Unificar foi o caminho dos aposentados

Aposentados químicos e plásticos seguem o mesmo caminho da unificação feita
pela categoria cuja base sindical é São Paulo e região

Um pequeno grupo de trabalhadores em vias de aposentadoria se reuniu no
início da década de 1980 para fazer o encaminhamento junto ao INSS. Aos poucos o
grupo foi crescendo, até que resolveram tomar a iniciativa de formar a
Associação dos Aposentados e pensionistas químicos. No setor plástico também
havia um grupo com a mesma preocupação.

A fundação da Associação foi por conta do aumento significativo de
trabalhadores em vias de se aposentar e também de aposentados que entraram na
Justiça para pedir revisão dos vencimentos. Com a unificação dos químicos e
plásticos as Associações seguiram o mesmo caminho. Também se unificaram, a
exemplo das duas categorias, para fortalecer a luta dos aposentados e
pensionistas pela revisão dos vencimentos e também na luta por melhores
condições de vida para aqueles que trabalharam a vida toda.

Momento forte da luta dos aposentados foi em 1992 quando o governo Collor de
mello se recusou a pagar os 147% sobre os vencimentos de janeiro de 1992,
relativos às perdas em consequência dos planos Collor 1 e 2. Vale dizer que
Collor de Melo prejudicou o país inteiro e principalmente os 10 milhões de
aposentados do país.

Os protestos correram o país de norte a sul. A Associação dos aposentados e
pensionistas químicos e plásticos de São Paulo, junto com o sindicato nacional
dos aposentados da CUT, participou das manifestações em São Paulo e em
Brasília.

Hoje contando com mais de cinco mil associados, a Associação desenvolve
intenso trabalho de encaminhar processos ao INSS para revisão da aposentadoria e
outras iniciativas jurídicas sempre atentas aos direitos dos aposentados e
pensionistas. A entidade também organiza, regularmente, passeios e eventos
festivos na sede ou uma das subsedes do Sindicato.


Matéria publicada na Revista Especial 10 anos de Unificação, de
10/09/2004

Diretoria colegiada: isto é democracia

Químicos e plásticos inovam, concretizam experiências como a direção
colegiada e avançam cada vez mais na ação democrática no exercício prática
sindical

Há dois tipos de direção sindical hoje no país. A mais comum é o
presidencialismo, na qual uma única pessoa, o presidente, responde pelo
sindicato. E tem a forma colegiada, na qual uma equipe de coordenação assume a
direção da entidade. Ou seja, em vez do presidente, há um colegiado de
dirigentes, que têm responsabilidades e deveres em igual nível.

Exercício da democracia. Assim é possível expressar e definir com muita
clareza a prática de Direção Colegiada deste Sindicato. Antes mesmo da
unificação, químicos e plásticos já tinham optado pela forma colegiada de
direção sindical, em vez do presidencialismo. O então sindicato dos Plásticos
adotou o método colegiado, em seguida os químicos adotaram a mesma forma de
direção.

A diretoria colegiada tem como princípio a participação igualitária de todos
os seus membros, com os mesmos direitos e responsabilidades, substituindo a
figura do presidente. A atual diretoria é formada por 43 diretores, com a tarefa
de encaminhar as decisões da categoria e elaborar o plano de ação da entidade.

Essa direção colegiada é composta por uma coordenação, formada a partir de
indicações definidas em reunião de diretoria, a cada ano, quando são realizados
os seminários de diretoria (são reuniões amplas dos diretores para definir plano
de ação e eventuais mudanças na composição de coordenação). Compete a ela
coordenar e encaminhar as resoluções aprovadas pela assembléia geral, congressos
e seminários da diretoria, bem como apresentar propostas para ação política da
diretoria.

Decisão de congresso da categoria e assegurado no estatuto do sindicato, para
dar conta das necessidades e atribuições colocadas à direção colegiada são
necessárias sete secretarias de trabalho. São elas: administração e finanças,
saúde e meio ambiente, formação, cidadania, cultura e lazer, jurídica,
comunicação e imprensa, organização política sindical e de base. Para cada uma
delas há um coordenador geral e demais membros integrantes.


Matéria publicada na Revista Especial 10 anos de Unificação, de
10/09/2004

Intransigência patronal continua

Dos 13 sindicatos patronais das empresas do ramo químico, plástico, farmacêuticos e similares do Estado de São Paulo, somente o Sindusfarma não assinou o Acordo. Querem apenas repor o acumulado da inflação (INPC) do período, 5,72%, sem aumento real de salários. A conquista geral da categoria é de 8%.

O Sindicato dos trabalhadores enviou pauta de reivindicações às empresas chamando para negociação. Muitas já negociaram e deram reajuste igual ou superior ao negociado com outros sindicatos patronais, mas algumas empresas se recusam a negociar.

Diante do impasse os diretores do Sindicato, desde o dia 16/11, têm realizado manifestações nas portas de  empresas como Novartis, Roche, Biossintética, Baxter e outras. Na mesma pauta que foi encaminhada já está colocado o aviso de greve, caso necessário.

Aumento real já e redução de jornada

Por unanimidade a categoria aprovou a pauta da Campanha Salarial/2004. Veja os principais pontos da pauta no quadro abaixo. As propostas foram também apresentadas aos sete Sindicatos do ramo químico do Estado de São Paulo que compreende mais de 150 mil trabalhadores. Sob a coordenação da CNQ/CUT, estas entidades encaminharam a referida pauta aos Sindicatos patronais em 20 de setembro último.

A campanha salarial/2004 acontece num momento dos mais propícios, pois a economia dá sinais de crescimento. Nos últimos meses a produção tem aumentado em todos os setores, especialmente nas indústrias do ramo químico, o que justifica crescimento nos níveis de emprego com carteira assinada e aumento do faturamento das empresas. Esses indicadores justificam as reivindicações dos trabalhadores, principalmente o aumento real de salários.

Mobilização permanente

Os trabalhadores das indústrias farmacêuticas são convocados a manter-se organizados no local de trabalho e participar das mobilizações e atividades convocadas pela diretoria do Sindicato. Não aceite pressão das chefias e direções das empresas, que fazem de tudo para dividir e confundir a unidade dos trabalhadores.

Além das manifestações  que já estão acontecendo desde o dia 16/11, que serão intensificadas a partir de agora, a diretoria do Sindicato comunicará à sociedade e aos  governos (municipais, estaduais e federal), que estes laboratórios desrespeitam e não valorizam seus funcionários, que são responsáveis pela fabricação de medicamentos que salvam e protegem vidas.

Além disso, em conjunto com os demais sindicatos do Estado coordenados pela CNQ/CUT, estamos enviando um relatório às matrizes das multinacionais para informar como as direções das empresas no Brasil tratam seus trabalhadores. Este mesmo relatório já foi enviado para os sindicatos de trabalhadores e comissões de fábrica dos países de origem das empresas como forma de denúncia e busca de solidariedade.

Moradia: Pare de pagar aluguel

A Cooperativa de Moradia do Sindicato a SINDCOOP convida todas as famílias que não têm sua moradia própria a participar dos programas habitacionais que a Cooperativa tem em andamento.

Venha conhecer a Cooperativa e saia de vez do aluguel. Faça como muitos trabalhadores da categoria já fizeram e já receberam as chaves. No residencial Itajuibe, Itaim Paulista, mais de 10 famílias já receberam as chaves.

Inscrições abertas para outros empreendimentos na região da Zona Leste. Venha fazer parte de um time de vencedores.

Mais informações
(11) 3277-1820 ou (11) 3209-3811, ramal 212

Campanha Salarial 2004

As reivindicações da campanha salarial deste ano está dividida em quatro blocos:

. cláusulas da atual Convenção Coletiva a serem renovadas;
. cláusulas da atual Convenção Coletiva a serem aprimoradas;
. cláusulas novas e
. cláusulas de gênero.

Aumento de salários Campanha Salarial 2004
1. Reajuste pela variação do índice do ICV-Dieese, no período entre 1º de novembro de 2003 à 30 de outubro de 2004.

2. Aplicação de 6,97% sobre os salários reajustados pelo ICV-Dieese, correspondente à diferença (resíduo) entre o reajuste salarial feito e o índice do custo de vida do Dieese, no período entre novembro de 1995 à novembro de 2003.

3. Aumento real de 2%.

Horas-extras – Elas terão um acréscimo de 85% em relação ao valor hora dos dias normais e de 130% aos sábados, domingos e feriados, ficando limitadas a 18 horas por mês. Caso ultrapasse esse limite, elas deverão ser pagas em dobro.

Sistema Único de Representação (SUR) – que será composto pelos trabalhadores eleitos para a CIPA, por dirigentes sindicais que atuam na empresa e por qualquer outro representante eleito pelos trabalhadores no âmbito do local de trabalho. O SUR terá como atribuição cumprir as normas legais dispostas na NR 5 da Portaria 3214/78 (CIPA), negociar a Participação nos Lucros ou Resultados e demais atribuições definidas no seu estatuto. Todos os membros do SUR serão portadores de estabilidade decorrente da representação.

Garantia de emprego aos acidentados e portadores de doenças profissionais.

Combate ao assédio moral e sexual.

Efetivação dos terceirizados, após 90 dias da assinatura do acordo, com multa de 10% do salário nominal, por dia e por trabalhador envolvido, para a empresa que não cumprir esse item.

E outras reivindicações.

Sindicatos patronais que já assinaram a Convenção Coletiva

Por enquanto, somente o setor farmacêutico está de fora. Demais setores produtivos compreenderam a importância do acordo neste momento.

Químicos, Plásticos, Cosméticos, Resinas Sintéticas, Abrasivos, Tintas e Vernizes, Produtos de Saúde Animal, Fertilizantes, Defensivos Agrícolas, Ind. de Explosivos, Adubos e Corretivos Agrícolas, Refino de Óleos Minerais.

Assembléia decide

Em assembléia realizada no dia 05/11 categoria aprova proposta de reajuste, autoriza a diretoria a assinar o acordo salarial/2004 e continua a mobilização para conquistar reajuste maior nas empresas.

8% Reajuste para salários até R$4.500,00.

Piso Salarial, a partir de 01/11 é de R$ 562,25

R$ 400,00, a título de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR)

Em assembléia realizada na sede do Sindicato, em cinco de novembro último, os trabalhadores presentes aprovaram a proposta encaminhada pelo sindicato patronal. Os principais destaques ficam por conta do reajuste salarial de 8%, o piso da categoria que passa para R$ 562,25 e o valor da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) estabelecido em R$ 400,00. Sempre lembrando que trata-se de uma referência mínima, pois na negociação direta por empresa este valor pode e deve ser bem maior, de acordo com a realidade de cada local.

No percentual de reajuste salarial, a depender do índice da inflação do mês de outubro, é possível que esta conquista venha a significar até 2% de aumento real nos salários. Quanto à PLR, fica assegurado este benefício em todas as empresas.

Sempre acreditando que é possível avançar ainda mais nas conquistas, a diretoria do Sindicato propõe a continuidade das negociações por empresa. Ou seja, serão encaminhadas pautas com reivindicações abordando questões salariais e PLR, bem como questões específicas, dentro da realidade da empresa e das necessidades dos trabalhadores.

Mas para isso, a fórmula é a mesma de sempre: a categoria precisa manter-se unida, com disposição de lutas, atender ao chamado e convocações da diretoria do Sindicato e participar das mobilizações rumo à conquista de suas reivindicações. Na prática, portanto, continuamos em campanha salarial. Participe!

O interesse é seu, e a luta é de todos

Coordenados pela CNQ/CUT os seis Sindicatos cutistas do ramo químico do Estado de São Paulo já discutiram questões importantes com os sindicatos patronais da pauta de reivindicações que foi aprovada pela categoria e apresentada aos patrões no final de setembro.

Agora é hora de saber quais são as propostas dos empresários e apresentar nossas contra-propostas em nova rodada de negociação. Os seis Sindicatos do ramo químico do Estado de São Paulo não abrem mão do aumento real e da redução da jornada de trabalho sem redução de salário e da livre organização por local de trabalho.

Plenárias Regionais
Sexta-feira, dia 22, 19h
Sede Central – R. Tamandaré, 348 – Liberdade
Subsede Lapa – R. Domingos Rodrigues, 420
Subsede Santo Amaro – R. Ada Negri, 127