Sindicato é Referência no combate ao Assédio Moral

O Sindicato dos Químicos é pioneiro no combate ao assédio moral. Alguns fatores são decisivos para isso: o trabalho da médica Margarida Barreto, doutora em psicologia social e referência nacional na discussão do assunto; a defesa de classe imposta pela diretoria do Sindicato, intransigente no respeito ao trabalhador; e a confiança da categoria no auxílio da entidade. 

Alguns avanços já são percebidos na categoria. O coordenador da Secretaria de Saúde do Sindicato, Lourival Batista Pereira, destaca o fato das empresas reconhecerem a prática. “Nas mesas de negociação as empresas já assumem que existe assédio moral”, diz o dirigente. Também o nível de informação e atendimento do Sindicato ajuda na prevenção, o trabalhador bem informado se sente mais seguro para reagir ao assédio. 

Colabora para os avanços a discussão não ser mais colocada de lado. O tema é objeto de discussão nas mesas de negociação com os patrões. No entanto, Lourival lembra que o patronato ainda não aceitou incluir o assédio moral dentro da Convenção Coletiva, o que seria um grande passo. 

Questionada sobre se as empresas utilizam o assédio durante períodos de crises econômicas, a doutora Margarida Barreto respondeu: “As crises econômicas sempre foram (e serão) usadas pelo patronato para reestruturar demitindo, sobrecarregando de trabalho aqueles que ficam para intensificar a produção e aumentar seus lucros”, num importante alerta ao trabalhador.Na esfera parlamentar, existe um projeto de lei que tramita no Congresso coibindo a prática do assédio moral. O relator é o deputado Vicentinho/SP e o autor do projeto é o ex-deputado Mauro Passos/SC, que não foi reeleito e, por isso, quem encaminha hoje é o deputado Dr. Rosinha/Paraná. O Sindicato acompanha para que o projeto seja aprovado. 

Ações práticas do Sindicato 

Uma vez por semana, toda terça-feira, a doutora Margarida Barreto atende  os trabalhadores e identifica suas queixas. Além do acompanhamento psicológico e médico, o objetivo é encontrar a melhor saída para que o problema, quando identificado, cesse.

As denúncias recebidas no Sindicato são encaminhadas para o Núcleo de Discriminação e Igualdade no Ministério Público do Trabalho, com o objetivo de interromper o assédio e resolver o mais rápido possível o problema do trabalhador. Quando não é possível, há novo procedimento, desta vez no Ministério Público do Trabalho.

 

Nosso Departamento Jurídico orienta quais são os passos necessários para se defender e nos procedimentos, quando for o caso, para intervir juridicamente. É cada vez mais comum que as empresas reajam quando atingidas economicamente, por isso, o processo judicial também é visto como uma maneira de combate ao assédio moral.

Mais informações visite o site: www.assediomoral.org.br 

Obama sugere que Lula seja o próximo presidente do Banco Mundial

Os rumores sobre um terceiro mandato do presidente Lula estão cada vez mais esvaziados. O boato mais forte, mas com grande apelo e divulgação pela mídia, é que o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, procurou pessoas próximas a Lula para saber se ele aceitaria ser o presidente do Banco Mundial.
 

Seria a primeira vez que o cargo seria ocupado por alguém que não é norte-americano. Especialistas atribuem a ideia à popularidade de Lula, além da necessidade que o governo norte-americano tem de dar respostas populares para a arrogância que está atingida depois da atual crise financeira mundial.

 

Obama não se cansa de dizer que Lula é o político mais popular do mundo: “O cara”. Soma-se às especulações a questão da política social brasileira ter excelente avaliação e ao trânsito do presidente por países como Venezuela e Bolívia, além da China que recentemente se configurou o maior parceiro econômico brasileiro.

 

Seja boato, seja verdade, é motivo de orgulho para o Brasil ver que um metalúrgico sindicalista tem reconhecimento. Os boatos começam a fazer mais sentido quando analisado o fim do mandato do atual presidente do Banco Mundial, fevereiro de 2011, exatamente quando Lula estará fora da presidência.

Ruralistas mostram suas garras

 Ao que tudo indica, os últimos 18 meses do governo Lula serão marcados por uma forte ofensiva ruralista contra os avanços conquistados pelo Brasil em sua política ambiental. Seja por intermédio de suas bancadas na Câmara e no Senado ou através de suas entidades de classe, os setores ligados ao agronegócio e às obras de infra-estrutura estão mobilizados de Norte a Sul para reverter pontos da legislação ambiental por eles considerados como um entrave ao desenvolvimento produtivo do país. Essa contra-ofensiva passa pela aprovação no Congresso de duas Medidas Provisórias que alteram o atual Código Florestal e também pela tentativa de retirar da União e transferir aos estados a prerrogativa de definir as políticas ambientais.

Já aprovada na Câmara, encontra-se agora em discussão no Senado a MP 452 que, apesar de originalmente tratar da regulamentação do Fundo Soberano, leva de “carona” uma emenda feita pelo relator, deputado José Guimarães (PT-CE), que acaba com a obrigatoriedade de concessão de licença ambiental para as obras a serem realizadas em rodovias federais já existentes. Além disso, a MP 452 também estabelece o prazo máximo de 60 dias para que o Ibama conceda as licenças de instalação para obras em rodovias, o que, na prática, fará com que estas obras possam ser iniciadas sem a obtenção das licenças.

Existem atualmente em processo de análise no Ibama 183 pedidos de licenciamento em rodovias, dos quais apenas 82 já receberam licença prévia do órgão ambiental. As obras do PAC são responsáveis por 140 destes pedidos, fato que faz com que os parlamentares ligados ao agronegócio estejam otimistas em receber o decisivo apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Até o momento, nem o presidente nem a ministra externaram suas posições.

Outra Medida Provisória que aguarda votação na Câmara, onde deverá ser aprovada, é a MP 458, que trata da regularização fundiária de terras pertencentes à União localizadas nos nove Estados da Amazônia Legal. Quando foi enviada ao Congresso pela Presidência da República, a MP 458 contava com o apoio do movimento socioambientalista, pois tinha forte cunho social ao determinar a regularização de propriedades de até 1,5 mil hectares. No entanto, as modificações introduzidas pelo relator, deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), desfiguraram a MP.

Entre as alterações sugeridas por Bentes – e rejeitadas pelos ambientalistas – estão a inclusão de áreas devolutas localizadas em faixa de fronteira, além de outras áreas sob domínio da União, no processo de regularização fundiária, e também a retirada da exigência de que o ocupante não seja proprietário de imóvel rural em qualquer parte do território nacional. Além disso, o texto que deverá ser aprovado pelos deputados exclui o parágrafo que impedia a regularização de área rural ocupada por pessoa jurídica: “Essas novas regras legalizarão a grilagem, aumentarão a concentração fundiária e a violência no campo e incentivarão o desmatamento”, resume Raul do Valle, que é coordenador do Programa de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA).

Saiba mais: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15986

Petrobrax para iniciantes

A Folha de S.Paulo estampa: “Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos”. Tiro à queima roupa. Vamos, portanto, à CPI. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio. Mas, aí, vem o segundo parágrafo: “Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique em 1998 e em decisões do Supremo Tribunal Federal, a petroleira contratou sem licitação…”. Entre 2001 e 2002, no governo FHC, a empresa contratou cerca de R$ 25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados.

Eu estava mesmo querendo falar sobre essa incrível cruzada ao fundo do poço que a oposição, PSDB à frente, decidiu empreender contra a Petrobras, justo no momento em que a empresa se posiciona como uma das grandes do planeta. Sim, a inveja é uma merda, todo mundo sabe disso, mas mesmo a mais suntuosa das privadas tem um limite de retenção.

Como não se faz CPI no Brasil sem um acordo prévio com publishers e redações, fiquei quieto, aqui no meu canto, com meus olhos de professor a esperar por um bom exemplo para estudo de caso, porque coisa chata é ficar perdido em conjecturas sem ter um mísero emblema para oferecer aos alunos ou, no caso, ao surpreendente número de pessoas que vem a este blog dar nem que seja uma olhada. Pois bem, esse dia chegou.

Assinante do UOL há cinco anos, é com ele que acordo para o mundo, o que não tem melhorado muito o meu humor matutino, diga-se de passagem. De cara, vejo estampada, em letras garrafo-digitais, a seguinte manchete:

Petrobras gastou R$ 47 bi sem licitação em seis anos

Teca, minha cocker spaniel semi-paralítica, se aninha nos meus pés, mas eu não consigo ficar parado. Piso nas patas traseiras dela, mas, felizmente, ela nada sente. A dedução, de tão lógica, me maltrata o ânimo. Se tamanha safadeza ocorreu nos últimos seis anos, trata-se da Era Lula, redondinha, do marco zero, em 2003, até os dias de hoje. Nisso, pelo menos, a matéria não me surpreende. Está lá:

“Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras gastou cerca de R$ 47 bilhões em contratos feitos sem licitação, informa reportagem de Rubens Valente, publicada na Folha desta quarta-feira” (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Pá-pá-pá. Preto no branco. Tiro à queima roupa. Um lead jornalístico seco como biscoito de polvilho. Desde que chegou ao Planalto, Lula deixou a Petrobrás gastar 47 bilhões de reais em contratos sem licitação. Vamos, portanto, à CPI. Nada de chiadeira. Demos e tucanos, afinal, têm razão. Bilhões delas. Dane-se o Pré-Sal e o mercado de ações. Quem for brasileiro que siga Arthur Virgílio!

Mas, aí, vem o maldito segundo parágrafo, o sublead, essa réstia de informação que, pudesse ser limada da pirâmide invertida do texto jornalístico, pouparia à oposição tocar a CPI sem o constrangimento de ter que bolar malabarismos retóricos em torno das informações que se seguem. São elas, segundo a Folha On Line:

Amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal), a petroleira contratou sem licitação serviços como construção, aluguel e manutenção de prédios, vigilância, repasses a prefeituras, gastos com advogados e patrocínios culturais, entre outros. O valor corresponde a 36,4% do total de gastos com serviços (R$ 129 bilhões) da petroleira de janeiro de 2003 a abril de 2009.

A prática não começou com Lula. Somente entre 2001 e 2002, sob a administração de Fernando Henrique (PSDB-SP), a petroleira contratou cerca de R$ 25 bilhões sem licitações, em valores não atualizados.

Parem as rotativas digitais! Contenham as massas! Abatam os abutres! Como é que é? Volto à minha sala de aula imaginária (só poderia ser, porque hoje eu nem dou aula). Vamos fazer uma análise pontual do texto jornalístico, menos pelo estilo, impecável em sua dureza linear, diria até cartesiana, mas pela colocação equivocada das informações. Depois caem de pau em cima de mim porque defendo a obrigatoriedade do diploma. Vamos lá:

1) Na base da pirâmide invertida, há uma informação que deveria estar no lead e, mais ainda, no título da matéria. Senão, vejamos. Se entre 2001 e 2002 a Petrobras gastou 25 bilhões, “em valores não atualizados” (???), em contratos sem licitações, logo, a matéria deveria começar, em seu parágrafo inicial, com a seguinte informação: “Nos últimos oito anos, a Petrobras gastou R$ 72 bilhões (R$ 47 bilhões + R$ 25 bilhões, “em valores não atualizados”) em contratos sem licitações. Então, CPI nessa cambada! Mas que cambada? Sigamos em frente.

2) O mesmo derradeiro parágrafo informa que a “prática” se iniciou “sob a administração” de Fernando Henrique Cardoso, aquele presidente do PSDB. Aliás, reflito, só é “prática” porque começou com FHC. Se tivesse começado com Lula, seria bandalha mesmo. Mas sou um radical, não prestem atenção em mim. Continuemos a trabalhar dentro de parâmetros técnicos e jornalísticos. Logo, a CPI tem que partir para cima do PT e do PSDB. Um pouco mais em cima do PSDB. Por quê? Explico.

3) Ora, até eu que sou jornalista e, portanto, um foragido da matemática, sou capaz de perceber que se a Petrobrax de FHC gastou R$ 25 bilhões (em valores não atualizados!) em contratos sem licitação em apenas dois anos, e a Petrobras de Lula gastou R$ 47 bilhões em seis anos, há um desnível de gastos bastante razoável entre um e outro. Significa, por exemplo, que FHC gastou R$ 12,5 bilhões por ano. E Lula gastou R$ 7,8 bilhões por ano. Ação, segundo a reportagem da Folha, “amparada por decreto presidencial editado por Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e em decisões do STF (Supremo Tribunal Federal)”. Poderia até acrescentar que a Petrobras vale no mercado, hoje, R$ 300 bilhões, e que valia R$ 54 bilhões quando FHC deixou o governo. Mas é preciso manter o foco jornal.

4) Temos, então, uma lógica primária. Com base em uma lei de FHC, amparada pelo STF, a Petrobras tem feito contratos sem licitações, de 2001 até hoje. A “prática” é irregular? CPI neles! Todos. Mas, antes, hora de refazer o título e o lead!

Petrobrás gastou R$ 72 bi em contratos sem licitação, em oito anos

Desde 2001, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até abril deste ano, a Petrobras gastou cerca de R$ 72 bilhões em contratos feitos sem licitação. Os gastos foram autorizados, em 1998, por um decreto presidencial assinado por FHC e, posteriormente, amparados por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre 2001 e 2002, a empresa, sob administração tucana, gastou R$ 25 bilhões em contratos do gênero, em valores não atualizados, uma média de R$ 12,5 bilhões por ano. No governo Lula, esses gastos chegaram a R$ 47 bilhões, entre 2003 e abril de 2009, uma média de R$ 7,8 bilhões anuais.

Bom, não sei vocês, mas eu adoro jornalismo. Em valores atualizados, claro.

Vergonha: livros didáticos para escolas do Estado de São Paulo têm erros grosseiros

Para você que ficou indignado com os dois Paraguais no mapa de geografia, distribuído para alunos da 6º série da rede estadual, preparem-se: Os absurdos não param por aí. Recentemente, o governo do Estado distribuiu 36 milhões de livros didáticos, para alunos da rede estadual, de 5º a 7º série que contem mais de 25 páginas de erros.

Ao contrário do que foi feito com os 500 mil livros de geografia com o mapa errado, os livros não serão recolhidos. Em vez disso, o Estado fará um “remendo”: cada aluno receberá uma folha com as correções de todas as disciplinas de sua série em que há falhas e ele próprio fará a alteração.

A lista de erratas foi detectada pela Folha no próprio site da Secretaria de Estado da Educação. No levantamento, há 26 páginas com as correções já feitas – algumas tinham mais de um erro – em nove disciplinas.

São mapas trocados, expressões em inglês incorretas, erros de grafia de nomes e frases que foram alteradas. No caderno de artes da 7ª série, por exemplo, o nome do compositor Charles Gounod é grafado como “Goudnod”. A expressão “in front of”, no livro de inglês entregue para a 5ª série, é escrita erroneamente como “of front of”. Em um texto de português do 1º ano do ensino médio, a questão pede para que o aluno crie um título para um texto de jornal. Porém, a notícia já trazia um título, o que foi suprimido na correção.

Em filosofia, o caderno para o 2º ano do ensino médio usa o termo imperativo “categórico” em vez de “hipotético”, em química, a tabela para os alunos de 2º ano do ensino médio mostra a palavra “solubidade”, em vez do correto, “solubilidade”. Outro mapa de geografia, desta vez do 1º ano do ensino médio, estava trocado: o caderno trazia um mapa com destaque para o Brasil; não deveria haver país grifado.

O fato de a secretária corrigir o erro com uma folha avulsa, solta, a ser distribuída, mostra o carinho que Serra e cia, tem com a educação pública. O que eles esquecem é que o livro tem vida longa e depois de usado ainda poderá cair nas mãos de outros alunos, e infelizmente, o erro continuará.

Além dos erros gramaticais, outro grande erro ocorreu na rede pública de ensino. Foram distribuídos 1.216 livros, que seriam usados como material de apoio para a alfabetização dos estudantes da 3º série, do ensino fundamental (faixa etária de nove anos), com conteúdo sexual e palavrões.

O livro (“Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol”) é composto por 11 histórias em quadrinhos, feitas por diferentes artistas, que abordam temas relacionados a futebol – algumas usam também conotação sexual. A editora Via Lettera afirma que a obra é voltada a adultos e adolescentes.

A gestão José Serra/PSDB afirmou que houve “falha” na escolha, pois o material é “inadequado para alunos desta idade”, e que determinou o recolhimento do material comprado.

“Os erros revelam um descuido do governo na preparação e escolha dos materiais”, afirmou a coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp, Angela Soligo.
O que mais indigna é saber que para Serra, os erros não são graves. Essa é a educação de qualidade prometida pelo governo tucano.

Veja a matéria completa no Blog do Frave:

Blogdofrave.ig.com.br