Salário mínimo em alta

No novo salário mínimo, de R$ 350,00, o reajuste será de 16,67%. Com a antecipação para abril de 2006, o aumento real será de 12% frente a uma inflação estimada em 4,1%, no período de maio 2005 a março 2006.

Nos quatro últimos anos as correções do salário mínimo acumulam reajuste de 75%. Já a inflação acumulada não chega a 41%, de acordo com o INPC (Instituto Nacional de Preços ao Consumidor) medido pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística). O resultado, nesse período, é um aumento real de 24,25%.

As centrais sindicais, especialmente a CUT, tiveram papel importante na luta pela recuperação do salário mínimo, que ainda não terminou. Nos últimos dois anos, através do diálogo com o governo LULA, o aumento real ficou acima de 21%, ou seja, a partir do momento em que as centrais sindicais iniciaram a luta pela recuperação do mínimo.

Outro fator importante é que o aumento do salário mínimo serve como referência para aumentar os salários das categorias profissionais. Pesquisas apontam que em 2005 a maioria obteve aumento real nas campanhas salariais, inclusive nos químicos, plásticos, farmacêuticos e similares de São Paulo e região, com significativa elevação do piso.

Simplificações conceituais

Fábio Kerche

Parte da mídia e da oposição se utiliza de conceitos das ciências sociais na tentativa de desconstruir a figura pública de Luiz Inácio Lula da Silva.

Populismo e coronelismo são utilizados como slogans pejorativos desprovidos de seus significados.
Caso muito diverso, associado com o coronelismo por articulistas, é o crescimento do presidente Lula nas pesquisas. Atribui-se ao Bolsa-Família os bons índices do governo e do presidente.

Qual a relação entre o coronelismo e um programa amplo, com regras claras, de transferência de renda? Onde está a dependência do poder local ao poder nacional, pois, mesmo moradores de cidades ou Estados administrados por partidos da oposição também recebem o benefício?

O eleitor escolhe baseado no que um determinado político e/ou partido fizeram em uma administração. O Bolsa-Família mudou a vida de milhares, por que não é legítimo que esses cidadãos avaliem positivamente o governo Lula?

Diferentemente do coronelismo, eles não são obrigados a votar no candidato do governo e não serão punidos se não o fizerem.

Outra falta de cuidado é a utilização do termo populista. O populismo é um fenômeno político em que uma liderança estabelece uma relação direta com o povo, sem a intermediação de instituições.

O presidente Lula governa com a parceria e as limitações impostas pelo Congresso Nacional, respeita o Poder Judiciário, dialoga com os movimentos sociais e nunca buscou atalhos aos rituais democráticos. O termo populista é desrespeitoso com a trajetória do presidente e com democracia brasileira.

A popularização de explicações sociológicas é importante. Entretanto, a crítica ao governo não precisa ser acompanhada de conceitos transformados em carimbos simplifica-dores da realidade social.

Fábio Kerche é doutor em ciência política e assessor especial da Sec.-Geral da Presidência
Artigo publicado na íntegra na Folha de São Paulo, em 23/03/2006

Notas

Caos na saúde

As UBS (Unidades Básicas de Saúde), segundo o Conselho Nacional de Saúde, deveriam atender 20 mil pessoas. Na capital, além da superlotação das UBSs, faltam profissionais e medicamentos. Isso mostra que os tucanos de plantão não têm o menor respeito com povo, mas ainda assim os meios de comunicação nada informam, mentem, tentam enganar o povo, de olho no calendário eleitoral.

Politicagem nas CPis

O presidente do STF, Nelson Jobim, afirmou que, por trás das quebras de sigilos, feitas de forma inadequada, estão objetivos políticos. Ele adiantou que o tribunal estará atento, “a todos os casos que estão definindo um tipo de conduta, toda ela desprezível”. O ministro Cezar Peluso sugeriu a edição de uma súmula dizendo que a corte não aceitará quebra de sigilo sem que haja uma fundamentação adequada.

O melhor remédio

O presidente Lula afirmou que a extensão do programa Farmácia Popular a 1.200 drograrias privadas do país é um marco na história da saúde no Brasil. O sistema já começou a funcionar. Com a adesão das redes comerciais, alguns medicamentos para hipertensão e diabetes serão vendidos a preços até 90% menores que os cobrados hoje, o que beneficiará diretamente cerca de 11,5 milhões de pessoas.

Ato político

Entidades da sociedade civil e o Diretório Estadual do PT/SP realizam, dia 03/04, às 15h, no Auditório Franco Montoro, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, ato político em defesa da democracia e do governo Lula com a participação de políticos, sindicalistas, militantes, lideranças dos movimentos sociais e intelectuais. O ato é uma resposta à ação denuncista da oposição ante o fortalecimento do governo nas pesquisas.

CNQ realiza plenária nacional

De 26 a 27 de abril, dirigentes sindicais do ramo químico de todo o país realizam plenária nacional. Em debate: conjuntura nacional, reorganização do ramo e definição de um plano de ação e lutas.

Deste Sindicato participarão os seguintes diretores e diretoras: Aparecida Pedro (Cida); Luiz Carlos Gomes (xiita); Edílson de Paula; Edson Passoni; Elizabete da Silva (Beth), José Isaac.

Participam também como membros natos da 3ª Plenária, os diretores que fazem parte da direção da CNQ, são eles: Antenor Nakamura (Kazú) – Secretario de Relações Internacionais, Lucineide Varjão (Lú) – Secretaria de Relações de Gênero; Rítalo Lins – Secretaria Setorial Farmacêutico e Cosméticos; Rosana Souza de Deus – Secretaria Regional Sul, Adir Gomes Teixeira e Nilson Mendes, membros da direção da CNQ.

CUT prepara congresso estadual

O 11º CECUT (Congresso Estadual da CUT/SP), que acontece de 10 a 13 de maio, em Santos, vai eleger a nova diretoria que conduzirá a entidade até 2009 e debater e aprovar um plano de ação e lutas para o período.

A novidade é a volta dos trabalhos em grupos, com enfoque para questões específicas de interesse dos trabalhadores, como: mulher trabalhadora; desenvolvimento geração de emprego e renda, entre outros.

“Queremos garantir a participação das bases tanto na construção das nossas teses quanto na defesa e compromisso das suas deliberações”, frisa Edílson de Paula, presidente da CUT/SP e diretor do Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região, candidato à reeleição para a presidência da entidade. Sindicatos de diversas categorias, além dos químicos e plásticos de São Paulo e região, apóiam a candidatura de Edílson para mais um mandato à frente da presidência da Central.

O Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo participará do 11º CECUT com 12 delegados(as), que serão eleitos na assembléia dia 02/04, às 10h, na Subesede Santo Amaro.

Setor Farmacêutico: assembléia domingo 02/04

A assembléia decisiva dos trabalhadores da indústria de medicamentos, que têm data-base em 1º de abril, acontece logo após a realização de três rodadas de negociação com o sindicato patronal e, principalmente, depois da divulgação da informação de que o setor farmacêutico faturou, em 2005, mais de 22 bilhões de reais. São dois importantes motivos para você participar, na subsede Santo Amaro do Sindicato.

Semana decisiva de negociações
A campanha é coordenada pela CNQ/CUT e participam a direção deste Sindicato e os químicos do ABC.

As negociações acontecem nos dias 24, 28 e 31/03, na sede do Sindusfarma. Na primeira reunião, serão tratadas as questões sociais (garantias de direitos como direito à informação, saúde segurança e meio ambiente); na segunda as questões políticas (direito de organização no local de trabalho) e na terceira as questões econômicas (reposição das perdas e aumento real de salário, equiparação salarial nos casos de funções iguais).

Portanto, os trabalhadores do setor farmacêutico estão convocados a participar da assembléia, na subsede Santo Amaro, dia 02/04, às 10h, para avaliar as propostas apresentadas pelo sindicato patronal.

Assembléia
02/04 (Domingo), 10h da manhã
Subsede Santo Amaro, R. Ada negri, 127
(haverá condução, a partir das 8h30, das demais regiões)

Editorial: prontos para novos desafios

Eleita a nova diretoria do Sindicato para o triênio 2006/2009. Começamos, assim, mais uma etapa de intenso trabalho sindical que tem como horizonte, além das conquistas trabalhistas (salários, emprego, melhores condições de trabalho, defesa da saúde e segurança…) a luta incansável em defesa da dignidade humana, a busca da cidadania plena.

Por isso mesmo pautamos a palavra de ordem da CHAPA 1 pelo slogan: “o futuro você faz agora”. E já começamos a fazer com a perseverança e esforço que marcam nossa atuação sindical. E “nossa”, nesse caso não é apenas a diretoria eleita; é toda a categoria unida, na luta!

Estamos, portanto, prontos para os novos desafios. Temos, de imediato, a campanha salarial do setor farmacêutico. Em seguida, nossa participação nos congressos da CUT e plenária da CNQ. Vem aí a preparação da campanha salarial dos demais setores produtivos da categoria, que têm data base em novembro.

E, como sempre fizemos sem vacilar, nossa participação efetiva nos embates políticos do nosso país. Esse ano tem eleições, e questões como projeto de governo, defesa da classe trabalhadora e maioria da população estão na ordem do dia.

Diretoria Colegiada

Diretoria eleita organiza planejamento de trabalho

Terminada as eleições, a diretoria eleita realiza seminário já no começo de abril para planejar as ações e lutas tendo em vista colocar em pratica as propostas assumidas pela Chapa 1 e indicar os titulares para as secretarias. Vale lembrar que a secretaria de relações de gênero aprovada no IV Congresso da categoria começa a funcionar a partir deste seminário.

Além dos debates e deliberações sobre organização interna do Sindicato, a diretoria também  define suas formas de atuação neste primeiro momento da nova gestão, sobre mobilização da categoria, suas lutas e conquistas. A propósito, o estatuto da entidade prevê a realização de um seminário de diretoria por ano, para renovação e atualização do seu plano de ação e lutas.

Democracia e transparência: categoria elege nova diretoria

De 21 a 24 de março último os trabalhadores com direito a voto compareceram às urnas para votar na CHAPA 1 “o futuro você faz agora“. Assim, elegeram a nova diretoria do Sindicato para o triênio 2006/2009.

Não só por ser chapa única, mas pela capacidade de organização deste processo e sua lisura, foi uma eleição tranqüila, em que o trabalhador votou com plena consciência do seu dever de associado que se preocupa com os rumos do seu Sindicato de classe.

Eleição feita com a máxima democracia e transparência, toda a categoria tomou conhecimento do pleito desde o início da convocação de assembléia para eleição da Comissão eleitoral, passando pelo registro de chapa, até sua efetiva realização.

Coordenador do processo eleitoral, José Campelo, da Associação dos Aposentados da categoria, observa que “não basta o fato de ser chapa única para que haja eleição tranqüila. A lisura do pleito, o efetivo acompanhamento da categoria são elementos fundamentais para seu reconhecimento”.

Eleita, a nova diretoria começa a trabalhar desde já para cumprir o plano de ação e lutas apresentado pela então CHAPA 1. O ponto de partida para isso é a realização do seminário   para deliberações sobre organização e estruturação internas e, principalmente, sobre as lutas que vêm pela frente.

Salário mínimo em alta

A partir de 1º de abril o salário mínimo passa para R$ 350,00. Não é ainda o ideal, mas equivale pouco mais de U$ 162,00. No início do governo Lula o salário mínimo valia menos de U$ 100, 00.
No novo salário mínimo, de R$ 350,00, o reajuste será de 16,67%. Com a antecipação para abril de 2006 o aumento real será de 12% frente uma inflação estimada em 4,1% no período de maio 2005 a março 2006.

Nos quatro últimos anos as correções do salário mínimo acumulam um reajuste de 75%. No mesmo período a inflação acumulada é de 40,84%, de acordo com o INPC (Instituto Nacional de Preços ao Consumidor) medido pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística). O resultado final, em quatro anos, é um aumento real de 24,25%.

As centrais sindicais, especialmente a CUT, tiveram papel importante na luta pela recuperação do salário mínimo, que ainda não terminou. Nos últimos dois anos o aumento real foi de 21,29%, ou seja, a partir do momento em que as centrais sindicais iniciaram a luta pela recuperação do mínimo.

Outro fator importante é que a elevação do salário mínimo será sem duvidas referência para aumentos salariais no piso das categorias profissionais. Pesquisa aponta que em 2005 a maioria das categorias profissionais obteve aumento real nas campanhas salariais, inclusive nos químicos, plásticos, farmacêuticos e similares de São Paulo.