Clarice no museu da língua portuguesa

Autora de A Hora da Estrela, o nome de seu mais famoso livro – dá nome à exposição que divulga os 30 anos de lançamento da obra que deixou herdeiros até os dias atuais. E é leitura obrigatória para quem presta vestibular.

O escritor Ferreira Gullar e a produtora cultural Júlia Peregrino são os curadores da exposição. Em 65 gavetas o público fica íntimo da vida da escritora, que nasceu na Ucrânia em 1920 e emigrou junto com seus pais em direção à América e veio parar no Brasil.

Documentos inéditos fazem o espectador mergulhar no universo das escritas no qual a autora adorava se embrenhar. Passaportes, a Carteira do Sindicato de Jornalista, uma carta endereçada a Getúlio Vargas, entre outras raridades que consistem o acervo.

A mostra vai até dia dois de setembro.

Balanço das negociações dos reajustes salariais no primeiro semestre de 2007

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos) publica estudo no qual afirma que os trabalhadores brasileiros obtiveram resultados satisfatórios nas negociações salariais no primeiro semestre de 2007.

De 280 unidades de negociação salarial analisadas, 97% apresentaram reajustes equivalentes ou superiores ao INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desses reajustes, 88% trouxeram ganhos reais, dos quais 40% foram superiores a 1,5%. Veja o estudo publicado na página: http://www.dieese.org.br

Opinião: a hora e a vez do judiciário

Como bem sabemos, são três os Poderes constituídos. O Legislativo, representado pelos parlamentares de diferentes partidos políticos na Câmara federal, Senado, Assembléias Legislativas estaduais e Câmaras municipais em cada uma das mais de cinco mil cidades existentes no país.

O Executivo está expresso através dos cargos de presidente da República, governadores de estados e prefeitos. Já o terceiro Poder, o Judiciário, como o próprio nome sugere, é constituído pelos juízes. Temos, então as justiças cível, criminal, trabalhista, promotorias.

Enfim, um amplo aparato judicial, em tese, para defender o cidadão e seus direitos. Apenas em tese. Acontece que, no Brasil, o Poder judiciário transformou-se numa espécie de couraça que atua sem a preocupação de prestar contas e justificar seus atos. Por conta disso, a injustiça grassa. Não por acaso a sabedoria popular diz que cadeia, nesse país, só para pobres. E os fatos assim comprovam.

Deus e o mundo sabem das falcatruas, trambicagens e crimes de pessoas como o juíz Lalau, o ex-senador Luiz Estevão, o criminoso jornalista Pimenta Neves que assassinou covardemente sua namorada, a advogada Jorgina nas fraudes do INSS e o caso de um juíz, no Ceará, que atirou a sangue frio num vigia, dentro de um shopping.

Todos estão soltos, respondendo em liberdade, ou em prisão domiciliar. Já uma pobre mãe que furtou um pote de margarina num supermercado para dar de comer a sua filha, amargou seis meses de prisão.

Na greve recente dos trabalhadores do metrô, ficou claro que a Justiça agiu a partir de determinação do governador Serra. Aliás, na questão trabalhista, basta ver quanto tempo demora um processo de um funcionário contra a empresa.

É um absurdo sem limites a margem que o Capital tem para recorrer e manobrar para não cumprir suas obrigações. Já em 1994, em reportagem na então revista Alquimia Nº 3, alertávamos que o Poder Judiciário era lento, ineficiente, arrogante e corrupto. Desde então, os poderes Executivo e Legislativo passaram por crises diversas em diferentes esferas, mas Justiça continua intocável. O próprio presidente LULA chegou a firmar que precisamos abrir a caixa preta do judiciário Até quando essa situação?

Pois, a continuar como está em breve o Judiciário não terá moral para julgar quem quer seja. E a burguesia branca perderá este importante instrumento de dominação.

Ramo químico: Federação com direção colegiada

Tomou posse a direção colegiada da FETQUIM/CUT-SP (Federação dos Trabalhadores Químicos no Estado de São Paulo), em 10 de agosto último. Participam da nova Federação paulista do ramo químico os sindicatos de trabalhadores químicos de São Paulo e Região, químicos do ABC e químicos Unificados de Campinas, Osasco e Vinhedo. Juntos representam mais de 140 mil trabalhadores.

A diretoria da Federação é formada por 18 dirigentes sindicais, entre titulares e suplentes, cuja gestão é de 2007 a 2010. Do Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo fazem parte da direção executiva Nilson Mendes da Silva, Luiz Carlos Gomes, Erasmo Carlos Izabel e Milton Pereira da Hungria. Sebastião Carlos Pinto dos Santos (Branco), suplente da direção executiva. Elizabete Maria da Silva, Conselho fiscal. Célia Alves Passos e Leônidas Sampaio Ribeiro, suplentes do Conselho Fiscal.

Momento histórico
Renato Carvalho Zulato, diretor desta entidade, afirmou que a Federação será uma importante ferramenta de luta dos trabalhadores.

Francisco Chagas, também diretor do sindicato e vereador, líder da Bancada do PT na Câmara Municipal de São Paulo, enfatizou que a posse dos dirigentes da Fetquim é a concretização de um velho sonho de vários dirigentes sindicais.

O coordenador geral Geraldo Melhorini Filho, do sindicato dos químicos do ABC, afirmou que conta com apoio e participação de todos na luta por melhores condições de trabalho e salário para a classe trabalhadora.

Mais novo espaço de ação sindical democrática e pluralista, a Federação dos trabalhadores do ramo químico passa a ter representação legal para, inclusive, assinar acordos e convenções coletivas.

CNQ/CUT
Também tomou posse, em nove de agosto, os 37 dirigentes da Confederação Nacional do Ramo Químico, para o triênio 2007/2010. A nova direção tem a responsabilidade de encaminhar o conjunto das resoluções aprovado no 5º Congresso da entidade, realizado na Bahia em junho.

Participaram da solenidade de posse Artur Henrique, presidente da CUT Nacional, Edílson de Paula, presidente da CUTSP, e outras lideranças sindicais. Aparecido Donizeti da Silva, reeleito coordenador da CNQ, destacou o trabalho a ser feito pela nova direção a partir das deliberações do 5º Congresso.

Do Sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região, fazem parte da direção da CNQ/CUT, os diretores: Antenor Eiji Nakamura (Kazú); Lucineide Dantas varjão (Lú); Rosana Souza de Deus; Adir Gomes Teixeira, José Isaac, Carlos Eduardo de Brito (carioca), Rosemeire Gomes de Brito.

Plebiscito Vale pela anulação da privatização

Privatização até hoje mal explicada, vem aí um Plebiscito Popular pela Anulação do Leilão da Companhia Vale do Rio Doce, entre os dias 1º e 7 de setembro. Você pode e deve votar.

O TRF (Tribunal Regional Federal), em Brasília, já acatou a nulidade da avaliação do valor da “venda”, feita pelo governo FHC, em 1997, por R$ 3,3 bilhões, ao capital privado. Na época, o patrimônio da Companhia era calculado em R$ 92,64 bilhões, 23 vezes acima do valor pelo qual foi “vendida”.

Hoje, empresas estrangeiras controlam 65% das ações preferenciais da empresa.

A ação judicial revigora a campanha para reverter e anular o leilão de uma das maiores produtoras e exportadoras de minério de ferro do mundo, essencial para o desenvolvimento e a soberania nacional.

Irregularidades
* A empresa que fez a avaliação foi norte-americana, a Merril Lynch, acionista, na época, do grupo Anglo American, concorrente direto da Vale, que meses antes da venda dispôs de informação privilegiada.

* A participação do Bradesco como “consultor”. A presença do Banco no leilão se deu de forma indireta, já que não podia participar, pois foi um dos “avaliadores”. Além disso, já possuía 17,9% do capital votante da Companhia Siderúrgica Nacional que, por sua vez, montou o consórcio comprador da maior fatia de ações da Valepar, atual controlador acionário da Vale. Deu a lógica: cartas marcadas.

* Os avalistas não incluíram na “avaliação” a maior jazida de ferro do mundo, localizada em Carajás (PA), nem minérios explorados pela empresa, como manganês, bauxita, ouro e nióbio. Ficou de fora também a infra-estrutura da estatal, formada pelos complexos industriais, usinas, ferrovias, portos.

* Internacionalizaram 23 milhões de hectares, quando o Código Penal Militar proíbe a internacionalização de áreas maiores do que dois mil hectares sem aprovação do Senado e das Forças Armadas, o que não foi feito.

Plebiscito
De 1 a 7 de setembro, acontece em todo o país, o plebiscito pela anulação do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce.

As organizações sociais que quiseram montar urnas podem fazê-lo em sindicatos, fábricas, escolas, associações de moradores, praças, igrejas e em locais diversos de circulação de pessoas. As urnas podem ser feitas artesanalmente e os votantes devem apresentar documento para votar.

Menores de 16 anos terão direito a voto, mas em urna separada.

No Sindicato haverá urnas de votação nas subsedes e sede central.

Participe do plebiscito popular de 1 a 7 de setembro

Pelas novas gerações, pelo Brasil: Vote não!

Notas

Metrô 1
De buraco em buraco. É assim a situação do Metrô na capital. Sobre a cratera que se abriu, em janeiro, na construção da linha 4, ainda não foram apuradas as responsabilidades e outro buraco aparece na região. Os moradores de Pinheiros realizaram ato em frente à CPTM (Companhia Paulista de Transportes Coletivos), contra os contratos Parceria Público-Privada, contra o modelo de contrato usado na linha 4 do Metrô, pela imediata reparação dos imóveis e danos causados aos moradores e em solidariedade às vitimas do acidente da GOL e da TAM.

Metrô 2
Recentemente o governador Serra praticou um atentado à democracia e contra os trabalhadores ao desencadear uma perseguição aos metroviários e o sindicato que os representa. Por pura represália à legítima greve que a categoria realizou na semana passada, 61 profissionais do Metrô, muitos com longos anos de serviços prestados à empresa, foram demitidos. A Companhia do Metrô publicou nota paga nos jornais incitando a população contra os metroviários. A grande mídia, como faz sempre, entrou em ação de satanização do movimento dos trabalhadores.

Metrô 3
Repúdio à perseguição, solidariedade aos metroviários! Contra as demissões no Metrô! Pela reintegração dos demitidos, em defesa do serviço público e pela garantia do direito de greve, como instrumento legal para garantir seus direitos. O Sindicato dos químicos e plásticos se solidariza com os metroviários na luta e resistência contra a truculência do governo Serra e do Metrô e pela garantia da manutenção dos direitos dos trabalhadores, pela reintegração dos 61 trabalhadores demitidos por conta da greve realizada no início de agosto e pela valorização dos serviços públicos.

Mobilização Nacional: no Congresso, no Planalto e nas ruas

Movimento sindical protagoniza ampla mobilização nacional para fazer valer a garantia dos direitos dos trabalhadores e ampliar em suas conquistas. Nessa luta ocupa todos os espaços possíveis, no Congresso, no Planalto e nas ruas em busca de diálogo de entendimento e, acima de tudo, pelo apoio da sociedade. Brasília, em 15 de agosto último, (fotos) foi palco de mais um momento da disposição dos trabalhadores frente a mais esse desafio.

Químicos e Plásticos sempre presentes
Este sindicato tem história de participação ao lado de todas as lutas e mobilizações da CUT. E esta, agora, não seria diferente, em especial porque a ela soma-se a campanha salarial da categoria, que tem data-base em 1º de novembro. Uma delegação de militantes de base e diretores somaram forças nas manifestações realizadas em Brasília

Ato em Brasília: manifestação reúne 20 mil pessoas

Numa demonstração de determinação e consciência na luta pelos direitos, sindicalistas se reuniram em Brasília, em 15 de agosto último. Enfrentaram mais de 50 horas de estrada para fortalecer a luta e ampliar a pressão para fazer valer sua pauta de reivindicações.

Os sindicalistas, também do sindicato dos químicos e plásticos de São Paulo e região, realizaram um ato político em frente ao Congresso Nacional, que terminou com o abraço ao Poder Legislativo, logo batizado como ‘Aperto no Congresso’.

Audiência no Planalto
Dirigentes cutistas começaram a jornada de pressão e negociação em audiência no Palácio do Planalto, com o titular da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, responsável pela relação do governo com os movimentos sociais.

O ministro Dulci as demandas encaminhadas e o que está sendo ou poderá ser feito pelo governo federal. Destaque para as seguintes questões:

Convenção 151 – a ratificação vai sair. A Convenção tem como objetivo principal o respeito à organização sindical e à negociação coletiva.

Convenção 158 – “Os Ministérios do Planejamento e Trabalho já aprovaram a ratificação”, disse Dulci. A 158 inibe as demissões imotivadas, atualmente usadas em larga escala para diminuir salários e enfraquecer a organização dos trabalhadores.

Emenda 3 – “Estamos todos nos empenhando, em todas as frentes, para manter o veto do Presidente LULA à emenda 3”.

Independência e autonomia
Simultaneamente à reunião no Planalto, houve audiências no Ministro do Trabalho, no TST (Tribunal Superior do Trabalho), no Ministério da Educação e na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal.

Para Artur Henrique, presidente da CUT nacional, a mobilização foi uma demonstração de forças dos trabalhadores. “Reunimos mais de 20 mil companheiros e companheiras, esquentamos os tambores para as campanhas salariais do segundo semestre e para a nossa grande marcha do final de ano.

Revigoramos nossas energias, demonstramos poder de convocação e reafirmamos nossa independência e autonomia para pressionar os patrões e o governo, com o objetivo de afirmar a nossa pauta de reivindicações”.

Setor Plástico: máquinas de sopro

Em 15 de julho, último, na sede da Abiplast (Associação Brasileira das Indústrias Plásticas), foi assinada a Convenção Coletiva sobre máquinas de sopro. Agora são duas Convenções específicas que garantem a segurança dos trabalhadores do setor plástico, especialmente aos operadores das máquinas de sopro.

Segundo Geraldo Melhorini, coordenador da FETquim (Federação dos Trabalhadores das Indústrias químicas do estado de São Paulo), a Convenção é um avanço importante na prevenção de acidentes de trabalho.

Os presentes ao evento lembraram que desde 1995, na assinatura da primeira Convenção Coletiva sobre máquinas injetoras, os acidentes de trabalho diminuíram em mais de 70% no setor.

Para Lourival Batista Pereira, diretor do Sindicato, “esta Convenção representa um avanço na luta em defesa da vida dos trabalhadores e os sindicatos dos trabalhadores farão pressão junto ao Ministério do Trabalho para que as convenções assinadas pelos representantes dos trabalhadores e dos patrões paulistas, sejam reconhecidas em nível nacional e se tornem uma NR (Norma Regulamentadora) para as indústrias plásticas em todo o país”. A Convenção assinada, neste primeiro momento, vale somente para os trabalhadores do Estado de São Paulo.

Torneio: continuam abertas inscrições, participe

Inscreva sua equipe ou dupla com o diretor que acompanha a empresa em que você trabalha ou ligue para 3836 6228.

A Comissão organizadora convida para a participação times femininos de futebol society/salão e também para dominó e truco.

Haverá transporte para as equipes se deslocarem até o local dos jogos.

Os primeiros colocados de cada modalidade já estarão classificados para a final que será no Clube de Campo em Arujá, dia 11 de novembro de 2007, como parte das comemorações do dia do trabalhador químico.

Informações sobre local e datas dos jogos serão informadas por telefone pela equipe organizadora do evento.