Pesquisa indica melhoria da percepção dos paulistanos sobre o trânsito

As medidas de redução da velocidade máxima nas ruas e avenidas, implementação de ciclovias e faixas exclusivas de ônibus, e ampliação do número de radares, realizadas pela gestão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), tiveram impacto positivo no trânsito, segundo a percepção dos paulistanos ouvidos em pesquisa divulgada hoje (19) pela Rede Nossa São Paulo e o Ibope. O trânsito melhorou duas posições no ranking de áreas problemáticas da capital paulista e teve redução de 44% nas menções dos entrevistados quanto à área que consideravam com mais problemas na cidade.

Em 2014, o trânsito era considerado a quarta pior área da capital paulista, com 32% de menções negativas entre o total de entrevistados. Em 2015, o setor já havia melhorado uma posição. Neste ano, o trânsito passou para a sexta posição, com 18% das menções. A melhora se deu mesmo com o aumento da frota de veículos na capital paulista, que atingiu oito milhões de automóveis, em maio do ano passado. Segundo a pesquisa, 60% dos paulistanos têm ao menos um carro e 33% utilizam carro todos os dias, mesmo como carona. No entanto, metade dos ouvidos disse usar o carro com menos frequência que há um ano.

Também aumentou a aprovação da abertura de ruas e avenidas para lazer na capital paulista, incluindo a Avenida Paulista, principalmente entre os que utilizam automóveis cotidianamente. Em 2015, 64% dos paulistanos, dentre os quais 54% dos que utilizam carro diariamente, aprovavam a medida. Neste ano, os índices aumentaram para 76% e 75% respectivamente.

O apoio à construção de corredores e faixas exclusivas de ônibus segue alto: 92% dos paulistanos apoiam a medida. No ano passado, o índice era de 90%. Os favoráveis à ampliação das ciclovias também cresceram: 68% da população da capital paulista – e 58% dos que usam automóveis todos os dias – querem o aumento da rede cicloviária. Segundo a pesquisa, três em cada quatro paulistanos nunca andaram de bicicleta. O principal motivo apontado é a falta de segurança para os ciclistas, representado por medo de furtos ou roubos, desrespeito dos motoristas e motociclistas e buracos e irregularidades no solo. Porém, os que já andaram nas ciclovias apontam muito menos problemas de segurança que os que nunca andaram.

O apoio à redução da velocidade máxima nas ruas e avenidas, no geral para 50 km/h, também recebeu maior apoio neste ano, mas ainda é um ponto das políticas da gestão Haddad para a mobilidade que divide os paulistanos. No ano passado, 43% eram favoráveis e 53%, contrários à medida. Neste ano, 47% se posicionaram a favor e 50% contra a redução. Dados comparativos dos anos de 2014 e 2015, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), indicam que o número de mortes em acidentes na capital caiu 20,6%, após a política. O número total de acidentes caiu 15%.

A pesquisa foi lançada como evento de abertura da Semana da Mobilidade, que culmina no Dia Mundial Sem Carro, na quinta-feira (22). Foram ouvidas 602 pessoas, entre os dias 23 de agosto e 1º deste mês. A relação de áreas problemáticas da capital paulista apresentou, em primeiro lugar, a saúde pública, seguida pelo desemprego, segurança pública, educação e transporte coletivo, que também melhorou uma posição em relação ao ano passado.

Químicos aprovam pauta da Campanha Salarial

A pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016 foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores que compareceram à assembleia realizada no dia 16 de setembro, na sede do Sindicato.

Os trabalhadores reivindicam 14% de reajuste, piso salarial de R$ 2.000,00 e PLR mínima de dois pisos reajustados (R$ 4.000,00).

De acordo com as estimativas do Banco Central a inflação dos últimos doze meses deve ficar bem próximo de 9%, portanto o reajuste contempla as perdas do período e garante um ganho real de aproximadamente 5%.  “Sabemos que as negociações não serão fáceis. Os bancários estão em greve e os bancos não querem nem repor a inflação, sendo que este é o setor que mais lucra. Teremos que fazer uma campanha de resistência, senão nós é que vamos pagar o pato”,  avalia Renato Zulato, diretor do Sindicato. 

A pauta será entregue aos patrões na quinta, 22, e o dia será marcado por mobilizações nas fábricas e na avenida Paulista. “É um esquenta para a greve geral do dia 29, quando outras categorias vão se unir aos químicos em defesa dos salários e dos direitos”, informa Zulato. 

O secretário Jurídico, Edson Passoni, lembrou a lista de projetos que estão para ser votados no Congresso e que retiram importantes direitos dos trabalhadores.  “O patrão quer se aproveitar do momento econômico para retirar direitos.  A Fiesp dizia que não ia pagar o pato e financiou a saída da presidenta Dilma. Sem mobilização, nós é que vamos pagar o pato”, desabafa   

As negociações deste ano envolvem só as cláusulas econômicas, uma vez que as sociais foram renovadas no ano passado por dois anos. Essa negociação contempla 180 mil trabalhadores dos cinco sindicados que negociam conjuntamente – São Paulo; ABC; Campinas, Osasco e Vinhedo; Jundiaí e região; e São José dos Campos e região, sob coordenação da Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico). 

 

Fique por dentro da pauta

– Aumento salarial de 14%

– Piso salarial de R$ 2.000,00

– PLR mínima de dois pisos reajustados –  R$ 4.000,00  (para empresas que não têm um programa próprio)

Mais um golpe aos direitos: PEC 241

O governo do presidente ilegítimo Michel Temer propôs uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para congelar os investimentos sociais, como saúde, educação e assistência social, pelos próximos 20 anos, usando como base de verba o ano de 2016, que é recessivo em relação aos anos anteriores.

A PEC 241, a chamada PEC do desmonte, representa um rompimento com os direitos sociais previstos na Constituição Brasileira e resultará no sucateamento dos serviços públicos. Abaixo, o infográfico mostra os danos às políticas públicas que a PEC pode causar, comparando com os investimentos feitos nos últimos 13 anos.

(arte: Marcio Baraldi, e diagramação: Fabiana Tamashiro)

Frente Brasil Popular organiza mobilização por paralisação do país dia 22

Em comunicado distribuído na noite de segunda-feira (12), após reunião nacional, na segunda-feira (12), a Frente Brasil Popular (FBP) afirma ser a hora de dar “uma demonstração de força e barrarmos o plano neoliberal dos golpistas, que querem jogar todo peso da crise sobre as costas da classe trabalhadora, retirando direitos”. A frente reúne movimentos populares, partidos progressistas, além das centrais sindicais CUT e CTB, e foi articulada para fazer o enfrentamento às ofensivas conservadoras contra os direitos civis, humanos e trabalhistas executadas a partir do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo os dirigentes da FBP, é necessário e urgente parar a produção, a circulação, o transporte das riquezas e de pessoas, no maior número possível de cidades brasileiras, além de manifestações e atos públicos contra o golpe e o retrocesso “civilizatório” em curso no país.

Entre as ameaças aos trabalhadores, apoiadas pela grande imprensa, estão o aumento da jornada e a precarização das relações de trabalho, a desvalorização do salário mínimo, a reforma da Previdência, a privatização do pré-sal e outros.

Os dirigentes defendem ser preciso barrar as iniciativas do governo ilegítimo de Michel Temer e ao mesmo tempo fomentar a consciência da classe trabalhadora, utilizando “todos os meios possíveis”, como imprensa popular, rádios comunitárias e outras manifestações culturais.

Os comitês da Frente Brasil Popular no país começam a discutir e se preparar para ampliar a paralisação nos espaços de trabalho, escolas, órgãos públicos e espaços sociais das cidades.

Para a FBP, o sucesso dos atos e paralisações do dia 22 será fundamental para a realização de uma greve geral que “de fato enfrente o governo golpista e seu plano neoliberal”.

Químicos debatem racismo nas fábricas

O Sindicato dos Químicos promove nesta terça (13) o debate “ Diálogo Social para Promoção da Igualdade Racial nas Empresas do Setor Químico”, em conjunto com Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico).

Na parte da manhã o encontro contou com a participação de Edvaldo Mendes Araújo, o Zulu, da Fundação Pedro Calmon, de Salvador. Ele lembrou que o Brasil viveu quase 400 anos de escravidão patrocinada pelo Estado brasileiro. “Escravidão não é só trabalho sem remuneração. É a perda da dignidade humana. Não é possível construir a democracia de maneira plena sem combater o racismo e promover a igualdade, mas essa tarefa é árdua. O racismo no Brasil não é fácil de se identificar e não é fácil de se combater”, alertou.  Para Zulu, as cotas nas universidades públicas são a única forma de democratizar a educação.

O diretor do Formação do Sindicato, Geraldo Guimarães, lembrou que quase não existem negros em cargos de destaque nas empresas. “Os patrões costumam justificar a falta de negros nas empresas dizendo que eles não são qualificados, o que é uma inverdade, já que essa realidade vem mudando nos últimos anos.

Na parte da tarde o debate contará com a participação de empresas do ramo químico. 

Final da lX Copa Sindquim será dia 18

A final da IX Copa Sindquim será no próximo domingo, dia 18 de setembro, a partir das  9 horas, na quadra da Playball Pompéia. Participaram do campeonato 52 times da categoria e a grande final é entre a Zaraplast e a Altaplast. A disputa do terceiro lugar é entre Vedacit e Gavea.  

Mais de 100 mil saem às ruas por direitos

No último domingo, 11 de setembro, mais de 100 mil pessoas lotaram a avenida Paulista contra o governo golpista de Temer e em defesa dos direitos dos trabalhadores.  

Os trabalhadores já perceberam quem é o pato dessa história e estão mobilizados. A Fiesp (Federação Patronal) patrocinou as manifestações contra a ex-presidenta Dilma usando o  slogan “Não Vamos pagar o Pato”.

Porém, desde que assumiu oficialmente a presidência, Michel Temer (PMDB) não tem dado um dia de trégua aos trabalhadores: já anunciou A reforma da previdência e a jornada de 12 horas de trabalho, dentre outras inúmeras propostas absurdas que visam retirar direitos adquiridos

O ato foi convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, que reúnem movimentos sociais, sindical e partidos políticos.  A CUT também está chamando um Dia Nacional de Paralisação para 22 de setembro.

O presidente da CUT/SP, Douglas Izzo afirmou que a classe trabalhadora não permitirá a concretização da reforma nos direitos que o governo tem anunciado. “Fora Temer e todos aqueles que defendem o retrocesso e que querem aplicar no Brasil uma política que vai acabar com a educação, saúde e políticas universalizantes. Nós temos que denunciar os golpistas que estão votando no Congresso Nacional projetos que representam o desmonte das políticas sociais”, disse o dirigente.

Sorteio de vagas para colônias e Clube de Campo acontece dia 16 de outubro

O sorteio de vagas para o feriado de 15 de novembro (Proclamação da República) nas colônias de Caraguatatuba, Solemar e no Clube de Campo de Arujá, será realizado no dia 16 de outubro, domingo, às 10 horas, na sede do Sindicato (Rua Tamandaré, 348 – Liberdade). 

Para participar, os sócios interessados devem retirar uma senha entre os dias 5 de setembro e 14 de outubro na subsede mais próxima. É preciso levar o RG, ou outro documento com foto, e a carteirinha de associado. Cada sócio receberá uma senha e as regras do sorteio.

No dia 16 de outubro, o sócio deverá comparecer à sede do Sindicato com a sua senha, RG, ou outro documento com foto, e a carteirinha de associado. Se o sócio não puder comparecer no dia, ele pode ser representado por outra pessoa que deve estar com os documentos do associado. É importante lembrar que cada pessoa pode representar apenas um sócio. 

O portão será fechado às 10h para o início do sorteio, e o horário será rigorosamente respeitado. 

Para os outros períodos do ano, as reservas para o clube de campo e para as colônias podem ser feitas diretamente no Sindicato com antecedência mínima de 30 dias.

Sensível ao momento econômico, o Sindicato suspendeu o reajuste das colônias de férias e do  Clube de Campo.

Medidas anunciadas são todas de perdas para os trabalhadores, dizem especialistas

Para superar a crise econômica, o governo Michel Temer tem defendido medidas de ajuste radical, como a PEC 241, que limita os gastos públicos por 20 anos, e a flexibilização das leis trabalhistas, com a ampliação da terceirização para todas as atividades, proposta já aprovada na Câmara e agora em análise no Senado. Especialistas contestam: “As medidas anunciadas são todas de perdas para os trabalhadores”, afirma Patrícia Palatieri, coordenadora de pesquisas do Dieese.

Sobre a PEC 241, a economista afirma que a proposta coloca em xeque conquistas da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu percentuais mínimos de investimento em Saúde – 13,2% para a União, 12% para governos estaduais e distrital e 15% para municípios – e Educação – 18% para a União e 25% para estados e municípios.

“A PEC 241 é muito complicada porque, inclusive, mexe com o aquilo que foram conquistas da Constituição de 1988, que é vincular um percentual do PIB como gastos em educação e saúde. Ao limitar, você está mexendo nesse mecanismo e deixando mais dinheiro livre para o governo federal fazer aquilo o que quiser”, analisa a coordenadora do Dieese, em entrevista à repórter Michelle Gomes, para o Seu Jornal, da TVT.

Sobre a proposta de ampliação da terceirização, Patrícia diz que sempre foi utilizada como ajuste para as empresas ganharem mais, ou então, deixarem de perder. “O nosso histórico não é bom de terceirização.”

Para o professor de pós-graduação em economia na PUC-SP Ladislaw Dowbor, a saída da crise não está na retirada de direitos dos trabalhadores, mas, sim, no fim do privilégio do setor financeiro, que se beneficia das altas taxas de juros.

“O governo tem uma tática muito simples. ‘Não vamos mexer nos bancos, no rentismo, no lucro dos que aplicam em papéis e não produzem, e vamos puxar mais dinheiro do andar de baixo da economia’. Vão pegar a Previdência, vão pegar o salário mínimo, as políticas sociais, o que já é tradicional da direita, que é fazer o povo pagar”, afirma Dowbor.

Ele também contesta o discurso defendido pelo governo, e aponta outros fatores que colocam o desenvolvimento do país em risco. “A grande legitimidade que esse governo tenta buscar é que ele estaria vindo remediar uma crise criada por Dilma, o que simplesmente é falso, porque o travamento se deve a um sistema absolutamente escorchante (exorbitante) de juros que endividou as famílias, e se travou o investimento público ao manter a taxa Selic extremamente elevada que transferiu, em 2015, 500 bilhões de reais do governo e das políticas sociais e transferem para os intermediários financeiros. Isso é inviável”, analisa o professor.

Assista a matéria da TVT na íntegra: