se implantando dois anos atrás e agora está aí na cara de todo mundo. Com a prisão do Lula caíram todas as máscaras”, disse.

Para o sociólogo, as pessoas não estão entendendo a gravidade da situação do País, quando um ex-presidente da República tem seus direitos negados pelo próprio Supremo Tribunal Federal (STF) “de maneira obscena”.

Laymert diz ainda que era óbvio que o desfecho seria esse.  De acordo com ele não teriam deposto a ex-presidenta Dilma Roussseff para entregar o País nas mãos do Lula.

Leia a entrevista completa no site da RBA.